Diário de Elena escrita por Keyla Magalhães


Capítulo 43
Capítulo 43


Notas iniciais do capítulo

Demorei mais cheguei. Agradeço muito a todos vocês pela paciência. Eu odeio demorar tanto, mas eu juro que eu tento ser mais rápida,mas nunca consigo. Eu só não paro de escrever porque acho muita sacanagem deixar vocês sem um final, além do que amo muito escrever e saber que a história e lida e vivida por cada um de vocês. Quando vocês comentam eu fico louca tentando terminar o próximo capítulo, mas essa vida de adulta me mata. Rs

Obrigada por acompanhar esse universo louco que passa na minha cabeça. E sejam muito bem vindo os novos membros.

Espero que gostem do capítulo, por favor cometem mesmo que seja me xingando. Amo ler comentários!

Ah! Ainda to sem beta, então perdão pelos erros.

Beijocas!! Boa leitura!



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—Eu preciso de ajuda.

—Elena? O que aconteceu? Onde você tá? Porque deixou o meu baby lease ligado?

—Caroline, eu não sei direito o que aconteceu, mas preciso...

—Elena?! E você mesmo?

—Quem poderia ser?

—Katharina, Katheriane, sei lá... Um nome estranho que você pediu para eu te chamar.

—Katherine? — Elena não ficou muito surpresa de alguma forma ela sabia que Katherine havia assumido o controle.

—Isso.

—Isso explica muita coisa. —Elena respira fundo, tentando manter a calma. —você sabe do Damon?

—Sei lá Elena, eu estava dormindo.

—Onde você tá? Você viu o Damon? Ele tá vivo? —Elena se sente eufórica.

—Uma pergunta de cada vez. Sim ele tá vivo, conseguimos tirá-lo daquele lugar estranho, mas não sei onde ele tá agora, você esqueceu é? Eu estou em uma casa enorme e assustadora, com bebidas por toda parte. —Elena suspira de alivio ao ouvi que Damon estava vivo, saber daquilo já fazia tudo valer a pena. A menina sorri esquecendo por um segundo todo seu tormento.

—Você deve tá na casa dele. —Elena fala lembrando-se do dia que ele a levou para lá. Aquele dia parecia tão distante.

—É. Acho que ele disse algo parecido. —Caroline amarrar os cachos na frente do espelho.

—Ele tá por ai? —Elena sente seu coração acelerar com a possibilidade de poder ouvir a voz dele.

—Calma ai. —Caroline sai do quarto e anda pela casa. — Essa casa é muito grande. Parece cenário do filme do Drácula, só que sem os caixões. Acho que Damon não tá aqui. Elena ele mora aqui, mesmo? — Caroline entra no quarto de Damon. — Você deveria repensar sobre esse negocio de gostar dele, alguém que morar em uma casa... Que bagunça. — Caroline olha para o quarto revirado. —Ai meu Deus!

—O que houve?Caroline! O que foi?

— Tem foto sua por toda parte. —Caroline abaixa pegando as coisas que Katherine jogou no chão antes de sair correndo da casa. —Elena esse tal de Damon é meio psicopata, é melhor ficar longe dele.

—Porque ta falando isso? O que você tá vendo Caroline?

—Ele tem foto sua desde que era bebê. Ele tem aquela boneca horrível que a Bonnie quebrou quando bateu com ela em mim depois que eu peguei seu diário e ameacei mostrar para...

—Samanta? — Elena fala o nome da boneca que tinha ganhando de sua mãe.

—Quem é Samanta? —Caroline pega a boneca remendada.

—Minha mãe me deu essa boneca no meu aniversario de cinco anos. —Por um instante Elena se lembra da face de sua mãe, dos seus planos e desejos para ela, e como aquilo tudo parecia sem sentindo naquele momento.

—O nome dessa boneca é esse? Que horrível! Ela tá remendada, acho que ele tentou concertar. — Elena solta um sorriso.

—Caroline, eu preciso que encontre o Damon agora e diga que to na casa do lago. Eu não lembro como vim parar aqui, mas eu tenho muitas perguntas sem respostas e eu... Eu preciso dele.

—Somos duas, eu também tenho muitas perguntas, porque desde que você me levou para ver o vampiro loiro...

—Vampiro loiro? —Elena faz força para lembrar e logo vêm várias imagens de Klaus. Imagens vividas por ela e imagens vividas por Katherine, sua cabeça chegou a fisgar com aquela enxurrada de cenas. —Klaus?

—É esse nome estranho mesmo, afinal porque todos têm nomes tão estranhos...

—Caroline...

—Poderiam ser nomes simples, mas...

—Caroline. — Elena tentava interromper a amiga.

—Caroline é um nome simples, Elena é um...

