bill pediu para kelli me ajudar com as criaças e nos levou para casa.
eu e kelli fomos levar as crianças para o quarto. eu nem conseguia alhar para o meu marido, me sentia tão envergonhada.

– jeni... - kelli dizia - eu nem sei o que te dizer amiga.
– eu sempre faço besteira kelli! por que eu faço isso? - eu estava desesperada - talvez seja melhor me afastar deles.
– como? - kelli não entendia do que eu estava falando
– me afastar do bill e do tom kelli.
– mas voce é casada com o bill! não seria melhor se afastar só do tom - ela sugeriu
– não quero mais fazer o bill sofrer kelli e enquanto eu estiver por perto sempre vai ser assim porque eu nunca serei capaz de escolher.
– voce tem certeza jeni? - kelli perguntou
– tenho que fazer isso agora. não posso continuar magoando todo mundo. porque todas vez que faço um deles sofrer meu coração se parte uma vez mais.
– é melhor eu ir embora - kelli disse
– não! voce tem que ficar e me ajudar - eu implorei - não posso fazer isso sozinha.
– ta certo. mas pra onde voce vai?
– eu ainda tenho a minha casa lembra. nós vamos pra lá assim que eu arrumar todas as coisas das crianças ok?
– esta bem. mas voce tem que conversar com o bill. - bill estava na sala e eu nem conseguia pensar no que diria a ele
– eu sei. mas não sei como dizer isso a ele.
– ha amiga - kelli disse me abraçando

eu me soltei dos braços de kelli e fui em direção á porta. me sentia fraca só de pensar em ficar longe de bill. então eu realmente percebi que eu nunca tentei viver realmente para mim, sempre para o tom ou bill mas nunca por mim mesma mas agora eu tinha tomy e bella e eles eram tudo para mim. eu deveria ser forte por eles e por mim também. eu não poderia ser para sempre tão dependente deles. teria de aprender a viver sem eles porque eles nunca seriam meus. não como eu queria.

quando cheguei á sala olhei para bill que estava sentado no sofa de cabeça baixa parecendo totalmente arrasado. e era tudo culpa minha. ver como ele estava sofrendo me deu forças para fazer o que era certo, porque eu não queria mais ve-lo assim e se fosse preciso que eu arrancasse meu coração e o faria.
ele me ouviu chegando e levantou o rosto. ha meu deus! ele estava chorando.

– jeni... - ele disse meu nome. parecia doer tanto que eu não consegui mais segurar as lagrimas que estava tentando não derramar
– me desculpe. - eu disse num sussurro sufocado
– tudo bem. tudo vai ficar bem... - ele disse
– não bill. não vai.

ele me olhou com os olhos assustados

– eu vou embora - eu disse
– não. voce não pode me deixar jeni - ele correu até mim e me abraçou. como era bom sentir seus braços em volta de mim, sentir seu cheiro, seus cabelos caindo em meu rosto. mas eu não podia me deixar levar por essa sensação, porque sabia que as lagrimas em seu olhos eram por minha culpa. porque eu era fraca demais e isso devia mudar.
– bill. por favor...voce tem que me deixar ir...
– não. - ele me interrompeu suas lagrimas caiam quentes em meu rosto se misturando ás minhas
– bill...eu quero me divorciar... - as palavras sairam engasgadas
– não.não.nã... - a voz dele foi morrendo. ele enterrava o rosto em meus cabelos
– por favor. - eu pedi. ele apertava meu corpo tão forte contra o seu que doia. de repente ele me afastou para poder olhar em meus olhos - por favor - eu pedi novamente
– tudo bem. - ele disse e deixou suas mãos cairem ao lado do corpo. elas pareciam tão vazias. queria que ele segurasse minha cintura com elas. que me apertasse bem forte. uma parte de mim queria que ele não me deixasse ir. - voce pode ir mas...o divorcio não.
– bill...não se divorciar não quer dizer que eu vá voltar. - eu disse
– eu sei - ele suspirou
– obrigado...por tudo

ele voltou a sentar-se no sofa e olhou-me

– para onde voce vai? - eu sabia que o que ele realmente queria saber era se eu voltaria para o tom.
– vou morar na minha casa.
– aqui é sua casa jeni - ele disse chorando novamente
– voce sabe do que eu estou falando. - eu disse indo em direção a ele e enchugando suas lagrimas - a kelli vai me ajudar.
– mas e as crianças? como eu vou ficar sem eles?
– voce poderá ve-los sempre que quiser bill. eu jamais te tiraria esse direito e voce sabe.
– quando?
– assim que eu terminar de arrumar as coisas, a kelli esta me ajudando então não vai demorar muito.
– voce vai embora hoje - ele parecia não acreditar no que estava ouvindo
– sim
eu sai de perto dele e voltei para o quarto das crianças. despedaçada.

– jeni - kelli correu para me abraçar quando me viu chorando. eu olhei para o quarto e vi meus filhos dormindo. e tinha malas arrumadas.
– obrigado por me ajudar.
– que isso amiga não precisa agradecer. voce vai levar muita coisa?
– não. só vou pegar umas roupas. não vou demorar nada.

fui para o quarto pegar as minhas roupas. comecei a colocar tudo na mala sem me importar de olhar.
eu chamei um taxi e kelli me ajudou a carregar as malas enquanto bill se despedia dos gemeos. eu sabia o quanto ele sofreria com a distancia e isso me deixava ainda mais triste e tornava tudo muito mais dificil.

continua...