Youre Everything escrita por Lady Iero


Capítulo 6
You’re in the jungle, baby! You gonna die!




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Capitulo 6 – You’re in the jungle, baby! You gonna die!

PDV Duff

Caralho! Meu corpo todo dói! E se você pensa que é porque eu to de ressaca, meu caro amigo (ou amiga), estás redondamente enganado! Quem me dera ter passado a noite de ontem farreando ou bebendo (ou quem sabe os dois juntos)! Agora eu com certeza não estaria com tanta dor!

Posso imaginar que você está se perguntando por que eu estou com tanta dor, certo?

É que ontem à noite nós fomos dormir muito tarde arrumando o quarto da Malu e do Matheus.

INÍCIO DE FLASHBACK

Chegamos carregando um monte de roupas, brinquedos, móveis, comida, acessórios e tudo o que você possa imaginar, que esteja relacionado a coisas de bebê, claro.

Saímos tão tarde da loja, que já não entregavam mais nada hoje, e como precisamos dos quartos arrumados o mais urgentemente o possível, levamos no tudo nos carros mesmo (claro que algumas coisas tiveram que ser desmontadas, mas isso é detalhe!).

Quando chegamos só encontramos o bilhete da Berta, dizendo que esperou o quanto pode, mas teve que ir.

Com muito esforço, levamos tudo lá pra cima e começamos a arrumar os quartos, primeiramente arrumamos o do Matheus, como ele é um menino, pensamos que seriamos mais rápido de ajeitar as coisas.

Montamos o berço, colocamos alguns quadros pequenos de paisagens na parede, uma cômoda, um sofá com milhares de almofadas e uma poltrona com descanso para os pés, coisa bem simples. Colocamos também três tapetes e uma mesinha, o que restou de almofadas verdes colocamos no chão, ao lado da cômoda, ficou bem legal.

Quarto do Matheus:

Arrumamos o banheiro dele também:

Já o quarto da Maria Luiza foi mil vezes mais difícil, como eu sou o mais alto, eles me fizeram subir numa escada para colocar as “estrelas” e o lustre:

E na outra parede colocamos dois adesivos de cor bege, prateleiras com bichinhos também e algumas coisinhas penduradas:

E por fim um berço roxo e branco:

[N/A: Sei que o quarto da Maria Luiza ficou muito confuso, mas é que eu não encontrei nenhum que eu realmente gostasse, então eu misturei entende? Mas acho que vai dar pra vocês terem uma ideia do que ficou]

O banheiro ficou assim:

Assim que acabamos, nós 5 nos jogamos no chão do quarto da Maria Luiza, estávamos exaustos, ofegantes, suados e sem força pra mais nada. Se eu não soubesse da situação, diria que tínhamos acabado de ter uma noite de sexo o mais selvagem o possível, mas era exatamente ao contrário.

-Pessoal - nos viramos para o ruivo - Acho que nos esquecemos de alguma coisa.

Nos viramos pra ele, incrédulos.

-Não pode ser, nós já arrumamos tudo! TUDO! - gritei a ultima palavra.

-Eu sei! Mas sei lá, acho que deixamos alguma coisa escapar dessa vez. - ele se sentou no tapete e tirou a lista que tinha feito assim que chegamos em casa.

-Berços? - Nós olhamos para o berço.

-Check! – dissemos.

-Tapetes?

-Check!

-Banheiras?

-Check!

-Brinquedos?

-Check!

-Comida?

-Check!

-Sapatos e roupas?

-Check!

-Carrinho de bebê ?

-Check!

-Sabonete, xampu, condicionador, colonias...

-Axl, já sei qual é o problema! - Slash se levantou muito puto.

-Sério? Qual é? - Axl sorriu.

-Nós todos ainda não dormimos! São quase 6 horas da manhã e eu ainda não preguei o olho! Sabe com que frequencia isso acontece quando eu estou sóbrio? DE NUNCA EM NUNCA! Para com essa porra de paranóia que eu não aguento mais! Boa noite! - Ele saiu do quarto batento a porta, isso assustou Izzy e Steven, que estavam dormindo no tapete.

-Axl, acho que ele tem razão cara, nós já fizemos tudo o que está na lista e não dormimos a noite toda! Você só está nervoso porque seus filhos daqui a pouco vão estar aqui, se eu fosse você dormiria agora, pra mais tarde está bem disposto pra pegá-los. - aconselhei e fui pro meu quarto também, já estava dormindo em pé.

FIM DE FLASHBACK

Acho que agora vocês já entendem porque eu to assim, não é? São uma hora da tarde, faz meia hora que o Axl saiu pra ir buscar os gêmeos, espero realmente que eles não dêem tanto trabalho quanto tivemos ontem a noite, se não eu morreria!

PDV Axl

Acordei com dor em tudo quanto é parte do meu corpo, mas pelo menos eu estava feliz! Nós tínhamos arrumado o quarto a tempo de receber os meus filhos, e na minha opinião, os quartos ficaram legais.

Tomei um banho demorado e saí de casa com uma calça jeans e uma blusa dos Ramones, coloquei as cadeirinhas no banco de trás e fui calmo para o hospital, apesar de estar meia-hora atrasado, não queria ficar nervoso, e nem receber multas.

Cheguei ao quarto da Erin e me espantei quando vi ela, meus filhos, a mãe e o pai dela e um cara estranho de paletó.

-Oi Erin. – falei me aproximando e dando um beijo em sua testa, os pais dela me fuzilaram com os olhos, o homes de paletó só me observava – Boa tarde.

-Você está 1 hora atrasado! – a mãe dela jogou na minha cara.

-Eu peguei um engarrafamento grande, e não estava a fim de ultrapassar nenhum sinal. – falei calmo e tomei cuidado ao escolher minhas palavras.

-Amor – Erin me chamou – Meus pais estão aqui pra pegar a guarda da Maria Luiza e do Matheus. – Ela falou baixinho, percebi que ela estava mais pálida, será que ela piorou?

A notícia de que os pais dela queriam a guarda do meu filho me deixou em choque por alguns segundos.

