“Meter o soco em um hoje”.

-Minoru-san. ~          

-Ah, Shinobu-senpai. –Sorriu- O que foi?

-Irei à biblioteca com você. ~

-Oh, certo.

Minoru e Shinobu viviam conversando. Hizaki, possessivo e ciumento, se corroía de raiva. Ao ver o garoto dos cabelos brancos ir novamente com Minoru para a biblioteca, se aproximou. Ele envolveu Minoru com um dos braços.

-Oi Darling. ~

-Ah, Hizaki. –Sorriu- É raro você vir junto comigo na direção da biblioteca.

-Odeio leitura, mas com você não é ruim. –Sorriu- Ah, e aí, pessoinha.

Hizaki olhou para Shinobu com uma cara bem cara-de-pau de: “Eu tenho ele e você não”. Shinobu respondeu essa cara segurando na mão de Minoru e o puxando mais para o lado dele.

-E então, Minoru-san, você já pensou naquilo?

“NAQUILO?! NAQUILO O QUE?!” – Hizaki pensou enfurecido.

-Ah, estou pensando, mas estou terminando já. A música até que está saindo bem.

Shinobu fez uma careta ao ver que seu plano falhou, graças a um Minoru tapado que falou o final da frase. Hizaki suspirou aliviado e se soltou do rapaz.

-Enfim, biblioteca não é muito o meu forte, depois eu venho te ver Darling. –Deu um selinho em Minoru e saiu correndo.

Minoru riu e acenou de longe, entrando na biblioteca. Logo na primeira estante, estava o jovem louro de antes. Ele viu Minoru, mas não viu Shinobu, e logo correu até eles, segurando nas mãos de Minoru.

-Ooooi. ~

-Ahm? –Minoru demorou meio século pra se lembrar da pessoa, e quando se lembrou da cena constrangedora, corou- O-Oi. ~

-Nem tive tempo de me apresentar aquele dia! Eu sou Miyagi Mihael. Prazer em conhecê-lo. ~

-T-Takenaga Minoru desu. –Sorriu- O prazer é todo meu.

-AH! MIHAEL!

-AH! SHINOBU!

-O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO COM O MEU MINORU?! –Falaram em uníssono.

-Ahm?

“De novo isso de meu Minoru? Parecem o Hiza... MEU MINORU?!” - Pensou inconformado.

-Ei, ei, calma aí pessoal. ~ - Riu sem jeito, não entendo a situação.

-Você não devia estar com ele, baixinho. – Disse Mihael.

-Hmph, falou o altão. – Cruzou os braços, de fato era baixinho perto de Mihael, mas era mais alto que Minoru.

-Baixinho insolente. – Bufou.

-Altinho metido. – Cruzou os braços.

-Ei, pessoal. ~ - Disse em um tom meio baixo, não queria que ambos brigassem ainda mais.

Ambos olharam para Minoru e suspiraram, haviam esquecido que ele estava ali por um momento.

-Ah, Nii.

-Miteru. ~

Miteru apareceu com Satoshi, que carregava vários livros.

-Não use o Satoshi como burro de carga... –Suspirou.

-Ele que se ofereceu pra carregar. –Disse emburrado- Ah, amigos seus?

-Sim, sim. Shinobu e Mihael. ~

-Não que eu tenha o mínimo interesse em saber o nome deles, né.

Miteru disse secamente e saiu andando com Satoshi, sumindo na gigante biblioteca.

-Ahm... Foi mal pelo meu irmão. – Riu sem graça, Miteru tinha a mania de fazer isso.

-O que? Ele é seu irmão mesmo?

-Não se parecem em nada. Principalmente personalidade.

-Você é mil vezes mais fofo. – Falaram em uníssono.

Minoru corou de novo e riu, indo até uma prateleira.

“Finge que não ouviu, finge que não ouviu...” – Pensava, olhando sempre para os livros.

-Wah, que livro estranho. –Sussurrou, dando uma lida.

O Anjo Lucifer e o Anjo Esther eram dois anjos belíssimos. Mas, Lucifer conseguia atrair o ódio de todos para ele, sempre vivendo com o fardo de ser odiado até mesmo pelos seus pais, que tinham nojo de ter tido um filho como ele. Já Esther atraia as atenções e caricias, sempre sendo mimado e amado por todos.

Lucifer virou um anjo revoltado, cansado de todos não lhe darem atenção. Ele tentou matar Esther, mas é que a realidade sempre gostou muito do irmão, e apenas não se aproximava, pelo ódio que mantinham sobre ele.

Mas, graças a sua hesitação, foi morto pelo próprio irmão, cujo tanto amava. O irmão fez um discurso sobre como a existência de Lucifer era problemática, e que sua alma seria livre assim.

Talvez Lucifer apenas quisesse ter morrido com um sorriso, mas morreu com lágrimas.

-É uma história bem envolvente, mas estranha... AH! JÁ SEI!

Minoru foi correndo até uma mesa, pegou uma folha e começou a escrever.

Shinobu e Mihael estranharam e foram até ele. Logo Minoru foi correndo para outro lugar, claro que os dois o seguiram, mas sorrateiramente.

Minoru pegou uma guitarra e começou a toca-la. Logo a música surgiu em seus lábios e ele ia a cantando. Sua voz chamou a atenção de quem estava por perto, e todos foram ver. Hizaki reconheceu a voz e logo correu para ver também. ¹

Assim que a música terminou, Minoru sorriu.

-Finalmente terminei! Essa música não queria sair de jeito nenhum. –Ria.

-Ei. ~

Shinobu foi até ele, o puxou pela gravata do uniforme e o beijou, fechando os olhos. Minoru corou com a ação. Hizaki estralou os dedos e se preparou para meter o soco em um hoje.