Diário de Elena escrita por Keyla Magalhães


Capítulo 38
Capítulo 38


Notas iniciais do capítulo

Olá! O capítulo ficou um pouco grande, mas não dava para dividi sem quebrar a emoção. Por isso preferi postá-lo assim, espero que gostem e que tenha valido a pena esperar.

Aguardo comentários, me digam o que acharam e agradeço com todo coração as novas recomendações que a história ganhou.

Você são maravilhosos, até os leitores fantasmas.

Beijos e boa leitura!



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Elena sentiu seu corpo ser sugado, era como se ela tivesse sendo colocada em um pote e coisas desconhecidas eram encaixadas em sua pele, como uma sujeira que ela não conseguia limpar. Seus olhos estavam fechados, mas imagens não paravam de passar em sua mente, como lembranças nunca vividas, porém muito reais. Lugares, pessoas, roupas, sapatos nunca vistos antes. Tudo era enfiado em sua cabeça como agulhas espetando seu cérebro, sua garganta fechava e suas narinas não podia puxar o ar. Ela sentia-se sufocando, aquela sensação era tão intensa que parecia que nunca acabaria, era uma eternidade que passava em milésimos de segundos.

O que estar acontecendo?

—Nada!

— Porque Molly estar brava?

—Porque você tentou mordê-la?


O barulho da queda d’agua, a voz de Stefan, seu sapato batendo da pedra, as folhas balançando, a borboleta pousando em uma flor. Nenhum som estava despercebido, ela conseguia ouvi tudo que aquela imagem lhe mostrava. Eram um som tão alto que doía sua cabeça.


—Do que você tem medo, Stefan?

—De perder você!

O toque frio daquele homem e a expressão de medo, estavam gravados em sua memória. O tom escuro daquela casa e o rugido da escada. Todas as sensações estavam sendo implantadas em seu corpo.

Elena abre os olhos na tentativa de aquelas imagens e vozes pararem, mas então olhos azuis e cabelos negros tomam formar e instantes um beijo caloroso acompanhado de pequenos gemidos se formam em cima de uma cama.

— Acho que preciso que você saiba. — Disse Damon parando de beijar Katherine.

— Que? — A morena sacudiu a cabeça e olhou nos olhos dele.

— Você me contou seu segredo, acho que devo fazer o mesmo. — Ele saiu de cima dela que ajeitou o vestido e jogou os cabelos para trás.

—Vai me dizer que é um lobisomem? — Katherine debochou e Damon soltou um sorriso.


— Não.

—Então?

—É que eu ... Nunca fiquei... Intimamente com ninguém. — Damon gaguejou e Katherine frisou a testa fechando o sorriso debochado.

— Hum ... Belo segredo senhor Damon. — Katherine molhou os lábios. ­—Quase tão assustador quanto ser um lobisomem. —Damon apertou os olhos. — Ele surgiu em um momento propício. — Katherine se levantou da cama. — Não acho seguro nos beijarmos, muito menos, tentarmos transar.

— Eu já disse que confio em você. — Damon segurou o braço dela e passou a mão em seu rosto. Katherine empurrou a mão dele e caminhou para porta. — Você vai embora? —Damon falou incrédulo.

— Sim — Ela falou olhando por cima do ombro.

— Porque? —Damon perguntou e a vampira parou com a mão na maçaneta.

— Não seja tolo. Nos conhecemos a pouco mais de dois meses. —Ela olhou por cima do ombro. — Você é uma criança e pode ter um momento digno com uma humana que vai saber fazer isso melhor que eu. — Damon se aproximou.

— Não quero uma humana e você sabe disso. — Ele envolveu a cintura dela com seus braços, cheirando seu cabelo em seguida seu pescoço.

— Pare Damon. Precisamos parar com isso. É tudo uma grande loucura.

— Porque? Estamos apaixonados, você me contou do seu segredo eu aceitei. Porque está relutante com o meu. — Katherine virou de frente para ele.

— Isso não tem a ver com ... — Katherine gaguejou lembrando que o homem a sua frente nunca ter ficado com uma mulher, apesar de ser incrivelmente lindo. Ela balançou a cabeça e tentou se concentrar no que dizia, mesmo eu o peito nu dele tirasse sua atenção. —Damon eu quase mordi você, foi por isso que te contei, e eu não faço ideia do por que você aceitou e ainda quer continua com isso.

