A Profecia dos Anjos escrita por May Black


Capítulo 6
Conselho - POV. Bella


Notas iniciais do capítulo

olá....prontos para mais um capitulo? antes de mais nada queremos agradecer a binhablack pela recomendação e a todos que acompanham pelos reviews...

obs.: existem algumas frases em latim, os anjos falam todas as linguas do mundo mas a que prevalece entre eles é o antigo latim usado nas missas antigamente..

Como nao quero enrolar voces vamos ao capitulo que decidirá o futuro de May, Kênia e Bella...bjos e nos vemos no final *-*



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No caminho de volta para casa contamos para Renée e Anna sobre o ataque na casa e que consegui avisar a tempo ao Gabriel e aos demais arcanjos sobre o ataque e sobre a reunião de última hora do conselho.

-Eles estão bem? – perguntou minha mãe apreensiva, ela sempre se preocupa com todos, Gabriel disse que ela se transformou em humana só por fora, pois por dentro a essência divina ainda prevalece em sua alma.

-Gabriel disse que sim, mas só vou ficar tranqüila mesmo quando vê-los. – disse tentando acalmá-la, minha mãe pode ser humana agora, mas sempre terá a alma de um anjo e se preocupará com todos.

Chegamos rapidamente em casa e colocamos as sacolas na mesa perto do sofá e reparei uma mancha de sangue no chão, me abaixei e vi que era recente, a Kênia estava perto de mim e me olhou confusa por causa da minha expressão assustada e sinalizei com a cabeça para que ela visse a mancha e pedi para que ela não levantasse suspeita para as outras três. Ela assentiu e me levantei cobrindo a mancha de sangue com uma das sacolas e me virei me dirigindo às três que estavam apreensivas.

-Estamos indo para a reunião, depois nos falamos.

-Tudo bem minha filha e não se esqueça, quando entrar na sala deixe que o azul celeste tome conta do seu corpo e alma, você vai se sentir melhor e compreenderá melhor tudo o que for dito, e Kênia, deixe que sua alma te guie na reunião ocasionalmente você se lembrará de coisas das suas vidas passadas, mas não deixe que elas atrapalhem as visões do futuro, pois muitas vezes suas visões podem ser alguma coisa que aconteceu no passado.

Assentimos e fomos em direção à sala do conselho, só nós duas tínhamos permissão para entrar na sala por causa dos nossos poderes. Seguimos até o fim do corredor e encontrei Zacarias na porta que sorriu levemente quando chegamos perto dele.

-Olá Zacarias, estão todos aí? – perguntei tentando não mostrar a minha aflição por causa da mancha de sangue que achei perto do sofá.

-Olá, os sete arcanjos estão a vossa espera na sala, por favor, entrem. – disse abrindo a porta.

-Obrigada. - agradeci e entrei rapidamente sendo seguida pela Kênia.

Ao entrar fechei os olhos e deixei que a luz se apoderasse de mim, mas não totalmente, não tenho o total controle dos meus poderes e dependendo do modo que eles se libertem eles podem me matar. Abri os olhos e vi as sete figuras sentadas na mesa redonda em frente ao pequeno altar, antes dessa confusão toda Anna tinha essa sala como uma espécie de oratório particular, mas como eu e a Kênia precisávamos de proteção os arcanjos o tornaram em uma sala de reuniões denominada de “O conselho da luz”.

-Vendo que todos estão aqui podemos começar. – disse Miguel com a voz levemente irritada.

-Sim podemos, mas antes, todos vocês estão bem? – perguntou Kênia me lembrando da mancha de sangue no chão da sala.

-Sim, nada de mais, só alguns arranhões. – disse Gabriel dando de ombros.

-Então você pode me explicar à mancha de sangue que encontrei perto do sofá? – disse um pouco irritada, odiava quando eles tentavam mentir para mim.

-Eu levei um tiro no ombro, mas não foi nada, já tive ferimentos piores que esse. – disse levando a mão no ombro e rindo levemente, mas antes que eu pudesse responder ao Gabriel, Miguel se intrometeu e foi logo falando.