-Vocês querem o quê? – perguntei para eles, notei que os olhos do cara que estava acompanhando eles não me deixaram, presumir seu o advogado.

-Não vou deixar meus netos nas mãos de um irresponsável. – Don Everly respondeu.

-Vocês ao menos me conhecem direito pra dizer se eu sou irresponsável ou não? – perguntei tentando não elevar a voz, os meus menininhos estavam dormindo.

-Quem não conhece o famoso Axl Rose? – Venetia debochou.

-Vocês só escutam o que a mídia fala sobre mim. E a mídia realmente não me conhece! Eu já fui irresponsável, sim, quem não foi um dia? Mas hoje eu mudei, sou adulto, tenho meus negócios e posso muito bem sustentar e criar duas crianças! – falei com meu tom mais sério.

-Sustentar até que você pode, mas criar? Não acha que é demais? – ela rebateu.

-Vocês não vão tirar os meus filhos de mim. – falei ameaçadoramente, o tal advogado que tirasse a conclusão que ele quisesse.

-Sr. Rose? – me virei para o homem estranho.

-Sim?

-Estou aqui para resolver isso legalmente, sou um representante de lei e... – blá blá blá – Essa é uma situação bem complicada, já que a mãe está enferma e o pai e os avós querem a guarda das crianças.

-Aonde você quer chegar com isso tudo? – perguntei entediado.

-Vamos ter que levar isso á um juiz, ele que irá decidir qual é a melhor condição que essas crianças deveram ser criadas.

-E enquanto isso? Eles vão pra onde? – perguntei receoso.

-Creio que ficaram com os avós – o vadia Venetia deu um sorriso presunçoso.

-E eles por acaso tem aonde colocar os meus filhos? Tem roupas, mamadeiras, quartos, carrinho, comida?

A cobra me olhou surpresa.

-Bom, tem o antigo quarto da Erin, o berço dela, e creio eu, algumas roupinhas... – Ela disse desconcertada e dessa vez quem sorriu fui eu.

-Mas você muleque? – o pai dela me olhou – Tem tudo isso o que estás dizendo?

-Isso e muito mais. Tenho tudo preparado para cuidar deles, até os banquinhos no carro, que vocês com certeza nem se preocuparam, né?

Todos me olharam surpresos.

-Ele está mentindo! – Venetia se pronunciou – Duvido que ele tenha alguma dessas coisas! Ele só se preocupa com o próprio umbigo! Com certeza jogaria meus netos em qualquer canto da casa! – ela gritou, por sorte não acordou meus filhos.

-Cala a boca! – falei – Não vê que assim você acabar acordando eles? É assim que você cuidar dos dois? Gritando? – ri sem humor.

-Nesse caso, devemos rever algumas coisas... – o tal representante da custódia de crianças ou alguma coisa assim, falou.

-Eu exijo ver tudo isso que ele falou que tem! Duvido até se tem algum quarto pra por os dois.

-Então pode ir na minha casa – desafiei – Você vai encontrar tudo isso lá!

-E eu vou mesmo! – ela pegou a bolsa, o marido e apontou para o representante – E você vem comigo! – saí do quarto com eles.

Fomos para a garagem e cada um foi pro seu carro, fiz questão de mostrar as cadeirinhas para eles.

No meio do caminho dei um jeito de ligar para o Izzy e rapidamente explicar a situação, ele falou que ia acordar todo mundo e limpar a casa, que ainda estava um pouquinho bagunçada

PDV Izzy

Assim que o Axl ligou, acordei a todos e rapidamente ajeitamos algumas coisa, colocamos algumas guitarras que estavam espalhadas pela casa, no estúdio, resto de comida e pedaços de papéis no lixo e tentamos ficar apresentáveis também.

Ah, e escondemos as caixas de cigarro e bebidas tudo dentro do armário inutilizado que ficava dentro do nosso pequeno estúdio.

Mal terminamos tudo isso, ouvimos a porta sendo aberta e algumas vozes, nos espalhamos para parecemos “casuais”, Slash foi jogar videogame, Duff foi tocar e compor no quarto dele, Steven foi pra cozinha e eu pra sala, onde estavam todos. Pra não parecer que eu sabia que ele estava acompanhado, cheguei falando

-Axl? Já chegou? Cadê as crianças? – desci perguntando e parei na ponta da escada, “surpreso”, Axl prendia o riso da minha cara.

-Por enquanto estão no hospital. – ele respondeu.

-Elas estão bem? – falei preocupado.

Nessa hora o Duff também desse e Steven sai da cozinha, todos muito “surpresos”, é claro.

-O que foi? Aconteceu alguma coisa com a Malu e o Matheus? – Duff desceu perguntando.

-Você já os conhece? – a mãe da Erin pareceu surpresa.

-Claro, são nossos sobrinhos! – Steven respondeu.

-Sobrinhos? – os três pareciam estar boiando ali.

-Nós somos uma família, 5 irmãos, se são meus filhos, naturalmente são sobrinhos deles. – Axl respondia enquanto Slash descia as escadas.

-Por que os gêmeos ainda não estão aqui? – Slash perguntou, parecendo surpreso e confuso.

-Tivemos um pequeno contra-tempo. – Axl começou a explicar – A Venetia, mãe da Erin, quer a guarda dos gêmeos. – Axl tentava aparentar calma, mas sabíamos que na verdade, ele estava se controlando pra não fazer merda e perder a guarda das crianças.

-Sério? – Duff fingia surpresa – Mas por quê?

-Porque eu tenho certeza de que vocês não saberiam cuidar de uma criança, nunca nem tentaram fazer isso!

-Não é verdade – começou Steven – Quando eu tinha 17 anos fui babá por 5 meses de um menino de 1 ano. No começo foi difícil, mas eu logo me acostumei, e creio que é o que acontece com qualquer um. No começo tem dificuldades, mas logo aprende. – Na verdade, todo esse discurso do Steven era uma meia mentira, já que ele cuidou sim de uma criança, mas ele tinha 11 anos e foi apenas por 5 dias. O menino falou pra mãe que ele não fazia nada e então ele foi demitido.