—Caroline eu preciso de ajuda, minha cabeça tá confusa.

—A minha também ou você acha fácil, uma hora se uma líder de torcida e outra se uma mulher que acorda com baby lease ligado e com uma amiga que sofre de amnésia temporal ou é esquizofrenia?

—Caroline, o acho que...

—Elena eu sei que fizemos boa ação, eu não duvido disso, mas...

—Caroline cala a boca e me escuta, eu acordei nua com o Matt.

—Eu acho... O que? — A loira parou de falar.

— Acordei na cama com... —Elena respira fundo. — Matt. —Caroline senta na cama de Damon no meio de toda aquela bagunça.

— Elena, eu pensei que agora gostasse do vampiro sinistro. Mas você não perder tempo mesmo...

— Caroline! Cala boca pelo amor de Deus! Eu não me lembro do que aconteceu, tem imagens passando em minha cabeça o tempo todo, imagens, falas e atitudes que não são minhas. Eu não consigo arrumá-las ou entendê-las. Minha cabeça dói e eu acho que... Alguma coisa tá diferente. Eu preciso de ajuda. Eu preciso do Damon.

— Estou me sentindo em um filme de terror, com pouco de suspense e um romance bem clichê.

—Caroline é serio. Preciso encontrá-lo.

—Desculpe, é inevitável não falar essas coisas. Mas olha, bebe um chá de camomila e fica calma, eu vou achar o vampiro para você. Vou pedir para ele ir para casa do lago. Você precisa respirar e tentar organizar os pensamentos. É isso que você sempre me diz quando não sei se tomo iogurte light ou diet. — Elena ignora a comparação da amiga.

—Procurar a Bonnie também. — Elena sabia que tinha coisas que Caroline nunca conseguiria entender.

—Tá isso é bem mais fácil do que achar o Damon.

—Obrigada.

—Tá, pode deixar, eu vou achar os dois. Elena já pensou em como Damon vai agir, quando souber que você acordou nua com Matt?

—Não. — Elena sente uma fisgada no peito. — Não sei o que vou falar para Damon. — Os olhos da menina se enchem de lagrimas. —Tudo tá confuso, eu não estou me reconhecendo, é como se eu não fosse eu, e tudo que eu achava de mim fosse uma fantasia... Eu to com medo Caroline, muito medo.

—Fica calma Elena. —Caroline percebe o desespero da amiga. — Talvez não tenha acontecido nada entre você e o Matt. — Caroline fala sem credibilidade.

— Caroline... O encontre... Só isso, tá?

—Elena... —Matt a interrompe e Elena faz sinal de afastamento para ele que abaixa a cabeça.

—Essa é a voz do Matt? Ele tá ai perto? — A loira levanta a sobrancelha.

—Sim.

—Ele não se lembra de nada?

—Ele disse que não.

—Hum... —Caroline morde o canto da boca. —Elena qual a última coisa que você se lembra de ter feito?

— Tá tudo muito confuso. Não sei direito.

—Tudo tá cada vez mais estranho. — Caroline roda o dedo em um cacho. —Vamos todos tentar entender o que tá acontecendo, mesmo que tudo isso pareça um filme de terror dos anos oitenta. —Caroline começa a mexer nas gavetas do quarto do Damon.

—Obrigada Caroline. —Elena passa a mão nos olhos secando as lágrimas que começavam a escorrer.

—Ah! Elena tente arrancar alguma coisa do Matt. Ele sempre se fez de sonso. —Caroline fala antes de desligar.

— Você acha que...

—Elena tenta. Agora me deixa desligar porque tenho duas pessoas para achar. Tchau!— Caroline desliga o telefone.

—Caroline... Droga!—Elena bufa e solta o aparelho em cima do sofá. A garota apoia a cabeça nas mãos.

—Você tá melhor? — Pergunta Matt e Elena balança a cabeça negativamente. —Vai contar a ele? —Ela olha para Matt que avaliava de longe.

—Contar a ele? —Elena percebe um tom de medo na voz de Matt.

—É. O vampiro. Você vai contar?

—Contar o que? —A menina ergue a sobrancelha.

—Sobre... Eu e você... —Elena fixa os olhos nos dele.

—Você se lembra do que aconteceu? —Elena tranca o maxilar.

—Não! —Matt arregala os olhos.

—Você está mentindo, Matt? —Elena começa a sentir sua quentura como se um gole de vinho tivesse descendo por sua garganta seca.

—Não, Elena! —A menina levanta do sofá e anda até ele.

—Matt o que aconteceu depois que fui embora com Rose?

—Não lembro. —Matt tenta sair do foco do olhar da menina.

—Matt, não minta para mim. —Ela coloca a mão no peito dele o fazendo ficar na parede.