-Agora que vocês duas já deram uma de Madre Teresa De Calcutá, poderíamos começar a reunião? Estou cansado e preciso voltar para o céu. – disse despejando o seu sarcasmo de sempre, juro que qualquer dia eu perco a cabeça com ele.

-Sim senhor o grande guerreiro, desculpe por sermos tão irrelevantes com você, afinal meras mortais não precisam se preocupar com você não é? Você é poderoso demais para isso. – respondi a altura de seu sarcasmo, não estou com paciência para os joguinhos dele.

-Chega vocês dois, temos coisas mais importantes para resolver então se sentem em seus respectivos lugares e vamos logo para essa reunião. – disse Gabriel se colocando em nossa frente, Miguel me fuzilava tanto com o olhar que se eu não fosse imune a ele já estaria sentindo o seu poder de tortura.

-Uriel, por favor, faça as honras.

-Como quiser. Ante Dei sumus, ET erit usque ad consummationem saeculi. (Diante de Deus somos um só e assim será até o fim dos tempos).

-Como já sabem, os caídos descobriram a localização do esconderijo das duas e se não fosse por elas não estaríamos aqui. – me encolhi quando Gabriel falou isso, só de pensar na hipótese de não ter conseguido avisá-los.

-Como eles descobriram isso? Vocês não colocaram um escudo em torno da casa? – perguntei curiosa, esse escudo tinha a finalidade de manter os meus poderes ocultos para que os demônios não me achassem, será que eles tinham retirado? Ou os demônios tinham descoberto uma maneira de quebrar o bloqueio?

-Não sei Bella, mas minha teoria é que seus poderes estejam acima dos nossos e não estamos dando conta deles. Para termos o controle dos seus poderes teríamos que aumentar a quantidade de anjos na terra e isso traria mais batalhas.

-Quer saber, depois vocês me contam como terminou a reunião, não estou com paciência então vou voltar para o céu. – disse Miguel irritado se retirando da sala.

-Se esse é o seu desejo Miguel pode ir. – disse Gabriel dando de ombros, o conheço muito bem para saber que aquilo o chateou. No minuto seguinte Miguel não se encontrava mais na sala, suspirei aliviada.

-Já vai tarde. – murmurei, mas tenho a certeza de que todos ouviram anjos também tem super audição.

-Mas voltando ao assunto, o que faremos agora Gabriel? Mudamos o esconderijo ou reforçamos a segurança? – disse Raphael tentando fazer com que todos voltassem a ter foco na reunião.

-A melhor solução seria mandá-las para outro lugar, assim elas estariam seguras. – disse Uriel pensativa

-Concordo com Uriel, mas para onde íamos sem colocar outras pessoas em perigo? – perguntei gostando da idéia, seria bom levar essa guerra para um lugar onde ninguém poderia se machucar.

-Eu sei um lugar perfeito. – disse Kênia sorrindo, voltando de uma visão, estava tão concentrada na reunião que não percebi que ela teve uma visão.

-Você não está pensando em...

-Sim. – disse ela interrompendo Gabriel no meio da frase. -Estou pensando um uma cidade no noroeste do estado de Washington na península de Olympic chamada Forks, perto da reserva La Push onde nós nascemos.

-Não seria perigoso envolver outros humanos nessa guerra? – minha voz não passou de um sussurro, estava feliz pela idéia de morar com o meu pai e com medo de envolvê-lo nessa guerra, minha mãe se afastou dele por isso.

-Na verdade seria o local perfeito, a cidade tem em sua volta uma espécie de escudo natural e seria o local perfeito para esconder os seus poderes e os da Kênia.

-Isso mesmo Bellinha, ainda tem o seu pai que mora lá e eu e a May ainda temos a casa que era dos meus pais, meu tio Billy cuida dela como se tivesse gente morando lá.

-Espera aí? Seu tio é o Billy Black? – perguntei confusa, Billy era amigo de infância do meu pai.

-É sim, a minha mãe era irmã da esposa dele, quando eles morreram Gabriel explicou tudo ao Billy e resolveram nos mandar para Phoenix para morar com a tia Anna que é irmã do meu pai.

-Mesmo assim acho esse plano arriscado. – disse baixando a cabeça, não suportaria colocar meu pai em perigo.