-Pois eu não acredito em você! – O pai da Erin falou.

-Por que nós não olhamos o que o Sr. Rose falou que tinha pra nos mostrar? – O cara de paletó se meteu.

-Tudo bem, venham. Eu vou mostrar os quartos. – Axl subiu com os três e nós fomos atrás.

Enquanto ele mostrava os quartos, banheiros, roupas e etc. eu observava como todos reagiam, o cara de paletó se mostrava surpreso e anotava um monte de coisas numa caderneta. Já a expressão dos Everly eram hilárias, primeiro eles ficaram muito chocados com tudo, mas logo depois a surpresa foi substituída pela raiva.

Quando Axl terminou de mostrar tudo, falou:

-E agora? Já posso trazer os meus filhos pra cá? Ou vocês vão colocar mais algum obstáculo?

-Por mim, seus filhos podem morar aqui a vida toda, a casa é perfeita. – O cara de paletó sorriu.

-Ma-mas, NÃO! VOCÊ É MALUCO? COLOCAR DUAS CRIANÇAS NAS MÃOS DESSES 5 IRRESPONSÁVEIS? ELAS VÃO CRESCER NO MEIO DE PROSTITUTAS E DROGAS! VÃO SE TORNA DUAS CRIANÇAS BÊBADAS E SEM NENHUM FUTURO!

-OLHA LÁ COMO TU FALA EVERLY! – Axl começou – VOCÊS ESTÃO VENDO BEBIDAS, DROGAS OU PROSTITUTAS POR AQUI? NÓS NÃO LEVAMOS MAIS ESSA VIDA! QUANTAS VEZES EU VOU PRECISAR REPETIR ISSO?

-ATÉ MORRER! EU NUNCA VOU ACEITAR QUE MEUS NETOS MOREM AQUI! ESCREVAM ISSO: ISSO NÃO ACABOU POR AQUI! AS CRIANÇAS AINDA VÃO PRA MINHA CASA! – Ela deus as costas e saiu puxando o marido porta a fora.

-Acho que meu trabalho termina aqui. Quero dizer, vou precisar acompanhar vocês e assinar algumas coisas no hospital,mas não se preocupem, vocês tem muito mais chances de ganhar do que eles!

-Obrigado Sr.? – Axl falou.

-Max, só Max.

-Se é assim, só Axl então! – Axl apertou as mãos do Max.

-A propósito, vocês só esqueceram de uma coisa!

-O que foi? – perguntei.

-Fraudas. – olhamos um pra cara do outro e caímos na gargalhada, como foi que nos esquecemos de uma coisa tão óbvia?

-Não se preocupem, eu ia sair pra comprar umas palhetas e algumas cordas, vou passar numa farmácia e compro fraudas! – Slash disse.

-Ok, vamos? – Axl perguntou e nós assentimos.

Resolvi ir ao hospital também, não estava muito a fim de ficar em casa.

PDV Duff

Quando eles saíram olhei em volta e vi que não tinha nada de interessante para fazer, resolvi sair e vi que eles já estavam entrando no carro..

-RUIVOOOO! – gritei, eles pararam e me aproximei. – Me esperem, vou com vocês!

Entrei no carro e vi que não dava mais ninguém além de mim, as cadeirinhas ocupam muito espaço!

Axl e Izzy também entraram e se sentaram na frente.

-Hey Izzy! – ele se virou – Não achou teu carro mesmo?

-Pior que não cara! Mas já liguei pra seguradora e eles estão procurando.

-Mas tu não se lembra nem mesmo pra onde foi? – Axl perguntou.

-Só lembro que depois do show eu conheci uma garota muito bonita, ela me levou pra uma festa, eu bebi e o resto é só borrão, tenho certeza de que algumas coisas foram apenas sonho! – ele fez careta.

-Vamos torcer para que seja mesmo! – eu ri debochado.

-Duff?

-Quê?

-Vai te fuder! – eu ri mais ainda, resolvi deixar ele puto.

-Sozinho não dar amor! Me acompanha? – ele me fuzilou com olhos, eu apenas continuei rindo, Axl apenas revirou os olhos, mas tenho certeza de que ele estava se divertindo também!

Chegamos rapidamente no hospital, com aquele cara vestido de piguim atrás da gente. Fomos para o quarto da Erin e eu vi meus sobrinhos dormindo no berço ao lado da Erin.

-Oi meus amores! – falei me aproximando deles – Oi Erin.

-Ainda bem, pensei que tu estava chamando ela de “meu amor”! – Axl me fuzilou com olhos.

-Eu hein! – sai de perto dos pombinhos.

-Oi Duff, oi Izzy, oi meu amor! – ela respondeu. Izzy só acenou e Axl deu um beijo nela.

-Hum hum. – limpei a garganta depois de alguns minutos, eles pareciam estar se engolindo ali!

-Porra Duff! – Axl se separou dela reclamando.

-Tem pessoas inocentes no quarto!

-E elas estão dormindo! – apontou para os gêmeos.

-Mas eu não! – protestei.

-Vocês podem ficar um minuto sem discutir?  - Izzy reclamou.

-È verdade, praticamente todas as vezes que vocês dois vem aqui, vocês brigam! Até parece que estão na 1 série!

-Ok, desculpa meus amor, como você passou a noite? – Axl tentou mudar de assunto.

-Com um pouco de febre, tosse e dor no peito. Mas eu acho que vou melhorar! – ela sorriu fraquinho.

-Você perdeu sangue? – Izzy perguntou.

-Um pouco, por quê? – ela respondeu confusa, eu também estava.

-Você está um pouco pálida, só isso.

De repente ela começou a tossi muito sangue e se sacudir na cama, estava tendo um ataque epilético. Rapidamente os médicos chegaram e lhe deram uma injeção, ela melhorou um pouco.

-Vocês precisam ir agora – uma enfermeira se virou pra gente – E precisam levar as crianças também, algum de vocês é o pai? – Axl balançou a cabeça. – Ótimo, venha comigo, eles podem ficar com as crianças? Você vai precisar assinar algumas coisas – A enfermeira apontou pra nós.

