Daimones escrita por Zero


Capítulo 3
Capítulo 2 - Sarah


Notas iniciais do capítulo

Aliás, para quem quiser saber o que significa "Daimones", é anjo em egípcio. q



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Capítulo 2 - Sarah

Os dias em aula estavam tornando-se insuportáveis.

Seth ainda sentia aquele calor inexplicável em meio à baixa temperatura, e nem mesmo as tímidas brisas leves que penetravam as grandes janelas de vidro da sala de aula, não lhe proporcionavam algum alento.

O professor implorava por silêncio em meio aos gritos dos alunos alucinados, e Seth já perdera as esperanças de ter algum retorno dele, por isso estava tentando passar o tempo ouvindo suas músicas preferidas. Até que rock clássico soava bem naquela hora da manhã.

Às vezes Seth parava e ficava horas ouvindo músicas e imerso em devaneios. Reflexões indistintas, e temas em que muitas vezes ele mesmo não sabia dizer o porquê de pensar sobre aquilo. Sua mente vagava, e em certos momentos, ele tinha a nítida impressão de poder entender as pessoas, algo como sentir o que elas sentiam. Uma característica que ele mesmo nunca soube dizer ao certo o que significava.

Aquele tumulto estava o deixando realmente irritado, e ele relanceava incessantemente para o relógio na parede acima do quadro negro. Ao menos a aula estava terminando.

A educação brasileira já fora melhor sem dúvida, mas o que se pode fazer sozinho num país de proporções continentais como este? Sim, muitas vezes o rapaz parava para pensar nisto, e que cada vez que ele percebia a precariedade de tal sistema, ele sentia-se cada vez mais enojado. Será mesmo que não se poderia fazer um esforço para tentar melhorar o nível educacional? Basta refletir por um segundo, não é óbvio que o futuro está nas mãos dos que necessitam de educação hoje? Quem dera as pessoas fossem como antigamente, quando elas pensavam e queriam evoluir.

Aquilo, mas do que para qualquer um, era uma tormenta para Seth. Ser superdotado em meio a pessoas que nem ao menos tinham a metade de seu QI, era quase a sensação de viver com macacos. Ou ao menos era a sensação do garoto.

Ele nunca houvera conhecido alguém que pudesse superá-lo, ou manos alcançá-lo em seu nível intelectual. Nunca vira, em todo o tempo em que vivera naquele antro, alguém capaz de fazê-lo suportar mais que cinco minutos de conversa. Pois Seth vivera naquele orfanato desde que se conhecia por gente.

Pelo menos até aquele momento.

Há uns dois meses, havia entrado uma novata no orfanato. Nada diferente de início, porém, após ser transferida para a sala de Seth, parecia que algo estranho estava acontecendo. Ela conseguira ir melhor que ele em quase todas as matérias escolares, não que fosse algo “impossível” de se fazer, mas para estudantes órfãos suburbanos de São Paulo, era realmente difícil encontrar alguém preocupado em estudar. A garota era linda, então o rapaz até chegou a se perguntar se havia algo a ver, pois foi exatamente no aniversário dele que ela foi mudada de sala, e a partir dali, coisas estranhas começaram a lhe ocorrer. Pesadelos, a mudança de aparência, sensações estranhas vindas das pessoas, e o mais incrível. Ninguém percebia nada.

Sethiel tentava digerir sua inexplicável mudança de aparência, mas sinceramente, ele estava muito apavorado para aquilo. Ele na verdade nunca gostara mesmo de ser algum tipo de centro de atenção, de qualquer lugar ao qual fosse inserido, pois isso o deixava desconcertado, mas o fato de o ignorarem por completo era quase tão angustiante quanto aquilo. E até agora, ele não sabia bem o porquê de não terem percebido sua mudança repentina. Talvez não tivessem notado, mas era inconcebível para sua cabeça.

