Sogni In Un Impero escrita por Alexia Cullen


Capítulo 16
Capítulo 16




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Capítulo 16

Sasuke Uchiha P.d.v.

http://www.youtube.com/watch?v=Ginx7WKq5GE

A cabeça de Aika tombou para o lado enquanto seus olhos azuis se fechavam, ela respirou fundo e franziu o cenho.

Afaguei sua barriga de quase cinco meses e dei um imperceptível sorriso ao imaginar os meus gêmeos ali, meus filhos, o meu garotão e a minha menininha.

— Vamos sair, amor. - chamei-a vendo-a abrir os olhos e assentir.

Saí da banheira e peguei duas toalhas, coloquei a minha envolta da minha cintura e á outra enrolei no corpo da Aika. Ajudei-a a se vestir e coloquei uma calça jeans escura e uma camiseta vermelha.

Suspirei ao ver minha namorada tão quieta, tão distante e vazia.

— Amor, conversa comigo, por favor. - pedi me agachando á sua frente e pegando suas mãos que estavam entrelaçadas.

Ela desviou os olhos para a janela, mordeu o lábio inferior e franziu o cenho.

— Por favor Aika, desabafa comigo. - pedi preocupado.

Ela fechou os olhos brevemente e quando os abriu, olhou para mim, tocou em meu rosto e sorriu abatida.

— Está tudo bem. - deu-me um rápido selinho antes de se levantar e sair do quarto.

Respirei fundo ao sair do quarto e ir atrás da mesma.

Desde que os gêmeos souberam da morte dos pais á poucas horas, eles não conversaram com ninguém. Shayoran junto com Minato, Kushina e Itachi foram até o IML reconhecer os corpos, Aika ficou em minha casa para que não se preocupasse mais ainda e acabasse por complicar a gravidez.

Naruto, Gaara, Neji e Shikamaru já estavam na sala quando cheguei.

— Como ela está, querido? - minha mãe perguntou ao entregar-me uma caneca de chá.

— Nada bem. - suspirei. — Ela não quer conversar, não chora, fica somente quieta. Isso está me torturando.

— Ela está em uma espera silenciosa, está á espera de que tudo isso seja um mal entendido e de que Shayoran venha com essa verdade.

— Estou preocupado. - bebi um gole do chá.

— Meu bebê cresceu tão rápido. - sorriu. — Você vai ser pai, está criando uma família. - seus olhos lacrimejaram.

— E a senhora vai ser avó. - sorri abraçando seus ombros.

Antes que minha mãe se pronunciasse novamente, a porta foi aberta e por ela passou Kushina totalmente desolada sendo abraçada por Minato, Itachi vinha logo em seguida, eu nunca havia visto-o tão triste e cansado, parecia que os anos haviam se passado voando para ele e por ultimo, vinha Shayoran. Ele fechou a porta e parou no meio da entrada, olhou no rosto de cada um dali que estava presente e quando seus olhos chegaram até a irmã perto da janela, ele somente abaixou os olhos e continuou seu trajeto em direção ao quintal.

Aika voltou seus olhos para a janela enquanto seus olhos se enchiam de lágrimas novamente, mas ela não deixou nenhuma lágrima ousar cair.

Beijei o alto da cabeça de minha mãe quando ela voltou á chorar.

— Vai ficar tudo bem. - sussurrei para ela. —Vai ficar tudo bem. - fiquei repetindo até que seus soluços se acalmassem.

Olhei para cada um ali presente e percebi que para todos aquelas poucas horas de dor, pareciam ter passado como anos de sofrimento.

Fixei meus olhos na garota loira perto da janela, aquela garota era tão forte, tão inteligente e independente, tão cheia de sonhos e agora parecia tão frágil, com medo de todos e de tudo, parecia tão... sozinha.

Aika Tobirama P.d.v.

Fiquei observando Shayoran se deitar ao meu lado calmamente. Os olhos azuis mais claros que os meus estavam sombrios, tristes, distantes e opacos.