Ele assentiu e outro enfermeiro deu a Malu pra mim, e o Matheus para o Izzy. Agora eles estavam acordados, tinham chorado um pouco, mas a enfermeira os acalmou.

-Como você está princesinha? – perguntei para a Malu, ela só me encarava. – Vem cá, é normal ela não sorrir? – perguntei pro enfermeiro.

-Nos primeiros dias sim, a visão dela também não é muito boa, fica melhor com o passar do tempo, mas ela já escuta muito bem e sente também.

Ok, valeu.

-Er, você é Duff Mckagan, né? – ele perguntou incerto.

-Sou sim.

-Cara, sou muito fã de vocês! Poderia me dar um autógrafo?

-Claro – passei rapidamente a Malu para ele, assinei um papel e tive de volta a minha princesinha.

-Obrigada! – ele saiu feliz.

-È melhor você se acostumar com a fama! Por que seu papai, sua mamãe e seus titios são bem famosos, e você também será, junto com seu irmãozinho! – falei enquanto ela brincava com meu cordão, mas seus olhos estavam em mim.

-Pronto! Agora podemos ir pra casa. – Axl apareceu. – Sabia que agora já fazem certidão de nascimento aqui mesmo? Foi rapidinho que fizeram a deles.

-E como ficou o nome deles? – Izzy perguntou enquanto passava o Matheus para o Axl.

-Maria Luiza Everly Rose e Matheus Henrique Everly Rose.

-Ficou legal. – Falei.

-È, eu gostei também. – Izzy disse.

-Pensei que ficaria legal, vamos pra casa.

Nós descemos, mas assim que chegamos a recepção percebemos que foi uma péssima ideia, parece que toda imprensa de Los Angeles estava lá.

-Sr. Axl, é verdade que o senhor é pai? – nós tentávamos proteger o rostinho deles, não queria que a foto da minha princesinha saísse no jornal amanhã.

-Não é óbvio agora? – Izzy respondeu, enquanto tentava bloquear a maior parte dos flashes.

-E quem é a mãe? São gêmeos? – outro se meteu.

-Erin Everly, e sim, é uma menina e um menino. O resto não interessa pra vocês. – Nós demos um jeito e com a ajuda de seguranças seguimos em paz para o carro.

Colocamos os dois em suas devidas cadeirinhas e saímos do estacionamento, mais flashes e Axl acelerou, quase passando por cima de um fotógrafo, o que foi bom, já que intimidou outros, o problema é que ele estava rápido demais.

-Mais devagar aí na frente ruivão, seus filhos ainda estão aqui.

-Eu sei, foi mal. – ele desacelerou um pouco.

-Quem será que avisou a imprensa? – Izzy perguntou a ninguém em especial.

-Com certeza a mãe da Erin. – Axl disse com uma voz ácida.

-Acho que o Slash se apaixonou por ela. – falei e eles me olharam confusos. Ô pessoalzinho sem um pingo de humor, viu!

-Como assim?

-A bicha velha é uma perfeita cobra! E Slash ama esses animaizinhos rastejantes! – Eles entenderam e começaram a gargalhar.

-Verdade – Axl disse – E como está tudo aí atrás?

-Bem, só o Matheus que não para quieto! – falei olhando para o loirinho que não parava de se remexer na cadeirinha, ainda bem que o cinto impedia ele de cair. – A Malu está brincando com o meu relógio.

Quando chegamos em casa nos assustamos, na frente da nossa casa tinha um monte de gente, acho que no meio dos fotógrafos até fã tinha ali!

-Fudeu! – falei.

-Porra e agora, como a gente vai entrar? – Axl passou a mão pelos cabelos.

-Buzina!

Axl começou a buzinar, mais isso não ajudou em nada, só assustou os bebês.

-Para, eles estão assustados. – falei e ele parou imediatamente.

-Acho melhor um de nós descer e falar com eles. – Izzy disse.

-Ok, eu desço! – falei e abri a porta, fiquei até um pouco zonzo com tantos flashes.

-Por favor! – falei antes de qualquer um abrir a boca. – Nós estamos com dois recém-nascidos dentro do carro! Vocês não percebem que estão apenas assustando eles? Se vocês querem alguma coisa, liguem pra gente, marquem entrevistas, o que for! Mas por favor, apenas saiam da frente antes que o Axl resolva descer, por que aí vocês vão estar realmente fodidos!

Entrem no carro e eles dois estavam rindo, Axl e Izzy quero dizer, não as crianças.

-Ótimo! Valeu loiro! Agora a minha fama de encrenqueiro fica cada vez maior!

-Mas pelo eles saíram da frente! – Falei vendo que alguns se afastaram.

-È, pelo menos isso! – Nós finalmente conseguimos passar pelos portões, assim que eles se fecharam, finalmente suspiramos em paz e entramos na garagem.

Levamos os dois lá pra sala, onde Steven estava assistindo Tv, deu um pulo quando nos viu.

-Eles estão bem? – perguntou olhando pros dois.

-Acho que sim, pelo menos não estão chorando. – Axl respondeu.

-Caralho! – Slash entrou com um monte de sacolas – Vocês já viram a multidão que tem lá fora? Mal conseguir passar!

-È, eu ia sair, mas não pude. – Steven respondeu.

-È por causa da gente, eles vem nos perseguindo desde o hospital. – Axl respondeu.

-È melhor a gente dá uma entrevista o quanto antes, assim eles saem do nosso pé. – falei.

-Verdade, vou chamar o Del James, o que vocês acham? – Axl perguntou, Del James era um amigo nosso, ele era o único repórter em quem confiávamos, por que publicava exatamente aquilo que dizíamos, diferente dos outros.

-Tudo bem, só avisa o dia. – Izzy disse e nós concordamos.

-Eu comprei as fraudas! – Slash apontou para as sacolas, eram muitas.

-Quantos pacotes você comprou? – perguntei.

-Sei lá, todos os que tinham pra recém nascidos. – ele deu de ombros. – Olhem, eu trouxe também alguns folhetos que falam sobre a amamentação!

-E algum de nós vai amamentar por acaso? – Steven perguntou.

