Você tem um radar é?

Mihael havia finalmente conseguido, mas não por muito tempo. Assim que ele se aproximou novamente, Hizaki entrou no quarto correndo e saltou em uma voadora mortal. (rimuitodessaparte)

Mihael levou o golpe no ombro e se afastou de Minoru.

-Minoru, você tá bem? Esse idiota te corrompeu é?

Hizaki dizia com uma voz igual aquelas dona de casa falando com os cachorros. Ele abraçou Minoru como sempre fazia quando esse tipo de coisa acontecia. Minoru sempre tentava dizer algo, mas estava morrendo de vergonha e não conseguiu se soltar para mandar Mihael para a puta que pariu.

-Fique longe do meu namorado.

-Você tem um radar é?

-Eu não confio em você. –Sorriu vitorioso- Acha que poderia me enganar?

-Hmph, você não é tão idiota quanto pensei.

-Você não é tão esperto quanto pensei.

-Vocês dois parecem duas crianças discutindo como eu pensei. Vamos, Hizaki...

Minoru largou a vergonha, segurou na mão de Hizaki e saiu andando com ele. Hizaki suspirou, seguindo o namorado enquanto era puxado. Mihael ficou para trás, em seus pensamentos e novos planos.

-Minoru, melhor ficar longe dele.

-Eu sei... Eu estava procurando algo importante...

-Algo importante?

-Eu vivo com um brinco certo?

-Sim.

-Eu o perdi. –Suspirou.

-Sério?! Oh meu deus, vamos procurar!

-Não, tá tudo bem. –Riu- Acabei de me meter em confusão por procurar isso, vamos apenas embora. ~

Ele entrelaçou os braços com o de Hizaki e saiu andando.

“Que Miteru não fique bravo...” – Suspirou enquanto pensava.

(E falando em Miteru) Miteru e Siegfried conversavam normalmente, afinal, eles eram amigos. Satoshi estava na biblioteca (desculpa gente, eu tenho certa tara por coisas acontecerem na biblioteca) conversando com um jovenzinho de cabelos castanhos e olhos azuis, um pouco mais velho que eles.

-Haha, que estranho, Himasaki-san. ~

-Já disse que pode me chamar de Kyoya.

O jovem riu. Chamara-se Himasaki Kyoya, era um jovem animado e que chamara muito a atenção dos outros com seus olhos cor do céu. Satoshi deu um risinho também.

-Desculpa, é o costume.

-Tudo bem.

Riram.

-Bom, acho que vou indo encontrar o Miteru.

-Ah, já? Estamos em uma conversa tão boa. ~ - Riu.

-Nyu, ele vai encher depois. –Arrumou a madeixa vermelha e suspirou, depois deu um sorrisinho- Nos vemos depois ou amanhã então.

Levantou-se, pronto para ir embora. O jovem logo se levantou também e por impulso segurou a mão de Satoshi. Quando iria dizer algo, Miteru e Siegfried entraram no lugar. Ele largou a mão de Satoshi e ficou em sua posição normal.

-Ah, Sato, tava demorando. – Disse Siegfried.

-Desculpinha, Sieg. –Riu e olhou para Miteru, que parecia bem emburrado- O que foi Miteru?

-Nada demais. –Olhou para o garoto- Quem?

-Eu chamo-me Himasaki Kyoya, prazer em conhecê-lo.

-Perguntei quem é, não perguntei seu nome. –Olhou para Satoshi novamente- Vamos?

Satoshi suspirou.

-Desculpe por isso, Kyoya-kun.

Ele riu de leve e saiu andando de mãos dadas com Miteru. Miteru olhou para Kyoya, o avaliou e voltou a andar com Satoshi.

“Nada que Satoshi pareça se interessar” – Pensou Miteru.

Eles continuavam andando rindo e conversando, indo para suas respectivas alas de dormitórios.

No dia seguinte. ~

-Yuuki, quem é esse? –Disse Michiru, extremamente evidente que ela havia achado o garoto bonito.

Ao lado de Yuuki, havia um jovem ruivo de cabelos longos. Seus olhos eram um verde-escuro estonteante, e sua pele alva. Ele não era baixo e nem alto.

-Souma Akira.

-Ele é o nosso Fuku-Taichou (Vice-presidente), Homura. Não se lembra?

-QUE?! VOCÊ É O FUKU-TAICHOU?!

-Você nunca me viu na sua vida. –Arqueou uma sobrancelha.

-Já vi sim! Usava óculos, tinha o cabelo curto desalinhado, e nunca mostrava o rosto pra ninguém. Parecia um insetinho indigente andando pela escola.

-Yuuki, pelo amor dos Deuses...

-Ela é sempre assim.

-Mas quem diria que você é essa beldade! –Riu- Devia se mostrar antes, Aki!

