Tiger Soul escrita por Paladino_DT


Capítulo 1
Capítulo 1: Foi assim que começou


Notas iniciais do capítulo

o nome dos personagens quando não aparecem de imediato é para criar um clima de suspense e por isso recebem inicialmente um codinome de referência e após dito o nome deixa-se a referência e usa-se o nome do personagem.



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Já faz quase um mês desde que isso começou. As pessoas que vêm a mim sempre pedem favores, e eu os faço. No começo foi assustador. Não sabia o que fazer. Até que recebi a visita de uma menina que me pediu pra entregar um bilhete para a mãe dela. Eu entreguei. Na verdade eu mostrei onde estava. A menininha me explicou que aquele era o meu trabalho. Que eu nasci com esse dom e que deveria fazer aquilo, pois era o certo a ser fazer. Então eu aceitei essa minha condição e ela por fim desapareceu. Por que ela sumiu? Ora, ela era um espírito. Sim, eu posso vê-los. Meu nome é Daichi, tenho 12 anos, e no momento eu os ajudo a realizar seus assuntos pendentes e atravessar. Não é muito fácil não. Minha mãe está super nervosa, pois tem dias que tenho chegado tarde em casa, e ela não sabe que tenho feito isso. Minha sorte é ter meu amigo Cris para me dar cobertura. Recentemente contei pra ele sobre esse meu dom ele ficou meio assustado com isso, mas entendeu. Amanhã é início do ano letivo e será complicado continuar com o que faço. Ó vida.

     Há poucos quilômetros da cidade, um caminhão corta a estrada em direção ao seu destino. A chuva cai. O caminhoneiro ouve a rádio que informa que o tempo no outro dia será bom. Algo aparece na estrada. Ele leva um susto e quase bate. O caminhoneiro para e sai para verificar. O caminhão está ok:

CAMINHONEIRO JOÃO: ufa... foi por pouco...(mostra-se um raio e aparece uma sombra cobrindo o caminhoneiro)...hã...quem é você?

SEM NOME: O meu nome não é importante, o importante é algo que está dentro do caminhão e preciso que o abra pra mim. - Revela-se um homem alto de cabelos castanhos claros um tanto comprido e olhar sério, com as mãos postas para trás.

JOÃO: No caminhão? Não posso... São peças que vão ficar em exposição, mesmo que tivesse a chave não tenho permissão para abrir.

SEM NOME: Então você não me é útil. - mostra-se uma das mãos com Uma braçadeira de três lâminas o caminhoneiro se assusta e tenta fugir, mas escorrega devido ao chão molhado, quando o homem está chegando perto para atacar o caminhoneiro, desce um bastão entre os dois permanecendo fincado no chão entre os dois homens. O homem que está de pé olha reto e vê outro vulto com uma das mãos no bolso.

SEM NOME: Você? Achei que não o veria tão cedo.

MÃO NO BOLSO: E eu tinha certeza que você viria atrás dela, deixe o homem em paz, o negócio agora é entre eu e você. Fala o homem alto de cabelos escuros e curtos.

SEM NOME: Como queira.

O primeiro salta para um ataque contra o segundo que faz um movimento de braço e o bastão volta para sua mão que vai de encontro com as garras do oponente, mantendo-se entre elas, bloqueando o ataque. O homem com as garras tenta um chute contra o rosto do oponente, que esquiva e tenta revidar com o bastão. O ataque é desviado e o homem de cabelos longos vai para perto do caminhão.

SEM NOME: Não adianta, vai ter que ser do outro jeito – A mão começa a brilhar.

MÃO NO BOLSO: Você não pode fazer isso. Há gente olhando.

SEM NOME: Azar o seu.

Este então lança um feixe de energia em direção ao oponente que com a outra mão contém a outra energia com a sua própria. Começa uma batalha de luzes e o Caminhoneiro começa a falar de traz do caminhão.

JOÃO: Eu vou morrer... ai meu deus chegou a minha hora, eu vou morrer...

     Ele ouve um barulho vindo do compartimento de carga do caminhão e ouve um rangido de metal se contorcendo. As portas do compartimento saem voando de dentro para fora. Um brilho intenso sai de dentro do compartimento, os dois homens mantêm o duelo até que o brilho diminui e sai do compartimento algo como uma esfera de energia que vai de encontro com as rajadas deles, criando um estrondo e jogando-os para trás. Ela se concentra por um instante e em um feixe de luz muito intenso e sobe aos céus na forma da cabeça de um felino com a boca aberta emitido um estrondo quase como um trovão e não se vê mais nada.