— Quando estamos aqui, parece que eles irão chegar á qualquer momento, que entrarão sorrindo e logo em seguida nos dando bronca por estarmos deitados na cama deles. - ele comentou voltando sua atenção para o teto e memorizando cada canto daquele enorme quarto.

A cama de casal agora parecia maior, o quarto parecia maior, a casa parecia maior sem os dois.

— Somos somente nós agora. - sua voz me trouxe a realidade. — Somente nós quatro. - sua voz era arrastada e sofrida.

Fechei meus olhos com força e me deixei levar pelo cansaço tanto físico como psicológico.

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Acordei num sobressalto, sentando-me rapidamente na enorme cama de casal. Ainda ofegando, olhei para a janela, ainda estava escuro.

Fechei os olhos e coloquei minha mão em meu peito, tentando controlar minha respiração descompassada.

Olhei para Shayoran que dormia ao meu lado, ele tinha uma expressão de dor e tristeza estampada em seu rosto, mesmo dormindo eu sabia muito bem o que ele estava sonhando.

Com muito cuidado, eu saí da cama e delicadamente, tentando não fazer barulho, saí do quarto andando em direção á sala. Minhas mãos tremiam cada vez mais á cada passo que dava, o enorme corredor parecia ficar mais longo a cada passos que eu dava.

Parei no alto da escada e imaginei meus pais passando pela porta de entrada naquele momento, os dois rindo e sorrindo um para o outro quando voltavam de um jantar romântico ou até mesmo quando os dois vinham atrás de Shayoran brigando com ele ou nos jantaremos de sexta á noite que sempre acontecia de algum dos sócios do Império. Não importava mais se eles entravam brigando, cantando, rindo, importa que eles nunca mais farão isso.

Shayoran Tobirama P.d.v.

Fechei a porta atrás de mim enquanto olhava fixamente para a enorme entrada da mansão.

Desci os poucos degraus que davam para a entrada, fechei os olhos sentindo a chuva ao meu redor, abri os braços e sorri levemente afetado quando os trovões ecoaram. Era um pequeno alivio naquele momento.

As gotas da chuva se misturavam com as minhas lágrimas. Deixei meu corpo chocar-se com o chão e fiquei ali, olhando a chuva cair sobre mim, tentando levar toda a dor, era uma mera ilusão tanta minha, quanto da chuva e dos trovões.

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O caminho até o velório estava sendo totalmente silencioso.

Aika não emitia uma única palavra, era silenciosa e fria como a neve. Ela olhava para a paisagem que se passava na janela, suas mãos estavam cruzadas em seu colo. Suspirei profundamente e olhei para frente, Itachi dirigia calmamente enquanto seguia Fugaku e Minato, os outros vinham logo atrás. Sasuke sempre tentava puxar um assunto com minha irmã, mas ela somente balançava a cabeça.

— Chegamos. - voz grossa e rouca de Itachi chamou nossas atenções.

Percebi minha irmã fazer a mesma coisa que eu, ela prendeu a respiração antes de engolir um seco. Toquei em sua mão tentando passar a confiança que eu procurava em mim mesmo.

— Estamos juntos nessa.

Ela olhou em meus olhos por alguns segundos e assentiu antes de abrir a porta do carro e sair.

— Vai ser mais difícil do que eu imaginava. - murmurei vendo os dois assentirem e também saírem do carro.

Naruto abraçou os ombros de Aika enquanto Sasuke entrelaçava suas mãos, Gaara esbarrou levemente seu ombro no meu, mostrando que estava ali ao meu lado para qualquer coisa, Neji apertou meu ombro e deu um leve sorriso. Shikamaru beijou a testa de Aika, que deu um leve sorriso para ele.

— É agora. - sussurrei sentindo meu coração bater cada vez mais rápido.

