O Amuleto Rafma escrita por Rafma


Capítulo 5
O Diário de Miguel Rafma


Notas iniciais do capítulo

Tentei melhorar a minha "concordância verbal" e acho que está melhor. Deixei os pensamentos dos personagens e algo escrito como em itálico e outras palavras em negrito. Depois ajeito os outros capítulos.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/14828/chapter/5

- Estranho... – Disse enquanto olhava para a tela do computador – Eu não achei nada sobre o tal último príncipe e nem do amuleto.

 

- “Nada”? – Também estranhou não encontrarem nada – Isso é esquisito!

 

- Crianças! São dez horas! Hora de dormir! – Sandra avisava, no primeiro andar, quase gritando.

 

- Que droga! Agora que eu precisava do computador. – Olhava para o lado.

 

- Amanhã talvez seja melhor para vermos isso. – Advertia – Quem sabe amanhã será um grandioso e novo dia de descobertas?

 

- Quem sabe, né? – Ficou sem interesse para o que a irmã havia dito – “O pior que é amanhã vou me dar de cara com o valentão ainda.”

 

 A noite estava calma. Não se ouvia nenhum barulho. Lucas estava sentado na cama. A única coisa que clareava o quarto era o abajur. Lucas fazia o desenho de Nian que vira em seus sonhos.

 

Passou na reportagem. Foi falado que o amuleto era um dos objetos mais importantes do mundo. Como eu não achei na ‘net’?” – Não se conformava.

 

Lucas, após terminar o desenhou, viu que ficou muito parecido com o do sonho. Com certeza ele se daria bem usando o desenho no futuro. Não aguentava mais de sono. Ele se deitou e colocou o caderno de rabiscos no criado-mudo, virou para o lado e dormiu.

 

“LUCAS!”              

“LUCAS!”

“LUCAS!”

 

- Ah, mãe! Deixa eu dormir mais 5 minutinhos, por favor! – Pedia – Ai!

 

- Eu não sou sua mãe! – Falava àquela figura que tinha dado um peteleco na testa de Lucas – “Moleque desaforado!”

 

- Vo-Você é o Luque? Meu cão? – Perguntava assustado com que estava vendo – Você está falando? Eu não acredito!

 

 Luque deu um tapa em Lucas e voltou a falar:

 

- “Se liga, mané”! Isso é só um sonho! Uma “mensagem” como você chama! – Explicava mal-humorado.

 

- Mas por que no meu sonho você fala? Essas mensagens estão ficando cada vez mais estranhas. – Comentou, ainda esperando a pergunta de Luque.

 

- Afe! O sonho é seu! Eu vou saber por que eu falo! – Olhava com fúria, já que tinha que fazer uma ponta na história onde o mocinho estava mais burro que o normal – Escute bem: Você precisa achar o diário! O diário é o único objeto para você começar a entender mais sobre o príncipe e o amuleto.

 

- “Diário”? – Perguntava.

 

- Sim! Nesse diário está contido informações sobre o amuleto, sobre o príncipe e... seu pai. – Com um tom intelectual, Luque explicava a situação – Uma dica de onde encontrar essa pista é em um lugar onde tralhas são guardadas.

 

- Fala do meu pai? Onde está esse diário? – Perguntava com grande ansiedade.

 

- Em um lugar com várias tralhas! Que bicho burro! Você não ouviu? - Revoltado com aquela cena – Afe! É melhor você acordar agora! Tchau!

 

Lucas acordava. Olhou pro relógio que marcava 03h30min da madrugada.  Correu para a janela e conseguiu ver que Luque estava dormindo fora da casa.

 

“Hum... acho que é melhor me importar com a mensagem do que com o Luque.” – Pensava – “Lugar onde guarda tralhas? Acho que já sei onde é isso!”

 

Lucas foi até a dispensa na cozinha e pegou uma lanterna. Foi até perto da escada, tirou o tapete até ver um alçapão. Abriu o alçapão, desceu as escadas e tentou ligar a luz mais obteve falha.

