Harry Potter e a Princesa Serpente escrita por Alesanttos, Safira Michaelis Black


Capítulo 37
Final de um problema, começo de outros.


Notas iniciais do capítulo

Chagamos ao último capítulo da fic, então, espero que vocês realmente gostem dele.



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A professora Umbridge deixou Hogwarts um dia antes do fim do ano. Aparentemente saiu mancando da ala hospitalar durante o jantar, evidentemente tentando partir sem que ninguém a notasse mas para a sua infelicidade encontrou Pirraça no meio do caminho e ele reconheceu essa como sua última chance de cumprir a ordem de Fred, perseguiu-a alegremente por todo o caminho, batendo em sua cabeça ora com uma bengala ora com uma meia cheia de giz. Muitos alunos correram para o Saguão de Entrada para ver a professora fugir e os diretores das casas tentavam barrá-los sem muito esforço. De fato, a professora Minerva afundou em sua cadeira, na mesa dos professores, depois de alguns protestos desanimados e expressou claramente seu arrependimento por não conseguir correr atrás de Umbridge também, visto que Pirraça pegara sua bengala emprestada.

O último dia de aula finalmente chegou, e todos estavam se preparando para o banquete.

– Você não vem Safira? – perguntou Lina.

– Não. – disse Safira, que estava sentada no chão próxima a lareira com Bichento em seu colo. – Eu tenho muita coisa que preciso por em ordem na minha cabeça, e prefiro ficar sozinha.

– Então você fará companhia ao Harry. – disse Rony, que surgira no pé da escada. – Ele também não vai descer.

– Por quê?

– Pelo mesmo motivo que você, eu acho.

– Então é melhor descermos. – disse Hermione, se levantando da poltrona e inda até o buraco na parede.

– A gente se fala depois Safira. – disse Lina, saindo da Sala Comunal logo atrás de Rony e Hermione.

Todos já haviam saído, e isso fez com que a Sala Comunal ficasse vazia e completamente submersa no silencio, as únicas coisa que quebravam esse silencio era o ronronar de Bichento e o crepitar das chamas, que, na verdade, deixavam Safira muito desconfortável. Depois de um tempo do lado desse barulho que a deixava nervosa a cada segundo que passava, ela finalmente decidiu subir até o seu quarto.



Harry estava deitado em sua cama olhando o espelho que Sirius lhe dera, á pouco tempo tentou entrar em contato com o padrinho, mas era evidente que o espelho não estava ao seu alcance. Quando Harry decidiu guardar o objeto seu reflexo começou a tremeluzir, enquanto sou rosto desaparecia do espelho, um outro surgia.

– Que bom que você está acordado. – era Safira. – Harry, você não vai conseguir se comunicar com Sirius por enquanto.

– Como você sabi...

– Teria outro motivo para você estar com o espelho? – Safira lhe lançou um olhar que dizia “não é óbvio?”. – Tem uma coisa que eu queria te mostrar, posso ir ai?

– Cla... Claro.

– Ótimo. Já estou chegando.

Dito e feito, Safira quase que no mesmo instante estava batendo na porta do quarto de Harry.

– Pode entrar.

Assim que ela passou pela porta percebeu que Safira estava segurando um enorme livro vinho com adornos em cobre.

– O que é isso?

– É o antigo álbum da minha mãe. – Safira se sentou na cama ao lado de Harry e abriu o álbum na primeira página. Cada página era de folha preta e continha pelos menos duas fotos.

A pessoa que estava na primeira foto era claramente a mãe de Safira, mas ela estava dormindo dentro do que parecia ser uma das cabines do Expresso de Hogwarts, e o mais estranho era que no seu rosto havia bigodes e um nariz de gato pintado com tinta preta.

– Minha mãe me falou que quem tirou essa foto foi a sua mãe, só de brincadeira.

Na foto seguinte havia uma imagem de jogadores de quadribol de uniforme amarelo erguendo uma menina nos ombros, e essa menina segurava um grande troféu.

– No final do primeiro ano da minha mãe em Hogwarts a Lufa-lufa ganhou a Taça de Quadribol.

E Safira foi passando foto por foto, até que uma chamou a atenção de Harry.

– Quem são esses? – ele apontou para uma foto que havia sete pessoas de uniforme de quadribol vermelho.

– Esses são os membros do time de quadribol da Grifinória no terceiro ano da minha mãe em Hogwarts. Esse é Marc Willians, artilheiro. – ela apontou para um menino loiro de olhos verdes que estava de pé. – O capitão daquele ano Vitor Johnson, também artilheiro e sua irmã mais nova Vanessa Johnson, a goleira. – os outros dois que estavam de pé tinham cabelos e olhos castanhos.

