- Tsuki! Cadê você minha pequena?! Tsuki! – eu gritava procurando minha filha perdida.

  Sou uma mãe tão desnaturada.

 Era começo de verão, estava andando no parque de Karakura, ainda não vi nenhum de meus antigos amigos, bem, na verdade eu vi sim, mas não quis falar com nimguem, pois sei que iriam me olhar estranho ao saberem de meu casamento e minha filha.

- Onde está sua mãe pequenina? – disse uma voz conhecida. Na verdade... Era uma das vozes que não queria ouvir.

- Está ali! – Tsuki apontou para minha direção, e os olhos castanhos se voltaram espantados.

 Minha filha correu para meus braços. Ela era tão linda. Pele branca, mais nem tanto como a do pai, assim como seus olhos e seu cabelo negro longo e rebelde.  Mas mesmo sendo tão parecida com Ulqui-kun, todos diziam que ela era minha cara, meu jeito, exatamente eu.

 Kurosaki-kun havia mudado, mas estava do mesmo jeito do que aquela primeira vez... A vez que nunca mais ia existir.

- Quando você voltou? – ele disse já na minha frente.

- Voltei a duas semanas...

- E mesmo assim não procurou nimguem?

- Eu não sabia o que falar...

- Não sabia o que falar? Eu acho que um “oi gente eu me casei com um arrancar e tive uma filha” iria explicar muita coisa não acha?

- Eu sabia que você iriam brigar comigo...

- Brigar? Inoue você não é criança, e muito menos minha filha para eu brigar contigo! Eu nem nimguem temos razão de se meter em sua vida. Você é adulta e as decisões são suas, não estamos mais no colégio, onde eu protegia todo mundo.

- Kurosaki-kun...

- Inoue, depois que você partiu, Urahara nos contou tudo, até do nosso possível futuro se isso não tivesse ocorrido, e sinceramente, todos nós estávamos prestes a ir lá pra agradecer ao Ulquiorra por estar vivo, pois... Nenhum de nós gostaria que você tivesse se suicidado. Realmente eu fiquei furioso quando soube que você estava grávida de um Arrancar, mas eu ficaria mais furioso ainda se eu tivesse matado alguém importante para minha melhor amiga.

 Eu não agüentei a emoção e o abracei, mesmo estando com Tsuki no colo, que não estava entendendo nada por acaso. Kurosaki-kun é meu melhor amigo. Sempre me protegeu. Era muito bom me sentir segura nos seus braços novamente.

- Bem... Não vou mais chorar. – u disse enxugando as lágrimas. -  Quero que me conte tudo! E que tal se fizermos uma festa no meu apartamento? Ulqui-kun iria amar! E eu posso convidar o padrinho e a madrinha da Tsuki, se eu não convidar é capaz deles me matarem, hihi, vamos convida todo o sereitei!

- Calma, calma! Sua casa é tão grande assim? E tem certeza que o Ulquiorra vai aceitar, porque pelo que eu conheci que foi muito pouco, ele não é lá de festas.

- A eu consigo enrolar ele! Não é Tsuki? Não conseguimos fazer o papai deixar dar uma festa?

- YEEEEEAH! PAPI VAI GOTI! – ela disse levantando os braços.  

- Ei! Tsuki! Você vai conhecer o Kaien! Vocês serão grandes amigos. Que nem eu e sua mamãe. – disse Kurosaki-kun.

- Kaien? – eu perguntei.

- Sim, ele está com 1 ano. Sabe depois que você se foi Inoue, eu e Rukia, acabamos, você sabe,  ai antes de nos casarmos aconteceu um imprevisto... Ai Byakuya ficou e só não me matou porque não tinha mais nimguem para assumir a criança. Mas eu e Rukia já queríamos nos casar mesmo... Na verdade... Ela queria.

- Nossa! Byby-kun deve ter se segurado muito!

- Mama! Quem é Byby-kun? – disse Tsuki.

- É um amigo da mama, você vai conhecer mais tarde. – eu disse.

- Inoue, aqueles são... – disse Kurosaki-kun olhado para trás de mim, Tsuki começou a se debater para descer.

- PAAAAPIII, PAAAADIIII! – ela gritava enquanto corria em direção aos dois.

