Em uma dessas visitas Anne conheceu Joe. Bem, vamos dizer que se conheceram, pois palavras não foram ditas um ao outro. Joe no ponto de vista de Anne era o cara. Tinha um ar de tímido e fofo.. Era estranho na vista de muitos e talvez, esse seja o maior encanto dela por ele inicialmente. Já Joe via ela como uma garota nova, uma menina bonita, da qual pegar seria necessário. Não passou de olhares. Dizem que não significam nada né? Ainda mais no dia de hoje, porém à eles, olhares significavam algo muito maior do que puderá imagina, significava algo nascendo da confusa Anne e do perfeito-estranho Joe. E foi aí que eu entrei. Eu vi nascendo em cada olhar, cada gesto, cada respiração um sentimento. Eu não pude decifrar como as coisas iriam terminar, embora tivesse uma boa impressão, eu sabia que eu estava ali e que isso significava lágrimas. Voltando aos fatos, ela voltou para sua cidade, para sua vida movimentada; ele, porém, permaneceu na sua gaiola. Todavia, os dias se passavam, e parecia que as horas se arrastavam de uma maneira lenta, era de próposito, só poderia ser. Por diversas vezes, a ouvi chamando Deus, e por muitas, acariciei o seu rosto e acalmei o seu coração. Ela ficava insegura cada dia mais, eu nunca senti tanta pena de alguém, ela tinha mais incertezas do que certezas, sua cabeça era atordoada de pensamentos e um deles era ele, o garoto estranho. Ele por sua vez, não a tirava da sua cabeça, parecia que ao fixar seus olhos nela, o seu coração tinha trocado de dono, e estava agora, pertecendo a ela, e somente a ela.

Ele havia mudado a forma como a via, ela deixava de ser uma garota e virava agora A garota da sua vida. Ele parecia sentir sua ausência, imaginava todas as noites as palavras da garota sussurando em seu ouvido, mesmo ouvindo poucas palavras da mesma. Ambos sentiam um aperto quando lembravam da existência de um e outro, e parecia inevitável não pensarem em si, depois de uma longa noite sonhando que eles estivessem juntos pela primeira vez.