-Eu te amo Gaara!-disse uma bela jovem, de longos cabelos loiros, de pontas cacheadas, de olhos incrivelmente dourados, de pele alva, dona de lábios rosados, com longas asas brancas, que possuía uma aura pura e cintilante.
-Mirely é proibido!-disse um rapaz de cabelos ruivos bagunçados, de olhos verde-água, de pele pálida, de lábios avermelhados, de grande azas negras, que tem uma aura negra arroxeada.
“Onde eu estou?” Disse um homem de seus 30 anos de idade, de cabelos vermelhos bagunçados, de olhos verde-água duros e frios, de lábios avermelhados, de uma pele pálida. O qual estava observando, um belo anjo e um demônio em cima de uma catedral.
“Aquele sou eu?” Disse o homem, focalizando a imagem do jovem demônio com um olhar incrédulo.
-Gaara...- disse Mirely, fitando o demônio, queria lhe tocar a face, queria poder abraçá-lo, mas não podia. Levanto uma das mãos até a face de Gaara, parou alguns centímetros antes de chegar a tocar na pele pálida dele, trouxe sua mão novamente para junto do seu corpo, colocando, no seu peito, volto a fitar o ruivo tristemente. Gaara nada disse e nada expressou, porém uma dor inundou seu peito, queria sim, que ela o toca-se, queria abraçá-la, entrelaçar os seus dedos nos dela, toca-lhe a face bonita, saborear os lábios rosados que ela possuía, queria tela para si. No entanto não podia nem encostar um dedo nela, que a machucaria, e se isso acontecer, ele jamais se perdoaria. Ambos tristes e resignados sentaram-se na catedral, ficaram a olhar o crepúsculo além mar.
“Quem é ela?” Disse o homem ruivo, olhando o anjo, que fitava o sol que estava escondendo-se no mar.Mirely não se importava, em fica em silêncio sepulcral ou que fosse proibido, se o "seu demônio" estive-se com ela, não se importava em perder horas no silêncio, se estava com ele. Não importava se ele não puder tocá-la, bastava estarem juntos, mesmo que fosse por pouco tempo. O qual havia acabado.
-Mirely...-disse Gaara fitando-a, assim tirando-a de seus pensamentos, Mirely já sabia o que significava. Eles levantaram-se, na hora em que iam se despedir para ir embora.
“Mirely... È tão familiar” disse o homem que estava fitando o casal, em cima da catedral.
Gaara e Mirely fitaram um casal de namorando passando, os namorados beijaram-se, e o jovem namorado logo após o beijo ajoelhou-se e falou algo, que ambos não podiam ouvir, no entanto a namorado pulou no pescoço dele com lágrimas nos olhos, e o namorado a levantou e a girou, e ela esta com um sorriso radiante no rosto.
“Parecem tão felizes!” Pensou Mirely, que fitava o casal que girava no meio do pátio da igreja. Gaara fitara Mirely, por breves segundos pensou o mesmo que ela, e queria que isso acontecesse, mas era “proibido!”.
-Mirely...- chamou Gaara, com uma voz diferente, não era fria, era doce e calma. Mirely se voltou para ele, e o encarou com um olhar doce.
-Mirely eu prometo que um dia, ficaremos juntos. Eu realmente não sei quando, mas prometo que esse dia vai chegar, e quando ele chega, eu vou te fazer o ser mais feliz do mundo!- prometeu Gaara a Mirely, a mesma sorrio, era um sorriso doce e sincero. Ela acreditou em Gaara.
-Gaara eu vou espera esse dia chegar.- Mirely disse, sabendo que ia demorar, ou quem sabe nunca acontecesse, porém era uma promessa de amor que Gaara fizera para ela, e ela prometera espera.

È uma promessa!-disse Gaara, fitando-a com doçura e determinação. Só Mirely recebia esse olhar, só Mirely sabia que Gaara era doce, só ela podia ver os seus raros sorrisos, só ela fazia ele se arriscar desse jeito, só para vê-la.
