Passaram-se alguns meses e Bill não melhorava. Sabia que não tinha mais chances dele acordar e me abraçar. Perdi minha fé.

Tom ainda estava em casa. Agora estávamos contando um com o outro. Nossos pais haviam ido à outra viajem de negócios, sem data de volta.

Tom se tornou como um pai para mim. Levava-me para a escola, fazia o almoço, cuidava de mim quando pegava algum resfriado, mesmo sendo uma mera dor de garganta.

Diariamente íamos ao hospital. Mas Bill permanecia igual. Não melhorava nem piorava.

- Bill, estou perdendo tudo o que tenho sem você comigo.

Estava segurando uma de suas mãos com força. A mão que estava os aparelhos. A direita.

Sinto um aperto em minha mão, mas pensei ser minha imaginação me enganando novamente. Não acreditava ais em nada. Meu mundo havia caído quando meu pai me contou sobre o Bill estar no hospital. A máquina que mostrava os batimentos cardíacos começou a fazer uns barulhos. Os médicos e Tom entraram correndo no quarto. Algumas enfermeiras tiraram-me do quarto juntamente com Tom. Não entendíamos por que. A sala de espera era uma flechada em nossos corações. Tínhamos visto varias famílias sendo tiradas dos quartos e depois de minutos alguns médicos davam as noticias que seus entes queridos haviam falecido de alguma forma. Sabíamos que o que estava por vir poderia ser fatal tanto para Bill, quanto para mim e para Tom.

Um dos médicos depois de alguns minutos veio conversar conosco.

- O que aconteceu? - Logo Tom se pronunciou.

- Seu irmão e seu namorado meus jovens - Continuou o médico.

- O que aconteceu? – Tom desta vez gritou.

- Faleceu.

Desabei no choro. Não poderia ter acontecido isso. Não com Bill. Seus últimos momentos com um pouco de vida foram ao meu lado, seu ultimo movimento foi um aperto que senti em minha mão, não foi minha imaginação. Dois mundos destruídos.

Tom ao meu lado, me abraçou forte e senti algumas de suas lágrimas.

- Não vou te abandonar – Tom enxugou algumas de minhas lágrimas.

Minha vida acabou.