The New Siren escrita por angelicola


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

DEIXEM REVIEWS NO FIM DE TODO CAPÍTULO, POR FAVOR. QUERO SABER SE VOCÊS TÃO GOSTANDO E TAMBÉM TER NOÇÃO DE QUANTAS PESSOAS ANDAM ACOMPANHANDO A HISTÓRIA.
BEIJOS E OBRIGADA!!!



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Félix era um tritão alto e forte, com músculos aparentemente definidos. Sua enorme cauda esverdeada, parecia ser a mais evoluída entre seus serviçais, devido ao seu "poder". Ele era loiro, de cabelos até os ombros, pele branquinha e olhos profundos e acinzentados, um visível olhar de dominador. Todos o temiam, mas eu não. Eu não sentia um medo sequer daquele ser, eu apenas o encarava:

 

— Podem soltá-la! - ordenou aos dois serviçais que ainda seguravam-me, então logo soltaram-me - Quem é você? Angeline? - estranhou-me.

— Não, eu sou Elize Sebastien. - falei rude.

— Algo te atrás aqui em Mermaidland, o meu reino?

— Vim atrás de minha mãe, Angeline. Filha do Rei Phellipe, que você se apossou do trono... - falei num tom de voz alta.

— É bom você melhorar o tom de voz, mocinha. - ordenou - Então quer dizer que você é filha de Angeline? Mas com quem?

— Com um humano. E você não é o único herdeiro desse reinado, eu também mereço esse trono e muito mais que você! - falei da boca pra fora.

— Você ainda ousa me desafiar? - falou com seu tom de autoridade.

— Eu não tenho medo de você, e esse trono não te pertence.

— Então você quer se tornar uma rainha? A rainha de Mermaidland?

— Talvez sim.

— Você conseguiu. - logo em seguida olhou para todos os seus serviçais - Podem soltar todas as sereias capturadas, pois já temos a escolhida. Elize é a minha nova esposa e futura rainha de Mermaidland.

— O quê? Me casar com você? Nem louca ou morta, seu cara de peixe.

— Levem-na até a esfera de cristal na torre maior que logo vou ter uma conversinha com ela.

— Não, não... - comecei a me debater quando os dois serviçais voltaram a segurar-me pelos braços, tirando-me daquele salão principal.

 

Eu não queria ser rainha coisa nenhuma. Eu só estava "talvez" zoando com a cara daquele tritão de merda e tentar fugir dali. Eu ainda ia conseguir sair dali, senão eu não me chamava Elize Sebastien.

Mas esse papo de me casar com Félix só poderia ser brincadeira. Me casar com 16 anos, com um cara que eu mal conhecia e ainda por cima sem nenhum atrativo suficiente pra me agradar, uma garota adolescente. Tudo bem que pra um cara com uns 40 anos nas costas, ele não estava tãaaaaaaao mal assim, ele estava até conservado, mas estava fora de cogitação de agradar a minha pessoa que já estava namorando com um cara de 17 anos: adolescente, atleta, bonito, sedutor e que eu estava à fim.

 

Chegando na tal torre maior, colocaram-me mesmo numa esfera de cristal que tinha um espaço até confortável e bem iluminado. Tinha uma enorme concha lilás e um macio colchão redondo, um baú acinzentado ao lado e outros objetos de decoração que mal pude reparar no momento. Curiosa como sou, fui até o baú ver se havia algo lá, e havia algumas pedras que deveriam ser bem preciosas e algumas joias.

Minutos depois, Félix apareceu na portinha de cristal daquela esfera que tinha sido trancada por seus serviçais e logo entrou, com pose de dominador valentão:

 

— Gostou daqui?

— Isso não te importa.

— Aqui era o quarto de sua mãe, antes de fugir pra não se casar comigo. É incrível a semelhança entre vocês duas, assim, de perto...

— Você não vai me forçar a se casar com você. Você é maluco.

— Maluco ou não, eu sou o tritão mais poderoso de Mermaidland, o mais forte e eu vou sim me casar com você, também herdeira do trono de seu avô. Já que não consegui me casar com a minha priminha Angeline, claro que casarei com sua filha.

— Eu tenho 16 anos!

— E daí? Já tá decidido, vou acertar os preparativos pra comemoração o quanto antes e enfim me tornar Rei de Mermaidland!

