Depois daquele Natal, eu nunca mais parei. Entrevistas, shows, ensaios, fotos, mais entrevistas, muitos shows, entrevistas de novo, shows... Eu só parava na hora que dormia. E olha que eu nem dormia muito. Aos poucos eu fui me acostumando com esse ritmo. Eu só não me acostumava com a saudade que eu sentia de Justin. Ele também estava sempre ocupado, gravando seu novo CD e tudo mais... Sempre infinitas complicações.

Sempre que eu andava na rua, várias pessoas me perseguiam e tiravam fotos. Não vou negar, eu estava adorando tudo isso, mas ainda assim... E o mais desconfortável era quando perguntavam sobre Justin, eu não sabia o que responder, mal podíamos nos falar. E isso me deixava mal. É claro que eu não falava isso pra ele e nem pra mais ninguém, as meninas me ajudavam, quando podiam também.

Minhas três melhores amigas e agora eu mal tinha tempo pra elas. Eu só esperava que depois de um tempo isso se acalmasse. Elas sorriam e diziam que era o começo então tudo seria mais agitado e logo iria melhorar e teríamos tempo. Mas logo quando?

Por fim, eu acabei conseguindo uma pequena folga para ficar com Justin.

Ele foi me buscar no aeroporto de Los Angeles com um enorme sorriso no rosto.

- Como você agüentou tudo isso? – perguntei suspirando quando entramos em seu carro.

Ele deu um riso rouco. Justin estava diferente, parecia mais maduro, suas feições também tinham mudado. E cada vez que eu olhava pra ele e via seu sorriso e seus olhos brilhantes eu me apaixonava novamente.

- No primeiro ano é assim mesmo – ele disse segurando minha mão.

Senti as famosas borboletas no estômago quando ele se aproximou para me beijar. Um beijo calmo, mas ainda assim cheio de amor.

- Senti tanto sua falta – disse terminando o beijo com um selinho.

- Eu também – sussurrei.

Ele sorriu e ligou o carro para irmos para o hotel.

- Estou fazendo uma música pra nós. Dedicada aos nossos fãs – ele disse sorrindo pra mim.

Eu sorri de volta.

- Vai fazer parte do novo CD?

- Claro, o nome vai ser Believe – ele disse estacionando o carro.

Assim que chegamos no quarto ele pegou o violão que se encontrava em cima da cama e me chamou para me sentar ao lado dele.

- Ainda não tenho a primeira parte, mas é mais ou menos assim – ele fez a primeira nota e começou a cantar – Just look at us now! ‘Cause everything starts from something, but something would be nothing. Nothing if your heart didn’t dream with me. Where would I be… If you didn’t believe…

Eu sorri pra ele.

- Dedicada às suas Beliebers – eu disse.

- Elas são suas também – ele riu – Sem elas, nós não seríamos nada, não estaríamos aqui. Eu não estaria aqui, nem você... E nunca existiria nós.

- Never say never... – eu disse e ele sorriu – Eu também era uma dessas Beliebers. E aposto que elas são muito gratas à você por tudo. Assim como eu era. E ainda sou...

- E eu sou muito grato à elas e a você – ele me deu um beijo rápido e voltou a tocar.

O que seria de Justin sem nós Beliebers? O que seria de mim, sem todas as Beliebers? O que seria das Beliebers sem Justin? Nós somos tão importantes pra ele como ele é pra nós. E sei que cada uma de nós faz diferença na vida dele, mesmo não parecendo. 

O nome já diz Beliebers, Believe + Bieber, o que significa que nós devemos sempre acreditar, assim como aquele velho lema que diz que nunca devemos dizer nunca... Eu nunca disse e olha aonde estou agora?