-Não seu lerdo, mas diz de quanto em quanto tempo deve alimentar um bebê!

Peguei um folheto, dizia que era pra amamentar quando o bebê sentisse fome, variava entre 1 e 3 horas, mas não podia passar disso.

-Então é bom alguém ir fazer as mamadeiras! Por que já faz duas horas que eles foram liberados!

Eu e Izzy fomos fazer as mamadeiras enquanto Steven, Slash e Axl ficavam cuidando deles. Olhei no relógio e me espantei, já ia dar 6 horas da tarde! Como o tempo passa rápido!

-Do que nós precisamos? – perguntei pro Izzy.

-Panela, o leite Dan, água e as mamadeiras, que precisam ser esterilizadas, assim como as chupetas.

-Eu esterilizo enquanto você faz o leite! – falei pegando as mamadeiras e chupetas e uma panela.

Coloquei água na panela e as mamadeiras lá dentro. Peguei outra panela e fiz o mesmo com as chupetas, pronto, agora é só esperar ferver!

-Duff, me ajuda aqui! – Izzy chamou.

-O que foi?

-Me dá um litro de água filtrada. – pediu.

-Um litro? Não acha que é muito? – perguntei.

-Não, aqui diz que a medida é 500ml, e como eles são gêmeos, é um litro.

Coloquei um litro na panela, ele acrescentou o leite e ficou mexendo.

-E como você vai saber que está bom? – perguntei e ele me olhou assustado.

-Eu não sei! Vê se tem alguma escrita aí na caixa! – ele apontou para o leite. Li o que estava escrito.

-Tá dizendo que você deve ferver, mas só pode dar pras crianças quando estiver frio.

-Ok.

Slash entrou correndo na cozinha.

-Cadê o leite?

-Eles já estão com fome? – perguntei.

-Sim, eles não param de chorar! Já tentamos de tudo! Até dançamos na frente deles, mas eles continuam chorando! Então só pode ser fome! – ele estava desesperado.

-Ainda não está pronto! As mamadeiras estão sendo esterilizadas e o leite está fervendo! – respondi.

-Duff, acho que já está fervendo a água! – ele apontou para as panelas que eu deveria estar vigiando. Corri e desliguei o fogo.

Joguei tudo na pia, claro que essa estava limpa. Esperei esfriar um pouco e peguei duas chupetas.

-Vamos ver se isso resolve. – falei enquanto as balançava para ver se esfriava mais rápido.

Voltei correndo para a sala com o Slash, eles ainda estavam chorando, e muito! Axl e Steven estavam dançando com eles nos braços.

-Vocês estão loucos? Isso vai assustá-los! – Slash falou e eles pararam de se balançar, mas os bebês continuavam chorando!

-Toma, o leite ainda não está pronto, tenta isso. – dei as chupetas pra eles, Matheus não aceitou de cara e começou a chorar mais alto, Malu ficou apenas chupando a chupeta.

-Qual o problema dele? Será que está com dor? – Axl só faltava chorar.

-Peraí, já tentaram os brinquedos? – perguntei.

-Sim, já tentamos tudo!

-Porra Axl, eu sei que você está desesperado, mas isso já é sacanagem! – Steven tapou o nariz e se afastou de Axl, que o olhou confuso, mas logo depois também tapou o nariz.

-Não fui eu!

-Nem eu! – Slash se defendeu.

-E nem eu! – falei.

Olhamos um pra cara do outro e depois olhamos para o Matheus.

-Será...?

-Não! Ele é só um bebê! – Axl falava enquanto deitava ele no carrinho e abria a frauda, no momento em que ele abriu toda, colocou a mão na boca e foi correndo para o banheiro, completamente verde.

-Hum, eu vou ver como o Axl está! – Steven saiu com a Malu no colo.

-Acabei de ouvir o Izzy me chamar, é melhor eu ir antes que ele faça besteira! – falei e fui pra cozinha.

-O que aconteceu? – Izzy perguntou.

-O Matheus fez o numero 2, por isso ele estava chorando! – falei e ele fez careta.

-E quem está cuidando disso?

-O Axl no momento em que abriu a frauda saiu pra vomitar, Steven deu no pé e eu também, só sobrou o Slash.

-Coitado! Duff, me ajuda com isso aqui, pega a mamadeira, vou colocar o leite pra esfriar, já está pronto.

Peguei 2 mamadeiras e coloquei em cima do balcão, ele as encheu, deu certinho. Eu tampei e as coloquei no freezer, pra esfriar mais rápido, estavam muito quentes.

-Acho melhor você fazer mais, no folheto que o Slash trouxe dizia que eles comem muito, já leite é fácil de ser digerido.

-Tudo bem, ai esterilizando as mamadeiras que eu faço o leite, quem sabe não fica pra amanhã também?

PDV Slash

Ótimo! Me deixaram aqui sozinho com uma criança completamente cagada! Literalmente! Como eu não aguentava mais ver ele chorando, prendi a frauda de volta e subi com ele, no quarto dele tinha uma mesinha própria pra trocar as fraudas.

Coloquei ele lá em cima e peguei alguns lenços umedecidos, que dizia que era justamente para isso. Respirei fundo, tapei a respiração e fui abrir a frauda.

-Ok, acho que devemos tirar essas fitas adesivas... – Murmurei – Não deve ser tão difícil assim...

-Oh cara! – falei assim que vi o conteúdo.

Como uma pessoinha desse tamanho coloca tudo isso pra fora? E era fedorento demais! Tirei delicadamente a frauda e a joguei no lixo, agora só faltava limpá-lo! Tirei uns 10 lenços umedecidos de uma vez da caixa e passei na bundinha dele. Joguei fora e passei de novo e de novo, até ficar limpo.

Mas mesmo assim eu ainda sentia aquele cheiro!

Tirei toda a roupa dele e enchi a banheira com água morna, joguei sabonete na água esperei encher. Enquanto isso ele só me olhava, desde o momento em que eu comecei a limpá-lo, ele ficou quietinho me olhando.