SEM NOME: O que foi isso?

MÃO NO BOLSO: Ela reagiu ao nosso confronto, parece que entrou em ressonância com nossos poderes, os absorveu e sumiu. Perdeu colega.

SEM NOME: Não, eu não a perdi. Logo a encontrarei, parece que ela seguiu para a cidade, sinto sua energia indo para lá. Por ora, nossa luta terá que esperar.

O homem desaparece numa sombra sem deixar vestígios. O outro vai até o homenzinho escondido. Ele está sentado murmurando as palavras antes faladas.

MÃO NO BOLSO: Senhor? Está bem?

JOÃO: Ai Meu Deus não me machuque.

MÃO NO BOLSO: Não se preocupe. Meu nome é Raed e não vou te fazer mal. Só quero te pedir duas coisas.

JOÃO: E quais seriam?

RAED: Uma é que não conte para ninguém o que aconteceu aqui e a outra é a que preciso que encontre uma pessoa para mim. Ele será a peça chave que irá salvar dois mundos. Se puder fazer isso lhe contarei o que está acontecendo.

JOÃO: Sim... Sim... E quem seria?

RAED: Se eu te disser que ele é apenas um garoto você acredita?

Enquanto isso Daichi está dormindo se preparando para um novo dia.

No outro dia já na sala de aula, sentado no fundo com seu uniforme típico. Daichi descansa a cabeça sobre a palma da mão, pensativo.

AIKA: Que cara é essa? - Pergunta uma garota de cabelos longos e escuros.

DAICHI: Opa, bom dia Aika. Faz tempo que não conversamos.

AIKA: Também, você andou sumido nessas ultimas semanas. O que está acontecendo?

DAICHI: Nada de interessante.

AIKA: Mas você, como se não te conhecesse. Ta escondendo algo né?

DAICHI: Não. - Ela o cobre com a sua sombra, com uma cara esquisita para Daichi.

AIKA: Se eu souber que você está escondendo algo de mim, você vai ver hein.

Nessa hora o Cris aparece segurando a Aika pelos braços.

CRIS: Saaaaaai, garota doida. Primeiro dia de aula e já começou com as ameaças? Só porque o Daichi é o mais fraquinho você quer fazer isso?

AIKA: Mais fraquinho? Ele já tentou todas as modalidades de esporte dentro da escola e não acerta uma. Não entendo por que ele continua com o kendô.

DAICHI: Culpa da minha mãe, agora vocês sempre tem que lembrar isso? Só porque sou o pior da turma né? - Deixando a cabeça cair sobre a mesa.

AIKA: Pra ver se você cria vergonha nessa cara e muda - esbraveja - to cansando de ver você sendo importunado pelos garotos mais velhos.

CRIS: Pelo menos ele é bom nos estudos, não teve um ano que ele não fosse primeiro da turma, e é bom nos jogos também, - retruca Cris - hehehe, ganhou o campeonato no final de semana em garoto. Depois você me da uma ajuda no meu baralho que to achando ele muito devagar.

DAICHI: Ok, - suspiro - por hora só quero ficar quietinho no meu canto.

Os dois fazem uma cara meio estranha e sentam em seus lugares, pois a aula já iria começar. Assim que a professora entra, ela chama pelo aluno Daichi, dizendo que era necessária sua presença com urgência na diretoria. Ele levanta e vai apreensivo para a sala do diretor.

DAICHI: (pensativo) Ai ai, e agora? Que urgência será essa?

Abre a porta do diretor e o vê sentado em sua mesa com um homem alto, forte, de cabelos escuros curtos a sua frente.

- DIRETOR: Por favor, entre. – Daichi dá dois passos para dentro da sala encarando o homem de cabelos curtos que o olhava de cima a baixo - esse meu rapaz é Raed. Ele disse que gostaria muito de conversar com você. Parece que é com relação a uma bolsa de estudos, ou algo do gênero.  Bem, vou deixá-los a sós. - O diretor sai da sala.

RAED: Você não sabe como estou honrado em conhecê-lo.

DAICHI: Por quê?

RAED: Pois é raro encontrar pessoas com o seu dom.

DAICHI: Que dom? – com uma cara meio apreensiva.

RAED: Hum, se fazendo de difícil. Bom... Te adianto que não estou interessado em seus dons pelos estudos. Estou interessado nos seus outros dons.

DAICHI: Qual outro? O de se bom em jogos de cartas? Nunca achei que isso fosse um dom...