—Elena... Eu... Não lembro. —Ele gagueja.

—Para de mentir! — A menina grita dando um tapa no rosto de Matt.

—Você me bateu? — Matt arregala os olhos surpreso com atitude dela. A menina começa a ofegar e a sentir todo seu corpo ferver.

—Cala a boca e me fala. — Matt perceber a pupila de Elena dilatando a menina falava diferente de todas as vezes que ele já tinha visto-a irritada. —Fala!

—Você chegou, eu estava aqui trancado há muitas horas. A vampira morena me hipnotizou me proibindo de sair. —Matt ainda gaguejava. —Elena você tá me olhando estranho...

—Continua! —Elena força o peito dele o ameaçando com olhar. Ela não tinha força suficiente para machucá-lo, mas sua alteração de voz e suas pupilas dilatadas o faziam de alguma formar sentir medo.

—Você disse que me amava e que só tinha ficado com vampiro porque ele te hipnotizou então você me beijou. —Os olhos de Elena começam a lacrimejar. Ela não conseguia perceber sua alteração. —Elena você não tá bem.

—Continua. — Ela grita apertando os dentes.

—Elena...

—Matt termina de falar...

—Nos beijamos no sofá e você começou a tira minha roupa... No inicio eu não entendi, achei estanho, mas depois... —Matt segura os lábios na tentativa de pensar sobre o que dizer.

—Depois o que? —Elena sente seu coração apertar.

—Elena eu te amo, você disse que me amava, não tinha motivo para eu não aceitar. —A cabeça de Elena começa a latejar, seus olhos perdem o foco e tudo fica embaçado, seu estômago revira e uma vontade de vomitar começar aparecer fortemente. — Elena?Elena você tá bem? —Matt encosta sua mão na dela.

—Tira a mão de mim. —Elena fala entre os dentes dando passos para trás. Os olhos de Matt lhe mostram uma imagem, a mesma imagem da mulher que arruinava sua vida a cada segundo fazendo-a ter contato com pior de sua alma.

Durante todo aquele tempo Elena tinha desprezado Katherine, odiado fazer parte daquela história que só existia porque Katherine aceitou juntar sua alma a de Stefan.

Toda sua vida poderia ser diferente se Katherine não tivesse estragado tudo, porém Elena nunca conheceria Damon nem tão pouco existiria se Katherine não tivesse cometido tanto erros. Muitas escolhas erradas a levaram até ele. Porém nenhuma escolha tinha sido realmente dela. Seu corpo era uma reprodução de algo que já havia existido, sua alma era a mesma que enganou, abusou e infernizou dezenas de vidas por pura diversão.

Elena se sentia perdida, a menina não sabia o que fazia parte dela, ela nem sabia se ela existia de verdade. Correr de vampiros, participar de feitiços não era sua vida, mas o que era? Ela nasceu destinada a pagar pelo sofrimento que sua alma casou há duzentos anos, e por mais que Elena nunca tivesse feito mal a ninguém, ela sofreria pelas coisas que Katherine fez.

Naquele momento olhando seu reflexo através dos olhos de Matt, ela sentiu o ódio por sua própria alma, Katherine tinha sujado o espírito que Elena carregava e nada que ela fizesse poderia apagar o que já tinha sido feito.

Em cada pensamento, o ódio ficava mais forte, ele queimava sua pele, seus olhos ardiam e a sua cabeça latejava. Elena cai sobre seus joelhos, o peso de sua alma era insuportável. Ela não conseguia ouvi mais nada, a não ser o barulho que as batidas do seu coração faziam. A dor só aumentava e seu corpo se abria em cortes. Todos os ferimentos que sararam agora estavam de volta em seu corpo, seus pulsos, sua barriga e até seu pescoço. Ela tentava pedir ajudar, mas no fundo ela não queria que ninguém a ajudasse, Elena estava cansada de todo aquele tormento, seu cérebro queimava de dor e ódio e tudo que ela queria era que sua alma nunca tivesse existindo.

—Elena?! O que tá acontecendo. —Matt abaixa para tocar na menina, que segurava a cabeça sentindo as dores agudas criadas pelo seu ódio. —Elena?! —Matt começa a gritar, mas a menina não responde, seu corpo tremia e o sangue começava a escorrer. —Elena, meu Deus! —Matt arregala os olhos sem saber o que fazer. —Elena olha para mim. Elena! —Matt pega o telefone, mas antes que possa discar o numero a porta se abre.

Damon entra em um piscar de olhos e coloca Elena nos braços a colocando-a em cima do sofá e enfaixando o máximo que podia seus ferimentos.

