Aprendendo com a Vida escrita por Daarksideofthesun


Capítulo 23
Tensão.


Notas iniciais do capítulo

DESCULPA A DEMORA ! Eu sei que já fazem quase 2 semanas que eu não posto, me desculpem mesmo. Eu vou postar aqui, fazer algo para minha mãe e depois volto pra digitar a continuação, então acho que ela sai no meio da semana, ou até antes.
Espero que gostem, só um aviso: Este foi o capítulo mais tenso que eu já escrevi, por mais que não tenha ficado grande, está muito tenso mesmo, espero que gostem.



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- BRIGA! – gritou um garoto no fundo, e eu dei mais um soco na cara dela.

Estávamos nós duas, ela agarrada no meu cabelo e eu no dela, com o refeitório todo olhando para nós, mas quem disse que eu estava ligando? Dizem que briga de mulher é só puxar o cabelo, eu concordo em partes, mas que é o jeito mais fácil de bater, ah é sim!

Tayuya era forte, quando ela soltou o meu cabelo e eu soltei o dela, ela me deu um soco no nariz.

Cambaleei para trás, um pouco desnorteada.

Ela veio até mim, só que eu fui mais rápida, dando-lhe um tapa na cara.

Fui segurada por trás, e Sasuke a segurou também.

- Tá maluca Ino? – perguntou Gaara me segurando, mas eu me debatia, aquela vaca merecia uma surra.

- Me solta! – gritei.

- Me solta Uchiha! – disse Tayuya com desdém, mas sem se livrar de sua raiva, no tom de sua voz.

A essa altura já havia uma rodinha em volta de nós para ver a briga, povo fuxiqueiro.

Consegui livrar-me de Gaara, e fui até aquela vaca ruiva, agarrei-lhe o cabelo e a derrubei no chão, fazendo ela se soltar de Sasuke, dei-lhe um tapa bem forte, e continuei a segurar seu cabelo, ela tentava se soltar de mim, mas puxava meu cabelo com força. Foi em questão se segundos. Gaara me prendeu novamente, e Naruto ficou entre nós duas.

- Chega Ino – gritou Gaara pra mim.

- Não grita comigo! – gritei, me virando pra ele, fazendo com que ele, e os outros que faziam parte daquela rodinha me olharem assustados.

 Soltei-me de seus braços e sai dali, passando com rapidez e pegando minha bolsa.

 É talvez eu tivesse errada, mas só TALVEZ, ou um QUEM SABE. Eu não podia ficar ali, ou eu mataria aquela vaca ruiva ou senão brigaria feio com Gaara, o qual não parecia ter muita paciência comigo. É quem sabe minha atitude não fora errada? Mas não importava, eu precisava tomar um ar.

- Ino – gritou Sakura, correndo até mim enquanto eu andava rápido.

 Nós já estávamos do outro lado do refeitório, no estacionamento onde geralmente ficam os carros dos professores, mas tinham pais, que quando vinham, deixavam o carro ali.

- Não precisa vir atrás de mim, eu sei o que faço, e não me arrependo de ter batido naquela coisa do Tártaro – disse com raiva.

- Não estou falando disso, não precisava ter gritado com Gaara – disse ela parando.

 Parei e a encarei.

- Eu não gritei com ele de propósito, eu estava nervosa, só isso – disse.

 Ela ia continuar aquela discussão pequena, quando fomos interrompidas.

- Oi Ino – disse meu pai, encostado em seu carro.

 Eu o encarei por um tempo, não respondendo.

- E-eu vou deixa-los a sós – disse Sakura um pouco confusa, e saiu apressada.

- O que você está fazendo aqui? – perguntei me aproximando um pouco.

- Oi pra você também – disse ele, rindo fraco – eu vim ver você – disse ele me encarando.

 - Hn, já viu – disse fitando o chão.

 Eu não queria encará-lo, eu ainda me sentia como se eu o envergonhasse, depois daquela noite, daquilo tudo que ele disse, havia magoado, e era difícil esquecer.

- Filha, eu sei que está com raiva de mim – disse ele, saindo de onde estava e colocando sua mão em meu ombro, me encarando, enquanto eu fitava o chão – mas um dia vai ter que me desculpar, e vai ver que eu estava certo.

- Porque você apareceu aqui? Eu estou muito bem, você sabe – disse à ele, encarando-o.

