_ Obrigado por me deixar só – fiz sinal de positivo e ele entrou na pista ainda rindo

Tomei umas 4 batidas de limão, ainda estava no meu estado normal.

Fui para a pista e comecei a dançar conforme a batida da música. esbarrei em alguém e imediatamente senti seus lábios nos meus.

Sua língua pedia passagem, então eu cedi, o beijo durou apenas o restinho da música.

Tentei ver o rosto da pessoa, mas não consegui, deveria ser apenas mais algum menininho apostando quantas pega com os amigos, começou uma música lenda então fui me sentar, pedi mais uma batida de limão e fiquei observando o local até sentir uma mão envolver minha cintura.

Justin narrando –

O Ryan, Charles, Christian, David, Juan todos começaram a beber e se animar até surgir à idéia de uma aposta de quem pega mais fica com a menina mais bonita e ‘gostosa’ da festa que os inclusos na apostam fariam de tudo para arranjar por toda a noite, ou seja... , fiquei observando todo o local para ver se tinha uma menina bonita, a mais bonita que estava ao alcance de meus olhos era a Anny que havia se perdido de minha visão.

_ E aí cara mais alguma gata para me indicar? – o Ryan chegou

_ Qualquer uma menos a Anny, entendeu? Se apressa que o Christian já está pegando a garota número 16 – bati em suas costas.

Eles eram realmente lentos quando o assunto era ficar com garotas. Percorri meus olhos pela pista de dança a procura da única garota que me interessava, ela dançava no mesmo ritmo da batida daquela música, parecia que tudo havia ficado em câmera lenta, até que um dos meninos inclusos na aposta a segurou e a beijou. Senti meu coração bater em um ritmo pesado sabendo que ela havia retribuído. Ela voltou para o bar e eu me aproximei ponto minhas mãos em sua cintura, eu precisava falar tudo naquele momento.

Anny narrando –

_ Eu preciso falar com você – ouvi uma voz rouca sussurrar em meu ouvido

_ Acho que já entendi tudo – tirei suas mãos de minha cintura

_ Quando aquele menino te beijou eu senti minha cabeça ficar quente e meu coração bater em um ritmo pesado – ele falou e sentou-se ao meu lado

_ Acho que não, porque isso se chama ciúmes e não se pode ter ciúmes quando não se gosta – falei sem o olhar

_ Então eu acho que estou morrendo de ciúmes de você – ele deu de ombros

_ Isso é im... – fui interrompida por ele

_ Possível, isso é possível – ele segurou minhas mãos e ficou em minha frente – eu estou gostando de você de verdade, não sou acostumado com esse lance de namoro porque quando eu fico com alguma menina é só por uma noite e nunca mais, mas eu queria aprender a lidar com isso com você, você é minha melhor amiga e quem eu gosto de verdade – ele olhava no fundo de meus olhos

_ Quando eu cheguei você estava abraçando de lado uma menina, ficou até agora pouco com ela – separei minhas mãos da dele

_ Você me viu beijando ela? – ele cruzou os braços

_ Não, porque eu prefiro não ver isso – desviei meu olhar dele

_ Você confia em mim?

_ Depende

_ Aquela menina se chama Julia e ela é uma prima minha, porque se eu tivesse ficando com ela eu não para ria de beijá-la – ele deu um sorriso contido

_ Mesmo assim, o que aconteceu de tarde foi tipo como se eu não tivesse mais chão, foi a primeira vez que eu disse “eu te amo” para alguém – abaixei a cabeça

_ Valeu a pena? – perguntou

_ Não, porque foi inútil e o momento não ajudou – segurei a vontade de chorar, me virei para o garçom e pedi outra batida sendo que dessa vez de tangerina, meu irmão fez o favor de falar ao garçom para me vender apenas batidas que são um pouco mais fracas.

_ Espera, você não vai beber antes de me ouvir, quero você esteja sóbria

_ Mas isso é fraco demais não dá nem pra ficar alegre – tentei pegar de sua mão

_ Mas essa vai ser a sexta já – ele me encarou – se você prometer me ouvir atentamente eu te dou uma vodka, promete?

_ Prometo, mas fala logo – me rendi

_ É que... e-eu t-te – ele passou a mão em seu rosto – isso é mais complicado do que eu imaginei

_ Te ouvi atentamente, quero minha vodka – falei

_ Espera, eu vou falar – ele respirou fundo – eu nunca disse isso pra ninguém porque o que eu tinha com outras garotas era passageiro, mas o que eu comecei a sentir por você nesses últimos anos foi ficando mais forte, e eu me envolvia com outras meninas só para te esquecer, o caso é que eu te amo, é eu também te amo – ele falou olhando no fundo de meus olhos

_ Justin eu... – ele pos seu dedo indicador em meus lábios e virou para o garçom do bar

_ Uma vodka com um pouquinho de energético misturado – ele falou e o garçom o serviu – obrigado por me escutar, até na escola – ele me entregou o copo e saiu

_ Oi Anny, isso é vodka? – o Lenny se aproximou e eu bebi tudo de uma vez

_ Ai meu Deus – segurei seu ombro – fiquei sem minha garganta – falei

_ Porque você estava tomando vodka? Eu falei para aquele garçom otário não te servir vodka – ele balançou a cabeça negativamente

_ Eu ganhei do Justin

_ Por quê?

_ Ele disse que se eu ouvisse o que ele tinha para dizer ele me dava uma vodka

_ O que ele te disse de tão importante? – ele sentou-se

_ Disse que era difícil para ele me dizer isso, mas ele me amava – dei um longo suspiro

_ E cadê vocês aos beijos aqui? – ele perguntou como se fosse óbvio

_ Ele saiu, acho que foi para casa – falei com um sorriso bobo no rosto

_ E você deixou? Cara nem parece minha irmão – revirou os olhos – vai atrás dele imbecil

_ Nossa, não precisa falar assim – o olhei – estou indo já.

Andei para fora do local da balada vi apenas uma pessoa andando de um lado para o outro, me aproximei lentamente.