—Elena sou eu. Elena, preciso que olhe para mim. — Damon grita sacudindo a menina, ele fiscaliza os dentes de Elena, para saber se ela ainda era humana. —Elena olha para mim. Elena, eu estou aqui. —Damon segura o queixo dela tentando fazê-la olhar para ele, mas os olhos dela se mantinham fechado e só gemidos de dor saiam de sua boca. —Elena fala comigo. Pelo amor de Deus! —Em algum lugar na cabeça de Elena que estava voltada para ódio a voz de Damon entrou.

—//— na cabeça de Elena —//

—Damon! Damon! Damon me tira daqui, Damon! —Elena grita em sua cabeça, mas o sua voz não era pronunciada. A menina roda em volta de si. —Onde eu estou? Damon cadê você? — Um cenário escuro a persegue. —Damon me ajuda! — Enquanto sua voz pedia ajuda a mesma voz gritava.

—“Culpada!” “Você é culpada!” “Culpada”. “Deveria morrer Elena, você é culpada.”

—Quem tai? —Elena sente seu rosto molhado pelas lágrimas que escorrem. —Quem tai? — As lágrimas aumentam a intensidade e Elena começa a correr na tentativa de fugir da sua própria voz.

—“Culpada!” “Você é culpada!” “Culpada”. “Deveria morrer Elena, você é culpada.” — A voz ficava mais forte e Elena não conseguia mais correr, a garota tropeça e seu corpo toca o chão a fazendo gritar.

—Para! Para! Por favor! Para!

—//—//—//—

—Elena?! —Damon ainda sacudia o corpo da menina. —Elena?! —Ele podia ouvi o coração dela batendo em ritmo desesperador. — Elena fala comigo, por favor. — Elena não responde e o coração da menina continuava acelerando. —Preciso de morfina.

—Que?—Matt tentava discar para emergência quando Damon levantou do sofá indo para cozinha. —Morfina?

—A dor tá acelerando o coração dela, se continuar nesse ritmo não vai aguentar muito tempo. —Damon abre aos armários.

—Como você sabe que tem morfina nessa casa? —Matt pergunta olhando para Damon abrindo uma caixa e tirando uma seringa de dentro.

—O pai dela era médico, que tipo de namorado era você? —Damon volta para sala e aplica a injeção em Elena.

—Eu preciso de uma emergência... —Matt falava no telefone quando Damon pega o aparelho do garoto.

—Não seja idiota. O que vamos dizer a emergência?

—Ela tá ferida. Precisamos de ajuda. —Matt diz tentando pegar o telefone de volta.

—Precisamos que você cale a boca. –Damon olha novamente para Elena, os batimentos da menina pareciam começar a regularizar. –Acho que a morfina pode ajudar por um tempo.

—Você é louco, ela tem razão, ela só podia estar hipnotizada quando ficou com você. —Matt falou pegando o telefone da casa e discando o numero. —Damon ergueu a sobrancelha e virou-se para Matt pegando novamente o telefone.

— Se tenta ligar novamente eu quebro sua mão. — Ele olhou nos olhos do garoto. —Agora cale a boca e fique sentando na cozinha até que eu diga que pode levantar. —Matt andou até a cozinha e fez exatamente o que Damon mandou. —Idiota! —Damon resmungou e colocou o telefone em cima da mesinha perto do sofá. O vampiro abaixou próximo de Elena e passou a mão no rosto da menina. —Por favor, volta para mim.

—//— na cabeça de Elena —//

—Damon?! —Elena levanta cabeça. —Damon?! —A escuridão era forte, a menina não conseguia ver nada. —Damon, cadê você? Damon me ajuda Damon?!

—Você é culpada, culpada! Você merece morre! Você é culpada!

—Para!Para! Socorro! Damon!

—Culpada, culpada. Você o traiu você o traiu. Você matou pessoas, matou crianças. Você merece morrer.

—Não! —Elena se levanta do chão rapidamente e volta a correr com as mãos tampando os ouvidos na tentativa de para de ouvi a voz que atormentava.

—Não adianta correr, logo isso vai acabar. Se entregue você é culpada.

—Não! Damon me ajuda!

//—//—//—

O coração da menina volta acelerar, e seu corpo começar a se bater.

—Elena?! Elena! — Damon tenta segurá-la para ela não se machucar, mas os gritos de dor pioravam. — O que tá acontecendo com você? Matt, vem aqui! —Damon grita. —Seu idiota loiro venha aqui agora, eu preciso de mais morfina. —Matt pega a caixa e enche uma nova seringa a trazendo para Damon que aplica novamente na menina. Elena demora alguns segundos para parar de se debater e Damon a leva para o quarto a colocando na cama. O vampiro começa a entrar em desespero. — Eu não vou te perder, não de novo. — Ele desce as escadas e pega uma nova seringa a enfia em sua própria veia e puxa seu sangue. Ele volta para o quarto e olha para Elena, seu desespero piorava, a sensação de perdê-la consumia seu juízo. —Desculpe Elena, mais eu não posso correr o risco de perder você. — O desespero de não saber o que estava acontecendo com sua amada estava fazendo quebrar sua promessa de não dar sangue de vampiro para ela.