— Você não me mordeu e nem vai me morder. — Ele aproximou a boca da dela —Eu quero continua com isso, porque estou apaixonado. —Katherine se afastou tirando as mãos dele de sua cintura.

— Damon o cheiro do seu sangue me motiva todos os dias a vir aqui. — Damon sorriu.

— Você acha que é isso? Eu penso diferente...

—É isso. —Katherine colocou a mão no peito nu do humano o empurrando, já que ele insistia em ficar próximo o que fazia a vampira tremer.

—Eu acho que está apaixonada, assim como eu. —Damon cruzou os braços com sorriso bobo no rosto. A vampira ignorou aquela afirmação.

— Stefan vai te matar se eu não fizer isso antes. — Katherine se virou novamente para a porta saindo do quarto e sumindo da casa antes que Damon pudesse impedi-la.


Elena abre e fecha os olhos várias vezes, mas as imagens não paravam de surgir. Não havia passado nem um minuto que a menina estava mergulhada em águas e tudo que ela queria era sair dali. Ela não sentia seu corpo e suas lembranças parecia ser substituindo por outras que ela nunca viveu. O barulho era estrondoso e sua cabeça parecia que explodiria a qualquer momento.


— Porque? — Perguntou Katherine surpreendendo Damon que estava sentando no sofá lendo um livro.

— Você voltou. —Damon sorriu ao perceber que era sua amada encostada na pilastra que dividia o corredor da sala. O vestindo branco com detalhes azuis a deixava com ar de tão menina que ele se recusava acreditar no que ela dizia sobre si.

— Sim, mas só vir para me despedir. — Damon levantou deixando o livro no sofá.

— Se despedi?


— Sim, não nos veremos mais. Você ainda é um adolescente e precisa viver sua vida... — Damon a interrompeu com um beijo que a fez tremer como jamais havia tremido com nenhum beijo.

— Te amo. — Ele disse após soltar os lábios dela deixando a vampira mais humana que ele. — Fique comigo Katherine. Sei que você sente o mesmo por mim.

— Você é louco! Eu não posso! — Ela deu dois passos para trás. — Há dois meses eu matava sem piedade, bebia mais sangue que dez vampiros juntos. Não é possível que você não tenha medo de mim.

— Podemos supera isso juntos. — Damon segurou na mão dela. — Não corra de mim novamente. Eu posso cuidar de você.

— Cuida de mim? —Katherine soltou uma gargalhada. — Você não cuida nem de você Damon. —O sorriso se fechou e ela encarou os olhos a sua frente. — Eu estou com sede e sangue é o que minha comida.

— Então coma. — Damon estendeu o braço.

—Que? —Ela arregalou os olhos. — Ficou louco?! —Ela o empurrou. — Não vou me alimentar de você.

— Podemos fazer isso juntos.

— Não!

—Mas Katherine, não quero ficar longe de você. Se é sangue que você precisa, então eu te ofereço o meu.

— Adeus Damon! —Ela saiu da casa antes que lágrimas começarem a escorrer pelo rosto.


Elena sentia cada sensação de Katherine, cada dor, medo, angústia, indecisão. Todas as vezes que a vampira tentou se afastar para manter a vida do seu humano em segurança. Porém aquelas sensações eram muito mais que emocionais, eram físicas, lhe causava dor, muita dor. Ela queria gritar, mas a consciência de seu corpo já havia se perdido. Tudo era escuridão e lembranças desconhecida. Elena sentia como se aquilo fosse seu fim. As agulhas entravam fazendo sua cabeça não ser nada além de uma massa de dor e lembranças.



—Damon já disse que eu não consigo. — Katherine falou empurrando-o de cima dela e saindo da cama.

—Katharine deixa de ser boba e volta aqui! — Disse Damon com sorriso no rosto.




—Não! Eu não vou conseguir. — Ela andava de um lado para outro do quarto com os dedos entre os fios longos de seus cabelos escuros.

—Como pode saber? Sempre que o clima esquenta você foge de mim.


—Claro! Eu tenho medo de acabar te mordendo.

—Se você me morder eu grito.

—Deixa de ser debochado, Damon!

—Não é deboche. Vem! — Damon levantou da cama e foi de encontro com ela a fazendo para de andar pelo quarto.

— Não estou tomando as ervas a tanto tempo. Preciso de mais tempo, você sabe disso. — Ele jogou o cabelo da vampira para trás, pegando em suas mãos e tirando a mecha que caia sobre o seu rosto. — Porque está sorriso desse jeito bobo?