-Vamos Mirely!- falou Gaara autoritário, virando as costas para Mirely e caminhando para o nada, Mirely sorriu, ela estava feliz, muito feliz, o segui-o e ambos desapareceram na escuridão da noite, que acabara de sobre cair no céu.
“A promessa. Mirely. O que é tudo isso?” Perguntou-se o homem, após ver o casal desaparecer, tudo havia ficado escuro. O homem forçava tentar lembrar mais de alguma coisa, queria ver novamente o rosto do anjo, queria saber o que era tudo aquilo, entretanto nenhuma dessas lembranças veio, mas chegara uma lembrança horrível, e dera inicio a um rápido e terrível pesadelo.
-Gaara você será banido, traidor!-disse o demônio, que pegava o chicote, e batia-lhe com muita força, o ruivo agüentava calado, deixando o demônio com muita raiva e ódio.
-Você ira sofrer, tanto que vai pedir pra voltar para o inferno!- disse o demônio. Para Gaara nada era pior do que terem tirado a “sua Mirely” dele, nem o castigo e nem o inferno, se comparam com tamanha dor que sentia em seu peito agora humano. Sim, Gaara era humano. O demônio já havia transformado ele em um simples mortal, e preferiu castigar o humano de corpo frágil em que o sangue e a dor saiam fácil, do que castigar a um imortal que não sentia nada, e que se curava rápido. O sangue sai pelas costas de Gaara, como cachoeiras. E ele nada disse, nada sentia no momento, a única coisa que podia sentir naquele instante era solidão e a dor no coração. Só que de repente, uma luz invadiu as entradas dos partais, e essa luz que espelhava bondade e pureza inundo o local, fazendo com que o demônio cobriu-se os olhos e parece de bate no humano de olhos verde-água.

O que esta acontecendo, por que eu estou sangrando tanto?” Perguntou o homem a si mesmo, levando a mão em suas próprias costas, onde trouxe a mão cheia de sangue. Ele não sentia dor nenhuma, porém sangrava sem parar.O sangramento cessou, e o pesadelo voltara a ser um vago sonho, de algo muito remoto, que não faz parte da vida do homem ruivo.
-Há que devo essa honra?- ironicamente disse o demônio, vendo que Deus retornara ao local. Deus não prestou atenção no demônio, Ele olhou para Gaara que estava acorrentado nas paredes, ele estava nu, de costa para Ele, e todo ensangüentado. Deus ficou repugnado com o que vira, e uma onda de raiva invadiu o seu ser, no entanto ele se controlou, pois sabia que sua ira podia prejudicar seus filhos “humanos”. O demônio falava algo que Deus estava ignorando.
-Mirely...-disse Gaara com uma voz fraca, Deus escutara, olho pra o ruivo e fez com um sinal de cabeça, como se dissesse que concederia isso a ele.
-Mirely!-chamou Deus, logo uma outra luz invadira o local, e de lá saiu um belo anjo.
“È ela! È Linda! Meu anjo” disse o homem ruivo, sem percebe acabou sorrindo. “Quem é você meu anjo? Mirely è o teu nome. Mas eu queria saber quem tu és!” Disse novamente o homem.
O anjo dos olhos dourados havia chegado. A primeira coisa que vira foi, o seu demônio, o seu Gaara acorrentado e sangrando, não pensou duas vezes.
“Danem-se as regras!” Pensou Mirely, indo de encontro a Gaara, tirando-lhe as correntes e o carregando em seus braços, nem mesmo se deu conta que não tinha se queimado, simplesmente, abraçou Gaara, e logo fitou o demônio com um olhar de pena e raiva.
Deus riu do pensamento de Mirely, sempre que lembrava de Mirely, era sempre assim, um jovem anjo, rebelde. Gaara fechara os olhos, e só ficou sentindo o perfume de jasmim que ela exalava, sentido o quão macia era a pele dela, nunca pudera sentir e agora sentia e gostava do que sentia.

