A História de Um Vilão. escrita por lorrayne_f


Capítulo 4
Querida Hogwarts.




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Meu querido, se você está lendo esse aviso, talvez esse momento eu esteja na guerra ou até morto. Meu diário está escrito e deixei em mãos de um comensal a qual eu confio muito. Ele está encarregado de que as palavras por mim escritas, cheguem até você.

Mas continuando de onde parei...

Acho que adormeci enquanto conversava com o pequeno Avery, pois acordei quando ouvi o barulho de apitos.

– Alunos do primeiro ano! Peguem suas bagagens e venham comigo! – não sei de onde veio aquela voz.

Já era noite, descemos do Expresso, pegamos nossas malas e fomos em direção à um lago, onde tinham vários barcos de madeira que nos esperavam. Entrei em um, seguindo Avery, ele sentou do meu lado. Seguimos atravessando aquele lago.

Eu como bom curioso que sou, fiquei olhando aquelas águas e eu posso jurar que vi uma sereia passando por debaixo de nossa canoa. Comecei gritar e então Avery também conseguiu vê-la. Um homem mais velho que estava guiando o barco explicou que aquelas eram criaturas terrivelmente perigosas e agressivas. São chamadas Sereianos. E só podem falar debaixo d’agua, suas vozes na superfície era ensurdecedoras.

Quando eu pensava que não íamos chegar nunca, por de traz de muita neblina eu podia ver uma forma que no começo me parecia uma casa e logo se tornou em uma silhueta de um castelo. Eu só tinha visto algo assim nos livros que roubava de madrugada nas bibliotecas dos orfanatos aos quais viverá durante todos os anos. Aquela forma ia ficando cada vez mais aparente, até que eu podia ver nitidamente.

–UAL! Olha Tom, que lindo! – Avery confirmou aquilo que meus olhos não podiam acreditar ser real. Aquilo era melhor que tudo o que eu sonhei e imaginei, minha mente era incapaz de prever algo como aquilo.

Era sensacional. Esplendido. Belo. Maravilhoso. Surreal. Magnifico. Surpreendente. Eu nunca virá algo tão... Perfeito em toda minha vida. Acordei pra realidade quando a baba que escorria da boca do Avery começou pingar em minha perna.

– Ei, se ficar muito tempo com a boca aberta algum mosquito vai invadi-la. – falei.

– Ah! Me desculpe. – Ele sem graça começou a enxugar seu rosto com a camisa da escola.

– Eca! Que nojo Very. – Já até apelidei ele.

– Pode ser nojento, mais você também esta todo molhado de baba.

Só então notei que acabei babando também. Que imundice.

A cada metro que nos aproximávamos do castelo, ele ficava maior. Nunca tinha me sentido tão pequeno em toda minha vida. Ele era tão grande. Grande não, gigante. Ele era maior que isso. E sua beleza me fez esfregar os olhos pra garantir que eu não estava dormindo.

Então chegamos até um pequeno cais, descemos do pequeno barco e

– Avery, CUIDADO! – Era tarde demais. Aquele estrupício tropeçou na escada e caiu de cara na terra com pedras. Eu e ele nunca rimos tanto. Acho que a beleza de Hogwarts deixou ele ainda mais retardado.

Seguimos em direção ao que eu achava ser a entrada principal do castelo. Quando aquelas portas se abriram... é impossível esquecer aquela sensação. Eu era o garoto mais feliz do mundo, com toda certeza era sensacional.

– Boa noite, eu sou o Professor Alvus Dumbleodore! Guiárei-los ao grande Salão! – disse meu velho conhecido. Agora ela estava com vestes que pareciam vestidos e ostentava em seu rosto um óculos parecido com o de Sr. Olivaras. Não me lembro direito o que ele disse em seguida, eu estava fascinado com tanto luxo. Não conseguia parar de olhar para os lados e OPA! Eu tenho certeza que vi aquele quadro se mexendo.

– Very, o que aquele quadro ta fazendo? – falei sussurrando em seu ouvido.