Aika estacou na entrada, seus olhos azuis procuravam algo ou alguém com pressa, quando seus olhos azuis assustados encontraram os meus, eu percebi que ela me procurava, não importava se eu estava ao seu lado, ela apenas queria eu completamente ao seu lado, seus olhos refletiam os meus.

Segurei sua mão com força e fiz menção para entrarmos, ela continuou no lugar e balançou a cabeça.

— Não. - sussurrou pela primeira vez. — Não consigo, não posso vê-los. - seus olhos se encheram de lágrimas.

— Eu sei que você pode, maninha. - sussurrei tão afetado quanto ela. — Você não está sozinha, nós não estamos sozinhos. Olhe ao seu redor, todos estão aqui para nos ajudar. - nós dois olhamos para todos que estavam ali.

Os Uchihas, Uzumakis, Sabakus, Naras, Hyugas, toda a família Tobirama, os sócios do meu pai, os amigos mais afastados e os empregados do Império.

— Vocês não irão passar por isso sozinhos. - Kushina nos abraçou, ela chorava silenciosamente. — Vocês nunca estarão sozinhos.

Pude sentir a firmeza e a verdade nas palavras de Kushina e com um suspiro entramos no velório. Fugaku e Minato haviam arrumado tudo para o enterro, eles haviam providenciado tudo.

Aika Tobirama P.d.v.

http://www.youtube.com/watch?v=eMGuacl-mew

Soltei-me de todos e andei até os dois caixões que se encontravam na enorme sala repleta de velas e arcos de flores. Todos os meus familiares choravam silenciosamente, os sócios da empresa se encontravam desolados.

Caminhei até as duas pessoas de olhos fechados que nunca mais se abririam, tão pálidos, frios, opacos... sem vidas.

Um soluço violento atravessou minha garganta ao pousar minha cabeça no peito de minha mãe, comecei á alisar de belo rosto.

— Por favor mãe, por favor acorda e me ajuda. - meu corpo tremia com os soluços. — Por favor, pelo amor de Deus não me deixa! Não me deixa agora! Por favor, eu te suplico, volta pra mim. Me ajuda a ser uma boa mãe. - solucei. — Me ajuda, não me deixa sozinha.

Caí de joelhos no chão chorando alto demais para o meu gosto, as lágrimas pareciam um rio pela quantidade delas.

— Não! Não! Não! - chorei ao sentir braços fortes e acolhedores. — Eles não podem me deixar Sasuke, não podem! - sufoquei minhas lamúrias em seu pescoço alvo. — Não podem, eles irão ser avós, precisão conhecer os netos, eu preciso dos conselhos deles, preciso do amor deles, preciso dos meus pais, preciso das broncas! Preciso deles! Eu não quero ficar sozinha! - funguei sentindo seus braços me apertarem cada vez mais.

— Você não está sozinha meu amor. - sussurrou dolorido. — Chora meu amor, chora, você vai se sentir aliviada. - Sasuke afagava minha nuca e minhas costas.

Sasuke Uchiha P.d.v.

Eu me sentia um completo inútil por não conseguir fazer a mulher da minha vida parar de sofrer.

Na hora de enterrá-los tudo piorou.

Shayoran abraçou o caixão com força.

— Me soltem! - gritou quando Itachi, Minato, Naruto e Neji tentavam fazê-lo soltar o caixão.

— Você precisa soltar, Shayoran! - gritou seu tio por parte de pai.

— Você não sabe de nada! Vocês não entendem o que estou sentindo! Vocês estão me pedindo para enterrar o meu pai! O meu pai! - gritou chorando. — Vocês não podem fazer isso, eles vão voltar! Eles precisam voltar! Eu não me despedi, não pedi perdão pelas coisas idiotas que fiz, pelas palavras duras que falei! Eu não disse que os amava!

— Eles sabiam do amor de vocês dois por eles, querido. - minha mãe tentava argumentar.