-O plano da Kênia é perfeito Bella, realmente a cidade tem um escudo natural a sua volta e nos daria maior liberdade de testar os seus poderes ao máximo sem chance de serem descobertos.

-Se a cidade tem esse escudo natural, porque me trouxeram para Phoenix? – perguntei confusa com essa revelação, se a cidade tem sua própria proteção porque tive que vir para cá?

-Os caídos estavam perto da cidade quando você nasceu e sentiram a sua presença assim como nós, então resolvemos te tirar da cidade para te proteger. – disse sorrindo levemente. -Só falta a aprovação de todos, o que acha Uriel?

-Eu aprovo, teremos mais liberdade para treinar os poderes dela.

-Amitiel?

-Concordo com Uriel, teremos mais liberdade e elas ficariam mais seguras.

-E você Ituriel?

-Sim.

-Samuel?

-Claro que sim, a segurança delas é mais importante nesse momento.

-E você Raphael, o que acha meu irmão? – Gabriel perguntou olhando na direção de Raphael, ele era o estrategista das batalhas e a opinião dele valia mais do que a dos outros.

-Você já sabe o meu voto Gabriel, o que mais prezo é a segurança delas.

-Meu voto também é sim e como Miguel não está presente seu voto não importará. – Gabriel se virou em minha direção e me encarou com seus olhos azuis. -E vocês concordam com o plano?

-Sim, será bom voltar para casa depois de tanto tempo. – disse Kênia animada com a idéia, eu também fiquei animada, o fato de morar com o meu pai estava me deixando extremamente feliz.

-Meu voto também é sim, mas como ficará a minha mãe e a Anna? Elas ficarão em Phoenix a mercê dos caídos? – disse contendo a minha felicidade, morar com o meu pai e matar as saudades dele seria ótimo, mas deixar Renée e Anna desprotegidas aqui me deixava com o coração apertado.

-Não se preocupe Bella, as manteremos a salvo, eu juro. – disse segurando minha mão me deixando mais tranqüila. -A decisão é unânime, vocês irão para Forks o mais rápido possível.

Assenti com a cabeça e senti um enorme calafrio percorrer as minhas costas numa espécie de pressentimento, sem pensar duas vezes falei para Gabriel...

-Antes de terminar a reunião gostaria de pedir um favor a você Gabriel.

-Diga Bella. – disse apreensivo, ele ainda segurava a minha mão e tenho certeza que ele também sentiu.

-Não sei o porquê, mas gostaria que você não contasse para Miguel e que protegesse da mente dos outros o lugar que nós iremos, não estou com um bom pressentimento.

Ele hesitou por alguns instantes, respirou fundo, mas assentiu.

-Tudo bem, mas quando descobrir o que foi isso me avise, não gosto de esconder nada deles.

Assenti e ele fechou os olhos se concentrando, depois de alguns segundos os abriu me encarando.

-Está feito, agora vamos porque temos que voltar para o céu para nos fortalecer. Si Dominus nobis dirigenda semper via lucis. (Com Deus nos guiando sempre seguiremos o caminho da luz).

Assenti novamente e saí da sala sendo seguida pelos seis arcanjos e pela Kênia, deixei meus olhos voltarem à cor castanha, não gostava de deixá-los na cor azul com medo de perder o controle dos meus poderes e acabar machucando alguém. Desci as escadas e encontrei May, Anna e Renée sentadas no sofá, olhei para o relógio na parede e vi que já eram duas da manhã, a reunião demorou mais do que pensei. Minha mãe levantou do sofá e veio em nossa direção falando tudo de uma vez.

-Estão todos bem? O que aconteceu na reunião? E onde está o Miguel?

-Renée respira. – disse Gabriel rindo.

-Estão todos bem, só alguns arranhões, Miguel saiu antes da reunião acabar e sobre a reunião as meninas te explicam depois porque agora temos que voltar para o céu e resolver uns assuntos por lá e renovar a ligação com a luz. - Gabriel deu um beijo na cabeça da minha mãe desaparecendo logo depois com os outros.