Ele se aproxima e quando ele estava preste a enfiar a agulha em Elena seu celular toca, ele pensa em não atender, mas bufa e pega o aparelho no bolso.

—Damon e Caroline. —A voz da menina estava ofegante.

—Estou ocupado agora.

— Sheila morreu e Bonnie sumiu.

— O que?

—Eu não sei o que fazer, a cidade tá uma loucura.

—Eu disse para você fica na minha casa.

—O celular da Bonnie ta desliga o do Matt só chama, eu não sei para quem eu posso contar toda essa loucura sem parecer uma louca. Cadê Elena, você já ta com ela?

—Barbie volta para casa, e espera eu te ligar. Tchau.

—Damon, Bonnie é minha amiga e amiga da Elena. Eu não sei que tipo de coisa é você, e confesso que não gostei nenhum pouco de você, apensar de você ser gatinho, mas Elena já me enfiou nessa história e eu não posso sair dela agora. E ela só me enfiou nessa droga por que ela queria salvar você. Então será que tem como ser mais simpático, porque eu to acostumada a ser a garota estúpida e não a...

—Tchau Caroline. —Damon desliga o telefone e olha para Elena escutando o coração da menina um pouco menos acelerado. O vampiro disca um número.

—O que você quer? —Diz a voz sedutora do outro lado da linha.

—Preciso de você.

—Já disse estou cansada e você e essas suas mulheres com a mesma cara.

—Rose, Sheila tá morta, Bonnie sumiu e Elena está... —Damon engole saliva... —Morrendo.

—O que você quer?

— Eu preciso do Stefan.

— Que? Não posso voltar naquela casa, nem faço ideia do que aconteceu lá depois que saímos. Damon isso é loucura.

—Rose, os cortes da Elena abriram novamente, coração dela tá acelerado demais e ela tá completamente inconsciente, mas não para de gritar. Já apliquei morfina duas vezes, não tá adiantando ela fica alguns minutos caladas depois começa a se debater. Rose eu não posso perdê-la novamente.

—Damon eu to muito cansada disso.

—Rose... —Damon sentia seus olhos encherem de lágrimas novamente ao pensar na possibilidade de perde Elena. — Eu preciso dela.

—Droga Damon! Eu te odeio.

—Por favor, Rose.

—Eu vou dar um jeito. —A vampira grita se odiando por querer ajudar Damon mais uma vez. —Onde você tá?

—Na casa do lago.

—Ótimo. —Rose desligou o telefone e Damon o colocou no bolso. Ele ficou durante alguns minutos olhando para seringa com seu sangue e deixando que lembranças aparecessem.

—Você acha que eu envelheci?

—Não Damon! —Disse Katherine vestindo a roupa.

—Você tá mentindo.

—Damon, por favor, você tá tomando as ervas, não vai envelhecer.

—Como sabe?

—Molly as toma e vive mais de mil anos.

—Então eu vou viver mais de mil anos?

—Se ninguém o matar sim. —A vampira sorriu e voltou olha para cama onde Damon estava deitado.

—Stefan vai me matar.

—Não! Ele não faz ideia de que você existe.

—Como tem tanta certeza?

—Me a segurei disso. —Ela se aproximou da cama debruçando em cima dele.

—Como? Seria melhor você me dar um pouco do seu sangue.

—Nem pensar. —Ela levantou e ele a puxou.

—Katherine, porque não?

—Se você morrer com sangue de vampiro voltará como um.

—E se eu morrer sem, eu estarei morto.

—Estará morto de qualquer forma. Vampiros estão mortos. —Ela o empurrou.

—Com a diferença que vampiros fazem sexo. —Damon levantou tentando pegar na mão dela.

—Damon, estou indo embora. —A vampira puxou a mão.

—Não Katherine. Toda vez que falamos sobre isso você foge. —Damon cruzou os braços.

—Damon, eu já disse que não, eu não vou te transformar. —Ela olhou mais uma vez no espelho ajeitando o cabelo.

—Por quê?

—Porque você merece ter uma vida humana. —Ela olhou para os olhos azuis pelo espelho.

—Ou não mereço ser vampiro.

—Pra que você quer ser como eu? Olhei para mim Damon... —Ela se virou de frente para Damon.

—Eu olho e vejo a mulher que quero dividi a eternidade.

—Você só ver isso, tem muito mais atrás disso. Damon eu sou um monstro e nada do que eu faça vai apagar o que eu fiz.