– Johnson?

– Acho que ele é o pai da Angelina.

Dessa vez ela apontou para uma das pessoas que estavam agachadas.

– Kabir Patil, batedor, e se não estiver enganada acho que ele é o pai da Padma e da Parvati. – Kabir Patil tinha o mesmo cabelo e olhos escuros das filhas. – E, é claro, Sirius, batedor, minha mãe a terceira artilheira e seu pai o apanhador.

– Sua mãe jogou quadribol?

– Jogou. Por que a surpresa?

– Nada é que... – Harry se interrompeu.

– Já que eu não jogo quadribol você achou que minha mãe também não jogava?

– Isso também.

– Minha mãe foi monitora não é por isso que eu sou.

– Não, eu sei, mas... Eu acho que fui pego de surpresa.

– Tudo bem.

De repente um barulho estranho quebrou o silencio. Quando Harry percebeu que Safira estava corada percebeu que a barriga dela estava roncando.

– Que tal irmos até a cozinha. – perguntou Harry.

– Acho uma boa ideia. Já volto. – Safira saiu pela porta do quarto de Harry e foi até o seu próprio para guardar o álbum.

Harry ficou esperando ela do lado de fora.

– Acho que eu já vi essa cena antes. – disse Safira quando saiu pelo buraco do retrato.

– Eu também.

Os dois andaram até a primeira curva do corredor quando Safira parou de repente.

– Luna?

– Quê? – perguntou Harry.

Safira ergueu o braço e apontou para o corredor. Ao olhar para onde ela estava apontando Harry viu alguém mais à frente, fixando um recado num quadro na parede, e reconheceu Luna.

– Olá. – disse Luna vagamente, olhando para eles ao se afastar do aviso.

– Por que você não está no jantar? – Harry perguntou.

– Bem, eu perdi a maior parte das minhas coisas. – disse Luna serenamente. – As pessoas pegam e escondem, sabe. Mas como é a última noite eu realmente preciso delas de volta, então eu estou colocando cartazes.

– E por que as pessoas escondem as suas coisas? – perguntou Safira.

– Oh... Bem... – ela deu de ombros. – Eu acho que eles pensam que eu sou um pouco estranha, você sabe. Algumas pessoas me chamam de "Louca" Lovegood, na verdade.

– Isso não é motivo para que eles peguem suas coisas – disse Safira.

– Você quer ajuda para encontrar tudo? – perguntou Harry.

– Oh, não. – disse sorrindo. – Elas acabam aparecendo, sempre voltam no final. Era só por que eu queria empacotar tudo hoje. De qualquer forma... Por que vocês não estão no jantar?

– Bem, não queríamos ir no começa mais...

– A barriga dela está implorando por algum alimento.

– Obrigada senhor sutileza.

– Não há de que. – disse Harry com um sorriso maroto.

– Está preocupada com Sirius?

– Como você...?

– Hermione contou na Floresta que Sirius era o padrinho de Harry. Mas quando eu perguntei para Gina porque você estava agindo de forma tão estranha com relação a ele, ela me falou que ele era seu pai. Mas não se preocupe, eu não direi nada a ninguém a menos que você queira.

– Eu agradeceria muito.

– Hã... Luna.

– Sim Harry?

– Desculpe perguntar isso tão de repente... Mas, bem... Você pode ver Testrálios, assim como nós. – Harry ficou apontando dele para Safira. – Então...

– Sim – disse Luna, compreendendo aonde Harry queria chagar. –, minha mãe. Ela era uma bruxa extraordinária, sabe, mas gostava de experimentar e um dos seus feitiços deu errado um dia. Eu tinha nove anos.

– Sinto muito por isso. – disse Safira, com um olhar que misturava tristeza e compaixão.

– Sim, foi bem horrível – disse Luna de maneira casual. – Eu ainda sinto muita tristeza por causa disso, às vezes. Mas eu ainda tenho o papai. – por um segundo Harry direcionou a sua atenção para Safira, a história das duas era parecidas. – E, de qualquer forma, isso não significa que eu nunca mais verei a mamãe, não é?

– Ahn... Não é? – disse Harry sem certeza.

Ela sacudiu a cabeça sem acreditar.

– Ah, vamos lá. Você os ouviu, atrás do véu, não foi?

– Você quer dizer...

– Naquela sala com a passagem em arco. Eles estavam escondidos, longe de nossas vistas, isso é tudo. Você os escutou.