Entretanto, parecia que tal falta de percepção, não era generalizada. Pois Sarah fora a única a mostrar ter visto algo que o destacasse, ela havia percebido.

Seth fora retirado de seus devaneios com o súbito toque do sinal para o fim da aula. Ele desligou seu Iphone enquanto tocava rock clássico, e seguiu pelo corredor que levava até os dormitórios, até sentir uma mão prendê-lo pela manga da jaqueta de couro preta.

Ele olhou para trás, desvencilhando-se com força, até demais, da mão que o puxara. Então corou.

Olhos profundamente azuis o fitavam com um semblante sério, ferrenho, e com uma ponta de receio. Seth sentira um choque percorrer-lhe o corpo quando viu a figura que o fizera parar. A garota tinha cabelos longos e loiros, uma cor vibrante e veraneia. Seus olhos eram de um azul anil profundo, penetrante, oceânico. Sua pele reluzia de palidez, quase como neve brilhando com o sol. E ela tinha uma presença de espírito quase intimidadora. Parecia uma onça pronta para o bote.

Venha comigo, preciso falar com você.

Disse Sarah, quase como uma ordem.

Seth ficou-a encarando, vermelho de vergonha, sem entender o porquê de algo tão repentino. Ela nunca falara com ele antes, e ele não via motivos para falar aquele momento. Relutou de início, mas enfim falou:

O que você quer? – perguntou o rapaz. Seth nunca fora alguém muito sociável, decorrente de seu nível intelectual elevado, e tinha uma grande dificuldade de expressar-se, portanto, acabara sendo grosso muitas vezes em reações onde não sabia lidar direito.

Ela o olhou, franzindo o cenho, e puxou-o com mais força pela manga, arrastando-a pelo lado contrário do corredor, ela serpenteando por entre o enxame de pessoas, e ele desviando e esbarrando nelas.

O que você está fazendo? – perguntou ele, já enraivecendo – Onde está me levando?

Ele até tentou soltar-se, mas parecia que ela tinha mãos de ferro. Era impossível fazê-la largá-lo.

Nós vamos até... – Hesitou ela, então disse, balançando a cabeça – Vamos ter um encontro.

O rapaz pareceu que ia explodir, pois seu rosto ficou tão vermelho, que parecia um tomate inchado. Ele até estava pensando em protestar, mas o que ela dissera, fizera-o ficar completamente sem palavras. Para ele era ainda “meio” complicado esse tipo de coisa. Para não ter de ficar mais envergonhado, ele ficou olhando para o piso liso aos seus pés, apenas enxergando os tênis que iam e vinham em meio à multidão no corredor.

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Sarah relanceou para trás, rindo do rosto corado do rapaz. Então aproveitou, e deixou a mão escorregar do braço para a mão dele, e puxou-o mais forte para fora. Ela riu de novo, quase sentindo o choque percorrer o corpo dele.

O sol estava encoberto por uma grossa camada de nuvens negras, escurecendo todo o gramado que se estendia pela escola a fora. Vários adolescentes estavam espalhados, recostados nos troncos das árvores. Os dois saíram rapidamente, desviando e pulando por sobre os grupos espalhados no parque em aberto.

Ela viu o Iphone na mão de Seth e então pegou sem avisar, e animada, colocou, na maior altura possível, ACDC, enquanto cortavam o grande parque até a avenida.

Sarah divertiu-se com a expressão de Seth, quando a escola toda se virou para fitar os dois, que ouviam a música na maior altura, e mais ainda, quando ele percebeu que o celular estava em suas mãos de novo.

Já chega me diga onde estamos indo, ou eu não saio daqui? – Disse Sethiel, irritado, estacando no meio fio, fazendo-a parar.

Sarah suspirou, aquiescendo, então se virou para ele, e com os seus olhos de lince, fitou-o e disse:

Tenho que te tirar daqui Seth, e te levar o mais longe o possível. – Respondeu por fim, com uma expressão que deixava claro que estava sendo sincera.

