Make a Wish escrita por Vic Teani


Capítulo 5
Prisoners of the Enimy




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/149550/chapter/5

Chapter Four: Prisioners of the Enimy

  A casa estava silênciosa, e nada se ouvia do lado de fora daquelas paredes. Nenhuma luz piscando, nenhum barulho relevante, nenhum vulto observando através das janelas, nada.
  - Que horas são? – perguntou Sam, bocejando.
  - Quase meia-noite – falou Dean – Não deve demorar até acontecer alguma coisa.
  Eles continuaram em silêncio, mas a situação não mudou. Tudo estava tão parado que parecia até um quadro. A mais perfeita calmaria, o mais perfeito silêncio, tudo tão absolutamente imóvel...
  - Imóvel até demais – falou Sam, pegando o binóculo das mãos de Dean e olhando para a casa – Eu sabia! Tinha algo estranho aqui, algo que estava me dando arrepios desde que chegamos! Olhe para aquele balanço no jardim!
  Dean arrancou o binóculo do irmão e olhou para onde ele havia indicado.
  - Mas que porra é essa? – falou Dean, piscando.
  O balanço estava parado no ar, como se alguém invisível estivesse se balançando lá e, de repente, sem aviso prévio, o tempo tivesse congelado.
  - Isso está bastante anormal para te convencer de que não é apenas uma lenda? – falou Dean, já saindo do Impala. Sam o seguiu, e ele pegaram duas armas de sal, duas pistolas normais e algumas balas de prata – Nunca se sabe o que estamos enfrentando – falou o mais velho, já se encaminhando para a casa.
  Mas quando Dean estava quase chegando ao jardim, tombou para trás, como se tivesse colidido contra alguma coisa, caindo estatelado de costas no chão.
  - Son of a bitch! – ele murmurou, recolhendo as armas que havia deixado cair.
  - Escorregou em alguma coisa? – zombou Sam, mas seu riso sumiu quando ele também colidiu contra a parede invisível – Que merda é essa? – ele disse, tocando a parede, sentindo-a firmemente sobre sua mão, mas sem poder vê-la.
  - Como vamos fazer isso? – perguntou Dean.
  - Não faço idéia – falou Sam, chutando a parede invisível – Isso aqui parece sólido como rocha. E além disso nunca ouvi falar de um fantasma que pudesse criar um escudo desses. Acho que estamos lidando com algo mais aqui.
  - Vamos ver o que temos no carro – falou Dean – Deve ter alguma coisa que sirva pra quebrar essa barreira.
  Eles abriram novamente o porta-malas, tiraram sal e um frasco contendo um líquido que Dean não reconheceu.
  - Só para o caso de estarmos lidando com anjos – falou Sam.
  De volta a barreira invisível, Dean tentou jogar um punhado de sal na direção da barreira, mas o pó branco apenas colidiu com o ar e caiu, como se realmente houvesse algum obstáculo ali. Sam pegou a arma carregada com balas de prata e atirou contra a parede invisível, e a bala voou e parou no ar, como se tivesse se enterrado em algo realmente sólido.
  Ele procurou outra arma, mas Dean fez sinal para que ele parasse.
  - Olhe a bala – ele disse – Parece que ela está mesmo cravada em uma parede, não é?
  - Sim, parece, mas e dai?
  - E dai, Sammy, que essa coisa ai deve existir realmente. Quero dizer, deve ser realmente sólida, exatamente como uma parede invisível. Como uma enorme parede de vidro, onde a gente pode ver o outro lado, só que trezentas vezes mais resistente, entende?
  - Acho que pela primeira vez na vida você disse algo que valha a pena pensar – falou o mais novo – E o que está pensando em fazer?
  Dean sorriu.
  - Kaboom, Sammy. Kaboom.

  Matt beijava o pescoço de Maddison, que estava sentada no espaçoso sofá vermelho da sala. As mãos dela passeavam pelos cabelos dele, enquanto ele ia tirando devagar as poucas roupas que cobriam o corpo da garota.
  Ele olhou para ela desejoso e deixou a toalha que o cobria cair, indo em direção a ela. Maddison sorriu maliciosamente para ele, e quando ele se deitou por cima dela, pronto para excercer a sua função, ela arregalou os olhos, se levantou rapidamente e o empurrou para longe com uma força assustadora, fazendo-o voar pela sala e bater de costas contra um pesado armário de madeira.
  Ela pegou suas roupas e se vestiu com uma velocidade que era difícil enxergar exatamente o que ela estava fazendo.
  - O que houve, Madd? – ele perguntou, mas ela apareceu na frente dele como se tivesse se teleportado, e o puxou na mesma velocidade para o topo da escada, lançando para ele a toalha e fazendo sinal para que ele obedecesse.
  Ele relutou, mas um brilho dourado passou pelos olhos dela, e ele subiu obedientemente para o quarto. Ela apagou todas as luzes com um gesto de mão e abriu a porta secreta que dava para o porão.
  - Eles estão aqui – ela disse, enquanto descia correndo as escadas, chegando ao porão em segundos. Aquele aposento era na verdade uma enorme prisão, com várias celas, cadeados e um molho de chaves pendurado na parede. Ela entrou em uma das celas e fechou a porta, e então fechou os olhos. O corpo de Maddison caiu no chão, desmaiada.
  As chaves se afastaram da parede, flutuando, e trancaram o cadeado da cela em que ela estava.

