POV Clarisse La Rue

                Minha primeira reação foi, claro, me levantar e pegar a espada. Mas ao aponta pro corpo, este não se mexeu, o que me deixou ainda mais nervosa.  Será que ele esta morto?! Ai meus deuses! O que eu faço?!

                Eu não sabia. Não sabia mesmo. Pensei em simplesmente deixá-lo lá, mas algo me impediu. Algo me fez ficar ali, olhando pro corpo, mesmo sem conseguir ao menos enxergá-lo direito. Algo que eu não sabia o que era. E vai ver foi esse mesmo motivo misterioso que me fez agachar e checar se ele estava vivo. Estava. Não sei por que, mas ao constatar isso, eu conseguir me acalmar um pouco. E ao chegar mais perto dele, eu conseguir ver seu rosto. Eu o conhecia! Ele era um dos filhos de Hermes! Bom, ele morava no chalé de Hermes, se era filho dele, eu não sabia. E qual é o nome dele, mesmo? É com C... Caio, Cristiano, Chris. Isso! Chris, Chris Rodriguez! Mas ele não tinha ido pro lado de Cronos? O que está fazendo aqui? Estranho...

                -Chris? Chris Rodriguez?- eu tentei acordá-lo, um tanto incerta do que estava fazendo. –Chris? O menino! Acorda!

                Ok, eu não era exatamente a pessoa mais sutil e delicada do mundo. Mas ao menos funcionou, porque ele lentamente abriu os olhos. Mas isso não me deixou mais calma, pelo contrario, isso me assustou. Me assustou muito. Depois de abrir os olhos, ele pareceu reconhecer o lugar onde se encontrava, pois gritou. Seus olhos iam de um lado pro outro em uma velocidade que chegava a ser medonha. Só pararam quando chegaram em mim.

                -Mary? É você?

                -Eu não sou Mary, meu nome é Clarisse. –eu tentei explicar, mas era tarde, ele já estava aos berros.

                -Vai embora, Mary. Você é uma ilusão, você não existe! VAI EMBORA!

                 E novamente eu não sabia o que fazer, uma parte de mim dizia que eu deveria deixá-lo ali, que ele ia atrapalhar minha missão, que não tinha nada a ver com ele e que não precisava ajudá-lo. Mas outra parte de mim, não podia e, principalmente, não conseguiria largá-lo ali. Era maldade.