Ela viu Sethiel corar de novo, ela não fazia nenhum esforço para não dar uma impressão de duplo sentido em suas frases. E estava claramente divertindo-se com a reação dele com suas palavras.

Por quê? – ele indagou, ainda sem entender.

Agora não posso dizer, mas logo você vai saber, eu garanto, então vamos. – disse ela, rapidamente, e já se virando, para puxá-lo avenida a fora.

Ele não arredou o pé, e continuou a fitá-la com uma expressão séria. Puxou a mão, soltando-se dela. Então ela viu que não funcionaria. Ela parou, e olhou para o céu azul anil, assim como seus olhos, e respirou fundo, fechando-os lentamente, e descendo a cabeça até ele, abriu-os. “Ainda é cedo para acreditar”, pensou. Sarah sabia o que deveria ser feito, mas não tinha ideia de como. Porém não tinha mais tempo para protelar, aquilo tinha de ser logo, então não viu alternativa.

Seth, – começou – é que...

BUMMM!!!

Uma explosão do outro lado do prédio, na área de estacionamento, eclodiu, fazendo o orfanato todo tremer. Sarah travou-se na hora, quase aliviada por ter sido interrompida, mas então algo aconteceu.

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Seth tremeu com a explosão, e então sentiu algo pressionar-lhe o corpo, uma pressão muito forte, que o fez suar frio, e um medo inebriante o aplacou. Ele olhou para Sarah, com a vista embaçada, e a viu dobrar-se também, com a dor que a pressão causava.

Todo o colégio, e o pessoal de dentro do orfanato correram para ver o que havia acontecido. Um tumulto e uma gritaria ecoaram por todo o espaçamento ao redor do estacionamento, enquanto a polícia e os bombeiros chegavam aos montes donde saíra a explosão repentina, tentando impedir a entrada do pessoal lá.

Sarah e Sethiel chegaram perto do tumulto, abrindo espaço por entre as pessoas, e tentando entrar na zona de onde vinha a forte pressão. Mesmo com os dois sentindo claramente a cabeça latejar, eles não viam ninguém mais à volta deles na mesma situação. Fato estranho, mas nada comparado ao que viram frente aos seus olhos.

Um pouco acima de onde saía a fumaça da explosão, havia uma espécie de fenda, como uma ferida aberta na horizontal. Parecia um corte no ar, que vinha do nada, uma fenda negra cortando o espaço. E incrivelmente tinha um braço imenso, todo deformado, como se tivesse acabado de sair de um incêndio, saindo de dentro dela, com a mão sobreposta por sobre um carro esmigalhado que liberava labaredas de fogo e fumaça. Seth e Sarah ficaram atônitos. Assustados com o viam diante de seus olhos.

Olhos rubros cintilaram de dentro da fenda, sedentos e monstruosos, e Sethiel sentiu um arrepio percorrer-lhe a espinha.

Tarde demais, - Sussurrou Sarah, então Seth virou-se para ela, com uma expressão de pura incredulidade – Temos que sair daqui, agora.

Qualquer esperança que Seth tivera de ter alguma explicação plausível e racional de Sarah daquilo que avistara, se fora num súbito, quando ela irrompeu para longe do estacionamento, fugindo o mais rápido que podia o que era realmente rápido, e deixando ele para trás, sem reação.

Seth olhou em volta, esperando ver mais alguém com a mesma expressão de medo que ele tinha, mas parecia que todos ignoravam o braço gigante que saía do buraco preto no ar. E então ele sentiu um puxão forte na costa de sua jaqueta, e a garota estava com os olhos crepitando, com latente desespero da situação em que se encontravam, puxando-o para fora do tumulto.

Eu disse AGORA!

Os dois então corriam o mais rápido que suportavam para ficar o mais longe o possível do monstro, que agora estava retirando o restante do corpo para fora da fenda, que se expandia gradualmente.