Fechei minhas mãos e olhei para Aika sentada na cadeira ao meu lado, ela olhava desolada e perdida para os caixões, estava entregue á escuridão, entregue a dor truicidante que havia dentro de si.

— Eu os amo tanto!- a voz de Shayoran se arrebentava em soluços enquanto era abraçado fortemente por minha mãe. — A vida é tão injusta. Eles podiam ter os seus defeitos, mas eram os meus pais e eu os amava muito.

Beijei o alto da cabeça de Aika e fechei os olhos enquanto as lágrimas corriam soltas por meu rosto.

— Como se sente, minha filha? - abri os olhos ao ver Keiko agachada á nossa frente, ela sorriu tristemente para mim que apenas acenei com a cabeça.

— Com dor. - murmurou ainda olhando para os caixões que estavam terminando de serem abaixados.

— Vai passar, com o tempo a dor vai se suavizando. - pegou a mão da minha loirinha.

A cabeça de Aika tombou um pouco para o lado, afastei-me um pouco para olhar em seus olhos azuis vidrados na terra que caía sobre os caixões, algumas pessoas jogavam flores e se despediam.

— Querida? - Keiko perguntou preocupada com o silêncio súbito de Aika.

Toquei em seu rosto, estava quente, muito quente e ela estava pálida.

— Ela está com febre. - falei preocupado.

— Eu quero morrer, Sasuke. - olhei assustado com o que ela acabar de dizer.

— O quê? - Keiko perguntou assustada.

— Eu não aguento. Está doendo tanto, dói tanto o meu peito, o meu corpo, eu sinto que eu explodir, sinto que a dor nunca vai passar.

— Ei, olhe para mim. - segurei seu rosto entre as minhas mãos. — Sei que o que está passando não é nada fácil Aika, mas nunca mais ouse dizer que quer morrer. Você não está sozinha, nunca estará. Vamos enfrentar tudo isso juntos, amor. Eu estou aqui e sempre vou estar, só me diga o que fazer pra te ajudar, que eu o farei, mas a dor se passa com o tempo e juntos iremos fazer com que ela se amenize a cada dia, mas por favor, me deixe ajudá-la, me deixe cuidar de você.

Seu corpo tombou para o meu colo, aquilo tudo estava sendo demais para ela. Ela desmaiou.

— Está tudo bem, desmaios são um pouco frequentes na gravidez e tudo isso está sendo demais para ela, ela precisa descansar. - acalmei Keiko que olhou assustada para Aika deitada em meu colo. — Diga aos outros que estou levando-a para casa, ela precisa descansar.

Peguei-a no colo e dei uma ultima olhada em Shayoran que estava sendo consolado por nossos amigos e por meus pais. Ele está em boas mãos.

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Deitei-a em sua cama e me sentei ao seu lado, afagando seu liso cabelo loiro, beijei sua testa demoradamente.

Toquei sua barriga e me vi ansioso para conhecer meus filhos, os meus gêmeos.

Já havíamos comprado algumas coisas, porém, ainda estávamos em dúvida em qual casa seria feito o quarto dos gêmeos.

Sorri ao ver dois pares de sapatinhos de lã no criado mudo, perto de uma foto nossa juntos, era um par azul e o outro cor de rosa.

Peguei o azul e sorri abertamente imaginando um menininho de cabelos pretos e olhos azuis implicando com um menininha idêntica á ele que fazia beicinho para o irmão.

— Você vai ser um pai incrível. - voltei minha atenção para minha gatinha que respirou profundamente quando seus olhos encontraram os meus.

Depositei os sapatinhos aonde estavam e me inclinei em sua direção.

— Hm. Você também será uma mãe incrível. - depositei um selinho em seus lábios. — Está se sentindo um pouco melhor agora? - perguntei baixinho.

