Silent Light escrita por Venus Noir


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

E eis que quando estou prestes a escrever o lemon mais safado da minha vida, eu travo. O que fazer? R: Escrever uma angst beeeeeem escrota. Por quê? Porque eu não presto.E se eu não presto, porque minhas fics deveriam prestar? Pensem nisso.De qualquer forma, essa é fic é totalmente pra minha Rainha, Halls Queen linda, já que Leeteuk e ela tem uma relação direta na minha mente toda trabalhada nas sinapses capengas.Eu aqui publicando/escrevendo fics aleatórias e Above the Rainbow que é bom, nada, né? HASDJZXS Tenham calma, gente, eu trabalho melhor sob pressão, como já andei dizendo por ai, mas fazer a coisa sem segurança não dá. Meu medo de decepcionar é muito grande porque eu acredito (me fizeram crer) que esse é um capítulo muito esperado etc. Mas porque mesmo eu to falando de AtR na fic da Halls Queen? Deixa pra lá.Espero que gostem dessa TeukHyuk aqui e COMO É BOM ESCREVER QUANDO SE TEM UMA INSPIRAÇÃO REAL. ♥3 Bom porra nenhuma. Não nesse caso.Aliás, quem narra a fic é o HyukJae.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/147626/chapter/1

A princípio, eu nunca imaginei que você fosse voltar algum dia. As notícias que eu ouvia era de que você estava bem, que havia arranjado um emprego, que tinha feito novos amigos, que tinha até arrumado algumas namoradas. Pelas palavras alheias, você parecia feliz. (Já que as suas próprias nunca chegaram até mim). Soava como se você houvesse encontrado o seu lugar, e não importava se o seu lugar era onde eu sempre quisera estar, um lugar há milhas de distância, ou se você jamais fosse voltar pra nós novamente, eu me sentia alegre por você, pois você estava bem. Eu orava para que Deus cuidasse de você nessas terras estrangeiras, que Ele lhe conduzisse por bons caminhos e que lhe fizesse bem sucedido, que Ele lhe ajudasse na realização de seus sonhos.


Minhas preces eram dignas de pena.


Por fim, eu, acima de tudo, não esperava que você voltasse. Não esperava no sentido de não querer. É, eu não te queria de volta. Se você estava se dando tão bem lá, por que iria voltar pra cá? Aqui não tem nada, sabe. Nada pra você, nada pra mim. Essa é a porra de um vilarejo ingrato e sem perspectiva de melhora. É triste, é massacrante. Todas as pessoas que vivem aqui... Por Deus, essas pessoas! Pobre de nós. Nós estamos atolados no mais profundo poço sem fundo.


Eu não te perdoo por ter retornado, Jungsu. Você voltou e não foi só tristeza e silêncio e melancolia que trouxe consigo, não, não só isso. Eu te aceitaria se fosse só essa a sua bagagem, o seu fardo. Eu pediria pra você dividi-los comigo. O que você provocou foi muito pior. Você veio destruindo as esperanças dos que se espelharam em você, inclusive eu. Não estou dizendo que você deveria ter continuado no lugar que arruinara por completo a sua disposição de espírito. Você fez bem em ter voltado. Eu só desejei – e desejo ainda – que você nunca tivesse se decepcionado. Consequentemente, você não nos decepcionaria. Que você continuasse feliz, como achávamos que estava.


Ainda assim, nós estamos à sua disposição, meu amigo. Eu, sobretudo. Eu te abraço e te digo que está tudo ok, que não precisa temer, que eu estarei ao seu lado. Por favor, já que voltou, não retorne, não se vá outra vez. Fique comigo.


Eu te amo e, embora eu não possa te curar, eu vou permanecer junto a você.


X


Segurei na lapela de seu casaco, te olhando firme nos olhos. O que você está esperando? Eu tive ganas de cuspir aquelas palavras em seu rosto. Mas não o fiz, minha expressão já se pronunciava por mim. Você me entendeu. Você sabia o que eu sentia, o que eu desejava. Você estava ciente, Jungsu.


Então por quê? Por que você não pôde me corresponder, se eu guardava aquilo comigo há tanto tempo? Se, em meus delírios infantis, eu já sonhava com você sendo meu... Você sempre foi meu príncipe. O príncipe de outro príncipe, já que era assim que eu costumava me ver também. Ridículo. Eu não devia estar contando sobre isso, não é? Quem, em sua sã consciência, ousa remexer no vergonhoso baú do passado? Os sentimentos que o destino atropelou devem ser dados como mortos. Eu, porém, nunca te superei.


O que vocês está esperando, Jungsu?


Eu dei as costas, indo embora em desalento. Se eu te falasse das cinzas carcomendo meu coração que antes vivia num fogo constante, você não acreditaria. Eu tinha apagado desde o seu retorno. O retorno que eu achei por tantos anos que jamais ocorreria.


Você voltou, mas não pra mim.


Isso era o que mais me doía.


X


É claro que ia chegar um dia em que eu ia despencar. Foi ver você andando pelas ruas com o olhar baixo e as mãos enfiadas nos bolsos e cair em prantos. Aparentemente, não havia nada de errado naquilo, mas, sim, estava errado até não poder mais. Desde quando você inclinava a cabeça daquele jeito tão tristonho? Desde quando você caminhava tão alheio, tão imerso em si próprio? Você era desses que saia cumprimentando quem via pela frente, desses caras comunicativos e espontâneos, que se dá com gente de toda espécie, que é adorado, admirado, querido.