— Estou feliz. —Ele beijou as mãos macias da vampira. —Você me deixa feliz, menos quando você vai embora.

— Como se adiantasse. Eu sempre voltou. — Ela sorriu e passou a mão no rosto dele.

— É porque você é minha. —Ele beijou sua mão. —Agora vem vamos ficar na cama, ainda é cedo e você não precisa ir embora. — Ele puxou a vampira que caiu em seu peito o fazendo andar para atrás até cair na cama. Uma beijo romântico era dado pelos lábios apaixonados.

— Eu nunca transei com um humano. — Katherine falou após soltar os lábios de Damon que tinha as mãos acariciando as costas da vampira. — Não sei o que devo ou não fazer. Não sei se consigo. Posso te machucar, posso te ferir, posso... —Ele colocou as pontas dos dedos nos lábios dela impedido que continuasse.

— Você quer? — Ele perguntou e o brilho dos seus olhos a encheram de vida.

— Você sabe que sim. — Ela sussurrou sentindo as mãos dele subirem pelo sua cintura e abrirem seu espartilho.

— Então me deixe tentar. — Damon colou seus lábios nos dela e puxou o espartilho deixando-a com seios desnudos. Ela pensou em hesitar, mas ela queria tanto está com ele daquela maneira que seus lábios não questionaram. Damon a jogou para baixo de seu corpo a beijando com ternura. Seu toque era tão delicado quando seus beijos. Ele afastou os lábios dos da vampira por um segundo e estudou a expressão apaixonada da mulher que mesmo sabendo que aquilo não era possível sentia seu coração acelerado. —Vai ser um privilegio ser o primeiro humano a tocar em seu corpo. —Katherine sorriu, passando a mão as costas da mão no rosto dele

—Vai ser um prazer ser sua primeira mulher. Um prazer maior do que qualquer outro.

A dor parece derreter seu cérebro. Tudo que ela sabia sobre ela, parecia sumir, como se uma onda levasse para longe todas as imagens de sua família e amigos. Tudo que ela viveu até aquele momento estava desaparecendo, até mesmo, o motivo pelo qual ela estava naquela fonte tendo suas memórias arrancadas.


Seus sentimentos ficam confusos até que desaparecem dando espaço para outros que ela nunca imaginou sentir. A voz do Klaus começa a tomar seus ouvidos e todas as outras vozes somem. A água que cobria seu corpo a joga para cima e ela caí sobre os pés de Klaus.


— Elena! — Klaus abaixa a colhendo a em seus braços. A menina cospe água tossido desesperadamente. — Você está bem? — Elena levanta a cabeça e encontra os olhos verdes de Klaus preocupados.



—Klaus adorei o presente. Obrigada! — Falou Katherine balançando a pulseira em seu braço.



— Imaginei que você fosse gostar. — Ele a puxou pela cintura aproximando-a de seu corpo. — O que quer fazer hoje?

— Não sei. Ainda estou me sentindo estranha. O que você quer fazer? 

— Te beijar e beijar e beijar


— Bobo. — Ela virou o rosto e ele segurou seu queixo.

— Não vou forçá-la. Vai ser quando você quiser.

— Obrigada! Vamos ao jardim?

— Ótimo! Vai indo que preciso falar com Emily.

— Tá bom. — Katherine saiu do campo de visão de Klaus que seguiu para o quarto de Emily.

— O que você quer me contar Emily? — Klaus perguntou da porta evitando entrar naquele quarto.

— Encontrei a alma de Nina.

— Que? — Klaus perguntou quase em um grito. Ele entrou no quarto se aproximando de Emily sem perceber.

— Mas a alma está dividida. Não te contei antes, pois precisava ter certeza.

—Como assim dividida?

— Duas almas reencarnaram, cada uma com uma metade da alma de Nina.

— Como isso é possível?

— Não sei, talvez a morte trágica ...

— E onde estão os pedaços? Como fazemos para juntá-los?

— Um deles estar bem perto de você e outro eu ainda não sei.

— Bem perto de mim? Seja clara, Katherine está me esperando.

— Katherine? Quanto tempo vai ficar brincando de casinha com essa vampira? Pensei que de tolo, já bastava Stefan.

— Não se meta nisso.

— Ela ama o humano.

— Que está morto.