Sarah foi disparando na frente, flanqueada por Seth, enquanto o monstro ia saindo da fenda inteira. O gigante monstruoso era ainda muito mais assustador visto completamente. Tinha uns dez metros de altura, todo deformado por queimaduras de quinto grau, e olhos injetados por sangue e puro ódio. E incrivelmente em sua cabeça, haviam duas saliências, como chifres, se destacando na careca suja de fuligem, sangue e queimaduras. À medida que se aproximava dos dois com seus longos passos, ele amassava tudo o que encontrava pela frente, inclusive os pobres inocentes que não podiam enxergá-lo, não sabia Seth como.

Pelo amor de Deus, me diga que isso é um pesadelo, um pesadelo horrível, mas um pesadelo... – clamava o rapaz em voz alta.

Ah garoto, eu pensei que você fosse mais corajoso, – reclamou Sarah, tentando esconder seu pavor iminente – isso não é nenhum sonho, é bem, bem real. E se te serve de consolo, ele mata rapidamente.

Seth olhou para ela, incrédulo.

Espera ai, você sabe o que é isso?

Enquanto eles falavam aos berros, o monstro parecia se aproximar mais e mais, sem esforço algum, e em momentos, ele estava a três metros de distância. Os dois já se sentiam exasperados.

Isso é um demônio. Um Legião provavelmente. Eu acho que até sei o porquê dele estar aqui, só não sei como. – bradou a garota.

O demônio já estava em cima deles, quando eles perceberam, e viram que já não conseguiriam mais fugir. O gigante estirou o braço direito para o alto, e soltando um bufo de fumaça negra, desceu com uma força e ferocidade sobrenatural, bem em direção de Sarah. Seth, desesperado, não pensou duas vezes, e arremessou-se por cima dela, e a jogou, junto a ele, para fora do campo de alcance da mão colossal. Por sorte, o monstro era lerdo, e não mudara a direção do ataque.

Os dois saíram rolando no gramado, em meio a terra e fuligem, geradas pelo ataque do monstro, que arrancara um lasco da terra com suas unhas de arado. Sarah caíra por cima de Seth, e ele corou, como de costume. Os dois se olharam por um longo tempo, um ou dois segundos mais ou menos, antes do demônio perceber a localização deles. Sarah riu, e se levantou rapidamente, puxando o rapaz consigo, e antes de irromperem em uma corrida desenfreada, ela apenas teve tempo de sussurrar um agradecimento. O sussurro fora doce, e Seth quase se derreteu por aquilo.

O demônio virara-se na direção deles, e estreitou os olhos, partindo a segui-los avenida a fora. Sarah estranhou por um momento, uma repentina parada do monstro, mas logo percebeu o que ele planejava.

Em meio à corrida incessante, os dois adolescentes não olharam para onde iam exatamente, preocupados apenas com a aproximação do gigante, mas quando se deram conta, haviam sido presos num beco, ao atravessar a avenida, e quando olharam para trás, o Legião estava fitando-os, com o canto asqueroso dos lábios, dobrados, se não fosse tão feio, talvez pudessem dizer que se tratava de um sorriso.

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O gigante ficou olhando os dois ratos encurralados no beco a sua frente. Sua garganta palpitava, ele lutara muito por aquilo, e flashes ainda faziam-no se lembrar da batalha que precisara se submeter para poder caçá-los. Ali estava seu prêmio, seu passe de saída, e alimento há muito esperado. Ele iria fumegá-los.

O demônio inflou o pulmão, e deixou o máximo de gás se juntar com seu fôlego. E quando se preparava para liberar uma enorme bola de fogo...

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È completamente impossível. – exclamou Seth com a imagem diante de seus olhos.