—Eu te amo, independente do seu passado.

—Você diz isso porque não o conhece.

—Não me importo.

—Não vou te transformar em um monstro.

—Eu quero.

—Não me importa o que você quer. —Katherine virou e abriu a porta do quarto. —Eu não vou ser egoísta com você. —Ela saiu sem que ele pudesse-a impedir.

Damon sai de suas lembranças e olha para Elena.

—Desculpe Elena, mas eu sou egoísta e não vou ter perder, não de novo. —Ele prepara a agulha para enfiar em Elena.

//— na cabeça de Elena —//

—Chega de correr! Você vai morrer de qualquer jeito. Você quer morrer. —A voz gritava e Elena ainda corria pela escuridão na tentativa falha de se parar de ouvi-la. —Sabe quem eu sou, Elena? Eu sou sua culpa, a culpa da sua alma. Antes de morrer você sempre passa por aqui. O pântano da mente o lugar mais escuro de sua alma. —Você pode correr, mas aqui tem um fim e o fim é sua morte.

—Cale a boca! —Elena grita.

—Eu sou sua culpa. Seu ódio, seu medo. Não vai se livra de mim Elena. Estou na sua pele, na sua cabeça, na alma, desde muito antes de você se única. Tudo começou com a culpa por amar dois irmãos. No inicio era Klaus, mas depois Stefan ficou tão atraente, mas isso você não deve lembrar ou deve? Isso é uma lembrança de um pedaço de alma que se dividiu em dois. Quando a alma se divide para onde vai à culpa?Com quem fica? Não adianta correr, você é culpada.

—Socorro! Me tira daqui. Socorro! —Elena para de correr e sente o desespero do escuro.

—Ninguém vai te ajudar. —Uma mão encosta em seu ombro.

—//—//—

Damon começava a enfia a agulha no braço de Elena quando a menina começa se debater jogando tudo a sua volta longe.

—Elena?! Elena! —Damon larga a seringa e segura às mãos da menina, mas ela lutava se debatendo e tentando se soltar. —Elena fica calma. Elena! — Damon rasga um lençol e amarra mãos e pés da garota na cama. —O que tá acontecendo com você? Damon olha para sua amada e tenta entrar na sua mente, mas o vampiro não ver nada além de um muro. —Droga Elena, porque não consigo mais entrar em sua cabeça?

—Damon, to aqui fora. Não me faça esperar. —A voz de Rose preenche seus ouvidos. Damon olha mais uma vez para Elena amarrada e gritando e desce as escadas indo até a porta e abrindo-a.

—Você foi rápida.

—Eu sou rápida. Trouxe companhia. —Rose aponta para mulher de cabelos dourados e aparecia gélida. — Lembra-se dela?

—Como eu iria esquecer... Ela iria me colocar no corpo de um humano idiota para que você me colocasse nas costas e se aproveitasse da minha virgindade.

—Tudo teria sido perfeito se você tivesse uma. —Rose debocha soltando um sorriso falso.

—Cadê a garota. —A bruxa fala ignorando a conversa dos vampiros e passando pela porta e parando no corredor. —Quem foi a bruxa que passou por aqui? —Damon olha para Rose. —Um feitiço foi feito nesse lugar. —A mulher andou até a cozinha e olhou para Matt que estava sentando, ela andou até ele e colocou as mãos na cabeça dele.

—Que diabos ela tá fazendo? —Damon resmungou indo atrás dela.

—Se eu não tivesse que ficar na porta eu poderia vê e dizer. —Rose responde do lado e fora da casa.

—Me ajuda a salvar minha namorada eu convenço ela a te convidar para entrar.

—Vai para inferno!

—Vamos até a garota. —A bruxa sobe as escadas.

—O que fez com ele? —Damon pergunta e é ignorado pela bruxa que entra no quarto onde a Elena ainda gritava e se contorcia. A bruxa anda até a cama, o ritmo da mulher era lento como se o tempo não a importasse. Ela coloca a mão na cabeça da menina.

—Você pode ajudá-la? —Damon pergunta e a mulher olha para ele e nenhum som e retirado de seus lábios. —Me responde, você pode ajudá-la? — A bruxa balança a cabeça.

—Eu não, mas você sim.

—Ela me pediu para não usar sangue de vampiro, porque ela tem medo de morrer e virar um.

—Seu sangue não a curaria Damon. — A mulher soltou a cabeça de Elena e a menina parou de se debater.

—Ela ficou quieta. —Damon sorri.

—Só por alguns minutos. —A bruxa se aproximou do vampiro. — Da ultima vez que nos encontramos você me disse que precisava protegê-la.

—Eu a protejo.

— Não é o que me parece.