— Que foi morto por ela, segundo o que ela nos contou antes de você a fazê-la...

— Cale-se que ela pode ouvi.

— Acha mesmo que hipnotizá-la para tirar a dor de ela ter assassinado alguém é o certo a se fazer?

— O que queria que eu fizesse? Ela queria morrer, estava prestes a arrancar seu próprio coração quantas vezes fosse preciso, só para não conviver com a dor de tê-lo matado.

—Talvez ela precisasse conviver com dor.

— Ela teria se matado.

— Ela não consegue se matar. Lembra? Stefan se assegurou disso anos atrás.

—Aposto que ela encontraria um jeito.

—Ela não encontrou daquela vez.

—Ela não queria morrer de verdade. —Emily soltou um sorriso balançando a cabeça. —Não poderia deixá-la naquele estado.

—Klaus ela não te pertence, ela é casada com Stefan e ama outro homem.

— Um homem que está morto.

— Stefan virá buscá-la e então vai contar que o maldito humano foi morto por ela e não que ela preferiu deixá-lo viver com uma camponesa para construir uma família.

Cale-se! —Klaus se aproximou de Emily.

— O que você acha que está fazendo Klaus? O que está vivendo é uma mentira! A mesma mentira que viveu quanto não queria enxergar que Nina gostava de Stefan.

— Já falei para calar a boca! —Ele apertou o pescoço de Emily que sorriu vendo Katherine na porta do quarto ouvindo toda a conversar.

— isso é verdade? — Katherine perguntou surpreendendo a Klaus por não ter sentindo sua presença, mas então ele lembrou que no quarto de Emily ele perdia muito de suas habilidades.

— Katherine ... Eu... —Klaus largou Emilly e foi até Katherine que sentia seus olhos formarem lágrimas.

— Sem mentira Klaus. Eu o matei? Quanto tempo estou na sua casa Porque mentiu para mim? Porque? Fala!

— Duas semanas. Eu só queria ajudá-la, você estava...

— Eu o matei, mesmo? Como? — O vampira começou a chorar deixando seus joelhos dobrarem. Emily sorria sentindo prazer em vê-la sofrer, Klaus abaixou perto dela abraçando-a. Ela o empurrou. — Me fala como? Me faça lembrar.

— Não precisa lembrar daquilo.

­—Agora! — Ela gritou e Klaus olhou em seus olhos sentindo medo do que poderia acontecer se ela lembrasse de tudo que ele a fez esquecer.

—Acho que também deve fazê-la lembrar da visita que ela fez em seu quarto. —Emilly falou gargalhando e Klaus a repreendeu com olhar.

—O que mais você me fez esquecer? —Katherine o olhava com desprezo e Klaus sentia uma profunda tristeza, como se aquele olhar o triturasse por dentro. —Faça-me lembrar agora! Agora! —Klaus olhou nos olhos da vampira.

— Lembre-se de tudo que a fiz esquecer.


— Você me enganou. — Diz Elena empurrando os braços de Klaus.


— Elena, não se deixe ser dominadas pelas lembranças de Katherine. — Diz Klaus reconhecendo o olhar da menina.

— Me obrigou a beber seu sangue. — Elena levantou do chão sentindo seu corpo cada segundo melhor. Klaus também ficou de pé.

— Elena assuma o controle. Essas lembranças não são suas. — Klaus segura o ombro da menina.



— Nos transamos. —Elena solta uma gargalhada e Klaus frisa a testa. — Você gostou. Você gostou muito. — Elena continua gargalhando e Klaus molha os lábios.

— Eu não sabia que seu humano era a outra parte da alma de Nina. Se eu soubesse tenho certeza que eu entenderia porque conforme o tempo passava, eu me apaixonava mais por você. Se eu tivesse entendido tenho certeza que nada do que aconteceu teria acontecido.

— Está se referindo a nossa noite de sexo selvagem? — Elena debochou com sorriso malicioso no rosto. — A qual eu fui tomada pela vontade louca por seu sangue. — Ela passa o dedo no contorno do rosto de Klaus que solta um sorriso.

— Elena assuma o controle de suas emoções senão eu não responderei por mim. — Klaus sentia arrepio ao toque da menina.

—Vai me agarrar? —Elena alisa os lábios de Klaus.

— Muito mais que isso. Vou desisti de juntar seu pedaço e te deixar presa aqui para sempre comigo. —Elena puxa a mão dos lábios de Klaus e sorri.

