Querido Diário,

Não tive tempo para continuar a história nas masmorras. Lembrei de minha mãe, e naquele momento somente Lala pôde me ajudar.

Potter fechou a porta das masmorras, com aquele mesmo sorrisinho debochado que eu tanto odiava.

- Já soube de você e Malfoy. - disse ele, rindo.

Passei de ódio a desespero.

- M-m-as como? - perguntei, chocado.

- Eita! Tá parecendo o Sirius! Só falta começar a usar aquelas gírias de pescador...* - disse Potter.

- Que? - perguntei, confuso. - Bom, não importa agora. Como você soube?

- É tão óbvio! Malfoy sempre fica para trás no fim da aula... E estou surpreso que ele não esteja aqui agora

- Você precisa jurar que não vai contar nada! - eu disse, bruscamente.

Potter pareceu confuso, a julgar pela sua expressão.

- Não é nada disso! - disse o garoto - Na verdade, eu...

- Você...? 

Harry começou a dançar "você você você você você você você quer?".

- Quem te ensinou isso? - perguntei, surpreso.

- Dumbledore, é claro! Ele é muito bom em funk, sabe...

Não respondi, mas observei Harry com atenção.

Então, uma linda cabeleira loura surge em minha sala.

- Snape! Achei que você me amava! - disse Draco.

- Mal-mal! - sussurrei, enquanto via meu amado me dando as costas. - Não é nada disso! Você conhece Potter... Por favor...

Então, uma lágrima quase escapou de meus olhos.

- Potter! Fora daqui!

Expulsei-o das masmorras, a tempo de ver sua expressão triste. Se não me engano, ele também estava chorando.