—Do que você tá falando, eu a protejo desde quando ela nasceu.

— Você a ama? —A mulher parou de frente para o vampiro.

—Claro que a amo. Não posso viver sem ela.

—Mas quem você ama? Elena? Katherine ou alma que ambas carregam?—Damon se calou. —Não tem resposta, não é? —A bruxa sorri. —Foi o que eu imaginei. A vida nos faz passar por provas e as provas testam nosso amor. Você realmente conheceu Katherine?

—Eu não tenho duvida do amor dela por mim. —Damon fala em sua defesa e a bruxa solta um novo sorriso.

—Ninguém tinha. Vocês foram a mesma alma um dia, o amor é a cola que junta os pedaços da alma. Mas amar o melhor lado é fácil. Você não conheceu o pior lado de sua Katherine.

—Eu sei de tudo que ela fez. —Damon tranca o maxilar. —E não ligo.

—Saber é bem diferente de viver. —A mulher olha para Elena. — Stefan viveu cada momento ao lado de Katherine, ele viveu suas traições, suas guerras, suas fomes e suas culpas.

—O que você quer dizer? —Damon sente o gosto amargo do ciúme em seu paladar.

—Klaus acolheu em sua vida, aceitou ser um jogo dela. Eles dois amaram o pior lado dela para que você pudesse amar o melhor.

—Klaus? O que Klaus tem haver com isso. Ele a matou.

—Você sabe que não, desde que saiu da casa de Stefan que você tenta esquecer o que viu. —Damon se vira ficando de costa para bruxa.

—Você veio aqui me torturar?

— Você não desprezou Katherine porque amava Elena e sim porque viu os dias escuros que nunca soube. Os encontros dela com Klaus, as noites de amor com Stefan, às mortes que ela nunca te contou e o egoísmo que você nunca imaginou que pertencesse a ela.

—Cale a boca. —Damon olhou para bruxa.

—Não grite, estou aqui para ajudar e se eu resolver mudar de ideia sua garota morrer.

—Se veio aqui para ajudar, porque não ajuda?

—Porque só você pode. Elena foi dominada pela culpa de ter a mesma alma que Katherine, a essência dela em Elena a fez ver memória que nunca deveriam ser vista por uma reencarnação. Quando morremos entramos na fonte do esquecimento, para que nada do que foi feito seja lembrando, só assim somos capazes de limpar nosso karma sem morrer pela culpa. Por isso vocês vampiros sempre desligam a humanidade. A culpa o nosso pior inimigo. —A bruxa sorri novamente. -- Por isso a vida, não pode ser uma prova com consulta.

—Do que você tá falando? —Os olhos de Damon estavam vermelhos, uma mistura de raiva e dor dominavam seu ser.

—Quando Elena consultou sua vida anterior, ela liberou o ódio contra ela mesma e esse ódio tá a matando-a. Em poucas horas o cérebro parará e se tivemos sorte o coração dura um pouco mais que um dia.

—Tá dizendo que ela vai morrer?

—Sim. Esse é o jeito que os humanos desligam a humanidade. Morrendo. —A mulher falava tudo com uma tranquilidade que deixava Damon ainda mais irritado.

—Como faz isso parar? —Damon sentiu o gosto do ciúme se trocado pelo gosto do medo.

—Você perdoou Katherine?

—O que isso tem haver com Elena? Ela tá morrendo.

— Damon, você acreditou sua vida inteira que Klaus a matou, quando na verdade Katherine cansou de implorar para ser morta e esse era o único pedido dela que ele não conseguia atender.

—Mentira, eu fui até Klaus eu vi o corpo dela. Ele confessou que a matou. —Damon apertava os punhos, ele não queria ouvi mais nada.

— Mas agora você sabe que aquilo foi uma encenação para Stefan, Klaus queria que o sofrimento de Stefan apagasse sua dor. Ele acreditou durante muitos anos que se tirasse Katherine de Stefan ele pagaria pela dor que lhe casou quando matou Nina, mas o destino não é tão simples, e eles podem ser imortais, mas aqueles que eles amam nunca serão. E assim como Stefan sofreu calado pela morte de Nina, Klaus sofreu calado pela morte Katherine fazendo seu papel de vilão, sem que Stefan pudesse perceber, que quando Katherine morreu, ela não levou somente seu coração, levou o dele também.

—Porque tá me falando isso? —A bruxa ignorou a pergunta e andou até a janela.

— Klaus amou Katherine, ele protegia você, por isso ela tinha certeza que Stefan não te descobria. —Damon tranca maxila.

—Mentira! —Os olhos de Damon começavam a escorrer lágrimas.

— Você sabe que não é mentira, Damon. Mas não é isso que dói né? —A bruxa olhou para ele. —O que dói saber que ela também os amou.