— Já fez isso uma vez, não vai fazer de novo. Vai? —Klaus olha para a fonte atrás de Elena em seguida voltar o olhar para ela.

— Elena você não é a Katherine. Pare de se comportar feito ela. —Elena frisou a testa e tentou buscar algo dentro dela, mas nada aparecia, a não ser lembranças de Katherine. —O tempo está passando precisamos ir.

— Klaus não me faça de tola, não de novo. —Ela solta um sorriso. — O tempo aqui não passa. Você me ensinou isso quando me trouxe aqui, nas nossas duas semana felizes, antes de eu descobrir que você tinha me enganado me fazendo acreditar que eu não matei ... — Elena fecha o sorriso e demora para falar, aquele nome lhe causava dor. — Você sabe.

—Você não matou.

—Muito generoso de sua parte, mas sem mentira dessa vez. —Ele se virou olhando para a fonte. —Quanto tempo se passou? — Ela muda de assunto e Klaus segura nos ombros da menina e a sacude.

—Elena não se deixe dominar, você precisa salvar o Damon, lembra? Por isso que mergulho ali.

—Damon? —Elena fita os olhos de Klaus que não conseguia esconder que aquela mulher a sua frente ainda mexia com seus sentimentos, mais do que ele gostaria.

— Stefan te enganou, ele fez você pensar que o humano tinha sido morto por você, quando na verdade ele o transformou em vampiro. —Elena fica calada, deixando se envolver pela última lembrança de Damon.


—Damon acorde! Damon acorde!!


—O que foi amor?

—Preciso de sangue. Preciso do seu sangue.

—Katherine, você não bebe sangue a tanto tempo, o que houve?



—Não sei, mas eu preciso, me deixe provar o seu? —Damon esfregou os olhos e sentou na cama olhando para sua amada.

—Tudo bem, mas precisa ser agora?

—Sim agora. —Katherine beijou o pescoço dele e o mordeu.

—Aí. Isso é dolorido. — A vampira sugou o sangue sentindo cada gota alimentar sua alma. —Amor, acho que isso já é o suficiente. — Katherine não o ouvia. —Para. Katherine chega! — Damon tentou puxá-la, mas ela grudou os dentes em sua artéria impossibilitando de ele se mexer sem sentir uma dor ainda maior. —Está me machucando. —Ela não ouvia suas palavras. O sangue a cegava como sempre a cegou.

Gotas e mais gotas eram retiradas daquele corpo que não demorou para começar a desfalecer em seus braços. O coração diminuía a velocidade e ela tentava parar, mas não conseguia, era consumida pela fome de anos sem sangue.

— Te a... — Damon tentou dizer antes do seu coração parar. Katharine sugou até a última gota sentindo o gosto amargando no final com sangue sem vida. Ela desgrudou os dentes da carne morta, então percebeu que havia matando tudo aquilo que a tornava viva. O monstro que ela acreditou não ser, que ele a fez acreditar que não era, havia tomado conta e havia matado a melhor parte de si.

—Não!!!!!!!!!


—Elena, olha para mim?! Elena!! —Fala Klaus percebendo que algo acontecia dentro da menina. — Elena, Katherine não matou Damon! Você sabe disso, ele está com você, lembra? —Elena passou a mão na cabeça jogando o cabelo para trás e tentando achar coerência nas palavras do vampiro a sua frente. —Você pediu minha ajuda para salvá-lo. Agora você precisa assumir o controle, antes que lembranças de Katherine te dominem. — A expressão assustada de Elena se transformou em um sorriso sarcástico.


—Pelo visto ainda existe um vampiro apaixonado por mim. —Ela passou por ele acariciando seu ombro. Klaus bufou e tentou conter o sorriso, mas aquela Elena lhe agradava muito mais que a de minutos atrás. — Vamos, me tire daqui. — Klaus balança a cabeça tentando conter os pensamentos.

— Feche os olhos e esvazie a mente. —Ele diz pegando as mãos de Elena.

—Não sou eu que estou com a mente cheia, Klaus. — Elena fecha os olhos e Klaus sorri.


— Pode abri-los. — Diz Klaus fazendo os voltar para o jardim de sua casa. Elena abre os olhos e olha ao redor como se tudo a fizesse lembrar de algo.

— Chega de pique pega. — Ela diz deitando no pé da árvore. — Porque você tem esse jardim no fundo da sua casa?