RAED: a Daichi, não seja difícil. Estou falando do dom que o permite ver coisas que os outros não vêem. Pode ficar tranqüilo, eu também vejo.

DAICHI: Não sei do que está falando.

RAED: Afe, ta bom, você vai precisar de provas né? Bom, não estou pensando em nada agora, mas façamos assim: pegue o meu cartão. Aí está meu celular caso esteja interessado em conversar e descobrir um pouco mais do porque de você e eu vermos coisas e os outros não, ta bom?

DAICHI: E se eu não me interessar?

RAED: Ah, mas você vai. – dando um sorrisinho e saindo pela porta – Até Daichi, tchau seu Souza.

SOUZA: Até um dia meu jovem. – aparecendo o espírito de um senhor bem atrás de Daichi fazendo que ele tome um susto.

DAICHI: AAAi, da onde você saiu? Não faça mais isso – esbravejando.

SOUZA: Perdoe-me jovenzinho, mas foi ele quem pediu.

Daichi olha para o espírito do velinho e olha para um dos quadros mais ao fundo da sala e vê o retrato do Sr. Souza. Ele olha para a porta e depois para o papelzinho pensativo no que deveria fazer. Saindo da escola ele começa a voltar para casa pensando, meio sem rumo. Os amigos foram para casa antes. Decidi passear um pouco. Parou numa pontezinha onde se debruçou pra ver se entendia tudo o que aconteceu. Ele olha para baixo e vê um objeto estranho na água brilhando. A curiosidade toma conta de seu corpo e ele pula na água para pegar o objeto. Ele segura e puxa com força, e descobre que é uma espada japonesa.

DAICHI: Quêêê? O que isso está fazendo aqui?

Saindo da água ele dá uma enxugada nas pernas e fica olhando sentado para aquela espada. Ela possuía o punho branco com preto, um copo circular de cor preta e sua bainha estava bastante gasta. Ele decidiu desembainhá-la e teve uma surpresa ao ver que a lâmina era feita de pedra.

DAICHI: Mas, que é isso? De onde você saiu hein? Quem é o louco que põe uma lâmina de pedra?... Tsc. Acho que o louco sou eu de pular pra te pegar.

Levanta-se indignado e decide tomar seu rumo. Antes ele passa por um garoto que possui as pernas acorrentadas num poste sentado abraçando os joelhos.

DAICHI: Olá garoto, como está?

GAROTO: Ah, oi Daichi. Como pode ver ainda não consegui me libertar daqui.

DAICHI: Hum. A casa dos seus pais é essa aí em frente né? Não quer que eu leve algo pra eles?

GAROTO: Não precisa. Só queria que eles não sofressem tanto.

DAICHI: Entendo, sua preocupação é o que te prende a este lugar e a eles?

GAROTO: Acho que sim. Também tem o fato de eu ter sido atropelado aqui. – Suspiro do Daichi encarando o garoto – Ei, o que é isso que ta carregando?

DAICHI: Ah, é uma velha espada japonesa. Muito pesada. Achei no rio que passa embaixo de uma pontezinha a duas quadras daqui.

GAROTO: Ah, ela é muito especial.

DAICHI: Especial? Como assim?

GAROTO: Ontem apareceu um bicho muito feio se aproximando de mim, como se estivesse farejando e caçando algo.

DAICHI: Como é? Ontem isso?

GAROTO: Sim, de noite, daí a criatura foi se aproximando de mim e eu me escondi ali atrás -  apontando para atrás do poste – rezando para que ele não me acha-se, quando um brilho enorme apareceu do céu e iluminou tudo aqui. Esse bicho se assustou e foi embora. Eu vi que o brilho caiu no riozinho e a sensação que eu tive era a mesma que sinto vindo dessa espada aí.

DAICHI: Sensação? Eu não sinto nada

GAROTO: Ah é diferente.

DAICHI: Hum, ta bom então. Rapaz eu vou indo, mais tarde eu passo aí, ok?

GAROTO: Vai me trazer algo?

DAICHI: Sim, eu trago algo pra você mais tarde.

GAROTO: Obrigado!

Enquanto isso Daichi vai se afastando e voltando para casa. Chegando lá a mãe começa a perguntar da cozinha.

MÃE: Oi meu filho, como foi a aula? Chegou tarde.

DAICHI: Normal, nada demais. Eu vou para o meu quarto, depois eu desço para o almoço.

MÃE: Ta bom.

