Lótus Negra escrita por Remmirath


Capítulo 12
Capítulo XI – Despertar




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No último momento, com uma força que nem sabia ter, Serenhiel havia escapado, para o único local que ainda restara: o teto. E ela só foi entender como havia parado ali depois, quando todos os olhares estavam nela, apoiada no canto do teto, e então olhou para suas costas de onde saiam duas asas macias e prateadas, proporcionais ao seu corpo.

— Não temos nenhum registro de asas, até agora. – falou um barbicha, arrumando alguns papéis na mesa, em meio ao caos.

— Tudo bem, todos voltando ao trabalho, vão, vão! – ordenou Komui, enxotando o povo de sua sala. Você devia trabalhar também, supervisor! Alguém gritou ao fundo.

— Mas… o quê? – perguntou ela que continuava no teto, irritada, não entendendo nada daquela cena, que para os outros pareciam se repetir todo dia.

— Veja pelo lado bom, Seren–chan. – opinou Komui, cantarolando seu nome junto do tratamento japonês. – Pelo menos funcionou para despertar sua Inocência, seria muito pior se você não soubesse que tipo ela é e fosse enviada para uma missão.

— Seria suicídio. – concordou Lavi, seriamente.
— Então… você voa? – perguntou Kanda, sorrindo sarcástico para ela, que agora pairava no ar, batendo levemente as asas, experimentando.

Serenhiel cruzou os braços para ele, indignada. Mas pensando. Será que só voava mesmo? Que coisa inútil!

— Não há nenhum registro mesmo, Irmão? – perguntou Lenalee, demonstrando a mesma curiosidade dos outros.

— A própria Hevlaska me contou que nunca havia conseguido ler esta Inocência. – informou Komui, ajeitando os óculos, e retirando uma mistura de geringonça com broca afiada, serra elétrica e furadeira de outra gaveta, com raios piscando nos olhos. – Vamos ter que descobrir sozinhos!

— Chega! – declarou colérica a nova exorcista, e suas asas tremularam ganhando uma tonalidade negra, platinada, as abrindo e apontando em direção a Komui, ameaçadoramente. Cada pena de suas asas brilhando como uma pequena faca.

— Glup! – engoliu em seco o supervisor, antes de se esconder embaixo da mesa, que foi perfurada por uma saraivada de penas negras extremamente afiada.

— Ela é um… – sussurrou temeroso Lavi, apontando. – Anjo da Morte!

Isso responde sua pergunta? – falou ela para Kanda, ao pousar no chão e recolher suas asas, como se nunca tivessem estado lá.

Tsk.

— Kanda, pode levar a Seren até a Hevlaska, por favor? – sugeriu o supervisor, branco igual mármore, retirando a pena negra que estava cravada em sua boina e a guardando em um envelope.
E os dois saíram andando, lado a lado, em silêncio mútuo.

Enquanto Komui balançava uma bandeirinha onde estava escrito: Nós estamos com você, Kanda-kun!


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