Era a noite mais bonita de todo ano. Eu gostava do natal, mesmo que nunca ganhei presentes, papai noel não gostava de mim *hehe... mais era o melhor dia do ano. Olívia e eu estávamos sentados na Sala principal da Sonserina. Avery e Abraxas foram para suas casas, poucos alunos ficavam em Hogwarts em datas comemorativas. Os pais de Olívia viajaram e bom... eu preferia ficar lá do que voltar pra algum orfanato.

Nós dois conversávamos a muito tempo, ela estava feliz por estar perto de mim, e de certo modo eu ficava muito alegre com a presença dela. Lívia era animadora, conseguia me fazer rir toda hora com suas piadas sobre os trouxas. Eu sentia que ela combinava comigo. Além de ser linda e sonserina, ela era Sangue-puro.

A algum tempo eu estava vidrado em seu olhar e ela sorria e continuava com suas piadas e historias. Sem querer fui me aproximando dela e quando dei por mim estava com os lábios encostados nos dela.

– Por favor me desculpe! – não sabia onde enfiar minha cara.

– Não tem o que ser desculpado. – Ela gostou muito porque logo em seguida me deu mais um selinho.

Eu estava totalmente vermelho, e ela sorria e seus olhos brilhavam como dois diamantes brutos. Como podia ser tão linda?

– Está tarde, melhor irmos dormir. – ela concordou e fomos.

Mais uma vez aquela mulher.

Era incrível como ela sempre estava chorando, mas dessa vez seu olhar era frio e ela segurava uma espécie de copo com um liquido meio rosado, ela me entregou e eu bebi sem hesitar.

E então ela se transformou na Olívia.

Meus sonhos eram cada vez mais estranhos e confusos, quem era aquela mulher? E que ligação ela teria com Olívia? Ou comigo? E por que ela não saia dos meus sonhos? Ou eram pesadelos? Novamente uma enxurrada de perguntas e nenhuma resposta.

O ano acabou. Denovo. Era muito mais rápido do que eu imaginava. Concerteza foi o melhor ano de minha vida.

Meu segundo ano em Hogwarts... ah! Aquele cheiro de alunos novos tentando desvendar a escola, descobrindo sua beleza e ocupando todo o castelo.

Eu parei de ter pesadelos durante o final de um ano e o começo de outro, estava pensando em pedir Livia em namoro, enfim, esquecer tudo o que eu sabia e tentar ter uma vida igual qualquer bruxo normal. Sabe aqueles que casam, tem filhos, trabalhos entediantes e muitas contas a pagar? Além de claro, viver sob as leis e etc.Eu só pensava nela e ficar todo esse tempo longe dela me aborrecia.

Era hora de acordar para mais um ano, então levantei-me e fui me trocar.

Em pouco tempo já estava no Expresso de Hogwarts novamente. Lívia sentava do meu lado e tagarelava com sua amiga, não lembro do que falavam e enquanto isso Avery e eu colocávamos o papo em dia. Ele comentou que leu muito durante as férias.

Era inicio de 1940 e todos estavam empolgados com mais um ano, como sempre. Very disse que em um de seus livros estava escrito que o castelo esconde muitos segredos... o livro era sobre mitos, contava algo de saletas com portas que só se abrem pra quem necessita e até uma tal camâra, ele disse isso rindo.

– Você acredita Tom? - ele perguntou e eu menti dizendo que não com a cabeça e sorrindo - Esses livros são besteiras, não sei porque eu li tanto.

Chegamos em Hogwarts como sempre de noite. Nos direccionamos primeiro a nossa já velha conhecida sala comunal da Sonserina nas masmorras e logo depois seguimos para o Salão Principal para a cerimônia do chapéu.

Lívia não parava de sorrir e me abraçar, querendo mostrar a todos que estava comigo. As meninas surtavam e lançavam-lhe olhar de inveja enquanto os meninos ficavam surpresos por eu estar com alguém. Será que me mostrei tão frio? Logo a cerimonia finalmente terminou. Comemos e conhecemos os novos membros da casa. Esse provavelmente seria um longo ano depois de ver todas as matérias que teria que fazer esse ano apenas uma me chamou mais atenção que as outras: Duelos. Com Certeza essa eu iria fazer.

Novamente subimos para nossa sala comunal, agora é claro, com alguns novos membros. Vocês querem saber sobre Abraxas Malfoy? Continuava o mesmo metido e mesquinho de sempre, sem tirar nem por. Sobre Avery... eu realmente não sei o sobrenome dele, nunca foi dito e eu não quero perguntar.

Daqui podemos continuar.

Naquela época eu já escrevia em um diário, aquele em qual eu lancei um feitiço para que tudo que fosse escrito ali só eu visse com uma conjuração. Claro que vocês não vão poder saber quais são as palavras. Não esse diário no qual escrevo agora e sim em outro com meu nome atrás.

No dia seguinte eu fui até a biblioteca garimpar novos livros, pois estava sem ler já há algum tempo. E perambulando pela biblioteca que tinha cheiro de gente idosa e pó, o que normalmente é o odor de livros velhos, eu encontrei um livro tão empoeirado que não era possível ler seu titulo, limpei-o com batidas e revelou-se a seguinte frase: ' Mitos da Grande Hogwarts '.Não encontrei o autor, me lembrei que Avery havia lido um livro parecido e fui falar com ele.

– Very, foi esse livro que você leu durante as férias?

– Não Tom, que livro fedido, sai pra lá que você vai atacar minha alergia com esse pó todo. - Eu ri e então sai dali.

Fui até o quarto e sentei na escrivaninha abri o livro que nesse momento cuspiu poeira em meu rosto e me fez espirrar, seria um desafio conseguir ler aquele livro todo sem morrer sufocado, mais aceitei o desafio.

Ainda era cedo e as aulas não tinham começado, as pessoas estavam tomando seus cafés da manhã e enquanto isso daria tempo de eu ler um pouco, estava meio sem fome.

Comecei folhar e algo me chamou atenção... uma frase nomeava a pagina 426 : ' A Camâra de Salazar'. Procurei por tal página e logo encontre-ia, logo abaixo dizia:

' Uma das antigas lendas que assolam Hogwarts é a que, Salazar Slytherin, um dos quatro bruxos que fundou Hogwarts e deu seu sobrenome a uma das quatro Casas, antes de deixar o castelo por suas crenças que só os bruxos sangue puros poderiam estudar na escola, construiu um lugar secreto, que só um de seus herdeiros poderia encontra-lo e abri-lo, onde ficaria escondido um basilisco que seria capaz de matar todos os bruxos nascidos trouxas.'

Foi tudo que consegui ler, quando olhei no relógio era a hora de minha primeira aula do dia, Defesa contra as Artes das Trevas com o professor Dumbledore.

Livia estava lá, e me questionou a ausência no café da manhã, eu apenas disse que estavam sem fome. As aulas se demoraram a acabar e quando finalmente acabaram fomos todos almoçar. Depois Livia e eu fomos dar uma volta ela sorria e dizia que estava muito feliz por estar do meu lado. Eu apenas concordava. Estava pensando no livro.

Ansioso para voltar para meu quarto eu disse que tinha muitas tarefas a fazer das outras matérias, ela felizmente acreditou.

Eu precisava saber se aquilo era verdadeiro, não que me importasse era mais por curiosidade então...

– Specialis Revelio.

Era totalmente verdadeiro o livro, o que me surpreendia era a falta de um autor, mais eu queria saber mais sobre a tal lenda, saber sua localização principalmente, a localização da camâra secreta.