Reencontrar escrita por kiryuu_ichiru


Capítulo 12
Capítulo 12




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Cheguei e o resto da tarde eu passe arrumando as coisas que eu comprara em seus devidos lugares. Eu sou perfeccionista e sempre refiro arrumar as cosias do meu jeito. Tudo ficou perfeito e arrumado.

Eu estava atrasada para arrumar o jantar, logo Tom chegaria e nada estaria pronto, que vergonha. Coloquei o jantar para esquentar, arrumei os pratos e talheres na mesa e fui tomar banho.

O banho estava tão quente, tão bom; depois de um dia fazendo compras, nada melhor que um longo banho quente. Fiquei lá um longo tempo e acabei perdendo a noção do tempo que já estava no banho.

- Yuuki! O que está acontecendo aqui? – ouvi Tom gritar da cozinha.

Foi quando me dei conta de que eu havia deixado o jantar esquentando. Me enrolei na toalha e desci correndo as escadas, molhada mesmo.

- Ai eu não acredito! Queimei tudo. Merda! – falei.

- O que houve aqui, Yuuki? – ele perguntou.

- Eu fui fazer comprar, cheguei já era tarde e tentei fazer tudo de uma vez, Tom. Me desculpe. Eu queria tomar banho mas também queria que o jantar estivesse pronto quando você chegasse. –lamentei.

- Não se preocupe amor. Suba e termine de tomar seu banho. Quando terminar, desça e você me conta melhor. – ele respondeu.

Eu subi, terminei meu banho. Coloquei um moletom, como sempre e desci.

- Eu não acredito que fiz isso. Sou uma merda mesmo! – falei.

- Calma, Yuuki. É só um jantar queimado. Podemos pedir Pizza. – ele disse.

- Mas você trabalha o dia todo, se esforça e quando chega em casa, não tem nem jantar. Que vergonha. – falei.

- Não se preocupe. O que você fez hoje? – ele perguntou enquanto pegava o telefone para ligar na pizzaria.

- Fiz compras. – respondi.

- Compras? No supermercado?  - ele se admirou.

Fiz que sim com a cabeça. Senti meu rosto queimar, estava vermelho de vergonha.

- Nossa! Que fofa! Mas eu não dei dinheiro para você comprar nada. Como fez? – ele perguntou.

- Eu usei meu dinheiro! – respondi.

Tom ficou me olhando por uns segundos.

- Mas que menina dedicada! –ele disse, me abraçando.

Ele começou me beijar. Enquanto beijava meu pescoço, ele  chegou ao colar. Fim de clima entre nós. Eu não entendia. Queria entender, mas achava que ainda não era tempo. Tom se afastou, ligou para a pizzaria e pediu duas pizzas.

- Onde está a Carol? – ele perguntou ao desligar o telefone.

- Ela saiu com as amigas. – respondi.

- Nossa! Ela sai muito com as amigas, não acha? Muito estranho isso. – ele disse.

Fiquei em silencio. Enquanto esperávamos as pizzas, Tom me contou como fora o dia dele no trabalho. Após alguns minutos, a pizza chegou.

Comemos alguns pedaços de pizza enquanto conversávamos sobre meu dia com Camila. Tom parecia empolgado com o fato de eu estar fazendo amizades novas. Após comermos, Tom foi tomar banho. Ele ainda passaria na casa de Gustav para saber o que estava acontecendo, Gustav faltara mais um dia no trabalho.

Eu saí antes de Tom e fui ao parque. Me sentei lá para esperar Camila. Logo Camila chegaria para conversarmos, ela tinha que aparecer. Enquanto a esperava, fiquei observando a casa de Gustav, que era de frente ao parque, de fato, como Gustav dissera.

- Oi! –uma voz me assustou.

- AAh!  Nossa, Camila, é você. – falei, tentando fazer meu coração bater mais de vagar.

- Te assustei? – ela perguntou, com um sorriso no rosto.

- Quase não. – falei.

Nós duas rimos. Eu não sabia dizer se já éramos amigas, mas eu sentia que poderia contar com ela para tudo.

-  Eu demorei, me desculpe. Acabei esquecendo-me da vida no banho. – ela falou, ficando vermelha.

- Não se preocupe. Eu também esqueci. Acabei queimante a comida do Tom, acredita?- falei.

- Nossa! – ela riu – Você consegue ser ninja né.

- Que porra é essa aqui? –Tom gritou, eu pude ouvir.

O grito vinha da casa de Gustav. Eu olhei para Camila de olhos arregalados. Ela me olhou como quem não entendia. Nós nos levantamos e fomos correndo até a casa de Gustav.

Tom estava na sala. Nós entramos, já que a porta estava aberta. Tom estava olhando uma cena lamentável. Caroline havia sido descoberta. Não com Georg, para minha surpresa, mas com Gustav.

- Gustav? – gritei.

- Calma. Yuuki, Tom, eu posso explicar. – ele se levantou.

Gustav estava nu. Tom tampou meus olhos.

- Cubra-se, seu imoral. Logo você, amigo do meu irmão. Não posso acreditar. – Tom gritou.

Gustav pegou um cobertor e se enrolou nele.  Caroline tentou se levantar, mas ela também estava nua. Ela estava envergonha, eu sabia. Por dentro eu estava feliz que ela tivesse sido descoberta.

- Tom, acalme-se. – Gustav tentou acalmá-lo

- Acalmar? Acalmar o caralho, seu porra. Ela é namorada do meu irmão, Gustav. Como assim? – Tom gritava.

- Tom, por favor. –falei com uma voz suave. – Camila, me desculpe, mas podemos conversar amanhã?

- Claro. Até amanhã Yuuki. -  ela respondeu e saiu porta afora.

Me desvencilhei da mão de Tom que estava em meus olhos. Tom avançou  sobre Gustav, como um animal que caça sua presa.

- Tom. – gritei. 

Eu o alcancei e o abracei pelas costas para que ele parasse e pensasse um pouco.  Tom ficou ali, em silencio, olhando a cena com Gustav e Caroline enrolados em cobertas. Eu já estava perplexa, imaginava como Tom estava.  Eu tentei ser irredutível, abraçando Tom pelas costas, o conduzi até a saída e fechei a porta. Levei Tom até nossa casa, durante cinco minutos ficamos em total silencio, quando chegamos em casa, tive o cuidado de trancar a porta ao passar. Só assim, soltei Tom.


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