— Eu não sei descrever como estou me sentindo. - murmurou. — Sinto que eu preciso desabafar tudo o que estou sentindo, desabar e chorar muito, eu queria gritar para todos o quanto está doendo, mas também sinto que tenho que guardar tudo comigo, que tenho que ser mais forte, proteger á mim e aos nossos filhos, ser forte pelo Shayoran também, pois o meu desespero é o dele e o desespero dele é o meu. - ela afagou meu rosto. — Sei que quando estou sofrendo, você também sofre e eu não quero vê-lo sofrendo, eu não suporto vê-lo sofrendo, Sasuke.

— Eu estou bem, mas você sabe que tudo o que acontece com você me preocupa, eu sempre vou estar ao seu lado lhe passando apoio e fazendo tudo isso que te aflige passar o mais rápido possível. - encostei minha testa na sua e fechei os olhos.

— Eu te amo tanto, Sasuke. - Aika mordeu meu lábio inferior. Sorri.

— Eu te amo ainda mais, Aika. Você não faz ideia do quanto eu te amo, meu anjo. A mãe dos meus filhos, minha namorada, minha amiga, minha companheira, minha noiva, minha esposa, minha amante, minha, somente minha. - busquei seus lábios com rapidez.

Estávamos deitados de lado quando eu a trouxe para mais perto pela cintura, suas mãos afagavam minha nuca, nossas línguas travavam uma batalha, ergui sua perna até o meu quadril.

Nós dois estacamos quando sentimos algo, seus olhos se encheram de lágrimas enquanto um sorriso imenso nascia em meus lábios.

— Vo- você sentiu isso, amor? - perguntou trêmula.

— Senti, senti nossos filhos chutando. - eu não conseguia conter a alegria em minha voz.

Pousei minha mão sobre a sua que se encontrava já em sua barriga, mais chute veio seguido de outro, o que nos fez rir alegremente.

— Nossos filhos, Sasuke. - chorou, só que dessa vez era de felicidade.

— Sim, nossos filhos, amor. Eles querem atenção. - rimos mais ainda.

Antes que pudéssemos aproveitar um pouco mais o nosso pequeno momento, bateram na porta.

— Pode entrar. - falei enquanto ajudava Aika se sentar na cama.

— Desculpe atrapalhar, querido. - a mãe de Gaara abriu um pouco a porta. — Sei que está sendo muito difícil para você, Aika, mas algumas pessoas vieram dizer seus sentimentos, e Shayoran precisa de você lá embaixo.

Olhei para Aika que apenas deu de ombros e se virou para mim.

— Vai estar comigo? - perguntou hesitante.

— Sempre.

Aika Tobirama P.d.v.

http://www.youtube.com/watch?v=SXjXKT98esw

— Está se sentindo melhor? - perguntei ao meu irmão quando cheguei ao seu lado e o vi segurando um copo que continha um líquido parecendo uísque.

— Tenho vontade de arrancar a cabeça da próxima pessoa que desejar pêsames, eles não sabem o que estamos passando, acham que essas palavras medíocres irão mudar alguma coisa, mas não, não irá mudar simplesmente nada. - ele virou todo o líquido.

— Sei como é. - arregalei os olhos ao ver as meninas se aproximarem de nós dois. — Não. - sussurrei sabendo que coisa boa não iria sair.

Eu vi os meninos logo atrás delas nos olhando atentamente.

— Aika, Shayoran, nós sentimos muito mesmo, sabemos que o que vocês estão passando não é algo fácil. - começou Tenten.

— Queremos que saibam que mesmo com as nossas diferenças, mesmo estando afastados, nós estamos do lado de vocês para quando precisarem, para qualquer coisa. - franzi a testa para a Ino.

— Quanta hipocrisia. - Shayoran soltou depois de rir de escárnio.

— O que disse? - perguntou Sakura com os olhos verdes arregalados.

— Eu disse quanta hipocrisia de vocês, eu não preciso ficar aqui ouvindo coisas que nenhuma de vocês realmente sente e que querem dizer. - todos já estavam observando-nos.

— Shayoran, sei que está revoltado, mas...

