Lótus Negra escrita por Remmirath


Capítulo 10
Capítulo IX - Inocência




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— Eeii, Yuuu.... – Lá vêm, pensou Kanda. Pela quadragésima segunda vez. – Você podia ter pedido para ela abaixar um pouco mais a blusa, sabe?

— Pra quê? – cuspiu o outro, irritado.

— Olha Yuu, eu sabia que você era tapado para essas coisas. – comentou Lavi, abafando o riso. – Mas não sabia que era tanto!

— … – Kanda fitou-o com cara de paisagem, resolveu ignorar aquilo e entrou na sala de Hevlaska, a Guardiã do Cubo.

Seja bem-vindo, Yuu Kanda. – falou Hevlaska, naquela voz etérea que parecia ressoar nos pensamentos, adiantando seus tentáculos para o recém-chegado. – Vamos ver se a Mugen ainda é compatível com você.

— O que aconteceu com ela? – perguntou Kanda, olhando para sua Inocência, a katana retorcida esbranquiçada que parecia feita de ossos e flutuava no tentáculo à sua frente.

— Ficou nesses estado desde que você… – Lavi encostou a uma parede e fez uma careta ao falar. – Morreu.

Está pronto?— perguntou Hevlaska, aproximando de Kanda alguns tentáculos.

Sim.— Era sua única opção, agora.

 

— Veja, pode usar esse espelho. – indicou Lenalee, comprovando o que havia dito sobre o tamanho da marca nas costas de Serenhiel.

— Isso é… enorme! – exclamou a elfa, segurando a parte da frente de sua blusa, que estava totalmente desamarrada atrás, para não cair. Uma cruz perpassava sua coluna, quase até o fim de suas costas, onde terminava em uma ponta. Nunca havia visto aquele símbolo antes, mas segundo Lenalee, era um símbolo da Igreja, e as Inocências costumavam tomar formas sacras.

— Qual será a forma dela? – comentou Lenalee, curiosa, sentando-se na cama e olhando para as pequenas cruzes em seus tornozelos. Elas estavam no seu quarto, não poderia ter a levado para nenhum outro lugar, todos eram vigiados pelos mantos negros. Desde que o conflito cessara temporariamente.

— Não sei… só espero que não seja de defesa. – e emendou, ao ver o olhar intrigado que a outra lhe lançou. – Eu não gosto de depender das pessoas, e eu já ouvi um resumo do Bookman sobre os tipos de armas dos exorcistas.

— Quer ajuda para amarrar? – perguntou Lenalee, simpática, ao ver ela tentando em vão.

— Normalmente eu consigo mas… essa coisa está incomodando.

— Eu te empresto outra blusa, então. – sugeriu, indo para sua cômoda e vasculhando. – É melhor você colocar algo aberto nas costas, ai não vai precisar se incomodar depois, quando forem analisar.

— Eles arrancariam mesmo minhas roupas por causa disso? – perguntou Serenhiel exaltada, lembando do comentário de… Kanda… e pegando a blusa da mão de Lenalee.

— Bom, err… – tentou responder a outra, e lhe deu um sorriso constrangido. – Eu acho que não. – e emendou, socando a própria mão. – É só você saber controlá-los.

— É, espero que o que você diz seja verdade, levando em conta sua experiência com esses humanos. – a morena disse, sem muita convicção do que a chinesa dissera.

— Você não precisa nos chamar assim. – avisou Lenalee, meio magoada. Mas lhe estendeu uma mão, sorrindo – e se precisar de algo, pode contar comigo.
Serenhiel olhou pensativamente para a mão estendida à sua frente. E afirmou com a cabeça, indo para trás da divisória, se trocar.

 


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