Valerie e Henry foram os primeiros a chegar, então Henry como bom cavaleiro não deixou Valerie fazer nada, já que seu pé não estava bom, Valerie ficou sentada olhando para Henry pensando: “eu não mereço Henry, nem muito menos Peter, eu não tenho coragem de dizer uma coisa sobre, e estou mantendo segredo para duas pessoas que não hesitariam para me fazer feliz – Valerie deu um suspiro e continuou no pensamento – Henry merece ser feliz, espero que tenha uma pessoa que mereça ele, e apague todo o sofrimento que eu o fiz passar. – e foi assim que Valerie concluiu o seu pensamento desejando a completa felicidade de Henry, pois ela o amava, mas não como amava Peter e isso fazia com que ela se sentisse culpada.

Como Valerie estava muito inerte em seus pensamentos quando Henry falou ela deu um pulo de susto:

-O que foi?—Henry vendo que a tinha assustado mais uma vez deu uma risadinha e disse—anda se assustando demais Valerie, o que está acontecendo?

-Nada, só estava muito concentrada no que estava pensando. —respondeu Valerie.

-Eu seria muito intrometido se perguntasse sobre o que você estava pensando. —perguntou Henry.

-Não, era só sobre o livro, eu deveria ter trazido ele. —Valerie mentiu.

-Não, você fez bem em não trazer aquele livro pra cá, as meninas e o Erick poderia entender, mas Victor iria levantar um monte de questões para gente, questões nas quais não podemos responder. —disse Henry —E Lira, pelo que você me contou pediu para que ninguém alem do nosso “grupo” soubesse.

-É verdade eu não tinha pensado nisso.—disse Valerie, percebendo que por mais que ela não tivesse pensado sobre o livro, na hora que ela estava falando dele para Henry ela estava com uma vontade de volta para casa dela e pegar aquele livro, mas como ela havia dito, ela não tinha pensado nisso antes de Henry dizer para ela o quão desconfortável seria as perguntas de Victor.

E por mais que Prudence entenderia o porquê dela está lendo aquele livro, ela não sabia a mesma verdade que Erick, Peter, Henry, e Roxanne sabiam. Foi nesse momento que ela lembrou que não tinha pedido para não contar nada daquilo que aconteceu na floresta para Prudence.

-Puts eu esqueci completamente de falar para Erick não contar nada para Prudence sobre hoje a floresta. —disse Valerie.

-Ah! Quanto a isso Valerie, eu encontrei com ele indo para casa de Prudence, já imaginando que você não tinha falado sobre aquilo eu pedi para que ele não contasse nem para Prudence nem para Roxanne. —disse Henry deixando Valerie muito grata e ao mesmo tempo aliviada.

-Obrigada Henry.

Ele somente sorriu, quando ele acabou de arrumar tudo para noite sentou-se largado ao lado de Valerie.

Os dois ficaram assim sozinhos um do lado do outro quando Prudence e Erick chegaram de mãos dadas. Erick com um topete e seus olhos azuis, estilo selvagem, mais ou menos igualmente Peter.

Erick sorriu para Valerie que captou a mensagem.

-Não briquem, vocês dois finalmente estão namorando?

Prudence deu uma risadinha.

-Parece que só eu vou ficar sozinho para sempre. —disse Henry brincando, mas Valerie de qualquer jeito ouviu a tristeza na sua voz brincalhona. Valerie foi ao ouvido dele, para que mais ninguém ouvisse e disse:

-Desculpa.

Henry a olhou confuso.

-Por que Valerie?—perguntou Henry.

-Por eu está causando o seu sofrimento, eu sou muito cruel querendo a sua amizade, e mais nada, e mais cruel ainda quando falo de Peter para você.

-Você não está sendo cruel Valerie, você seria cruel se algum dia você se afastasse de mim, então nunca nem chegue a pensar em uma coisa dessas, ok?—disse Henry.

Valerie acentiu.

Roxanne chegou e procurou por Victor, mas não o encontrou.

-Oi gente!—cumprimentou Rox.