- MINHA GAROTA! – disse Jowjow-kun esticando os braços, mas Tsuki preferiu ir ao colo de Ulqui-kun. – Vish que vácuo!

- Olá Tsuki, brincou muito com a mama? – disse Ulqui-kun com seu (agora) costumeiro sorriso.

- YEEEEAAAAH! CONHECI O TITI KU!

- Putz! – disse Kurosaki-kun, enquanto Jowjow-kun rolava no chão de tanto rir. – Tsuki me chama de Tio Ichigo!

- NÃÃÃÃ TITI KU SER MAIS LECAL!

 Nem Ulquiorra se segurou dessa vez, nem eu. O Próprio Kurosaki-kun começou a rir de seu novo apelido.

- ICHIGO! – disse uma voz conhecida.

- Kuchiki-san... Quer dizer... Kurosaki-san... Eu acho... – me confundi toda.

- I-I-I-NOUE? ARRACARS? MAIS O QUE? ICHIGOOO! – ela estava pasma.

- Oi amor... Cadê Kaien?

- Deixei com Urahara... Pode me explicar isso? – ela disse apontando para mim, Tsuki, Ulquiorra, e Grimmjow.

- Em primeiro lugar, Eu não sou mais um Arrancar. Sou o Rei espiritual! Então mais respeito. – todos olharam até eu.

- Ele e casou com Kunoa-sama. –disse Ulquiorra. – Já tentei explicar para ele que ele não é lá muita coisa só porque é casado com ela. Mas ele é cabeça dura.

- PAADII CABEÇA URA! – disse Tsuki.

- ULQUIORRA! SEU EMO! – gritou Jowjow-kun.

- Começou... – eu disse.

- ... – Ulquiorra voltou a sua expressão séria.

- Então Rukia, depois eu explico.

-  Inoue, Ulquiorra, Grimmjow, querem jantar lá m casa? – disse Rukia.

- Claro! – disse Grimmjow e Ulquiorra um pouco desesperados.

- Eu imagino o desespero... – disse Ichigo.

- Ulqui-kun porque você respondeu tão rápido? – eu perguntei.

- Nada. Tsuki vai um pouco com o seu padrinho. – disse Ulquiorra.

 Grimmjow pegou Tsuki.

Logo mais tarde, fomos a casa de Kurosaki-kun, claro Kunoa-sama veio conosco, depois que Grimmjow chegou no mundo humano, ela começou a ficar meio ciumenta. Todos estavam lá, eu conheci o filinho do Kurosaki-kun, ele era lindo, cabelos negros e olhos iguais aos de Rukia, mas cara e jeito de Ichigo. Estava tudo perfeito, todos me perdoaram, bem na verdade não tinha o que perdoar, Ulquiorra e Grimmjow se deram tão bem com todo mundo, que nem parecia que alguns anos atrás todos estavam tentando se matar.

 Eu, Ulquiorra e Tsuki voltamos para casa, estávamos só nós três na grande casa que Kunoa deu de presente. (nota da autora: SIM era uma gigantesca mansão). Coloquei Tsuki na cama e fui para a varanda do quarto onde Ulquiorra estava olhando a cidade.

- Uma vida humana, terei que aprender muito. – ele disse pensativo.

- Eu te ensinarei tudo. – eu disse abraçando seus ombros.

- Inoue... E se Kunoa não tivesse te ajudado... O que seria de nós?

- Não sei, mas com certeza eu arrumaria um jeito. Nunca mais vou te deixar Ulqui-kun. – eu disse o abraçando e me afundando em seu peito não queria que ele visse minhas lágrimas.

- Hime... – ele disse levantando minha cabeça para olhar meus olhos.

 Eu fitei seus olhos esmeraldinos, agora tão vivos, seu belo e simples sorriso que me acalmava, eu o amava tanto.

- Eu te amo, e nunca te deixarei. Agora e sempre será minha vê de te proteger. Você é meu coração.

Esse momento foi selada com um beijo, quente e desejado, assim como toda aquela noite, que seria seguida de várias e várias outras noites.

A partir de agora, o relógio não irá mais voltar. Pois a partir de agora eu estarei com ele, o meu eterno quarto espada. Ulquiorra Shiffer.