See Ya In Paradise escrita por Juhhjulevisck


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Queria agradecer à minha lindíssima beta, a Dinha, que ficou com lágrimas nos olhos lendo a fic mesmo sem ser uma fa de SPN KKK. I wuv you ♥



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Depois de tanto tempo, ninguém imaginaria que as coisas terminariam daquele jeito.No céu, apenas as nuvens eram visíveis. A chuva caía derradeira sobre o chão, transformando todo o barro em pura lama. A iluminação era precária. Apenas um poste se erguia, lançando uma luz fraca. 

E, abaixo dele, apenas dor e desespero. Durante uma de suas costumeiras viagens, Sam e Dean foram surpreendidos por uma orla de demônios que estavam atrás deles por um bom tempo. E aquela foi realmente uma surpresa. Eram muitos demônios para poucos caçadores, e eles acabaram falhando. 

O Chevy Impala 67 ainda estava parado, com o limpador de pára-brisa funcionando, a uns vinte e cinco metros dos dois. No meio da lama, Dean Winchester segurava seu irmão caçula nos braços, enquanto ambos padeciam; tinham sido atingidos por tiros, e podiam sentir que aquele era o último momento de suas vidas.

Sam perdia lentamente os sentidos, enquanto se segurava o mais forte possível nos braços do irmão mais velho, que lutava para viver, em meio às lágrimas. Este mal sabia por que segurava o caçula nos braços. Mas ele sentia, de uma forma ou outra, que o estava protegendo. Como sempre fizera. 

— Sammy... — ele murmurou, enquanto sentia o sangue escorrer quente pelo peito. Sabia que assim como Sam, iria morrer logo, mas ele simplesmente não suportava ver o irmão morrer nos seus braços, tão frágil. 

Sam tentou responder, mas de sua garganta não saiu um só som. E, por um momento, os dois olharam um nos olhos dos outro. Verde no verde. Naquele curto período de silêncio, um flashback passou-lhes pela mente, em que eles relembraram todos os momentos juntos, dos bons aos ruins; desde o 4 de Julho de ’96 até o dia em que Sam pulou na jaula de Lúcifer. 

— Dean, eu... — o Winchester mais novo tentou dizer algo. Mas seus sentidos se perderam, sua visão escureceu e ele sentiu toda sua consciência o abandonando. Menos de um minuto depois, Sam Winchester estava definitivamente morto. 

Dean, com o moreno ainda nos braços, o sacudia fracamente, tentando trazê-lo à consciência. Ele colocava toda a sua força restante naquilo, porque sentia, no âmago do seu ser, que havia falhado. Lutara todos aqueles anos para proteger Sammy, dera toda a felicidade que lhe restava para isso, e as coisas acabariam assim, simplesmente?

— Cas... Por favor, Cas — dizia com a voz por um fio. Mais do que nunca, precisava do seu anjo da guarda ali. Não pediria para Castiel que o salvasse, mas pediria ao menos que trouxesse Sam de volta. 

Próximo de si, ouviu um familiar farfalhar de asas. No segundo seguinte, quando virou sua visão já turva para cima, viu o anjo, no também familiar sobretudo cor de creme. Sem forças para falar ou para fazer qualquer coisa, Dean apenas olhou suplicante para Castiel.

Este, por sua vez, não fez nada; apenas olhou para o caçador, com um olhar de “eu não posso”. Dean queria protestar, discutir, mandar Cas enfiar aquele olhar no lugar onde o sol não batia, mas ele já se sentia impossibilitado de fazer isso.

O corpo falecido de Sam pendia nos seus braços. Ele tentava ao máximo segurá-lo, mas toda a força que tinha já não era suficiente. A última coisa que fez foi olhar para Cas, com um misto de raiva, compaixão e ternura, um misto de sentimentos que o anjo jamais vira presente nos olhos do caçador.

E então, mais rápido do que ele próprio imaginara, Dean morreu. Naquele momento, a família Winchester chegava ao fim.

Pela primeira vez na sua existência, Cas sentiu uma lágrima escorrer-lhe dos olhos. Mas aquela lágrima não era de tristeza. Castiel não estava triste. Muito pelo contrário. Ele estava aliviado, na verdade. Isso parece insensível à primeira vista, mas não era exatamente assim. Sam e Dean tinham lutado tanto, desistido de tanta coisa para salvar o mundo e tentar, naquele meio caminho, salvar a si mesmos, que Cas tinha certeza que eles mereciam felicidade a partir dali.

Abaixou-se ao lado dos cadáveres dos Winchester e falou, com uma voz terna que nunca havia usado antes:

— Descansem em paz, garotos. Encontro-os em breve no Paraíso. 


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews? *-*



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