— Porque eu gosto dele ser só meu.

— Que egoísta Klaus. — Ela olhou para ele que deitou do seu lado. — Você não se apaixonou por mais ninguém depois que Nina morreu?

— Não, até você aparecer. — Katherine sorriu.


—Porque Stefan a matou?

— Ele nunca te falou? — Klaus olhou nos olhos dela.

— Falou que ele perdeu o controle e matou sua noiva.

— Talvez tenha sido só isso para ele, mas foi um pouco mais complexo.

— Conte-me?

— Outro dia agora vamos lancha aquele chá horrível que Emily faz.

— É quase tão horrível quando o de Molly. — Katherine fez careta. — Você não precisava tomar esse chá comigo, eu não quero mais beber sangue, mas isso não significa que você ... — Klaus colocou os dedos sobre os lábios dela.

— Somos amigos. Amigos fazem isso.

— Obrigada! — Katherine sorriu e mordeu os lábios. —Você é incrível!

—Não, você que é incrível!


— Elena! Aqui o tempo estar correndo. Precisamos ir. — Klaus puxou a menina pelo braço ficando de costas para ela.


—Porque parou de beber sangue? — Elena fez Klaus olhar para trás. —Queria mesmo me conquistar?

—Elena isso não é hora para lembrar o passado que nem te pertenceu. Agora pare de me aborrecer, antes que eu desista de salvar seu vampiro.


Elena no fundo sabia que Klaus falava algo coerente, mas ela não conseguia lembrar. Damon estava morto para ela e tinha sido morto por suas mãos era somente isso que ela lembrava.


— Vamos pegar sua amiga. — Klaus a puxa e ambos passam pelo corredor cheio de pinturas. — Aquele é o quarto. Chame-a. —Ele aponta para o quarto e Elena frisa a testa abrindo a porta.

— Nossa até que fim! — Diz Caroline que andava de um lado para outro. — Essas pessoas são loucas. — Caroline aponta para duas senhoras que estavam em pé ao seu redor.

— Saiam. — Diz Klaus atrás de Elena.

— Quem é ele? Ele é o Damon? — Pergunta Caroline para Elena que observa amiga como se nunca a tivesse visto antes. Elena vira o rosto para Klaus.

— Quem é ela? — Klaus ergue a sobrancelha.

— Como assim quem sou eu? — Caroline se aproxima. — Ficou louca Elena? Somos amigas desde criança. — Ela pega no braço de Elena que empurra a mão da menina.

— Tira sua mão de mim. —Elena fala em tom seco recuando.

— Que? — Caroline olha para Klaus. — O que você fez com ela?

— Eu? — Klaus solta uma gargalhada. — Ela fez isso sozinha. Agora parem de brigar e venham. — Klaus se vira e sai andado pela casa. Elena olha por cima do ombro para a Caroline.

—Porque está me olhando desse jeito? A nojenta, antipática sou eu. Qual é o seu problema? — Elena revira os olhos e anda atrás de Klaus. — Calma ai, então é isso? Nós vamos com esse cara sem você nem dizer para onde?

— Quem é ela? — Elena pergunta novamente para Klaus que se divertia com a loira sendo ignorada por Elena.

— Ela já disse, sua amiga, que você insistiu que fosse com a gente.

— Como assim quem é ela? Você confia nesse cara? Elena olha para mim? — Caroline puxa Elena pelo braço.

— Me solta. — Elena puxa o braço sentindo seu sangue ferver.

— Eu fui mordida por um vampiro, tomei remédio estranhíssimo com aquelas mulheres, fui traga para esse lugar e agora você tá fingindo que não me conhece? Quer que eu diga quantos de seus podres para você parar com essa palhaçada? Elena olha para mim. Elena!!Elena!!

A voz de Caroline entrava nos ouvidos de Elena buscando algo como um nome, nada fazia sentindo ela nunca tinha visto aquela garota a sua frente, mas ela sabia seu nome.

— Caroline?! —A menina pisca os olhos algumas vezes.

— É. Sou eu, quem mais séria? O que está acontecendo com você? —Klaus vira rapidamente para Elena e sacode seus ombros.

— Elena?! —A menina olhava para os olhos de Klaus mais confusa do jamais esteve. — Você precisa controlar. Se não tudo vai dar errado. Elena, você precisa ficar no controle. —Ele falava pausadamente, sabia que se Elena deixasse sua essência ser dominada pela de sua antiga reencarnação tudo poderia dar errado.