Eles se entreolharam. Luna estava sorrindo levemente. Harry não sabia o que dizer ou o que pensar; Luna acreditava em tantas coisas extraordinárias... Ainda assim, tinha certeza de que tinha ouvido vozes atrás do véu também.

– Tem certeza de que não quer ajuda para encontrar suas coisas? – disse ele.

– Oh, não. – disse Luna. – Não, eu acho que vou descer e comer um pouco de pudim e esperar que tudo apareça... Sempre aparece no fim das contas... Bem, tenha ótimas férias, Harry.

– Sim... Sim, você também.

Quando Luna desapareceu de vista Safira finalmente quebrou o silencio.

– Ela é uma garota admirável.

– É sim.

– Vamos? – disse Safira já andando em direção a cozinha deixando Harry para trás até que ele finalmente se pós a andar.



A jornada para casa no Expresso de Hogwarts no dia seguinte foi movimentada de várias maneiras. Primeiro Malfoy, Crabbe e Goyle, que esperaram a semana inteira pela oportunidade de atacar Harry sem que houvesse professores por perto, mas para a infelicidade deles, acabaram fazendo isso à frente de um compartimento cheio de membros do AD, que correram para socorrer Harry. Na hora em que Ernie Macmillan, Anna Abbott, Susan Bones, Justino Finch-Fletchley, Anthony Goldstein e Terry Boot terminaram de usar toda a variedade de feitiços e magias que Harry tinha ensinado a eles Malfoy, Crabbe e Goyle pareciam lesmas gigantes espremidas num uniforme de Hogwarts e Harry, Ernie e Justino os enfiaram na prateleira de bagagem e saíram de lá.

– Eu tenho que dizer, mal posso esperar para ver a cara da mãe de Malfoy quando ele sair do trem - disse Ernie, satisfeito ao ver Malfoy se contorcer acima dele. Ernie não tinha realmente superado o fato de Malfoy ter roubado pontos de Lufa-lufa durante sua breve participação no Esquadrão Inquisitorial.

– A mãe de Goyle, no entanto, vai ficar feliz. – disse Rony, que tinha vindo investigar a fonte de tanta comoção. – Ele está bem mais bonito agora... De qualquer forma, Harry, o carrinho de comida acabou de parar, se você quiser alguma coisa...

Harry agradeceu os outros e acompanhou Rony de volta ao compartimento, onde comprou montes de bolos de caldeirão e tortinhas de abóbora. Hermione estava lendo o Profeta Diário novamente, Gina estava fazendo um quiz n’O Pasquim, Neville estava acariciando sua Mimbulus mimbletonia, que tinha crescido bastante neste ano e agora fazia barulhos estranhos quando encostavam nela e Lina e Safira conversavam casualmente.

– Ainda não começou de verdade. – suspirou Hermione, dobrando o jornal de novo. – Mas não vai demorar muito...

– Hey, Harry. – disse Rony, apontando para a janela de vidro do corredor.

Harry olhou. Cho estava passando, acompanhada de Marietta Edgecombe, que estava usando uma balaclava. Os olhos dele e de Cho se cruzaram por um momento. Cho ficou vermelha e continuou andando. Harry voltou os olhos para o tabuleiro a tempo de ver que um de seus peões estava fugindo de um dos cavalos de Rony.

– O que afinal... Ahn... Está rolando entre vocês? – perguntou Rony.

– Nada. – disse Harry sinceramente, e por um segundo ele olhou para Safira pelo canto do olho, ela ainda conversava com Lina sem dar atenção a mais nada.

– Eu... Ahn... Ouvi falar que ela está saindo com outra pessoa agora – disse Hermione.

Harry ficou surpreso ao descobrir que essa informação não o feriu de maneira alguma. Impressionar Cho parecia coisa do passado que não tinha mais nada a ver com ele.

– E por que o Harry ia se importar com isso? – disse Lina, que havia interrompido a conversa com Safira. – Harry você está bem melhor sem ela. Essa garota troca mais de namorado do eu troco de roupa. Antes de namorar o Cedrico eu soube que ela já havia saído com outro garoto antes e que...

– Lina. – disse Safira. – Resumindo você está deixando bem claro que não gosta dela.

– Por ai.

– Com quem ela está, afinal? – Rony perguntou a Hermione, mas foi Gina quem respondeu.

– Michael Corner.

– Michael... Mas... – disse Rony, virando em sua poltrona, olhando para ela. – Mas era você que estava saindo com ele!