  - Pronto? – perguntou Dean, checando os explosivos.
  - Sim – falou Sam, terminando de conectar o detonador. O irmão mais velho pegou o controle que detonaria as bombas, chutou a parede e disse:
  - Essas coisas subestimam demais o poder dos explosivos – ele falou, e quando seu dedo já estava no botão Sam praticamente saltou sobre Dean, arrancando o controle detonador de suas mãos.
  - O que foi? – perguntou ele, indignado, tentando pegar o controle devolta.
  - Olhe para o balanço – falou Sam, e os dois olharam para o brinquedo, que agora balançava levemente para frente e para trás, como se alguém o tivesse empurrado de leve, e então parou.
  Agora o vento agitava as copas das árvores, mas o silencio dentro da mansão ainda era o mesmo.
  - Acho que alguém está nos esperando – falou Sam, olhando para o irmão, igualmente confuso. Largando as coisas ali mesmo, carregando somente as armas, eles avançaram pelo jardim já não mais tão silencioso, chegaram até a porta da mansão, e Dean estava pronto apara arrombá-la quando ela se abriu, com um leve rangido.
  - Isso está claro que é uma cilada – falou Sam – Melhor não entramos.
  - Já nos metemos em coisas piores – falou o mais velho, já entrando – E não se preocupe, já sabemos que é uma cilada, não seremos pegos de surpresa.
  O irmão tentou argumentar, mas Dean já estava quase sumindo de vista no interior da casa, então ele o seguiu. A pesada porta se fechou atrás deles, e uma luz se acendeu. Dean segurava uma lanterna não muito forte, e Sam ligou a que carregava consigo.
  - Já sabemos que tem alguém ai, então pode aparecer! – gritou Dean, sua voz ecoando por toda a mansão e voltando para ele como um sinistro eco.
  - Não estou com um bom pressentimento sobre isso – murmurou Sam, vasculhando cada canto com cuidado – Os móveis estão limpos... A mesa de jantar está posta, tudo está organizado demais para uma casa vazia a muitos anos.
  Um barulho como um pequeno estalo foi ouvido, e as luzes se acenderam, revelando o aposento impecável luxuosamente decorado. Uma televisão de tela plana estava na parede, algo que certamente não havia pertencido aos antigos moradores. A mesa se jantar havia sido posta para várias pessoas, mas de fato só haviam dois pratos sujos, e o sofá era a outra única coisa dessarrumada ali.
  - Boa noite, rapazes – falou uma voz feminina do topo da escada – O que querem em meu hulmide lar?
  Os dois olharam para cima, e viram uma mulher de cabelos ondulados e loiros que iam até as costas, profundos olhos verdes e unhas grandes e vermelhas. Estava totalmente vestida com uma blusa vermelha e uma saia branca e usava um véu que lhe cobria o rosto. A única coisa visível eram as duas esmeraldas em sua face, que pareciam se sobrepor a tudo o mais.
  Ela desceu os dregraus com calma, cada passo com o salto-alto ecoando por toda a extensão da mansão. Quando chegou na frente dos dois irmãos, os analisou de cima abaixo, sem deixar escapar nada, e desapareceu.
  - Mas que porra... – falou Dean, quando sentiu mão o agarrem por trás, e inesperadamente começarem a percorrer o seu corpo, até suas coxas, agarrando seu sexo por cima das roupas, apertando sem timidez, e ele arqueou o corpo e gemeu, se esquecendo do resto. O que o despertou foi o som de um tiro, e viu Sam apontando a arma para o que estava atrás dele, que havia sumido. A mulher reapareceu na frente de Sam, roubando a arma de suas mãos e a jogando para longe. Ela se aproximou dele e lhe roubou um beijo, fazendo sua boca encobrir a dele e sua lingua invadir o Winchester com uma profunda ferocidade.
  Quando deu por si, a mulher havia sido atirada para longe, mas já estava em pé.
  - Ora, ora, os dois disputando por mim? – falou ela – Não precisava me empurrar para longe de seu irmãozinho, Dean, tenho o bastante aqui para os dois – ela disse, passando a lingua pelos lábios.
  - O que é você? – perguntou Dean, ainda meio confuso com o encanto inexplicavél da loira.
  - Vejamos... Eu sou antiga, muita antiga... Ou melhor, minha espécie é. Eu não sou tão antiga assim, se comparmos com outras criaturas que andam pelo mundo. Ainda estou na flor da idade – ela diz, mostrando o exuberante corpo com as mãos – E, vejamos o que mais, sim, minha espécie surgiu no Oriente Médio, se espalhando um pouco pela Europa, mas difícilmente chega a um lugar como esses, a América, sabe?
  - Você é uma... – Sam começou, mas a porta do porão foi escancarada, e de lá saiu uma menina de cabelos castanhos, bem jovem.
  - Como você entrou aqui, vadia? – ela falou, olhando furiosa para a loira sorridente.
  - Você é muito prepotente, querida – retrucou a loira, com um olhar superior – Você é tão novinha, eu tenho muito mais experiência que você. Seus poderes não conseguiram me manter longe por muito tempo.
  - Ei... Tina, é você? – falou Sam, olhando para a garota.
  Ela estendeu o braço na direção dos Winchesters e eles foram arremessados contra a parede.
  - Depois cuido de vocês – ela resmungou – Agora a minha briga é com essa vadia aqui.
  - Se está tão confiante de seus poderes, Gasparzinho, vamos ver o que você pode fazer – a loira falou e se atirou contra Tina.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!