Todos a cumprimentara.

-Cadê o Victor?—perguntou Rox.

Antes que alguém pudesse falar algo...

-Aqui!—a voz grossa de Victor apareceu. Roxanne ficou vermelha, pelo motivo dela ter perguntado dele e ele ter ouvido.

Roxanne foi se sentar, então Victor se sentou ao lado dela, formando 3 casais, apesar de um não ser um casal de verdade, Henry e Valerie, eram somente amigos.

-Eu preciso ir andar.

-Valerie seu pé...

-Ele está bem, ainda não fiquei deficiente. —Valerie interrompeu Prudence falando com uma voz brincalhona.

Valerie levantou-se e disse:

-Preciso ficar um pouco sozinha.

Ela começou a andar, ela foi andando sem rumo quando percebeu que estava indo para a floresta, ela desviou e foi para casa.

Chegando na sua casa sua mãe estava lá.

-Valerie?

-Só vim pegar umas coisas para levar.

Valerie pegou o livro de baixo do colchão, e pegou um cobertor para disfarçar o livro e foi, o cobertor estava bem pesado, mas ela sabia que conseguiria ir até um lugar isolado para ler aquele livro logo.

Valerie achou  lugar tão procurado sentou-se se cobriu e olhou para o livro, ele era bem grosso.

Tudo começou com uma simples mordida de lobo, mas não a mordida de defesa e sim uma mordida de raiva, mordida de vingança, uma mordida amaldiçoada. Ninguém sabe da história verdadeira, mas a mais provável é a de um camponês que estava caçando lobos por uma região isolada, uma região que dizia ser amaldiçoada por um lobo, e era essa fera que Cayro (o camponês)estava caçando, ele queria provar para todos que era capaz de matar uma fera temida pelos aldeões, mas ele não imaginava que essa fera era tão grande.

Quando Cayro viu a fera tentou de qualquer jeito fugir, tentou não se desespera, mas a fera foi mais rápida e sabia. A fera não era um lobo, não era um leão, não sabia que bicho era aquele.

Cayro era um rapaz bonito, cabelos pretos azulados, olhos pretos como a noite, era fácil se perder naqueles olhos. Mas ele sempre quis se mostrar o forte da aldeia, e não tinha percebido que tinha que tomar cautela. A fera o mordeu e o deixou sangrando, Cayro pensou que era o seu fim, mas a fera falou com ele:

Você viverá para sempre, você vai ter que viver com essa imagem que eu tenho agora, mas isso só acontecerá quando for lua cheia, em lua cheia você não se lembrara quem é. Você viverá não porque eu tenho piedade de você, e sim porque você terá que aprender os seus erros, você vai ver pessoas que você ama morrendo. Você vai morder outras pessoas, e principalmente gente do seu sangue transformando-as em lobisomens, esse é o preço que você terá que pagar. Daqui gerações você vai encontra uma pessoa que vivera eternamente por possuir seu sangue. A sua beleza continuará, a mordida que eu te dei não deixará cicatriz, você será perfeito para ver pessoas ao seu redor sofrendo por uma atração que você não poderá corresponder você sofrerá mais ainda. Não tente se matar agora você é imortal.

Cayro vaga por vila em vila, para encontrar essa pessoa de quem o lobo falou que viveria eternamente por possuir seu sangue...

-Valerie?—perguntou Henry fazendo Valerie se assusta novamente. Ele deu uma risada e disse. —está mesmo fácil de te assustar. Desculpe por interromper a sua leitura é que está tarde e é perigoso você ficar sozinha em meio da noite.

-Ah tudo bem. Mas como você me achou?

-Eu pensei como você, lembrei do livro que vocês estava querendo ler, e me perguntei: “aonde Valerie leria esse livro” foi quando percebi que você só poderia está aqui nesse bequinho.

-Ah!—disse Valerie sem jeito.

-Fiquei preocupado Valerie. —disse Henry.

-Me desculpe.

-Não foi nada, agora vamos voltar, os outros estão nos esperando. —disse Henry.