– Não mais. – disse Gina resoluta. – Ele não gostava do fato da Grifinória ganhar da Corvinal no quadribol e ficou muito rabugento, então eu larguei dele e ele correu para os braços da Cho. – ela coçou o nariz distraída com a ponta de sua pena, virou O Pasquim de ponta cabeça e começou a marcar suas respostas. Rony parecia contente.

– Bem, eu sempre achei que ele era meio idiota – disse, movendo sua rainha em direção à torre de Harry. – Bom pra você. Só escolha alguém... Melhor... Da próxima...

– Bem, eu escolhi Dino Thomas, você diria que ele é melhor? – pergunto Gina vagamente.

– O QUÊ? – gritou Rony, derrubando o tabuleiro: Bichento saiu caçando as peças e Edwiges e Pichitinho gorjearam e piavam raivosamente sobre as cabeças deles.

Nesse instante o trem foi diminuindo a velocidade e não demorou muito para que parasse completamente. Harry pegou a gaiola de Edwiges.

Assim que saíram do trem, Lina avistou seu pai. Deu um rápido abraço em todos, desejou boas férias e andou ao seu encontro.

Quando o funcionário do trem fez um sinal para Harry, Rony, Hermione e Safira indicando que podiam atravessar com segurança a barreira entre as plataformas nove e dez, encontrou uma surpresa esperando por ele do outro lado: um grupo de pessoas o aguardava para saudá-lo.

Lá estavam Olho-Tonto, um tanto sinistro com seu chapéu-coco puxado para baixo, escondendo seu olho mágico, suas mãos nodosas seguravam um longo cajado, seu corpo enrolado em uma volumosa capa de viagem. Tonks estava parada perto dele, seu cabelo num cor-de-rosa-chiclete, brilhando na luz do sol que passava pelo sujo teto de vidro da estação, vestindo um jeans muito remendado e uma camiseta púrpura com os dizeres "As Esquisitonas". Perto de Tonks estava Lupin, rosto pálido, cabelo ficando grisalho, um casaco longo e surrado cobrindo sua blusa e calças. Na frente do grupo estavam o Sr. e a Sra. Weasley, vestidos no melhor estilo trouxa, e Fred e Jorge que estavam ambos vestindo jaquetas de um verde pavoroso, de um material escamoso, novas em folha.

– Rony, Gina! – chamou a Sra. Weasley, correndo na direção deles e abraçando seus filhos com força. – Oh, Harry, querido, como você está?

– Bem. – disse Harry, enquanto a Sra. Weasley o abraçava fortemente.

Em um canto Fred e Jorge exibiam suas novas jaquetas de pele de dragão.

– Tio Lupin, e Sirius? – perguntou Safira, sem rodeios.

– Era isso que eu queria falar com vocês.

– O que houve. – Harry, que finalmente se soltou do abraço sufocante da Sra. Weasley, começou a ficar nervoso. – O Ministério ainda não julgou ele inocente? Já fazem...

– Acalme-se Harry. – disse Lupin, pondo uma de suas mãos no ombro do menino. – Eu tenho boas notícias.

– E quais são? – perguntou Safira.

– Pelo que Arthur me falou, se tudo correr como esperamos, logo, logo Sirius voltará para casa e absolvido de tudo que ele foi culpado.

– Ótimas notícias. – disse Hermione.

– Mas enquanto ele não voltar para casa eu irei tomar conta de você Safira.

– Pra mim está tudo bem. Eu vou para a sua casa ou...

– Não, não. Eu irei ficar com você no Largo Grimmauld. Mas acho que não será mais que três dias.

– Tem mais algum motivo para todos vocês estarem aqui? – perguntou Harry.

– Na verdade tem. – disse Tonks.

– Bem – disse Lupin com um leve sorriso –, nós pensamos em bater um papinho com seu tio e tia antes que eles o levem pra casa.

– Eu não sei se isso é uma boa ideia - disse Harry na hora.

– Oh, eu acho que é. – disse Moody, que tinha chegado mais perto. – São eles ali, certo Potter?

Ele apontou com o dedão por sobre seu ombro; seu olho mágico estava evidentemente conferindo por trás de sua cabeça e chapéu. Harry espiou para ver a quem Olho-Tonto se referia e ali, com certeza, estavam os Dursley, que pareciam positivamente apavorados ao ver a comitiva de recepção de Harry.

– Ah, Harry! – disse o Sr. Weasley, dando às costas aos pais de Hermione, que tinham acabado de rever sua filha e agora a abraçavam alternadamente. – Bem... Vamos lá, então?

– Isso vai ser muito legal. – disse Safira com um sorriso maroto, andando atrás de Lupin.