Leeteeuk-ssi era nosso ídolo.


E eu... Eu te adorava, te admirava, te queria. Sua beleza me saltava aos olhos. Você era o garoto com que todas as meninas esperavam ter alguma chance, algum dia. Não era popular apenas por ser bonito e atraente, mas isso eu acho que já expliquei, não já? Você era especial, de todas as maneiras possíveis.


Você era muito bom pra esse fim de mundo.


X


Por que você tem que estar tão magro, tão abatido, por que você fala como se, tendo esquecido tanta coisa em seu idioma materno, estivesse fazendo um grande esforço pra relembrar cada palavra, por que você é tão solitário, tão largado a esmo, tão silencioso, porque seus orbes cintilam com o brilho monstruoso de lágrimas não vergadas, por que, por que, por que?


Aonde está meu Leeteuk? Você o sacrificou em nome dessa criatura apática que tomou conta agora? Traga-o de volta! Nós sentimos sua falta. Eu sinto sua falta dele como se ele fosse o ar que me é subtraído.


X


Eu me recordo bem de quando éramos criança, Jungsu-ah. Nós costumávamos brincar no jardim da cidade, nós e as crianças da vizinhança. Eu gostava especialmente das brincadeiras que envolviam corridas, apesar de eu nunca ter te alcançado em nenhuma delas. Você sempre foi mais rápido, e habilidoso demais em me fazer perder o foco. Eu era alvo fácil. A criança mais distraída de que se tivera notícia, e você parecia tirar proveito disso, descaradamente.


Desde pequeno, você era o orgulho da família. Inteligente, sagaz, bondoso, atencioso, responsável, guardava respeito incondicional por seus pais. Era só a mim a quem você engabelava, não era? Me fazer de bobo era seu sórdido prazer secreto. Eu era joguete em suas mãos, e não me importava em sê-lo. Eu era seu melhor amigo, isso me bastava. Enquanto isso, você aprontava as piores travessuras contra mim, você me contava as mentiras mais assustadoras e traumáticas. Eu tinha medo até da minha própria sombra, e muito disso fora culpa sua. Até hoje não consigo lidar com o escuro. Quem sabe que fantasmas horrendos estão me esperando lá? Esse foi seu principal legado a mim, Jungsu-ssi. Não o único, apenas o mais forte.


Eu não entendia como, mesmo sendo nítido que por vezes você me humilhava e troçava comigo, eu era invejado e temido, assim como você. Chegamos ao ensino fundamental, e eu estava em seu encalço, como sempre. Se você era o rei da escola, eu era o seu capacho oficial e, portanto, tido quase como um príncipe. Um príncipe! Ou seria um duque? Qualquer posição que fosse abaixo da sua, porém, entre nós não havia ninguém mais.


No ensino médio, as coisas tomaram rumos desastrosos. Você foi meu primeiro beijo. Você beijara as garotas mais lindas e perfeitas da cidade, o que consistia em basicamente três ou quatro, você tivera essas três ou quatro na palma de sua mão. E, por mais que eu fosse um dos seus, eu não chegara nem perto disso, nunca. E, então, você me beijou naquela noite chuvosa, e não foi por nenhum outro motivo, era por que eu, no auge de meus quinze anos, estava tão para trás como nenhum outro em nossa sala. Você selou nossos lábios por pena. Você queria me ensinar a arte de beijar pra eu não fazer feio com as meninas. Você achou mesmo que fosse dar certo, Jung? Desde aquele dia, não há outra boca que eu anseie.


Somente a sua.


X


Como um futuro tão brilhante se reduziu a pó? Me explique isso, porque eu não sou capaz de compreender. O que quer que tenha lhe abatido no estrangeiro... Não. Eu não vou continuar. Perdoe-me, Teuk. Eu só buscava por um vislumbre de entendimento. Perdoe-me.


X


É, Jungsu. Eu tive esse pressentimento desde o começo. Que fim abrupto. Você não voltou a essa cidade interiorana de merda só porque se sentiria mais seguro. Você voltou pra se despedir. De nós, do lugar onde nasceu e cresceu. Sentimentalismo barato. Vá à merda, Park Jungsu. É ridículo, é patético. Pelo quê você estava esperando? Não há nenhuma redenção aqui, nunca houve. É só merda, decadência, porcaria de toda a sorte. Entretanto, você não veio pra mudar de idéia, certo?


Vá em paz, seu filho da puta.


Do mesmo modo que você desistiu de nós, nós desistimos de você. Que se foda, meu amigo, nem todo o amor, a dedicação e a adoração do universo podem te redimir.


Adeus.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Perdoem qualquer erro ocasional, eu escrevi a fic de madrugada, revisei de madrugada, estou postando de madrugada. Apenas leiam e deixem review, se quiserem ser legais com a Noire aqui. ;; Eu tenho que me desculpar só por uma coisa: o excesso de filha da putice no texto. Gente, cês tão pensando o quê?? Isso é que dá escrever escutando soundtrack de Lua Nova. HEUEIENo mais, é isso. FIQUEM LIGADINHOS, EM BREVE VOCÊS VÃO VER MINHA MIXIAN DO SUCESSO NA PRIMEIRA PÁGINA. ASLKDKSLAZBeijos~