— O que você está fazendo? — Caroline pergunta assustada com o jeito que o vampiro segurava Elena. — Meu Deus! Larga ela, você vai machucá-la. Largar! —Caroline bate no braço do vampiro que olha para a mão da menina e solta Elena.

—Você vai ficar com ela lembrando claramente quem ela é. — Klaus olha para Caroline que sente o medo percorrer sua espinha.

Elena balança a cabeça e respira fundo esquecendo novamente o nome da garota a sua frente. Eles seguiram para carro.

— Quando essa história acaba nós vamos pegar o Matt e conversar com ele claramente sobre... — Caroline foi tagarelando a viagem inteira fazendo exatamente o que Klaus havia dito. Elena olhava para a amiga, mas ela não a ouvia nada do que era dito, as vozes de sua cabeça não permitiam.


—Não!!!


—O que foi Katherine? — Perguntou Stefan ironicamente de frente para a vampira que começava a gritar.

— Eu não podia, não podia! Porque? — Katherine se jogou no chão e Stefan a baixou em sua frente.

— O que foi meu, amor?


— Eu sou um mostro. Me solta. —Ela o empurrou e correu saindo da sala e seguindo pela mata. Molly assistia a cena da cozinha e a vampira ainda pode ouvir as vozes deles.

— Tem certeza que vai deixá-la sozinha, depois do que ela acabou de descobrir que... Ela matou seu humano. —O tom debochado de Molly se finalizava com palavras de remorso.

— Ele merecia morrer. —Stefan soltou um sorriso. — Deixe a, ela vai voltar. Agora, ela não tem mais para onde ir.


— Pronto chegamos. Pode calar boca. — Klaus diz parando o carro.

— Quem são essas pessoas? — Pergunta Caroline vendo pessoas na frente do carro.


—Vampiros eles vão ajudar a proteger vocês duas até chegar na casa de Stefan.

— Mais vampiros?! Agora os zumbis me parecem bem mais atraentes. —Reclama Caroline.


—Ninguém vai machucar vocês. Apesar de eu achar ótima ideia. —Ele sorri pelo retrovisor e Caroline revira os olhos batendo no braço de Elena que olhava pela janela. —Venham! — Klaus sai do carro e Caroline puxa Elena para fazer o mesmo.

Klaus falava com seus vampiros telepaticamente que seguiam suas ordens sem hesitar. Eles andavam para dentro da floresta que levava a casa de Stefan.

— Elena, se concentre no que veio fazer aqui — Klaus falou em algum lugar distante.


—O que veio fazer aqui Damon? Se Stefan te ver ele vai te matar. —Katherine falava segurando o braço de Damon o tirando da floresta.


—Não vou deixar você partir novamente.

—Não tem escolha. Agora vai embora.

—Eu não vou.


—Senhora?! —Um vampiro se aproximou. —Algo lhe incomoda?

—Não Finn, pode deixar que resolvo sozinha.

—Mas Stefan pediu...

—Eu sei bem o que Stefan pediu e você também sabe que eu não faço nada que ele pede, agora suma da minha frente antes que eu...

—Não posso senhora. —O vampiro se aproximou —Temos ordem para matar qualquer homem que chegue perto da senhora. — Katherine olhou para trás e viu meia dúzia de vampiros ...

—Vocês vão se arrepender disso. —Ele encarou o vampiro. —Sai daqui Damon.

— Não vou a lugar nenhum.


— Elena, você tá bem? — Pergunta Caroline e a menina faz que sim, porém tudo indicava que não, ela não lembrava de nada de sua vida e as imagens e sentimentos de Katherine a dominavam de um jeito que ela não conseguia controlar. Cada passo que ela dava era uma lembrança de Katherine, lembranças acompanhadas de emoções, emoções por Stefan, por Klaus, por Damon. Emoções boas e ruins. Ela sabia que era humana, mas não se sentia como uma.


— Molly não está na casa. Stefan pode sentir minha presença, mas talvez não a sua. —Klaus fala olhando para Elena.

— Porque ele não pode senti minha presença?

— Porque ele não espera uma vampira e sim uma humana. Agora venha.


— Vampira? Elena é vampira. Meu Deus! — Caroline começa a gritar e Klaus segura a menina olhando nos olhos dela.