-Como foi Slash? – Axl entrou perguntando, ele ainda estava um pouco pálido, mas sorriu quando me viu, ou melhor, quando viu que o filho dele já estava limpo.

-Ele já não tem mais nada, mas eu ainda acho que está fedendo, vem aqui. – ele se aproximou e eu tirei o Matheus da “mesinha” de trocar fraudas e coloquei nos braços dele.

-O que foi?

-Agora é tua vez de dar um banho nele! Eu também estou fedendo a cocô de bebê e vou tomar banho! – falei e fui pro meu quarto, onde finalmente tirei aquele cheiro de mim.

PDV Axl

-Como você está sentindo agora que está limpinho? – perguntei pro meu filho – Desculpe por mais cedo, acho que o papai não foi forte o suficiente né? Mas prometo recompensar isso mais tarde.

Coloquei-o lentamente dentro da água, ele se remexia muito, era o contrário da irmã, que parecia muito quieta.

-Calma Matheus, se você ficar se mexendo assim, não poderei lhe lavar direitinho. – falei paciente, enquanto ele espalhava água, em certo momento tive que tirar a camisa, porque ela já estava completamente encharcada.

Terminei de dar o banho dele e por fim, o vesti, me atrapalhei um pouco com a frauda mas conseguir colocar direitinho. Pelo menos é o que eu acho!

-Já são 6 e meia, bora comer? – peguei ele no colo e desci. Duff estava sentado com a Malu no colo e uma mamadeira, Izzy estava ao seu lado.

-Cadê o Slash e o Steven? – perguntei.

-O Slash eu não sei, mas o Steven está comendo.

-Vocês já comeram? – perguntei.

-Não, vamos comer depois. Mas o seu jantar já está na mesa. – Izzy respondeu.

-Obrigado, eu to morrendo de fome! – falei.

-Me dá o Matheus, vai comer. – Izzy se aproximou e eu dei o Matheus a ele.

-Valeu mano.

PDV Duff

Izzy eu fizemos 10 mamadeiras e colocamos em cima do balcão. Isso era ótimo, teríamos leite ate amanhã! Tirei as duas que eu tinha colocado no freezer, elas não estavam geladas, mas também não estavam quentes.

-Acho que elas estão boas. – falei.

-Deixa eu ver – Izzy pegou uma mamadeira e derramou um pouco de leite na costa de sua mão.

-Pra que isso? – perguntei.

-È assim que se mede a temperatura de uma mamadeira! – ele revirou os olhos.

-Duff, tem alguma coisa pra comer? – Steven chegou com a Malu no colo.

-Pra ti ou pra ela? – perguntei.

-Pros dois! – eu ri.

-Tem o que sobrou do almoço na geladeira. – falei – Me dá ela, vai comer. – ele sorriu agradecido e me passou a Malu.

-Oi princesinha! Sentiu saudades do titio? – falei e peguei a mamadeira. – Vamos pra sala pra você comer.

Sentei em um sofá com a Malu no meu colo.

-Está pronta para a primeira refeição com o titio?

-Acho que é você que deve se preparar para alimentar ela, e não ao contrário. – Izzy se sentou do meu lado.

-Cala a boca! – ele riu.

Aproximei lentamente a mamadeira da boquinha dela, Malu olhava curiosa para aquele novo objeto com liquido branco. Encostei delicadamente na boca dela e ela abocanhou o bico da mamadeira, foi aí que eu percebi que ela estava sem a chupeta, quem será que tirou?

-Vejo que estamos com fome! – comentei enquanto ela sugava o leite com vontade.

-Acho que ela ficou muito tempo sem comer, vamos ter que ver isso dá próxima vez – Izzy disse e eu assenti.

Ouvi um barulho vindo lá de cima e logo Axl apareceu com o Matheus no colo.

-Cadê o Slash e o Steven? – ele perguntou.

-O Slash eu não sei, mas o Steven está comendo. – falei.

-Vocês já comeram?

-Não, vamos comer depois. Mas o seu jantar já está na mesa. – Izzy respondeu.

-Obrigado, eu to morrendo de fome! – Axl falou.

-Me dá o Matheus, vai comer. – Izzy se aproximou e o ruivo deu o Matheus pra ele.

-Valeu mano.

-Vou pegar uma mamadeira pra ele. – Izzy disse e saiu.

-Caramba, você está se sujando todinha! – falei olhando pra ruivinha. – Vamos subir.

Subi devagar, tomando cuidado para não tirar a mamadeira dela. Cheguei em seu quarto e peguei uma frauda de pano que estava na gaveta.

-Prontinho – falei enquanto limpava sua boca e queixo, que estavam sujos.

Quando a mamadeira estava quase acabando, ela pegou no sono. Sorri e a coloquei no berço. Fiquei uns minutinhos lá, como ela não acordou, liguei a babá eletrônica e desci com o aparelho nas mãos.

Encontrei Izzy na sala, ele parecia travar uma luta com o Matheus.

-O que está acontecendo? – perguntei.

-Ele não quer a mamadeira! Eu já tentei de tudo! Mas ele não abre a boca! Cadê a Malu? – perguntou olhando pra trás de mim, como se eu fosse deixar a minha princesinha no chão!

-Dormiu, acho que ela estava cansada. – falei me sentando ao seu lado e pegando o Matheus.

-Dormiu? A essa hora? – perguntou chocado, revirei os olhos.

-Ela é só um bebê Izzy! E eles dormem cedo.

-Fala isso pra esse bebê aí! – apontou para o Matheus – Eu vou tomar banho! Estou todo sujo de leite. – ele me deu a mamadeira e subiu.

-O tio Izzy não sabe de nada, né? – falei olhando para o loirinho – Toma Matheus, leitinho! – Sorri e aproximei a mamadeira de seus lábios, ele juntou as sobrancelhas e virou o rosto.

-Qual é Matheus? Quer ficar com fome? – perguntei e aproximei a mamadeira de novo, forçando-a minimamente para entrar na sua boca.

O problema é que quando ele sentiu a pressão, fez biquinho e começou a chorar. Qual o problema dele?

Com ele ainda chorando, fui pra cozinha.