Eu e a Kênia explicamos tudo a elas sobre a reunião e a nossa mudança para Forks por medida de segurança e decidimos que uma semana é tempo suficiente para arrumar tudo para irmos. Tia Anna não gostou muito da idéia, disse que a casa ficaria vazia sem a gente, mas se conformou porque era a nossa segurança em jogo, minha mãe disse que sentiria saudades e que seria bom eu conviver com meu pai. Ela sabia muito bem a falta que eu sentia dele, afinal ela também sentia.

Ficamos conversando mais um pouco e resolvemos ir dormir, foi um dia muito cansativo e a semana seria bastante corrida por causa dos preparativos da nossa mudança. Fui para o meu quarto e tomei um banho rápido, coloquei uma camiseta baby look e um shortinho de malha e deitei feliz, pois daqui uma semana estaria na chuvosa cidade de Forks com a pessoa que mais sentia falta: meu pai.

**********

Já tinha se passado uma semana desde o ataque dos caídos e não tivemos mais indícios de ataques na região, os arcanjos só vieram uma vez nessa semana para saber o dia da nossa saída da cidade e não voltaram até agora. May, Kênia e eu estamos de partida para Forks e mal consigo esconder a felicidade por estar indo morar com o meu pai e ao mesmo tempo tenho receio por deixar minha mãe e tia Anna aqui sozinhas, mesmo Gabriel prometendo que cuidaria delas. Anna se separou do marido há alguns anos e suas únicas companhias são as gêmeas, eu e minha mãe.

-Já pegou tudo Bella? Todas estão no carro te esperando. – disse minha mãe encostada na soleira da porta. -O que foi? Você está tão quieta.  

Suspirei pesadamente, ela me conhecia muito bem.

-Só estou preocupada com vocês sozinhas nessa casa mãe, sei que Gabriel vai ficar de olho em vocês, mas tenho medo de acontecer alguma coisa com vocês.

-Não se preocupe Bella, nós vamos nos mudar para uma casa menor, mais perto da cidade, pode ir tranqüila e aproveite cada segundo da presença do seu pai, vocês já perderam muito tempo. – disse me abraçando fortemente, falar do meu pai faz a ferida no peito dela sangrar e ela sempre diz que a única coisa que a conforta é saber que ele está a salvo.

-Só me prometa que vai se cuidar e me escrever sempre que puder. – disse me soltando do seu abraço.

-Sempre manteremos contato mãe, seja por e-mail ou telefone. – disse sorrindo e enxugando as lágrimas do seu rosto, nessa hora escutamos o barulho impaciente da buzina do Chevy Impala da Anna que nos fez gargalhar.

-Vamos logo antes que as duas deixem a tia Anna louca. – disse rindo e pegando a mala na cama. -Elas estão loucas para chegar a La Push.

-Eu sei disso, mas se vocês perderem o vôo a Anna vai amar, ela não se conformou totalmente com a partida de vocês. – ela falou também rindo.

Assenti e desci em direção ao carro, seguimos para o aeroporto em meio a muitas brincadeiras e implicâncias.

-Bella vai com Deus e dê um abraço no seu pai por mim. – Renée falou se despedindo mais uma vez.

-Pode deixar, e por tudo o que é mais sagrado tomem bastante cuidado na cidade, eles podem voltar a atacar.

Ela assentiu e me abraçou fortemente, nos despedimos mais uma vez e entramos no avião rapidamente, em questão de horas estaríamos em Forks para um novo começo de vida.


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Notas finais do capítulo

N/A: oie gente,Que atitude foi essa do Miguel de sair no meio da reunião? e a da Bella de esconder o destino delas para ele?!? alguem tem alguma sugestão? kk
Elas estão voltando as raizes, o que será que vai acontecer nessa volta? so lendo para saber. kk (to sendo mal eu sei).
Muito obrigada a todos que acompanham e comentam, fico feliz em saber que voces estão gostando tanto como eu de escrevê-la
bjos Thais *-*

N/B: Oláá *-*Elas vão para Forks e La Push e sabemos o que isso significa né?! ;) rsrs... Até pq descobrimos que May e Kênia são sobrinhas de Billy Black, pai de um lobão que todas amamos ;) kkkk
Essa fic está cada vez mais perfeita, é uma delícia poder participar dela, obrigada a todos que estão nos apoiando e deixem os reviews e recomendações que nos deixam ainda mais animadas e felizes *-*
Bjokas... May



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