Lótus Negra escrita por Remmirath
Pouco depois do general sair, não exatamente pela porta, entrou Komui arrumando os óculos, seguido do vice–supervisor Reever, que analisava os dados em uma prancheta.
— Olá, Oláaa~~ – cumprimentou Komui, lançando um olhar suspeito para Kanda, que estava perto da janela, antes de perguntar à jovem. – Como está, Seren–chan?
— Os exames não indicam nenhum problema, ela já pode ter alta. – comentou Reever, levantando o olhar da prancheta. E indicou o samurai, que os ignorava. – Mas ele deveria repousar.
— Estamos cansados de saber como é o Kanda–kun. – falou Komui, fazendo um gesto de deixa pra lá com a mão. – A propósito… – emendou ele, ao olhar para os pacotes de doces que espalhavam-se pela cama dela. – Chegaram mais alguns do setor asiático, nós colocamos no seu novo quarto, Lenalee–chan~~ já lhe disse onde ele fica?
— Ela comentou algo a respeito… – respondeu Serenhiel, tirando uma poeira invisível do ombro, e olhando de lado para o samurai, que estava apoiado de lado na parede à esquerda, de olhos fechados. Será que ele não pode montar guarda lá fora, não?
— Seren–chan~~ ficamos muito preocupados quando você desmaiou! – choramingou o dos óculos, apesar de ter sido um dos primeiros a correr do refeitório, quando a luta começou. – Mas seu corte não foi nada grave, você tem ideia do por que isso aconteceu?
— Eu… me senti sem forças. – respondeu ela, forçando a memória.
— Bom… não sei se Hevlaska lhe falou, sobre o tipo de sua Inocência? – perguntou Reever, prático, e recebeu um aceno positivo de cabeça. – Então, o tipo Parasita exige muito do corpo que habita, é bom que você se alimente bem de agora em diante.
— Hun… – resmungou ela, pensativa, e se exaltou. – Não me diga que eu vou ter que comer igual o albino!
— Nós esperamos que não, Seren–chan~~ – falou um Komui sorridente. – Não conseguiríamos sobreviver com as despesas de dois Allen's. Então… até amanhã, vamos indo Reever!
— Ahn? – resmungou Reever, piscando, sendo carregado por um Komui com os olhos brilhando malignamente. Em poucos segundo já estava fora do quarto. – Mas não íamos… –
E foi cortado pelo pedaço de madeira que Komui pregava na porta fechada do quarto, auxiliado por um mini-Komurin.
Os dois ocupantes do quarto perceberam a tática tarde demais.
— Hoe! – gritou Kanda, socando a porta trancada. – Que barulho é esse, o que vocês estão planejando?
— Muahahaha! – ria Komui do lado de fora, após ter pregado todas as tábuas e instalando um sistema de segurança monitorada. O vice–supervisor observava a cena com uma gota enorme descendo pela sua testa. – Eu sou genial! Ninguém teria capacidade de ter uma ideia tão brilhante, Muahahahah!
— Maldito supervisor! – rugia Kanda, chutando a porta. – Abre essa droga!
— Não até vocês se entenderem! – ouviu a voz de Komui, vindo abafada e com um som metálico.
— O QUÊ? – gritou Serenhiel, que até agora só estava revirando os olhos para o drama que Kanda fazia.
— Vocês ouviram! – avisou a voz metálica, abafada por outros ruídos sinistros – Ou vocês saem dai juntos, ou não saem!
E o barulho de brocas, marteladas, metal retinindo e outras coisas não identificadas cessou.
— Tsk!— fez Kanda, dando um chute na maçaneta da porta. E lançou um olhar de lado para ela, que o fitava de braços cruzados e cenho franzido.
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