-Steven, tu que ainda não fez nada, vem aqui e dá mamadeira pro Matheus. – falei.

Ele sorriu e pegou o Matheus do meu colo, que parou de chorar quase que imediatamente, olhando para o Steven, que sorriu mais ainda. Fechei a cara e me sentei na mesa.

PDV Steven

-Oi Matheus! Lembra de mim, né? Sou o tio Steven! E agora nós vamos comer! – falei sorrindo e aproximei a mamadeira de sua boca, o problema é que quando ele viu a mamadeira, voltou a chorar.

-O que aconteceu? Por que você está chorando assim? Tem algum lugar doendo? – perguntei deixando a mamadeira em cima da mesa e comecei meio que a dançar com ele, indo de lá pra cá. Aos poucos, ele parou de chorar, mas seu berço ainda tremia um pouquinho, que dó!

-Toma Axl, se eu ficar mais um pouquinho com ele, acabo chorando junto. – falei entregando o loirinho pra ele.

PDV Axl

Steven não ficou nem 15 minutos com o Matheus e já desistiu, não deveria ser tão difícil fazer um bebê se alimentar, seria? Ele era só um bebê gente!

Peguei meu filho do colo do Steven e me sentei numa cadeira que tinha li, peguei a mamadeira e vi que o leite já estava frio.

-Duff, tem alguma outra mamadeira pronta? Essa já está fria.

-Tem, Izzy e eu fizemos um monte inda agora. – ele falou e se levantou, pegou das mamadeiras que estava em cima do balcão (só agora eu percebi a presença delas aí) derramou umas gotinhas no pulso e provou, eu olhava aquilo confuso, que porra ele estava fazendo?

-Duff, que porra é essa? – olhei pra Matheus e falei – Papai não quis falar porra, eles quis dizer coisa, ok?

-Tarde demais, você repetiu duas vezes a palavra. E eu estava medindo a temperatura, Izzy me disse que era assim.

-Hum, e tá bom?

-A temperatura está, mas esse leite é ruim pra caralh- caramba, eu até entendo por que ele não quer tomar! – ele fez uma careta, não sei se foi porque ele quase falou ‘caralho’ ou se foi por que o leite é ruim, de qualquer modo, foi bom ele ter se corrigido.

-Toma garotão, é pra você ficar forte! – falei enquanto Slash entrava na cozinha.

-Ele ainda não comeu? Já vai dar 7 e 15! Eu passei pelo quarto da Malu e ela já está dormindo, mas o que ele ainda faz aqui?

-A Malu já está dormindo? – perguntei surpreso e Duff assentiu.

-Sim, foi muito rápido, no final da mamadeira mesmo, ela dormiu! – ele explicou.

-Legal, então nós só damos a mamadeira pra ele, e ele dorme feito um bebê. – falei sorrindo.

-Claro idiota – Duff revirou os olhos – Ele é um bebê!

-Mas ele poderia dormi feito um anjinho!

-Anjo por acaso dormem? – ele retrucou.

-Anjos não existem! – Slash falou – Agora me dá o Matheus, eu faço ele dormi. – ele tentou tirar o meu filho do meu colo, mas não deixei.

-Não – falei firme – EU vou fazer ele dormi.

Ele deu de ombro e se sentou, começando a comer.

-Vem filhinho, vamos pro quarto. – levei ele lá pra cima, me sentei com ele no sofá que tinha li e brinquei de aviãozinho com a mamadeira até que ele abriu a boca e aceitou comer, sem chorar.

Ponto pra mim!

Quando acabou a mamadeira ele ainda não tinha dormido, como eu precisava ir ao banheiro, levei-o lá pra baixo, entreguei-o ao Slash, deixei a mamadeira na pia, fui ao banheiro e peguei meu pequeno loirinho de volta.

-Vamos amor, dê boa noite aos sues tios e vamos dormir. – cada um deu um beijo nele e eu falei – Daqui a 5 minutos eu volto, nós precisamos ensaiar hoje!

PDV Duff

Passou 5 minutos e Axl não voltou, passou 10, passou 20, passou 30 e nós resolvemos subir, preocupados.

Abri a porta do quarto do Matheus e vi o Axl andando de um lado pro outro com o Matheus no colo, de olhos arregalados, estava óbvio que aquilo não estava fazendo ele dormir.

-Precisa de ajuda? – Steven perguntou.

-Shhh, ele está quase dormindo. – Axl nos olhou com raiva por termos atrapalhado a caminhada dele.

Depois de 5 minutos vendo eles andando em círculos, me pronunciei.

-O máximo que você vai conseguir com isso, é deixá-lo tonto.

-Pelo menos se estiver tonto ele dorme!

-Creio que não é assim – Slash se meteu e Axl suspirou e se sentou na poltrona.

-Eu já fiz de tudo! Contei uma história, fiz teatrinho com aqueles bonecos ali, dancei, pulei, balancei e rodei, mas nada fez ele dormir.

-Já experimentou apenas colocar ele no berço? – Steven falou.

-Não, peraí.

Ele colocou o Matheus no berço e nada aconteceu, até que passou uns dois minutos e ele começou a chorar.

-Oh não! – Steven saiu, pude ver que ele estava com os olhos marejados também, ninguém merece!

-Tira logo ele do berço! – falei.

Axl tirou ele do berço, mas o loirinho continuou a chorar, ele já estava completamente vermelho.

-Me dá ele aqui – Slash pegou o Matheus no colo, mas o loirinho não calou a boca. – Tenta aí Duff. – ele me passou o pequeno.

Não importa o que eu fazia, ele continuava a chorar.

-Cadê o Izzy? – perguntei.

-Está com a Malu, ela acordou com o choro do irmão. – Steven parecia ter se recuperado e voltou, mas seus olhos ainda estavam vermelhos.

-Merda! – eu murmurei – Era pra eu estar tomando conta dela, esqueci a babá eletrônica na porcaria no sofá! – reclamei.

PDV Izzy

Terminei de tomar banho e ouvi um choro, me aproximei do quarto da Malu e vi ela sozinha no berço, chorando.