 

“Ainda bem que eu trouxe uma lanterna, senão já era!” – Pensava aliviado por ter se prevenido – “Não gosto de porões... Tem tanta tralha aqui! Acho que é esse o lugar.”

 

Estava infestado de teias de aranhas e a poeira dominava o local. Se fosse pra dizer em porcentagem, uns 90% do local estava só o pó.

 

“Já que o diário tem haver sobre meu pai, então esse diário deve estar nas coisas do papai. Pensamento óbvio, esse.” – Pensava, tirando algumas caixas em cima das outras – “Essa caixa está cheio de livros. Meu pai era um grande aventureiro mesmo! Viajava para vários lugares! Pena que não tive a oportunidade de viajar com ele. Bom, é melhor deixar isso pra lá!”

 

Lucas começou a passar livros e revistas da época em que sei pai vivia. Ficava impressionado que em pilhas de livros e revistas se achava cadernos de quando seu pai fazia a 5º e 6º série. Era bom relembrar das coisas de seu pai e ver também livros e cadernos que mostravam como foi a sua história de vida.

 

- Achei! Deve ser esse! – Falava alto, quase acordando sua mãe – Só pode ser esse!

 

Lucas que já estava ficando com um medo insuportável do lugar, saiu correndo após achar o diário. Fechou a porta do porão e foi correndo até o quarto.

 

Lucas sentou na cama enquanto olhava para o diário. Estava escrito: “Diário de Aventuras – Miguel Rafma”.  Lucas abriu o diário, ligou o abajur e começou a ler:

 

“Dia 22 de Agosto de 2005”

 

“Eu, Miguel Rafma, estou ansioso por essa nova viagem. Estou em uma Área Florestal, aqui em Santa Catarina e muitos dizem que existe uma caverna por aqui onde Nian, o último príncipe, foi enterrado. A lenda dizia que Nian era escravo e após uma expedição juntos com outro, achou um amuleto que deu poderes a ele, tirando assim o tal tirano do poder e se proclamou governador naquele lugar, sendo chamado de príncipe e não de rei, por ser muito novo. O príncipe criou sua própria sociedade e ficou longe das outras civilizações. O povo era muito feliz e diziam que o príncipe era muito bondoso e ajudava a todos com os poderes místicos do amuleto. Só que seu povo viveu em harmonia em pouco tempo. Ele foi todo exterminado e o príncipe junto. Não se sabe como eles foram exterminados e não se sabe onde foi parar o amuleto. E se o príncipe está enterrado na caverna? Ele foi enterrado por quem, já que todos morreram? Essas são umas das perguntas que eu e minha equipe estamos querendo resolver! Enquanto escrevo no meu diário, minha equipe está se preparando para começar uma expedição para acharmos a caverna. Teremos ajuda de uma pessoa que conhece a área e nos ajudará contra os animais que poderemos encontrar no caminho. Estou excitado com tudo isso e quero mostrar logo de uma vez se a história do príncipe é lenda ou se aconteceu de verdade.”

 

Quando leu a primeira página do diário se lembrou mais ainda de seu pai, mas, tentava esquecer essas lembranças. Tinha que se focar na história. Esse diário poderia resolver muitas lacunas que foram criadas por causa das mensagens.

 

“Meu pai estava na mesma que eu estou agora. Essa lenda que ele contou é a mesma que passou no noticiário, mais tirando a parte do extermínio. Que coincidência! Ele estava tentando descobrir se era lenda ou verdade sobre o príncipe e hoje, quase três anos depois, estou ligado de alguma forma nessa história.” – Pensava no que poderia acontecer mais pra frente – “São 04h00min da madrugada. Por mais que quero saber o que aconteceu, tenho aula de manhã. Assim vou ficar com sono nas aulas!”

 

Lucas deitou e como de costume, virou para o lado e dormiu. Com certeza, a terça que já começou com algumas descobertas, seria longa.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Amuleto Rafma" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.