- Até quando vai querer continuar assim? – perguntou ele – com essa sua vida de casada, porque é o que esta parecendo. Você só tem 16 anos, mas age como se já tivesse mais de 30, você está se achando muito dona da sua vida, mas você ainda esqueceu que é menor de idade, então essa sua birra infantil não vai durar muito tempo – disse ele.

Encarei-o incrédula, ele havia se esquecido de que eu só sai dali porque ele me expulsou.

- Você me expulsou daquela casa, foi você quem me fez sentir toda esta raiva de você, e sabe por quê? Porque você achou mais fácil me criticar quando eu estava completamente errada, do que agir como um pai e me ajudar, dar conselho – disse, mas não iria chorar. Tomei fôlego – Ainda bem que eu tive amigos que me apoiaram, e fizeram coisas que você deveria ter feito.

 Ele suspirou e me encarou.

 - Tudo bem, eu não quero brigar contigo. Quando você quiser conversar, me avise – disse ele, e saiu.

 Ele não podia fazer isso, não tinha o direito. Eu nunca conheci minha mãe, mas tenho certeza que se ela estivesse aqui me ajudaria, não seria como ele.

 Sentei no gramado, ao lado do estacionamento, e fiquei mexendo em meu celular, não tinha mais nada a fazer.

 Liguei a música no fone e fechei os olhos, estava encostada no tronco da árvore.

 Acho que perdi a noção do tempo ali, acordei com a Sakura me sacudindo e tirei os fones.

- O que foi? – perguntei.

- A professora Anko mandou vir te chamar, o jogo vai começar daqui dez minutos e você ainda nem tá pronta – disse ela.

- Tá, estou indo – disse, me levantando.

 Corri até o vestiário, coloquei meu uniforme e corri para a quadra.

 Juntei-me as meninas e fazemos o que fomos treinadas a fazer: Animar torcida!

 Assim que o jogo começou fomos para o banco, a cada ponto era uma comemoração, mas cá entre nós, eu não estava, o que podemos dizer, muito feliz, eu não queria ter encontrado meu pai na porta do colégio.

 Nós vencemos por 57 a 42, foi uma vitória e tanto.

 Assim que acabou o jogo, o pessoal começou a comemorar. O próximo jogo seriam as semifinais, então essa vitória foi importante.

 Todos estavam felizes, no canto da quadra, comemorando. Eu me encontrava na arquibancada, agora já mais vazia, mexendo numa coisa no meu fichário. Precisávamos decidir qual das garotas seria a nova integrante, e essa não era uma tarefa fácil. Eu precisava apresentar as dez finalistas para a treinadora até o final do dia de hoje.

 Um pouco menos da metade delas eram realmente boas, o resto não sei nem porque fizeram o teste. Eu não poderia simplesmente escolher a Sakura, uma porque ela não queria, e outra porque falariam “Isso só aconteceu porque ela é sua amiga”, “não é justo” e mais um monte de coisa.

 Sakura veio até mim, com Sasuke atrás, mas que pareceu me ignorar, e foi o que eu fiz com ele.

- Nós vamos sair, vamos lá na lanchonete comemorar, não quer vir ? – perguntou ela, de pé, me encarando.

 - Não, eu ainda tenho que resolver um assuntos até o final do dia, e vai levar algum tempo, provavelmente – disse à ela.

- Tem certeza? Depois você pode fazer, eu te ajudo – disse ela.

 Eu a encarei.

- Tenho sim, podem ir lá se divertir, eu realmente tenho que acabar isso hoje, é importante – respondi.

- Não quer que eu te espere lá, depois você aparece por lá – disse ela.

- Não, não precisa, obrigada denovo – disse.

- Tudo bem então, depois a gente se fala – disse ela, e saiu com o moreno.

 Entendam, brigas de amigas é sempre assim, uma hora briga, dois minutos depois estão se falando de novo /fato.

 Estava começando a esfriar, eu podia sentir o vento gelado encanado por aquela porta grande da quadra.

 O dia estava começando a escurecer, já fazia uma meia hora que o pessoal havia saído, e eu ainda só havia feito metade da lista.

 Finalmente quando acabei, já eram quase sete horas da noite, o colégio ficava aberto até as oito, quando eles trancavam tudo.

 Corri até a sala da treinadora Anko, que por sorte ainda estava lá, mexendo com alguns papeis, e com uma cara não muito amigável, mas isto não era novidade.