Ele e o Sr. Weasley se adiantaram, cruzando a estação na direção dos Dursley, que aparentemente estavam enraizados no chão. Hermione se soltou dos braços de sua mãe e se juntou ao grupo.

– Boa tarde – disse o Sr. Weasley de maneira agradável ao parar na frente do tio Válter. – Você deve se lembrar de mim, meu nome é Arthur Weasley.

Como o Sr. Weasley tinha destruído sozinho a maior parte da sala de estar dos Dursley dois anos antes Harry ficaria surpreso se o tio Válter tivesse esquecido dele. Como previsto, tio Válter ficou levemente roxo e olhou furioso ao Sr. Weasley, mas preferiu não dizer nada, talvez pelo fato de os Dursley estarem em menor número.

– Nós pensamos que seria bom dar uma palavrinha com o senhor sobre Harry - disse o Sr. Weasley, ainda sorrindo.

– Sim - murmurou Moody. – Sobre o modo que ele está sendo tratado na sua casa.

O bigode do tio Válter pareceu se eriçar de indignação. Ele então se dirigiu a Moody, possivelmente porque o chapéu-coco lhe dava a impressão totalmente errada de que ele estava lidando com um igual.

– Eu não sei como é da sua conta o que acontece dentro da minha casa...

– Eu imagino que as coisas que você não sabe encheriam vários livros, Dursley - murmurou Moody.

– De qualquer forma, esse não é o ponto – interrompeu Tonks, cujo cabelo rosa parecia ofender a tia Petúnia mais do que tudo, pois ela preferiu fechar os olhos ao invés de olhá-la. – O ponto é que se nós descobrirmos que você foi horrível para Harry...

–... E não tenha dúvidas de que nós temos como saber – acrescentou Lupin com prazer.

– Sim – disse o Sr. Weasley –, mesmo que você não deixe Harry sequer usar o felitone...

– Telefone – sussurraram Hermione e Safira juntas.

– Isso, se nós tivermos qualquer indício de que Potter está sendo maltratado de qualquer forma você terá que responder por isso – disse Moody.

Tio Válter se inchou de forma ameaçadora. Seu senso de ultraje parecia ter ultrapassado até mesmo seu medo em relação àqueles seres bizarros.

– O senhor está me ameaçando? – disse ele tão alto que as pessoas que passavam chegaram a virar e encarar.

– Sim, eu estou – disse Olho-Tonto, que parecia sentir prazer ao ver a reação rápida do tio Válter à sua resposta.

– E eu pareço o tipo de homem que pode ser intimidado? – latiu tio Válter.

Quando Olho-Tonto tirou seu chapéu coco da frente de seu olhos magico Safira teve que por a mão sobre a boca para não rir da reação de Válter.

– Sim, eu diria que você é, Dursley.

Ele se afastou de Válter e analisou Harry.

– Então, Potter... Dê um grito se precisar de nós. Se nós não tivermos notícias suas por três dias seguidos mandaremos alguém...

Tia Petúnia choramingou, e Harry não pode deixar de perceber que Safira se esforçava para não rir de tudo que acontecia.

– Adeus, então, Potter. – disse Moody, segurando o ombro de Harry por um momento com sua mão nodosa.

– Cuide-se Harry. – disse Lupin calmamente. – Mantenha contato.

– Harry, nós vamos tirar você daqui assim que pudermos. – a Sra. Weasley sussurrou, abraçando-o novamente.

– Nós nos veremos logo, amigo. – disse Rony ansiosamente, chacoalhando a mão de Harry.

– Logo, logo, Harry – disse Hermione. – Nós prometemos.

– E eu ainda estou de devendo uma cerveja amanteigada. – disse Safira. – Se tiver qualquer emergência é só usar o espelho.

Harry acenou com a cabeça. Não conseguia achar palavras para dizer a eles o que isso significava para ele, ver todos juntos ali, ao seu lado. Ao invés disso sorriu, levantou a mão num sinal de adeus, virou-se e andou em direção à saída da estação em direção à rua iluminada, com tio Válter, tia Petúnia e Duda correndo atrás dele.



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Notas finais do capítulo

É isso ai pessoal, essa fic está concluída, mas não se preocupem, a segunda parte está pronta e o link está aqui: https://www.fanfiction.com.br/historia/208639/HP_e_a_Princesa_Serpente_-_Secret
Aguardo ansiosamente vocês nessa história.
E para aqueles que leram a história e não quiseram colocar reviews nos outros capítulos, só gostaria de pedir para porem pelo menos neste, queremos realmente saber se a história está agradando.
Beleza?
Até mais.
o/