—Chega! Vai embora! —Damon grita.

—Você evitou pensar nisso, você preferiu não ver. Você gostou da ideia de amar Elena, porque você a viu crescer, você conheceu Elena como nunca conheceu Katherine. Ainda mais depois do que viu na hora que Katherine deu o sangue dela a você depois que ela te salvou de Stefan.

—Ela não era Katherine.

—Você sabe que era. —A bruxa solta um sorriso e olha para Damon perto da porta. —Amar Elena pareceu muito melhor.

—Por favor, fale o que pode salva Elena e vai embora.

—Eu já disse. Você.

—Como assim eu?

—Elena odeia sua própria alma, porque assim como você ela viu tudo, só que com a diferença que ela reviveu cada escolha de Katherine. Sem poder fazer nada para mudar. Ela olhou nos olhos dela mesma e viu a morte, ela descobriu que na sua história a única vilã era ela.

—Não foi Elena, ela não pode se culpar por algo que ela não fez.

—Damon ela fez, é a mesma alma.

—Elas são diferentes.

—Sim, mas carregam a mesma culpa. Tomam a mesma decisão e amam o mesmo homem. —Damon puxa ar como se ele fosse humano novamente. —Katherine pode ter amado Klaus e Stefan, mas nunca os amou como amou você. Por você ela quis morrer, por você ela quis ser melhor, por você ela foi melhor e foi isso que fez você amá-la até hoje. —O rosto do vampiro estava molhando de lágrimas. —Não se deixe levar pelo que você ver e sim pelo que você sente. Elena faz você senti exatamente o que Katherine sentia. Você quer ser melhor por ela. Então seja Damon, passe pelo seu medo, encare-o e perdoe.

—O que eu preciso fazer? —Damon encosta na parede.

—Precisa perdoar o que você viu quando bebeu o sangue dela. Depois precisa beber novamente o sangue dela.

—Por quê?

—Esse é o único jeito de entrar na mente depois que ela colou sua alma com sua. —Damon apertou os olhos.

—Colou?

—É vampiro, em outras palavras, copulou com você. — A bruxa ergue a sobrancelha. —Não reparou que toda vez que você fazem amor, as feridas saram? –Damon solta um sorriso. — Isso é a cola. Ela deixa a menina mais forte e deixa você também. Uma alma que se dividiu se juntando novamente.

—Hum... Interessante. —A bruxa revira os olhos como se lesse o que o vampiro pensou. —Eu vou entrar na mente dela e fazer o que? —Damon pergunta fechando o sorriso.

—Sua missão e fazê-la se perdoar.

—Como eu faço isso?

—Não sei.

—E se eu não consegui?

—Elena morrer.

—Não pode ser.

—O cérebro não aguenta muito tempo, ela vai entra em coma.

—O que eu vou ver?

—Tudo que a alma delas viveu. Toda a culpa.

—Eu não posso. —Damon vira para porta, como se desejasse sair daquele quarto.

—Não pode desfazer a fantasia que criou de Katherine? Ou não pode porque só ama a parte dela que lhe convém? —Damon derruba tudo que estava em cima da cômoda.

—Eu sei que ela me amava, eu via nos olhos dela. —Ele grita.

—Então a faça acreditar nisso.

— Se eu falhar?—Ele tampa o rosto com as mãos.

—Ela morrer. —As lágrimas já o consumiam.

—E se eu der meu sangue a ela, ela morrerá, mas voltará como vampira.

—Eu não teria tanta certeza.

—Como assim?

—Ela ainda tá sobre feitiço de Stefan. Seu sangue não a cicatriza, porque a transformaria? —Damon coloca ar para dentro com se fosse necessário respirar.

—Tudo bem. —Ele desamarra Elena. — Elena não vai morrer. — Ele levanta a cabeça de Elena e senta atrás da menina colocando-a apoiada em seu peito. —Eu não vou deixar você morrer. —Ele beija a testa dela.

—O tempo que você tem é o tempo que o sangue dela desce por sua garganta. Se sugá-la demais ela morrerá do mesmo jeito. —Damon sente uma pontada no peito como uma apunhalada. —Lembrem-se elas tem essência diferente, porém a mesma alma. O que precisa fazer é convencer Elena de perdoar sua própria alma.

—Ela precisa perdoa Katherine? —Damon olha para bruxa.

—Ela precisa perdoar sua própria alma por inteira. Pode começar. —Damon beija levemente o pescoço de Elena.

—Não vou deixar você morrer. —Ele enfia seus dentes no pescoço de Elena e sente o sangue de sua amada escorrer por sua garganta.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha gostado. Estou aguardado os recadinhos.

Obrigada!! Beijocas e até o próximo!