— Como você não presta e pensa pequeno.

— Ser Rei não é pensar pequeno, Elize.

— Mas isso não vai dar certo, eu não vou deixar isso acontecer.

— Então me diga uma coisa: como? Você tá aprisionada nessa esfera e não importa por onde você vá nesse palácio ou fora dele, terá meus serviçais atrás de você ou te procurando, minha querida.

— Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaiinnnnnnn, sai da minha frente, seu idiota.

— Vou te deixar descansar, certo? Durma bem, meu anjo.

 

Joguei-me na concha e ele logo saiu daquela gigante esfera que era um quarto. Eu não conseguia chorar, pois a raiva dentro de mim era maior do que qualquer outra emoção. Eu só sentia falta de Matthew, Alice e meus pais humanos, mas principalmente de Matthew que havia me ajudado bastante nos momentos anteriores. Saudade do seu sorriso, saudade do seu olhar, saudade do seu beijo, do seu cheiro e do seu toque. Eu o queria comigo mais do que tudo, e foi pensando nele que adormeci.

 

...

 

Alguém me chamava entre os corredores daquele palácio e pensei que fosse até mesmo um sonho, mas isso me fez acordar naquela fria madrugada. De repente, uma bela mulher estava sendo empurrada para dentro da esfera onde eu estava, e me surpreendi:

 

— Angeline?! - falei levantando-me e ela aproximou-se de mim, abraçando-me.

— O quê você faz aqui, menina?

— Eu vim atrás da minha mãe.

— Era só você me chamar que eu ía até a superfície te ver, aqui é muito perigoso, filha.

— Como eu ía te chamar?

— Tem uma música que eu sempre cantava pra você adormecer, antes de eu ter partido.

— E como ela é ?

 

Ela começou a cantar uma melodia num longo AAAAAAAAAA, que parecia um encantamento e aquilo me deixava bem, aliviada, apesar de tudo. A canção continuou até sentarmo-nos na concha, me fazendo apoiar a cabeça em seu colo, e ela mexia em meus cabelos avermelhados suavemente, fazendo "cafuné".

 

— Ela não é linda?

— Curti muito ela, parece fácil de aprender!

— Eeee... o Félix fez algum mal à você?

— Não... ele só quer que eu me case com ele. - falei irônica.

— Isso não vai mais acontecer.

— Como assim? Por quê?

— Fiz um acordo: ele te deixa livre e eu me caso com ele. - falou cabisbaixa.

— Por quê você fez isso, mãe? Isso não tá certo.

— Eu quero te ver livre, filha. Essa foi a única opção.

— A gente encontra alguma maneira de tirar ele do poder e do trono de uma vez....

— Por aqui não é assim, Elize, aqui é diferente do mundo lá em cima.

— Mas, mãe...

— Querida, agora vamos descansar, vamos? Amanhã bem cedinho o Félix te soltará depois do café-da-manhã.

— Mãe... escuta o quê eu tô dizendo: isso não vai acontecer! - falei calma e lenta.

 

Ajeitei-me no colchãozinho e minha mãe sereia deitou-se ao meu lado, abraçando-me.

 

...

 

Era bem cedo mesmo quando fomos acordadas para o café-da-manhã. Félix esperava-nos em uma enorme mesa retangular servido com muitos petiscos e frutos do mar fresquinhos. Minha fome era enorme, então logo comecei a atacar tudo o que me parecia gostoso, e que se foda a educação que meus pais me ensinaram. Já no fim do café-da-manhã, Félix puxou assunto, sorridente:

 

— Sua mãe já te explicou como tudo ocorrerá? - ele perguntou à mim.

— Já... - murmurei.

— Pois então, quando você quiser subir pra superfície é só avisar. Por mim você poderia ficar...

Se eu ficar, vai ser pra impedir esse casamento.

— Félix... - minha mãe chamou a atenção dele, ao perceber que o peixão começava a se irritar - Me permite ir até o quarto com a Elize, antes dela partir?

— Bom, podem ir... até o quarto.

— Obrigada.

 

Levantamo-nos e fomos até a esfera, onde ela pegou dentro do baú uma grande pedra brilhante e arroxeada, e entregou-me.

 

(...)


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Notas finais do capítulo

Quero o seu review, hahaha. Beijinhos e até + (: