Closer To The Edge escrita por minlittlegirl


Capítulo 2
Capítulo 1




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Isabella Swan tentava se concentrar em cada passo da luta que estava ensinando à Tyler, ignorando que, parado de braços cruzados, um pouco mais ao fundo na sala de treinamento, Mike Newton não desgrudava os olhos dela.

Quando todos finalmente fizeram uma pausa e saíram para almoçar, ela tentou fugir, aproveitando que a cada passo dado em direção ao refeitório, mais pessoas ela encontrava. Mas não teve jeito. Assim que começou a se servir, sentiu uma mão pousar em seu ombro.

Ela se virou, tentando não deixar evidente que sua vontade era fazer o contrário, e sair andando o mais rápido possível.

— Bella! – Mike exclamou sorrindo, como se a estivesse vendo pela primeira vez. Da mesma forma que fizera naquela manhã, quando os dois se encontraram no estacionamento.

Bella simplesmente lhe lançou um leve sorriso e voltou a se concentrar nos recipientes de comida a sua frente, se conformando com o fato de que, novamente, não conseguiria fugir dele.

E, assim como ela esperava, ele a seguiu até a mesa e começou a tagarelar.

Segundos depois, Angela Webber se sentou à mesa com eles, o que quase fez Bella abraçá-la em agradecimento.

Angela era uma das pessoas mais agradáveis de trabalhar e uma das poucas que fazia Bella ficar feliz ao saber que reencontraria na produção de um filme ou outro. E também era a única que entendia porque Bella não agüentava o fato de Mike querer estar ao lado dela a cada segundo disponível do dia.

De fato, era difícil de entender como alguém desgostava da companhia constante daquele homem alto, com belos olhos azuis e cabelos loiros. Seu corpo, definido pelos muitos exercícios que o trabalho de dublê exigia, só colaborava para ele ser o sonho de consumo de 90% das mulheres que trabalham com ele.

Bella e Angela faziam parte dos singelos 10% e não se importavam em deixar isso bem claro. Mas a mente de Mike não era tão invejável quanto seu físico, e ele se recusava a compreender as consecutivas esquivadas de Isabella.

Um bom exemplo disso foi que naquele momento, sentado à mesa do refeitório, ele interpretou que a risada abafada que Bella acabara de soltar era conseqüência da piada sobre pontinhos coloridos.

Obviamente não tinha sido isso que arrancara uma risada de Bella, e sim que Angela acabara de revirar os olhos, se mostrando tão feliz com a companhia quanto ela.

Ambas mal escutavam o que aquele homem falava, até que ele cutucou Bella de leve com o cotovelo.

— E então? O que você acha? – ele perguntou.

Bella o olhou desorientada, pedindo aos céus para que ele não estivesse falando de um bar novo, inaugurado naquela semana e blá blá blá

Ela piscou algumas vezes antes de perguntar:

— Sobre o que? Desculpe, eu...

Mike riu, sem se importar com a falta de atenção de dela.

— Sobre o que andam falando no jornal, sobre a série de assassinatos. Corpos drenados e tudo mais.

— Acho que é algum psicopata ou algo do tipo.

— Alguns já não acham mais isso... – ele disse, em um tom de mistério muito mal feito.

— Pelo amor de Deus, Mike! – Angela exclamou. – Você não está caindo nessa história pra assustar crianças que inventaram de uns dias pra cá, não é?

— Pensem bem. – ele retomou, fazem as duas revirarem os olhos dessa vez. – Corpos sem sangue, gargantas cortadas... Isso é coisa de...

— Por favor, não diga vampiros! – Bella o cortou.

— Mas tem sentido! – Mike retrucou, exasperado porque nenhuma das duas entendia sua lógica. – Os peritos não acharam uma gota de sangue nas cenas do crime. Não tem como alguém normal fazer isso!

— Tem sim, Mike. – Angela respondeu, pacientemente. – É simples. Matam a pessoa em um lugar, drenam o sangue dela, e depois a jogam numa rua qualquer.

Mike a olhou com os olhos arregalados e a boca aberta como se fosse um grande feito Ângela ter chegado a essa conclusão.

 — Você podia trabalhar como detetive Ângela – ele disse apontando o garfo para ela e rindo mais uma vez da própria piada enquanto as duas mulheres se olhavam conspiratoriamente e sorriam uma para outra fazendo com que Mike achasse que elas haviam gostado da piada. – Mas como eu dizia, se esse serial killer não é um vampiro – ele continuou, mesmo depois de receber um olhar cético de Bella – ele está fazendo as coisas para parecer exatamente isso.

— Bom, provavelmente, mas enquanto a policia não pega esse maluco é melhor tomarmos cuidado. Por mais “legal” – disse Ângela enquanto fazia um gesto de aspas com as mãos e olhava sugestivamente para Mike, sempre assumindo o papel de mãe protetora – que essa história toda possa parecer, não podemos esquecer que essas pessoas morreram e com certeza não foi de uma forma agradável.

Mike olhou-a por mais alguns segundos antes de recomeçar a tagarelar sobre um assunto qualquer que logo as duas mulheres se desligaram completamente, apenas balançando a cabeça ocasionalmente. Bella já havia se tornado profissional na hora de se desligar de Mike, depois de dois anos trabalhando com ele nos mesmos filmes e tendo saído algumas vezes juntos, coisa que Bella não se orgulhava tanto quanto Jéssica Stanley, o cérebro dela simplesmente aprendera que apenas 10% do que ele diz é aproveitável e ele sabia muito bem que ela não estava utilizando-os agora.

O horário de almoço chegou ao fim e Bella voltou satisfeita a chutar e socar por mais algumas horas, qualquer um que a olhasse treinar os atores e dublês nos sets de gravação não poderia dizer que ela era um desastre ambulante fora daquelas paredes, as vezes nem ela mesma conseguia acreditar nisso, ela sabia que era uma das melhores treinadoras em Hollywood  e mesmo assim não conseguia se defender nem de um cachorro.Ela sabia muito bem que se não fosse por todo o acolchoado a sua volta, com certeza já teria se machucado seriamente, mas ela nunca fora tão corajosa para testar essa teoria.

Já havia anoitecido quando ela saiu pela porta do estúdio e caminhou pelo estacionamento, não em direção a nenhum dos carros ali parados, ela achava que o mundo já era poluído o suficiente sem que ela precisasse dar sua contribuição. Ela seguiu pelo seu caminho habitual sem ao menos prestar atenção por onde andava, seus pensamentos focavam somente na coreografia de luta que Tyler estava tendo dificuldade pra aprender.

Estava tão concentrada que nem ao menos notou o motoqueiro de jaqueta de couro que vinha rápido em sua direção, também não percebeu o fato de não estar atravessando  a rua na faixa de pedestres ou que não havia olhado para os lados, ela apenas ouviu uma buzina alta perto demais.

“[i]Mas que droga é essa[/i]” Edward pensou vendo aquela humana simplesmente cruzando na frente de sua Harley Davidson 2007 sem nem ao menos olhar para os lados. Ele apertou a buzina com força ao mesmo tempo em que apertava o freio, a mulher deu um salto ao ouvir a buzina e tentou ir para o lado sem muito sucesso, a moto parou sem atingi-la, mas muito, muito perto de sua perna esquerda. Ela levantou os olhos para encará-lo, olhos esses, ele notou que eram como chocolate derretido. Bella, ao encarar os olhos do cara que quase havia atropelado-a, pensou em como alguém poderia ter olhos tão negros, mas ela estava brava demais para pensar mais sobre isso.

— Você por acaso tem problema mental ou algo do tipo? – ela praticamente cuspiu as palavras enquanto ele simplesmente continuava a encarando perplexo demais com o fato de não ter ouvido absolutamente nada vindo da mente daquela humana. – Será que é dificil assim respeitar os pedestres?

— Não sei se você percebeu, mas pedestres atravessam a rua na faixa e quando o sinal esta vermelho. – ele finalmente conseguiu dizer, não iria admitir que uma simples humana gritasse com ele como se fosse alguma coisa.

Ele continuou encarando enquanto ela olhava para os lados certificando-se de que ele havia dito a verdade, ele se esforçou para captar qualquer pensamento que estivesse vindo dela, mas nada, silêncio completo, coisa que ele só havia visto uma em vez em toda sua existência.

— Argh! – ela exclamou de repente e saiu andando. Simplesmente voltou a andar como se nada tivesse ocorrido e ele teve que conter o impulso de ir atrás dela, havia coisas a ser feitas e ele não podia deixá-las de lado por causa de uma humana, mesmo que seja uma humana bem diferente.

Edward se forçou a tirar os olhos daquela humana que caminhava irritada. Tentou se lembrar que quem devia estar irritado com aquela situação era ele. Por uma garota distraída se jogar na frente de sua moto e ainda ter a audácia de por a culpa nele.

Ele respirou fundo. Mesmo sendo desnecessário, o ato o acalmava.

Para ele pareceu que os sons demoraram uma eternidade para voltar, mas aconteceu em questão de segundos. As buzinas, os gritos, os xingamentos, as reclamações. Tudo voltou rapidamente, alguns sons sendo absorvidos pelos seus ouvidos sensíveis, outros invadindo sua mente.

Seguindo pelo curto caminho que faltava, serpenteando e desviando dos muitos carros que lotavam a rua àquela hora, ele finalmente chegou ao seu destino em poucos minutos.

Edward entrou com a moto pelos estreitos caminhos do jardim da grande casa branca, parando bem em frente aos degraus que levavam à porta de mogno. Ele tocou a campainha e olhou para a grandiosa construção, ouvindo com atenção, em busca de algum sinal de que alguém estava vindo atendê-lo.

As janelas amplas permitiam que a luz, vinda de dentro da casa, iluminasse o jardim, e também que as sombras projetadas dentro ficassem bem visíveis, principalmente para os olhos aguçados de Edward.

Menos de um minuto se passou, e ele pôde ouvir os passos ecoarem no hall de entrada, e teve certeza, pela falta de pressa deles, que pertenciam à empregada. Logo em seguida, a porta se abriu, confirmando isso.

A senhora de meia idade, já lhe era familiar. Ela vestia seu uniforme, composto por uma calça azul marinho e uma camisa branca, com os cabelos escuros, salpicados de branco aqui e ali, preso num coque apertado, como de costume.

— Boa noite, Sr. Cullen. – ela disse com formalidade, enquanto tentava sorrir educadamente. Como sempre, sem muito sucesso.

E mesmo que ela conseguisse fingir a receptividade que deveria, não enganaria Edward. Ele sabia perfeitamente o que passava pela cabeça dela toda vez que o via. Arrogante, metido, egocêntrico...

Edward já sabia de cor todos os ‘elogios’ daquela senhora. E não ligava nem um pouco para eles.

— Boa noite, Janet – ele respondeu, dando um passo á frente.

Janet lhe abriu passagem, dando um passo para o lado, abaixando a cabeça. Aquele homem sempre a fazia ter calafrios, com sua presença esmagadora e olhar penetrante. Dava-lhe a impressão de que ele poderia desfazê-la em um piscar de olhos. Ela mal sabia que, de certo modo, ele podia.

Ela guiou Edward até o escritório, mesmo que seu desejo fosse se afastar dele o mais rápido possível. O pensamento dela o fez sorrir torto.

Esse desejo finalmente foi realizado quando ela bateu na porta do escritório, anunciando à seu patrão que Edward Cullen havia chegado. Edward a viu andar apressada pelo corredor enquanto entrava no aposento.

Os tons escuros e quentes do escritório tornavam o ambiente aconchegante. A escrivaninha era tabaco, assim como as estantes forradas de livros, que cobriam a parede à direita, e os pés das poltronas recobertas de couro cor de chocolate. Para completar, havia um divã combinando com as poltronas, à direita, perto de uma mesinha de café.

Edward se encaminhou para uma das poltronas que ficavam de frente para a escrivaninha, ignorando o olhar irritado de Josh Davis. Seus pensamentos igualmente mal-humorados, no entanto, eram mais difíceis de bloquear.

Josh era o editor de Edward, ou, como o próprio gostava de colocar, o infeliz que tinha sido incumbido de fazer com que aquele brilhante e arrogante escritor entregasse seus livros em um prazo aceitável.

Ele era um homem alto e magro, com cabelos loiros cor de palha, e óculos com grossos aros marrons que encobriam seus olhos cor de mel.

— Edward. – ele disse, num tom que complementava seu olhar e pensamento, se sentando na cadeira atrás da escrivaninha.

Edward rolou os olhos, já ouvindo o sermão se formar na mente do outro. Esse era um dos maiores inconvenientes em ler mentes: ter que ouvir os pensamentos irritantes se formando e depois os mesmo em palavras.

— Não comece. – Edward disse, balançando uma das mãos.

— Claro que eu tenho que começar! Eu não teria, se você tivesse a consideração de dar satisfações sobre o bendito livro, o qual, diga-se de passagem, eu nem tenho garantias de que você começou, já que você se nega...

A mão de Edward foi abaixada lentamente, e seu olhar fulminou, fazendo um calafrio percorrer a espinha de seu editor, que imediatamente se interrompeu, se dando conta de que tinha dito coisas erradas.

— O que quer dizer com não tem garantias? Você esqueceu que [i]eu[/i] te disse ou está duvidando disso?  - Edward perguntou com uma voz assustadoramente calma. – Espero sinceramente que seja algum tipo amnésia.

Ele agüentava muita coisa, como os olhares irritantes e os pensamentos reprovadores, mas não admitia que duvidassem dele. Nunca.

— Não, não é isso. Quero dizer...não me esqueci, tampouco estou duvidando de você, Edward. – Josh se apressou a responder. – Eu acredito, mas está difícil convencer o resto de pessoal da editora disso. Tudo que eu tenho para eles é um escritor que não aparece por lá e já passou do prazo de entregar um novo livro.

Edward suspirou pesadamente.

A mesma coisa de sempre. Pressa. Sempre a mesma pressa, em todo lugar.

Seria tão difícil para todos aqueles humanos entenderem que não era assim que as coisas funcionavam? Que não adiantava de nada, tudo tinha seu tempo certo para acontecer. Apressar só estragava tudo. Inclusive o delicado processo se escrever um livro.

— Bom, isso não é problema meu. – ele disse, se levantando, pronto para ir embora. – Eu tenho somente que garantir à você que eu estou escrevendo. Convencê-los é [i]seu[/i] trabalho.

— E meu trabalho seria muito mais fácil se você me entregasse uma prévia para que eu pudesse mostrar à eles.

Edward se virou para Josh, sorrindo irônico.

— Tornar seu trabalho mais fácil também está fora das minhas obrigações. E você sabe muito bem que eu não entrego nada até estar completo Mas eu posso lhe sugerir uma saída. Diga à eles que, se estão tão insatisfeitos comigo, eu não me importaria de procurar outra editora.

— Edward, por favor...

Mas Edward já estava segurando a maçaneta da porta, sem se importar com o que quer que Josh ainda tinha a dizer.

— Me ligue, se decidirem alguma coisa. – ele disse, saindo e fechando a porta atrás de si.

Fez seu caminho de volta a porta, desceu em direção sua moto e subiu sem olhar para trás, ele sabia que a editora precisava mais dele do que de qualquer outro escritor, ele fazia com que os montes de dinheiro entrassem naqueles bolsos mesquinhos e pagassem casas como a que ele acabara de sair, portanto ele estava pouco se lixando para os prazos que lhe davam, ele iria escrever no seu tempo, dane-se o que aquele editor pensava.

 Ele estava mais uma vez na rua em que quase atropelara a humana, aquela que tinha a mente em silencio, por um momento ele teve vontade de procurá-la e tentar, de algum jeito, ler a mente dela. Mas, talvez, ela não valesse a pena tanto esforço.

Isabella bateu a porta do seu [i]loft[/i] com força desnecessária, “[i]Motoqueiro arrogante[/i]” era a única coisa que ela pensava desde o quase atropelamento, ela sabia que estava errada, mas não iria admitir isso, nem em pensamentos.

 Sua secretaria eletrônica piscava e ela apertou o botão para ouvir a mensagem de quem quer que tivesse ligado-a.

— Oi, você ligou para Isabella Swan – sua própria voz encheu o cômodo – obviamente não estou em casa, então... você já sabe o que fazer. – ela riu baixinho da sua própria mensagem enquanto abria a geladeira à procura de um refrigerante e esperava pelo recado.

— Alô, Isabella Swan? Acho que sim, pelo menos é isso que diz a mensagem – começou uma voz grave logo após o bip, ela franziu a sobrancelhas e ouviu com mais atenção – Liguei pro lugar certo então, enfim, Isabella, sei que está trabalhando num filme agora, mas sou de uma nova produtora e queríamos conversar com você sobre contratos, ligue de volta nesse mesmo numero caso se interesse, grato.

 Ela caminhou até o telefone ao ouvir o som do clique e a voz da secretaria dizendo “[i]Não há mais mensagens[/i]”, deu uma olhada no numero marcado no registro de chamadas e viu que não era tão tarde, ela deus os ombros e começou a discar, afinal, a produção do filme iria acabar logo, ela não gostava de ficar parada por muito tempo, já era desajeitada o suficiente sem precisar de férias.

— Produtora Entertainment, Tony Hamilton. Boa noite! – atendeu a mesma voz grave da mensagem.

— Boa noite, aqui é Isabella Swan, recebi um telefonema de vocês essa tarde.

— Ah, Isabella, estávamos mesmo esperando sua ligação, que bom que pode retornar logo.  Gostaríamos muito de tê-la trabalhando conosco.

— Ah, obrigada. E como vocês conseguiram meu telefone?

— Bom, nós estivemos conversando com um amigo seu... Se não me engano o nome dele é Mike, Mike Newton. – ela rolou os olhos, era de se esperar que Mike citasse seu nome a cada conversa, não importando o assunto. – Nós estivemos discutindo sobre um próximo contrato e ele indicou seu nome, disse que vocês trabalham juntos há muito tempo.

— É verdade. – ela tentou não rolar os olhos de novo, Mike fazia questão de estar em todas as produções de filmes em que ela também estivesse, desde que se conheceram, ele sempre arranjava um jeito de colocá-la como coreógrafa de qualquer cena que tivesse que fazer, sem se importar se precisava ou não de coreografia.

— Bom, além disso, alguns de nossos produtores já trabalharam com a senhorita e trouxeram ótimas referencias de seus trabalhos. Nós gostaríamos muito que a senhorita integrasse nosso grupo.

— Ah, isso é ótimo, mas eu não posso assinar nenhum contrato até o fim das filmagens do filme em que estou trabalhando, acho que sabem disso.

— Sim, sim – ela ouviu-o dar uma risada leve do outro lado do fone – nós achamos importante ligá-la agora, antes que qualquer outra produtora faça isso. E também, queríamos convidá-la para uma festa, digamos, uma festa de introdução da produtora no mercado.

— Festa? – ela reprimiu um gemido, festas de produtoras sempre significavam salto alto, dança, bebida, fotógrafos e... Mike Newton. Uma combinação que não a agradava. – E quando seria?

— Sábado, dessa semana mesmo.

— Er, não sei se vou estar disponível...

— Bom, nós realmente queremos que a senhorita esteja presente, sei que é uma festa, mas seria uma ótima oportunidade de discutirmos sobre um futuro contrato.

Ela mordeu o lábio inferior enquanto considerava a questão, ela realmente queria ter o que fazer assim que o filme acabasse. É claro que pelo o que aquele cara estava dizendo, ela teria mesmo que comparecer a essa festa onde as chances de acabar com uma fratura exposta por tentar andar com salto seriam enormes, mas ela não queria deixar essa chance de contrato passar.

— Eu posso ver se consigo desmarcar algumas coisas e aparecer na festa.

— Ótimo, nós enviaremos um convite formal a senhorita ainda essa semana.

— Ah, ok.

— Boa noite senhorita Swan.

— Boa noite – ela desligou o telefone e se jogou no sofá, algo lhe dizia que ir a essa festa não ia ser uma boa idéia, mas ela iria fazer o que sempre fazia nessas situações, ligar para Ângela Webber.


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