Não se Esqueça. escrita por Alice e Cecília


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Gente, este capítulo está meio pequeno, e contém:
Alcoolismo, e drama.



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Esta parte a Alice escreveu: Sem colaborações Luíza.

Estava triste pela morte de Lizzie.Ainda não havia superado.Meus sentimentos eram como seu eu tivesse morto.Me sentia no fundo do poço.Arrasado.Afinal,toda a minha família tinha falecido,e eu morreria em seis meses.Naquele momento o mais importante para mim era descobrir quem havia incendiado minha adorada casa.Aquele ser nada humano que matou minha família.Aquele que destruiu tudo o que eu amava.Aquele,que escreveu e apagou o momento mais triste da minha vida.Aquele que diminuiu meu sofrimento eterno para seis meses.Depois disso irei ganhar tudo o que perdi.Estava decidido de que o encontraria,E quando o achasse eu encararia ele nós olhos.Nós encontraremos nossos olhares.Eu me fixarei neste ponto.E o farei pagar por tudo o que passei.Por tudo e por todos que perdi.E eu jurei,que ele iria trazer minha Lizzie de volta.Assim como ele a tirou de mim.Assim como acabou comigo.Ele iria pagar.

Ao voltar para casa,comecei a ler os documentos do papai (eu pegara eles no escritório da empresa).Comecei a lê-los.

No meio deles havia uma folha grande.Logo acima havia uma palavra:testamento.Ele dizia:

“22 de novembro de 2010

Faço hoje este rascunho para meu testamento.Tenho 42 anos e minha esposa 46.Fiz este testamento pois tenho uma doença terminal,que provavelmente será passado para meu filho Luke Evans.Tenho apenas dois anos de vida.Tenho três filhos:Luke,Elizabeth e Lílian Evans.Deixo para eles e para minha esposa”

Logo depois havia uma lista de coisas do meu pai que ele deixaria para nós.Lá dizia que ele deixara para mim seu amado carro.Um camaro preto que por causa do incêndio estava todo queimado.

Senti sede e fui até a cozinha,mas lembrei que refrigerante quente é ruim,e a geladeira estava toda queimada.Abri o congelador e senti a fumaça de ar quente bater em meu rosto.Não havia nada lá,além de uma garrafa vazia etiquetada “Cerveja do Papai”.Lili adorava etiquetar as coisas.Foram incontáveis as vezes que abri minha gaveta (eu e Lizzie dividimos uma cômoda) e achava etiquetas que diziam : “cuecas do Luke”.Sim,nem minhas cuecas tinham privacidade na família Evans,e nada,nada,sobreviveria às etiquetas de Lili.Havia até um pacote cheio de etiquetas que dizia “minhas etiquetas”.

Lembrei que quando entrei em casa cheguei a ver que a “cerveja do Papai” não haviam sido queimadas.Fui até a sala checar se elas haviam sobrevivido,e sim,elas estavam impecáveis,sem nenhum arranhão.Poxa,minha família não sobrevivera mas o álcool sim?Sacanagem.Peguei uma garrafa.Olhei bem para elas.Examinei o vidro e percebi que Lili não havia etiquetado aquelas.Pensei bem antes de abrir a tampa.Mas,eu já tinha perdido tudo mesmo,não havia mais nada a perder.Abri a tampa,e tomei um bom gole.O gosto era estranho.Eu já tinha bebido antes,afinal tinha 19 anos.Mas,enfim foi bom dar uma descontraída.Dei mais um gole.Depois de um tempo o gosto estranho se transformou em gosto bom.Quando atinei já tinha bebido metade da garrafa.Bebi o resto de “virada” .Em um gole só.Era tão bom,que não pude resistir.

Abri outra garrafa e comecei a beber. O cheiro era forte,mas eu não estava nem ai.

Gente, a partir de agora, a Alice largou o capítulo e ele é da 

Cecília, pois ela o terminou.

Beber de nada adiantaria,era só uma maneira de tentar ignorar tudo aquilo.Pensei então na forte ressaca que eu iria ter,e,resistindo à tentação,me afastei de lá.

Andar normalmente era difícil.Fui andando até o ponto de ônibus.Dez minutos depois peguei o ônibus.Todos pareciam notar,claramente,que eu havia bebido,e muito.

Desci do ônibus,e fui até um prédio.Ben,meu melhor amigo,me esperava na porta.Entramos no apartamento dele.

-Luke,você trouxe suas coisas?

Assenti,apontando para a minha mochila.

Bem me entregou uma copia da chave:

-Fique aqui por um tempo - ele fez uma pausa - Você não deveria ter bebido tanto.

-Obrigado por me ajudar – eu disse,e não fiz comentário sobre a bebida,

-Vá tomar um banho,Luke.Por favor – acrescentou.

Eu realmente estava com um cheiro forte de álcool. Tomei um banho e vesti uma roupa que Ben me emprestara.Coloquei um casaco e passei perfume,para disfarçar os restos do cheiro da cerveja.

-Você está pronto,Luke? – chamou Ben

“Não estou pronto para isso” eu pensei.

Fui até a sala,e nos saímos.Pegamos um táxi e descemos naquele lugar horrível.

Cemitério.Local onde agora eu adquirira enorme repulsa e temor.E eu voltara lá.

Entramos.Era uma tarde fria e sombria.Clemente,o padre muito amigo de nossa família chegou,acompanhado de uma senhora,que ele disse ser uma amiga dele.

-Sentimos muito,Luke - falou o padre.

Nos dirigimos até o local onde ocorreria o enterro.

Lutei contra as lágrimas enquanto me aproximava.Aquele era o momento final,era o símbolo do desapego.

Cheguei perto do caixão.Lá dentro repousava a figura que eu sempre amara:Elizabeth.

Ela vestia um vestido preto,que contrastava com sua pele pálida.Seus olhos estavam cerrados,mas não havia paz em seu rosto.

Aproveitei aqueles minutos.Amanhã ela já  estaria debaixo da terra,e eu não a veria nunca mais.

Segurei a mão dela,que estava gelada.Comecei a chorar.Eu enterrara todos da minha família.

- Lizzie...Esta é a ultima vez que eu vou te ver.Irei sentir muito a sua falta.Quero que saiba,antes do fim,que eu te amo.E me sinto terrível por estar tão impotente nessa situação.Me espere,está bem?Eu vou morrer em seis meses,talvez antes,se eu tiver sorte.Eu realmente acreditei que você não iria me deixar – eu parei,e simplesmente chorei.Entre as lágrimas,continuei – Então,acho que isso é um adeus.Até logo,Lizzie

Me afastei do caixão.Ben colocou a mão no meu ombro.

O padre rezou,e todos dissemos algo sobre Elizabeth.

Olhei novamente para ela.Era impressão minha ou ela estava mexendo?



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Notas finais do capítulo

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