A noite chega e Daichi fica com o papel entre os dedos sem saber o que fazer. Já são quase 9 horas da noite como indica o despertador.

DAICHI: (suspiro) Aai, fazer o que. Está bem. Vou ligar.

Ele digita o número e após poucos toques alguém atende.

RAED: Alô, Raed falando.

DAICHI: Alô, aqui é o Daichi. Você estava certo, estou ligando, mas não é pra aceitar a sua proposta. Eu quero lhe fazer duas perguntas.

RAED: Sei... Diga quais?

DAICHI: Primeira: você conhece algo sobre espadas com lâminas de pedra?

RAED: Quê? Por que isso? Você encontrou alguma?

DAICHI: Bem...

RAED: Se encontrou guarde-a com muito carinho. Só isso, e a segunda?

DAICHI: Tá, eu conversei com um amigo meu e ele disse que encontrou ontem um bicho atrás dele, tava farejando ele ou coisa parecida, como se estivesse caçando.

RAED: Sei. Esse seu amigo é um espírito, não é?

DAICHI: (mudo)

RAED: Tudo bem que você não queira responder, isso mostra que não confia em mim, mas se você se importa com esse seu amigo saia correndo agora de casa, leve a espada que você achou junto contigo e torça para que esteja tudo bem. Se ele ainda estiver lá fique com ele esta bem?

DAICHI: Sim, mas...

RAED: O que você está esperando? Corre rapaz.

Deixou o celular cair no chão, pôs rapidamente um par de tênis, uma jaqueta, agarrou a espada e saiu correndo para se encontrar com o garoto.

O garotinho estava sentado como de costume olhando para o nada, quando ele sente uma estranha sensação e uns grunhidos. Olha para o lado e vê uma sombra estranha. Essa sombra vai se aproximando até que fica visível a forma do que é: uma criatura de aspectos degenerados com dentes salientes braços longos fora do comum quase os arrastando até o chão. O garoto aparece perplexo e se esconde novamente atrás do poste onde se encontra acorrentado, ele sabe que tem algo errado com aquela coisa. O garotinho ouve os passos e grunhidos da criatura e resolve olhar pra ver o que ele está fazendo, quando se depara com a criatura próxima a ele, encarando-o com olhos negros como a noite e salivando.

GAROTO: Aaaaaaaaaaaaaah.

A criatura estende o braço para querer pegar o garoto, mas é interrompido.

DAICHI: Fique longe dele. - Esbravejando.

A criatura encara Daichi de maneira desafiadora. Sua atenção agora é para Daichi e não para o garotinho. Ela lambe os dentes e vai se aproximando devagar dele.

DAICHI: Hã, também não é pra vir pra cima de mim. Fique parado ai....ooouu, te corto em pedacinhos.

A criatura não entende o que ele fala e se posiciona pra atacar.

DAICHI:Ai senhor e agora, o que eu faço? É Daichi sai correndo de casa com uma porcaria de espada que não serve para nada pra salvar o espírito de um garoto que você mal conhece, vai se dar mal desse jeito.

Nisso a criatura saí correndo nas quatro patas em direção a Daichi que entra em desespero e sem saber o que fazer olha pra espada e a desembainha. Um brilho muito intenso sai da arma fazendo com que a criatura saia voando e fique entre o garotinho e ele.

DAICHI: Mas, como? - olhando para a espada que agora apresenta uma lâmina muito brilhante, como se tivesse acabado de ter sido feita.

A criatura começa a se levantar indignada com o que aconteceu e olha diretamente para Daichi com fúria. Ela dá um gemido ensurdecedor. Daichi olha para ela e para a espada, segura a arma com as duas mãos, olha serio para a criatura e fala.

DAICHI: Prepare-se, aí vou eu. - corre em direção à criatura e ela faz o mesmo em sua direção, balançando os longos braços com o intuito de acertá-lo de qualquer jeito.

