Lótus Negra escrita por Remmirath


Capítulo 3
Capítulo II – Intrusos




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Em uma pequena ilha no norte, em meio a uma floresta de carvalhos surge uma placa branca com um número 8, há uns bons metros do chão, pairando no ar e ignorando completamente a gravidade. O número tremula e pisca por uns segundos, dos quais dois seres caem de dentro da placa, desabando no solo coberto de folhas e musgo. E a placa desaparece com um floreio.

— O que aconteceu? – exclamou, arfando, a elfa. Saindo de cima do outro. Não era nada conveniente cair no chão, ainda mais quando você cai em cima de outra pessoa em particular. – Está… tudo bem?

— Estaria melhor, se você não tivesse caído em cima de mim. – retrucou ele, era quase visível uma veia saltando na testa.

— Como se eu pudesse controlar onde eu vou cair. – reclamou ela, bufando, e sentando em cima das costas dele novamente.

— Tenho cara de cadeira, por acaso? – falou o moreno, controladamente, a olhando pelo canto dos olhos. Mas ela estava ocupada analisando a floresta à volta deles, o que quase o fez rosnar ao chamar o nome. – Serenhiel.

— Não reclame, isso nem é uma punição tão severa assim. – avisou Serenhiel distraidamente, olhando para uma folha de carvalho. –Tem algo errado aqui.

— Como assim? – acrescentou ele, confuso.

— As árvores…são estranhas. – a morena levantou, franzindo o cenho, e oferecendo a mão para ele levantar.

— Pelo menos elas não são prateadas. – ele disse, já na frente dela, esboçando um leve sorriso sarcástico. Mas então… também percebeu. Aquela sensação, crescente, de que algo estava errado, ao mesmo tempo em que sua mente gritava: esse lugar! – Eu conheço esse lugar.

— Onde é então? – perguntou intrigada, desviando o rosto da árvore que estava tocando.

— Não lembro… mas… isso não é bom. – imagens confusas preenchiam sua mente, rostos desconhecidos e cenas sangrentas. O que era aquilo?

— É claro que não é bom! – exasperou-se ela, indignada, após tocar outras árvores. – Esse lugar não tem vida! Olhe para o céu, está vazio e sem estrelas! E o ar, é… irrespirável! Nem na Terra Negra eu me senti tão ruim.

Sim. – ele se sentia da mesma forma, era de sua natureza, estavam acostumados com florestas frondosas e ar puro, com o sussurrar de cada ser vivo existente. Mas ali… parecia uma zona da morte, não literalmente, para qualquer um ainda era uma floresta. Mas eles entendiam, aquele não era o mundo deles. Talvez, fora um dia, ou talvez, nunca fora.

— Onde estamos? – repetiu ela, menos alarmada, apenas… curiosa. Fitando os olhos azuis-escuros dele. Ela sabia que ele sabia.

Mas não tiveram tempo para conversar, pois do leste o barulho do farfalhar de folhas aumentava. Em segundos já estavam em posição defensiva, facas longas desembainhadas em ambas as mãos, esperando o confronto com a possível ameaça que surgiria por entre os galhos. E deles uma jovem com cabelos curtos esverdeados e roupas negras surgiu, falando para o nada que havia Localizado os Intrusos, e estacando com os olhos arregalados ao olhar para o meio-elfo.

— Não pode ser… – sussurrou a jovem, as pernas trêmulas a fizeram desabar, ajoelhada ao chão.

 


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