-Calma neném, eu estou aqui agora, você não estar sozinha. – peguei ela no colo e desci, já era hora dela comer.

Esquentei em banho-maria uma mamadeira e subi de novo com ela, quando passamos pelo quarto do Matheus ela chorou ainda mais alto, ouvindo o choro do irmão.

Coloquei ela no berço e fechei a porta e apaguei a lâmpada, ficou só o abaju e as flores que iluminavam um pouquinho.

Peguei ela no colo e dei a mamadeira, cantando a primeira música que meio na cabeça. Claro que eu não cantava no ritmo, aquilo não ia fazer ela dormir.

Digamos que pela primeira e última vez, Think about you foi cantada em ritmo de blues, até que ficou legal, mas blues não era o gênero do Guns, e nem o meu se você quer saber.

-Say baby you been lookin' real good

I remember when we met

Funny how it never felt so good

It's a feelin' that I know

I know I'll never forget

Ooh, it was the best time I can remember 

Ooh, and the love we shared - is lovin' that'll last forever

Ela se acalmou e me olhava atenta, suas mãozinhas mexiam em meu cordão. Continue a cantar, saia mais fácil agora.

-There wasn't much in this heart of mine

This was a little left and babe you found it 

It's funny how I never felt so high

It's a feelin' that I know

I know I'll never forget 

Ooh it was the best time I can remember

Ooh and the love we shared - is lovin' that'll last forever

I think about you

Honey, all the time my heart says yes

I think about you

Deep inside I love you best

I think about you

You know you're the one I want

I think about you

Darlin' you're the only one

I think about you

Ela já estava sonolenta, apesar deu poder ouvir o choro do Matheus que vinha do outro quarto, eu tentava cantar alto o suficiente para abafar o choro dele, mas também, baixo o suficiente para ela dormir.

Quando ela fechou os olhinhos, eu a coloquei no berço, ela abriu os olhos de novo, mas eu continuei a cantar...

-I think about you
You know... that I do
I think about you
All with love - only you
I think about you
Ooooh, it's true
I think about you
Ooooh, yes, I do, ow!

Somethin' changed in this heart of mine
An' I'm so glad that ya showed me
Honey now you're my best friend
I wanna stay together till the very end
Ooh, it was the best time I can remeber
Ooh, and the love we shared - is lovin' that'll last forever

A essa altura ela já dormia profundamente, mas eu continuei cantando, gostei de como a musica ficou.

-Oh,oh yeah,yeah
I think about you,oh you
I think about you
Only you,
I think about you
You know I do
I think about you
Only you
I think about you
Only you.

A musica acabou e ela ressonava no berço. Saí dali e fechei a porta cuidadosamente.

Fui em direção ao quarto do Matheus, nem preciso dizer que ele ainda chorava né?

Olhei no relógio e me assustei, já eram 10 horas da noite.

-Acho que já está na hora dele tomar outra mamadeira. – falei me aproximando, Slash dançava uma musica agitada com o Matheus, ele era louco? Só estava assustando o garotinho!

-Mas ele comeu inda agorinha. – Axl falou.

-Inda agorinha, quando? – perguntei. Axl olhou no relógio e se assustou.

-Já faz tempo!

Balancei negativamente a cabeça e desci, aqueci outra mamadeira no banho-maria e quando vi que estava bom, tirei e subi de novo, encontrando o Matheus nos braços do Steven.

-Toma – passei a mamadeira pra ele.

Incrivelmente quando Steven aproximou a mamadeira da boca dele, ele passou de chorar e começou a sugar com vontade o liquido.

-Só toma cuidado pra ele não tomar muito rápido e se engasgar – advertir e ele assentiu.

-Como você sabe tanta coisa sobre bebê? – Axl perguntou.

-Lembra da Tânia? Uma das minhas ex-namoradas? –perguntei e eles assentiram – Ela tinha uma filha de um ano quando eu fui morar com ela, aprendi algumas coisas sobre bebê, foi inevitável. – confessei.

-Mas isso é muito bom! – Axl sorriu.

-Hey! Isso não quer dizer que eu sou expert em bebês! Só que eu me lembro de algumas coisas!

-Como está a Malu? – Duff perguntou.

-Acordou com o choro do irmão, por sorte eu estava passando por lá. Apenas dei outra mamadeira e cantei, ela dormiu rapidinho.

Axl deu um tapa forte na própria testa ao ouvir as minhas palavras.

-Como eu sou burro, idiota, estúpido, imbecil! – ela dava tapas na própria testa. – me aproximei rapidamente e prendi as mãos dele nas minhas, impedindo-o de se bater.

-Tá ficando louco porra? – perguntei com raiva.

-Eu sou muito idiota! – ele disse com raiva – Eu sou um cantor! E a única coisa que não passou pela minha mente foi cantar! Puta que pariu!

-Para de se culpar! – Duff disse – Eu também sou cantor e não pensei nisso também! Nem o Slash e nem Steven! A culpa não foi sua!

Axl pareceu se acalmar um pouco e assentiu.

-Ok – ele suspirou.

-Ele dormiu. – ou vimos um sussurro e nos viramos para o Steven, que estava com um loirinho adormecido em seus braços.

Sorrimos que nem idiotas e Steven colocou o Matheus no berço.

Ficamos velando o sono do Matheus por alguns minutos e resolvemos ir dormir, mas quando chegamos na porta eu escuto um choro, olho pra trás e o loiro estava dormindo.

Suspirei, mas assim que o choro ficou mais alto, o Matheus também acordou e começou a chorar.

E lá ia começar tudo de novo...


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Notas finais do capítulo

Bom, o capitulo demorou porque postar aqui no Nyah é uma merda! Eu tive que tentar umas 3 vezes, e tive que ter muita paciencia também!
Tive que postar paragráfo por paragráfo pra ele ficar do tamanho normal, tudo por causa dessas fotos.
Agora é oficial: eu nunca mais posto fotos aqui!
Mas sim, espero que vocês tenham gostado, porque esse foi postado com muito sacrifício ein!
Beijinhos!
P.S. Não se esqueçam de comentar ok? O dedinho não vai cair se voce fizer isso!