A criatura joga o braço esquerdo em direção o rosto de Daichi, mas ele defende com a espada. Abaixa o braço do monstro com a arma jogando-a para trás ataca em um movimento ascendente. Ele a acerta na lateral do tórax sendo acompanhado por um rugido de dor. Nisso a criatura o chuta para o outro lado da rua, ele sai voando e bate com as costas na parede sentindo muita dor. A criatura pula em cima dele e ele rola para o lado para escapar, procura se levantar, meio cambaleando. A criatura desce de seu pulo rachando o chão fazendo subir uma nuvem de poeira. Surge dela o braço da criatura que segura Daichi pelo pescoço e o levanta a dois palmos do chão. Ele se sente sufocado, a criatura aparece, quando a névoa de poeira se dispersa, com um olhar de satisfação. O rapaz pega a espada com as duas mãos e enfia no braço que o prende, fazendo-a largá-lo. Ele cai no chão meio de joelhos, querendo recuperar a respiração e olhando fixamente para o monstro a sua frente que olha para o ferimento e volta a atacá-lo. O rapaz mira no braço atacante e com um movimento corta-lhe o membro. O monstro ruge de dor e se vira para ele, quando fica com a cabeça virada para Daichi a lâmina da espada é fincada em sua cabeça, atravessando-a até que o copo o empurrasse contra a parede.

DAICHI: Por hoje chega criatura dos infernos. Volte pra onde você veio.

Ele puxa de volta a espada desprendendo da parede e num movimento descendente divide o ser em dois. Nesse momento ela começa a se dissolver no ar até desaparecer. Assim que a criatura desaparece Daichi cai de joelhos.

GAROTO: Você está bem?

DAICHI: Afe, Afe. Estou, nunca... cof ,cof, nunca mais eu faço isso na minha vida. Puf, puf.- sentando no chão.

RAED: Mas você se saiu tão bem.

DAICHI: Você? (pausa recuperando o fôlego) O que está fazendo aqui?

RAED: Vim ver se estava tudo bem. Você lutou muito bem pra quem mal sabe segurar na espada.

DAICHI: Não sei o que deu em mim. Me bateu um sentimento de dever, que eu tinha que fazer isso, uou, e uma coragem que nunca havia experimentado. Ei você estava assistindo?

RAED: (sorrindo) Você foi muito bem sabia? Salvou o seu amiguinho de um demônio.

DAICHI: Demônio? Como assim?

RAED: Ah meu garoto, você não sabia? – com a palma das mãos espalmada e a outra fechada, extraiu de um brilho da mão aberta um bastão se aproximando do espírito do garoto faz um leve toque na testa do garotinho. – Não tenha medo rapaz, agora tudo vai ficar bem tá, você vai pra casa.

GAROTO: Ta bem, obrigado. – uma luz enche o corpo do menino, as correntes desaparecem e logo depois ele também começa a sumir.

GAROTO: Muito obrigado por tudo Daichi. Mostrando-lhe um rosto feliz com um sorriso estampado no rosto até finalmente desaparecer. Raed encara Daichi.

RAED: Nós somos iguais Daichi. Nós guiamos espíritos, lutamos e matamos demônios. Somos guias espirituais e guerreiros. Nosso povo tem um nome e assim como eu, você é um Knight Spiritual.

DAICHI: Um... O que? – Daichi começa a cambalear e cai desmaiado de costas no chão.

RAED: (suspiro) Nem deve ter ouvido o que falei. – Raed o pega no colo e o leva junto com a espada até em casa – Daichi, você foi muito bravo hoje e espero que repita essa coragem mais vezes, pode deixar que eu vou ajudá-lo a crescer, você será o melhor de todos. Eu prometo.

Enquanto isso em um lugar escuro um homem de cabelos claro de túnica negra com o capuz para trás anda pensativo até encontrar um local meio elevado onde uma mulher de mesma vestes, mas com uma mascara de desenhos estranhos o espera sentada em sua cadeira semelhante a um trono.

SEM NOME: Senhorita.

MASCARADA: Ah, meu querido Ulric. Trouxe o que te pedi?

ULRIC: Não Senhorita. Tive problemas em obte-la. Perdoe-me.

MASCARADA: Não há o que perdoar. Imprevistos acontecem. A arma já se revelou para um portador. Não a nada que possamos fazer agora.

ULRIC: Isso não deveria ser impossível? Afinal aquela era...

MASCARADA: Ah ah ah. Não há nada impossível rapaz. E você sabe disso.

ULRIC: E agora? A arma não era importante para seus planos?

MASCARADA: Era, mas deixa estar. Em breve estarei de posse de um poder ainda maior. Vai levar algum tempo e assim atingirei meus objetivos. Pode ir caro servo, se precisar o chamo.

ULRIC: Sim senhorita. – retira-se do local.

MASCARADA: Ah rapazinho – virando o trono e olhando para uma esfera – ficarei de olho em você. Será muuuuito interessante vê-lo crescer. Estou ansiosa para nos encontrarmos. – a esfera mostra Daichi dormindo tranqüilo em seu quarto sem saber o que está por vir.


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