-Mas que porra esta acontecendo aqui?-disse o demônio com sua voz odiosa, Deus levantara uma das sobrancelhas, e olho o demônio em forma de repreensão e indignidade, o demônio se calara. Deus voltou seus olhos para onde estava o seu anjo, sorriu bondosamente.
-Cuide dele Mirely, vou ter uma conversa com esse ser.-Ele disse isso calmamente, enquanto caminhava para uma certa distancia, que o demônio o seguia. O casal nada conseguia escutar.
-Gaara você vai ficar bem.-disse Mirely com uma voz chorosa, seus trajes brancos estavam ensangüentados, foi quando ela percebeu que ela estava tocando Gaara e não se queimava e nem machucava ele, e o sangue saia de Gaara. “Então, Gaara, ele é... Humano” ela pensou.
-Você tem um cheiro bom.-disse Gaara com uma voz fraca, fitando os orbes dourados da “sua Mirely”. “Meu anjo!” Pensou o ruivo, com um sorriso fraco, as mãos dele se elevaram até a altura da bela face do anjo, ele a acariciou e tocou seus cabelos.
“È verdade, ele é humano!” Tornou a pensar, vendo Gaara ali em seus braços, sorrio ao sentir as mãos do “seu Gaara” tocarem-lhe a face. Como era bom sentir o toque dele, pensava Mirely.
-Como é bom poder te tocar.-disse Gaara com a voz cada vez mais fraca, Mirely sentiu o corpo dele ficar gélido, “Não” pensou ela, “seu Gaara” não podia morrer, logo agora que eles estavam junto, não é justo, não era justo para ambos, mas era inevitável.
-Gaara não se vá. Resista meu amor, resista!- disse Mirely com lagrimas escorrendo pela face, com sua voz tremula. Gaara nada respondia ou dizia, estava muito fraco.
“Quem sabe eu possa te encontrar Mirely, quem sabe, eu me torne um anjo.” Pensou Gaara por um instante. “Queria eu me torna um anjo, queria eu ficar a teu lado. Mas a quem eu estou enganando, eu nunca me tornaria algo tão puro e bom, eu nem mesmo mereço que você chore por mim, fui ruim e cruel, mereço essa morte, aa... como eu queria ficar contigo para sempre.”

Pensava Gaara, com os olhos ficando embaçados, ele forçava a visão para ver “sua Mirely” , “seu anjo” por uma última vez.
-Um beijo...-disse Gaara com um fio de voz, Mirely entendia, um ultimo beijo antes que ele se torne um demônio, e todos os separassem novamente. Mirely levou seu rosto junto ao de Gaara e encostou seus lábios nos lábios deles que estavam ficando gelados, Gaara com uma de suas mãos puxou a nuca de Mirely para mais perto, assim intensificando o beijo, suas duas línguas se encontraram em total desespero, era primeira e ultima vez que Mirely o beijará ali, o beijo foi uma mistificação de amor, luxuria, dor, sofrimento, alegria e felicidade. Quando terminaram o beijo, ambos ofegantes. Mirely sentiu o corpo de Gaara pesado, seus olhos dourados fitaram o ruivo.
-Não Gaara, você não podia me deixar, dessa maneira!-disse com lagrimas nos olhos, enquanto se lembrava do que Deus havia lhe dito, que Gaara nunca mais irá para o plano espiritual.- Gaara, não é justo!-disse Mirely lembrando dos momentos que passara com Gaara, e mais lagrimas saiam de seus olhos.
-Você me fez uma promessa!- dizia o anjo dos olhos dourados, fitando os tão belos olhos verde-água de Gaara, que agora não tinham vida. Como doía ver o “seu Gaara” assim. Por um instante, pensou que era mentira, mas quando seus lábios tocaram os dele novamente estavam totalmente gelado. Mais lágrimas caíram de seus olhos dourados.
“Não chore!” Dizia o homem, que se aproximava do casal, quando ia toca a face do anjo, tudo ficara escuro, o anjo, o demônio, Deus e ruivo desapareceram. Ele viu uma luz e acabou por fim despertando.
FIM DO CAPÌTULO 1