- Treinadora, aqui esta a lista que a senhora me pediu – disse à ela – espero não ter demorado muito, e se tiver alguma coisa errada, é só me avisar.

- Ah, obrigada Ino – ela suspirou cansada e me olhou, depois encarou a lista, a qual levei quase duas horas para completar – desculpe-me por fazer você ficar aqui até tarde, deve estar cansada e querendo ver seu pai – disse ela, e eu preferia que ela não tivesse dito a ultima parte – pode ir Ino, até amanhã – disse ela.

-Ok, obrigada – disse, e sai dali.

 O vento havia piorado, estava mais frio ainda. Já estava escuro, a rua era iluminada pelos postes de luz, mas não se via uma viva alma ali. Eu caminhava meio devagar até o ponto de ônibus, o qual era a duas quadras do colégio. Eu não pedi para que me esperassem, e tampouco liguei pro Gaara, eu havia sido idiota, ele só queria me ajudar, não deveria ter gritado com ele daquela maneira.

 Eu já havia caminhado uma quadra, para chegar ao ponto de ônibus faltava pouco, quando vejo alguém me segurar pelo braço, por trás.

 Soltei um gritinho de dor, o idiota havia pegado onde se encontrava o curativo do meu ponto.

- Me solta! – gritei, puxando o braço e o encarando – Ronald! – exclamei perplexa.

- Ora ora se não é aquela loira Azeda que anda com a Sakura – disse ele com desdém – como é seu nome mesmo? – ele fingiu pensar, depois me encarou – Ino, não é?

- O que você quer? – perguntei recuando um passo atrás.

- Você fez a cabeça da Sakura contra mim, agora ela está achando que é gente – ele riu cinicamente.

- Eu não fiz nada! – exclamei alto – sai daqui seu idiota – gritei.

 Ele tampou minha boca com muita agressividade, e se colocou atrás de mim, ainda tampando a minha boca.

- Você me fez ficar mal na frente da minha querida filinha, agora é a sua vez de pagar pelo o que fez! – disse ele.

 Eu consegui me soltar, e o encarei.

- O que você vai fazer? – perguntei assustada.

 - O que você acha? – perguntou ele com desdém e me encarou com um sorriso diabólico em sua face.

 Ele ergueu um pouco sua camiseta, mostrando ali uma arma.

- Não – murmurei baixo, com medo.

- Você tá com medo coisinha oxigenada? – perguntou ele andando vagarosamente até mim.

 Eu recuava devagar também, tinha medo do que ele iria fazer.

- Sai daqui! – pedi com a voz embriagada pelo medo.

- Não vai dar – disse ele com desdém.

 Eu respirei fundo, tomei coragem. Precisava fazer algo, eu não podia deixa-lo fazer nenhuma besteira.

- SOCORRO! – gritei, me afastando bruscamente dele.

 Ele sacou a arma, nervoso.

- Sua vaca, não grite! – disse ele alterado – você quem começou isso, você não tinha nada que ter se metido com a Sakura, ela não te avisou? Não pediu para se afastar? Você não a ouviu, não só não a ouviu como colocou coisas na cabeça dela, agora você vai ter o que merece – disse ele, arrumando a arma para atirar.

 Senti o pavor subir a cabeça, tudo o que eu já havia passado, todas as coisas as quais eu ainda não havia dito. Eu não havia me desculpado com o Gaara, não havia perdoado meu pai, não havia feito quase nada, e tudo isso não podia acabar, era cedo demais.

 Senti alguém me puxar por trás, e se colocar de frente a mim. Gaara.

- Não atire! – disse ele cauteloso, me colocando atrás dele.

- Saia da frente dela, é ela quem merece pagar pelo o que fez, ela não tinha que se meter onde não foi chamada, ela foi avisada, mas não ligou – disse ele, e esticou mais o braço. Ele iria atirar.

Ele ia puxar o gatilho, já estava tudo preparado. Gaara vendo que ele não estava brincando, me empurrou.

 No que ele empurrou houve um estrondo.

 Sangue, era tudo que eu via, ainda meio tonta devido ao barulho ensurdecedor.

 - Não! – gritei o mais alto que pude.


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Notas finais do capítulo

Sangue ? De quem ? Será que ela havia sido atingida? Será que Gaara? Será que havia sido outra pessoa que havia atirado por trás em Ronald? Não sei, aguardem o próximo capítulo.
Não se esqueçam dos reviews, por favor.