Acordei, olhei ao redor e percebi que ainda estava no quarto do Peter, mas... Cadê ele?

- Peter? – chamei, mas foi em vão. Não havia ninguém no quarto.

Me levantei e fui até a porta do quarto e a abri, olhei para o corredor e não havia ninguém também.

De repente Verônica aparece no final do corredor.

- Oi Meg! – disse.

- Oi Vê. Onde o Peter está? – perguntei meio sonolenta.

- Ele deu uma saidinha, mas já volta.- Deu um sorriso nervoso.

- Hmm, saidinha? – perguntei curiosa.

- É. – respondeu ainda nervosa como se não pudesse contar algo, com o pouco que conhecia de Verônica sabia que ela não sabia mentir muito bem.

Voltei para o quarto de Peter, olhei pela janela e o vi no MEU quarto no MEU computador. O que ele tava fazendo lá?  Só faltavam 3 dias para o Lucas vir para Malibu.E Peter queria dar algum jeito de impedir isso.

- PEEEEEEEEEEEEEEEEEEEETER – berrei na janela.

- O-oi – olhou meio sem graça e nervoso por não saber o que falar. E coçou a cabeça.

PUUUUUUUUUUUUUUUUTZ, AGORA QUE EU LEMBREI QUE EU DEIXEI MEU MSN ABERTO! Só faltava o Lucas estar online. De repente vi Peter entretido novamente como computador, sai correndo do quarto dele, passei pelo quarto de Verônica.

- Tchau Vê, eu tenho que ir. – falei correndo.

- Mas você não pode ir porque... – quando ela iria terminar já tinha saído.

Cheguei em casa, minha mãe tinha deixado um bilhete em cima da mesa da cozinha. Escrito:

 “Filha, Peter me disse que você estava com Verônica e queria te fazer uma surpresa, aproveitei para ir ao supermercado, pois Lucas vai chegar em poucos dias. Qualquer coisa me liga.
                                 Te amo!” 

Subi correndo as escadas e peguei Peter no flagra conversando com o LUCAS. Tô ferrada de vez.

Ai droga, droga, droga.

- Droga, Peter. O que você ta fazendo aqui? – eu perguntei gritando.

- Conversando com seu EX. NAMORADO. – deu ênfase a palavra “ex. namorado”. – Por que não me disse que ele era seu ex? – perguntou ele nervoso.

- Porque eu sabia que você ia ficar dando chilique-lique e ia me encher o saco pra fazer o avião cair, as passagens queimarem ou qualquer coisa que desse razão pra ele não vir mais! – gritei.

- Eu sou seu namorado, tenho todo direito de ficar bravo quando o EX. NAMORADO DA MINHA NAMORADA VAI FICAR NA MESMA CASA QUE ELA! – ele começou falando e depois começou a gritar do nada. Aquilo tudo já estava me irritando profundamente. Por que esse infeliz tinha que ser tão ciumento, chato e possessivo? INFERNO!

- Tem direito de ficar bravo e não de vir a minha casa, abrir meu MSN, e conversar com um amigo meu SEM QUE EU SAIBA. – continuava gritando.

- Eu tinha que saber mais sobre esse tal de Lucas. – explicou dessa vez mais calmo. – E graças a ele eu soube que vocês só terminaram porque você se mudou. – ele disse.

- E daí? O que isso tem a ver com a invasão de privacidade? – eu disse ainda nervosa, mas sem gritar dessa vez.

- E daí que... Se você não tivesse vindo pra cá, vocês ainda estariam namorando. – ele disse olhando pro chão.

- Bem, talvez, mas... Peter será que é tão difícil entender que eu to com você agora e não com ele? – perguntei mais calma.

- Isso não muda o que você sente por ele. – ele disse agora olhando pra mim.

- Peter eu não sinto mais nada por ele, pelo menos nada mais que amizade. Ele é meu amigo, só isso. Assim como você é amigo da Tiffany. – disse Tiffany entre dentes. – Acha que eu não fico chateada ou até mesmo brava quando você ta com ela? – perguntei tentando não lembrar dos dois juntos.

- Você nunca disse que ficava brava quando me via com ela. – ele disse.

- Ah, e você ia gostar que todo dia que eu visse vocês dois só conversando eu ficasse brigando com você ou falando um monte de merda? – perguntei agora aumentando o tom de voz.

- Se você me falasse eu... – o interrompi.

- Ia ficar falando que você só eram amigos, e que eu era uma possessiva chata egoísta e ciumenta. – eu disse com olhos fechados.

- Ia dizer que eu... Que eu amo você Megan, e não ela... E que você não tinha que se preocupar em relação a mim e à Tiffany. – ele disse encarando o chão de novo.

- E foi mais ou menos o que eu te disse ontem... Mas mesmo assim você continua nervoso porque o Lucas vai vir pra cá. – eu disse com a voz baixa no começo, mas depois voltei a falar normal.

- É só que... Eu não consigo imaginar vocês dois na mesma casa sem eu falar nada, e pensar que ele também já pôde ver você dormir, já segurou sua mão, já te abraçou, já beijou você... Do mesmo jeito que eu. Isso me dá raiva. – ele disse ainda encarando o chão.

- Peter... – não consegui terminar a frase, o que eu consegui fazer foi andar até ele e abraçá-lo bem forte.

Ele me olhou surpreso, mas retribuiu o abraço.

- Eu te amo. – eu disse e dei vários beijinhos no rosto dele.

- Eu... Também te amo. – disse ele.

- Parou a crise de ciúmes ok? – eu perguntei com meu sorriso meigo e lindo que comove todo mundo. (n/a: Assim como sua incrível modéstia ¬¬)

- Vou tentar. – ele disse e deu um sorriso.

- Já é um começo. – eu disse e dei um sorriso também e depois lhe dei um selinho.