-Impressionante que já ganhou intimidade o suficiente hein... Que seja. Eu nunca tive cabelo curto, eu tinha fobia de multidões e eu perdi meus óculos, aí tive que por lente para não acontecer isso de novo. –Suspirou- Bom, Yuuki, eu tenho que fazer os preparativos das apresentações de hoje, você cuida de quem vai se apresentar. Quero os papéis com os nomes e dados até às três horas em ponto.

Ele começou a andar, mexendo em uns papéis. Yuuki suspirou.

-Mandão como sempre...

-Que bom que Hiroshi não é ciumento, e que bom que eu não sinto atração pelo Manolo. Mas Yuuki... Por que não me apresentou ele antes? –Disse emburrada, e logo riu- Bom, vou te deixar em paz, vai fazer isso ae.

-Michiru. ~

Minoru correu até ela e entregou um papel.

-Aqui está sua nova música. É curta, mas é divertida. E tem essa aqui também. –Entrego outro papel.

-E você?

-Está guardada. Ela ficou estranha e não sei se cantarei. –Riu.

-Meu filho, pior do que aquela música cover que a gente fez do Chris Brown, não tem. Não se esqueça de que ela é estranhamente tensa.

Minoru riu.

-Sim, sim, desculpe-me. Bom, eu vi o Fuku-Taichou passando por aqui, ele disse que quer que eu apresente tudo para o Yuuki-Taichou. Falando nisso, você o viu?

-Acabou de sair daqui, foi pra sala onde estão ocorrendo às inscrições... Pera, tu reconheceu o Aki?

-Reconheci sim. –Disse em um tom confuso- É o único Souma Akira que eu conheço.

-Mas ele mudou tanto desde a ultima vez que o vi! Impossível!

-Ah. ~ -Riu- Imaginei que teria sido algo do tipo. Fuku-Taichou sempre foi uma pessoa bonita, só que ele vivia sob aqueles óculos enormes e o cabelo preso. ~

-Holycrap. Bom, vamos lá nos inscrever!

Michiru riu e saiu correndo com Minoru. Ambos preencheram os papéis e foram para o local onde ocorreriam as apresentações. Lá, Akira organizava tudo. Nenhum aluno escapava de ajudar a colocar as coisas no lugar, e ninguém ousava contrariar Akira.

Não demorou muito e tudo estava pronto. Foram todos reunidos – Principalmente adultos e outras pessoas que vieram de fora do colégio -, esperando pelo show.

Michiru chegou vestida de mulher, com uma saia curta xadrez preta, corselete vermelha tomara-que-caia, botas até o joelho vermelha e braceletes pretos.

-VAMOS LEVANTAR ESSE LUGAR PESSOAL!

-Céus... –Disse Akira, observando tudo ao longe.

A música começou e logo Michiru começou a cantar e dançar. Foram duas músicas, uma atrás da outra. Eram animadas e todo mundo acompanhou a dancinha dela, com alguns passos errados.¹

E logo chegou a vez de Minoru. Foi a única vez que ele ficou nervoso por cantar alguma coisa, já que era na frente de milhares de pessoas diferentes agora. Hizaki, ao longe, fez um aceno sorridente para ele, e ele engoliu a seco. Ele chegou perto do microfone e logo Miteru chegou com outro. Ambos se olharam, fizeram um aceno com a cabeça e a música começou, e eles começaram a cantar.²

Tudo ocorreu bem e no final o grupinho se juntou, deixando os outros se apresentarem. Até que um pessoal arrastou Akira para o palco, e todos fizeram um coro de “canta, canta!”

-Ele sabe cantar? –Disse Michiru, surpresa.

-Sabe. –Disse Hiroshi, rindo- Isso eu quero ver.

Vencido pela multidão, Akira foi até o microfone, amarrou o cabelo e suspirou.

-Que seja, que seja. –Disse bufando, pegou o microfone- Só não se arrependam depois.

E então ele começou uma música. Sua voz era bonita e divertida, fazendo as pessoas vibrarem com a música – Que graças a divulgação da Yamaha e alguns covers, era muito famosa agora no Japão.³

-Então ele é o novo do grupinho? –Disse Hizaki envolvendo Minoru com um dos braços- Vamos torcer pra que aqueles dois idiotas passem a gostar mais dele.

-Fala do Shinobu e do Mihael? –Disse Yuuki, indo até eles.

-Esses ai mesmo.

-Mas nem morrendo. –Respondeu enciumado- Felizmente aquele ali está na minha marcação. –Piscou e riu.

-Aaaah, safadinho. –Disse Hizaki rindo, Minoru e Michiru riram também.

-Céus, vocês são extremamente ridículos... –Disse Miteru, suspirando, de mãos dadas com Satoshi.

E por fim, o show acabou, e a excursão também. Hizaki achava que finalmente iria se livrar de Shinobu e Mihael. Mas uma surpresa viria no dia seguinte.