A enorme criatura infernal à sua frente, um momento atrás estava pronta para pulverizá-los, e inexplicavelmente, agora parecia um porco espinho. Centenas de espadas haviam se materializado à sua volta, e chovido por sobre seu couro deformado. E um líquido negro e asqueroso estava escorrendo de suas entranhas perfuradas. O monstro havia sido morto, e os dois jovens, salvos.

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Graças a Deus”, pensou Sarah.

Naquele momento já estava pensando se deveria tomar medidas drásticas, mas milagrosamente o que ela esperara até então havia finalmente acontecido.

Uma silhueta insurgiu por detrás da criatura que se desfazia em cinzas e centelhas negras. Suas vestes brancas esvoaçando com as emanações de vento quente. Um capuz ocultava-lhe a face, e uma luz fraca acabara de se esvair por completo do que parecia ser um colar em seu pescoço. Um colar em forma de asa. Então o homem parou a frente dos dois.

Seu imbecil. – exclamou o homem com um tom de raiva muito conhecido, olhando para Sethiel. – vamos.

Quando Seth preparava-se para pedir explicações, gritar de indignação, e dar um ataque com a cena que ele acabara de presenciar, ele sentiu sua boca se trancar, como se tivesse sido colada por uma força invisível, e logo percebeu que não conseguiria abri-la.

Olhos familiares se destacaram por debaixo do capuz branco de seu manto, olhos brilhantes e alvos. E então o rapaz reconheceu o homem que o salvara.

Padre, – disse Sarah com profunda reverência – me perdoe, fui descuidada.

Não se preocupe Sarah, a culpa não foi sua. Mas agora é tarde, eles já sabem. Se o garoto tivesse te ouvido, talvez não tivessem os colocado neste beco sem saída – ele olhou em volta – literalmente.

Seth estava sentindo vertigem novamente. As coisas que presenciara não podiam ser verdade, ele sabia, mas como duvidar de seus olhos. A tontura fê-lo perder o equilíbrio, e o padre de branco o pegou antes de mergulhar no chão de ladrilhos.

Ele olhou à sua volta, já sem vestígios das cinzas do gigante, como se ele tivesse realmente evaporado. Seth se perguntou como, mas o padre o respondeu como se pudesse ler sua mente.

As cinzas dos demônios retornam ao inferno quando eles são mortos, não se preocupe, e mesmo que isso não acontecesse ninguém poderia enxergá-los.

Seth gemia com a boca colada, ansiando por respostas, e indignado com a única pessoa que em toda a sua ele respeitara.

Sethiel vivera sempre naquele orfanato, mas quando era bebê fora levado pelo próprio padre ao lugar onde passara a viver. Mas ele sempre alegara que apenas não poderia tê-lo cuidado, porque o ofício da ordem lhe exigia muito.

Seth e o padre, sempre se deram muito bem. O rapaz sentia como se ele fosse o seu pai, e sempre que tinha problemas, ele contava com o cujo para pedir conselhos. Os laços que criara com o padre, talvez fora a única coisa que não o deixou tornar-se um ser completamente anti-social, e para ele, este era o sentimento mais próximo do que ele podia chamar de... Família.

A sua boca começou a libertar-se aos poucos, até ele ser entorpecido pelo sentimento de paz que ele sentia quando se aproximava de seu mentor. A calma o fez dissipar toda a ansiedade injetada em seus sentidos, e já podia esperar, pacientemente, por respostas de forma espontânea. Sarah, e o padre sorriram.

Chegou a hora de ir.

Disse então o misterioso homem de branco. Sarah olhou para Seth, e deu-lhe uma piscadela. E no momento em que ele ia abrir a boca para indagar do que se tratava a tal “hora”, o padre prosseguiu virando-se com seu grande manto branco esvoaçante.

Para casa.

E a última coisa que Seth viu antes de ser engolido pelo negrume da inconsciência, fora uma ofuscante luz. Uma luz branda e celestial. O longínquo brilho do horizonte. A luz de seus sonhos...


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews ? T_T



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