— Vocês não sabem de absolutamente nada! Vocês não podem chegar aqui e ditar o que estamos sentindo, pois vocês não sabem merda nenhuma! - estremeci. — Vocês escolheram nos apagar da vida de vocês, então não venham com essa história idiota e hipócrita de que "entendemos e estamos do lado vocês" porque eu não preciso da droga da ajuda de nenhuma de vocês! - vociferou jogando o copo no chão e partindo em direção á entrada da mansão.

Respirei fundo quando todos se voltaram para mim.

— Aika, nós apenas... - interrompi Temari.

— Não preciso da lamentação de vocês, precisei muito de vocês quando me viraram ás costas, não vou me apegar novamente á vocês. E para dizer a verdade, não sou que estou precisando de vocês, vocês sabem muito bem quem precisa de cada uma de vocês.

Elas olharam para trás, aonde os meninos ainda se encontravam.

Suspirei quando mais pessoas vieram me desejar seus sentimentos. Aproveitei que havia ficado sozinha por alguns segundos e corri para a cozinha, respirei aliviada quando me vi sozinha.

— Hmmm, vamos aproveitar que estamos sozinhos e comer o que merecemos, meus amores. - falei alisando minha barriga enquanto abria a geladeira e pegava alguns ingredientes para fazer um sanduíche natural.

Peguei o pão de forma integral, tomate e mais alguns ingredientes que me fizeram salivar.

— Ei, ei, podem ir se acalmando. - ri quando eles começaram a chutar. — Vocês são muito apressados, isso vocês puxaram do pai de vocês. - falei começando a devorar meu sanduíche, que modéstia á parte, estava delicioso.

— Acredito que você está sendo injusta. - pulei na cadeira ao ouvir aquela voz rouca sussurrada em meu ouvido.

Sorri para Sasuke, eu estava ocupada demais alimentando á mim e aos nossos filhos para poder retrucá-lo naquele momento.

Meu namorado mordeu um pedaço do meu sanduíche e sorriu, fiz careta para o mesmo, fiz outro sanduíche que acabou arrancando risos do mesmo.

— Estou satisfeita. - comentei contente após finalizar meu segundo sanduíche.

Olhei para Sasuke que tentava conter o riso, revirei os olhos e comecei a rir junto com ele.

— Eu tenho que alimentar os nossos filhos, Uchiha. - resmunguei fingindo-me de brava.

Sasuke me olhou profundamente enquanto ficava sério de repente, ele apoio os cotovelos na bancada e esticou seu corpo em minha direção.

— Sei que não é o momento mais apropriado para isso, mas... - ele hesitou por alguns segundos. — Mas eu quero fazer isso do jeito certo. Não quero pular mais nenhuma etapa. - aquele pequeno e quase imperceptível sorriso torto nasceu no canto de seus lábios. — Que tal sairmos amanhã á noite para espairecemos um pouco, aproveitar um momento apenas nós dois juntos?

Eu sabia que Sasuke estava me escondendo, porém, por coincidência do destino, os olhos de Sasuke Uchiha eram um oceano imenso que escondiam seus sentimentos tanto quanto os meus.

Assenti sorrindo para ele e tentando imaginar o que ele estava aprontando.

Mesmo sorrindo, eu ainda sentia uma imensa vontade de chorar, queria que tudo aquilo não passasse de um pesadelo e que meus pais passagem pela porta de vidro que dava entrada para a cozinha pelo jardim, mas não, isso nunca mais iria acontecer.


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Notas finais do capítulo

Bom, eu espero que tenham gostado do capítulo! Perdoem-me pela demora, mas como já sabem, a vida não está fácil pra ninguém.
E então, me digam o que estão achando da história, no capítulo passado apenas duas pessoas comentaram e eu preciso saber o que estão achando da história.
Para quem está lendo minha outra fanfic "Mistakes", eu postei o trailer da história, dêem uma passada lá!
Logo, logo postarei o próximo capítulo!
Beijosss
*-*



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