—A partir de agora você só abrirá a boca quando eu mandar. Entendeu? —Caroline faz sim com a cabeça e Elena solta um sorriso. —Fica atrás de mim. — Fala Klaus para Elena e Caroline, que sentia-se sendo torturada por não poder falar.

Elena estava de frente para a mansão onde ela havia vivido tanto anos ao lado de Stefan. Ela olha para janela do quarto e o som dos gemidos ainda estava ali, acompanhado das juras de amor, das brigas e das mortes de inocentes.


—Como assim eu saio por um dia e volto com sete de meus fieis vampiros mortos. Katherine, estou falando com você. —Stefan gritava da porta vendo a vampira pentear os cabelos de frente para o espelho.


—Stefan a última coisa que eu sou é surda.

—Não parece. — Ele se aproximou ficando na frente do espelho. —O que aconteceu na minha ausência?

—Muitas coisas. —Katherine o encarou. — Agora sai da frente do espelho.


—Não! Até me falar a verdade, estou cheio de você mentindo para mim.

—Por isso colocou aqueles inúteis para me vigiar? —Ela colocou a mão no peito de Stefan que a segurou.

—O que está acontecendo com você, Katherine? Você não é a mesma.

—A mesma que conheceu? Ou a mesma que comia criancinhas, ou quem sabe a mesma...

— A mesma que me amava. —Ele beijou a mão dela. —A mesma que se deitava comigo e me fazia ter êxtase de prazer. —Katherine puxou a mão e se virou para janela.

—Stefan, nós dois mudamos. Muito tempo se passou. —Stefan agarrou sua cintura e jogou o cabelo da vampira para o lado, beijando o seu pescoço.

—Eu ainda te amo como a primeira vez. — Katherine se virou encarando os olhos do vampiro.

—Eu os matei.

—Que?

— Eu matei Finn e os seus vampiros fieis e abusados. —Ela empurrou as mãos de Stefan de sua cintura.

—Porque, Katherine? —Stefan cruzou os braços.

—Estava com vontade, eu queria sair e eles não queriam me deixar então, me diverti os matando. Espero que não fique bravo, posso fazer outros para você. —Katherine passou por ele e voltou a olhar para o espelho.


—Mesmo quando ele era a Nina? —Diz Klaus despertando Elena e subindo os degraus que fazia chegar na porta. O vampiro faz sinal de espera para as duas.


—Olha quem veio para festa. — Elena escuta a voz de Stefan e o sorriso se alarga em seus rosto.

Você é linda!

—Pensei que vampiros não dormissem.

—Não precisam, a não ser quando encontram uma vampirinha cheia de energia e resolvem casar.

—Se eu deitar eu vou querer mais você!


—Sou todo seu.


—Nem sempre temos o que queremos. — Stefan continua a falar e Elena foi sentindo seu coração palpitar como na primeira vez que Katherine encontrou Stefan.


— Digo o mesmo para você. —Fala Klaus esticando a mão para menina que sentia-se mais Katherine que Elena e talvez até um pouco de Nina, já que os olhos verdes de Klaus também mexiam como suas emoções.

Elena pega na mão de Klaus. Ela sabia que precisava fazer algo, mas tudo tinha se apagado e está ali estava sendo um grande mistério. A menina se aproxima vendo a cena de um homem velho com a mão no coração de Damon preste o arrancá-lo. Todo seu corpo se tremeu. Klaus não havia mentindo, ela não tinha matando Damon, ele estava vivo preste a morrer, mais ainda sim vivo. A cena de sua morte tinha sido implantada em sua cabeça. Ela nunca o matou. A satisfação de vê-lo era tão forte que cobria toda a sua essência. Ela nunca mais queria perdê-lo, nem que para isso ela ficasse Katherine para sempre.

—Solte ele, Stefan. — Ela diz olhando para dentro dos olhos de Stefan que mesmo velhos eram reconhecidos por ela facilmente.


—Katherine?! —Stefan arregala os olhos ao perceber sua amada vampira.

—Quem mais seria?! Solte ele agora!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Aguardado comentários positivos ou negativos.

Ah!Para quem não sabe o "diário de Rachel" é um adaptação do "diário de Elena" com a minha autorização. Então fiquem tranquilas que não é plagio. rsrs

Muito obrigada pela preocupação. Amo vocês!!!

Ah! Gente minha leitora linda Naylah st, fez esse vídeo da fic. Vejam só, ficou lindo! https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=kHimXNWZ9Ow obrigada minha linda!