– Você não sabe?

– Vocês dois. Estou atrapalhando alguma coisa? – o Professor falou depois de um pigarreio, acho que ele ficou irritado.

Logo ele nos guiou até duas gigantes portas e abriu-as. Eram as portas do Grande Salão, e como podia ser ainda mais lindo lá dentro?

As mesas compridas corriam ao longo do salão que terminavam em uma espécie de altar onde se encontravam algumas pessoas e cadeira. O teto parecia com o céu, só que mais bonito. Todos os alunos dos outros anos começaram a aplaudir. Seguimos o professor Dumbledore que parou de frente aos ( o que eu imagino ) outros professores.

Um velho que estava sentado na maior cadeira levantou-se e disse com sua varinha apontada para o pescoço:

– Boa noite novos alunos. Eu sou o diretor e me chamo Armando Dippet. Vocês serão selecionados para suas casas. – Iniciou-se então, uma espécie de cerimônia. Não havia prestado atenção, que ali em cima de um banco, havia um chapéu velho e talvez aquilo era um rosto...


‘Ah, você podem me achar pouco atraente,

Mas não me julguem só pela aparência

Engulo a mim mesmo se puderem encontrar

Um chapéu mais inteligente do que o papai aqui.

Podem guardar seus chapéus-coco bem pretos,

Suas cartolas altas de cetim brilhoso

Porque sou o Chapéu Seletor de Hogwarts

E dou de dez a zero em qualquer outro chapéu.

Não há nada escondido em sua cabeça

Que o Chapéu Seletor não consiga ver,

Por isso é só me porem na cabeça que vou dizer

Em que casa de Hogwarts deverão ficar

Quem sabe sua morada é a Grifinória,

Casa onde habitam os corações indômitos.

Ousadia e sangue-frio e nobreza

Destacam os alunos da Grifinória dos demais,

Quem sabe é na Lufa Lufa que você vai morar,

Onde seus moradores são justos e leais

Pacientes, sinceros, sem medo da dor,

Ou será a velha e sábia Corvinal

A casa dos que têm a mente sempre alerta,

Onde os homens de grande espírito e saber

Sempre encontrarão companheiros seus iguais,

Ou quem sabe a Sonserina será a sua casa

E ali estejam seus verdadeiros amigos,

Homens de astúcia que usam quaisquer meios

Para atingir os fins que antes colimaram.

Vamos, me experimentem! Não devem temer!

Nem se atrapalhar! Estarão em boas mãos!

(Mesmo que os chapéus não tenham pés nem mãos)

Porque sou único, sou um Chapéu Pensador!’


E então toda aquela tagarelice cessou. Finalmente, como podia uma voz tão irritante?

– Chamarei pelos nomes e vocês virão até a frente para serem selecionados. – A voz do professor rouco, quer dizer, Albus. – Avery.

Ele se sentou no banco e Dumbledore colocou o chapéu em sua cabeça.

– HUM. Interessante. Vou colocar você com certeza na... SONSERINA! – Todos aplaudiram e o pequeno Avery sorria de orelha a orelha, mostrando seus dentes amarelados, foi até uma mesa que ostentava sob ela uma bandeira verde com uma espécie de serpente. Era ali que eu queria estar, junto com Very.

Entrei em transe e quando todos terminaram de serem chamados, só restava eu.

– Tom Riddle.

Sentei-me no mesmo banco e Albus colocou o chapéu em minha cabeça.

– OH! Quanta ganancia. E vejo que tem muitas duvidas meu caro jovem, posso notar que você já tem uma casa desejada, sabe que eu também levo isto em conta? Não vejo uma casa melhor do que a Sonserina. Lá é seu lugar.

Enquanto todos aplaudam fui me arrastando até a mesa, me sentia mais feliz ainda, sentei ao lado de Avery que sorria com seus dentes amarelos ainda à mostra, aquele mesmo sorriso de orelha a orelha.



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Notas finais do capítulo

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