Chegamos a festa e já estava lotada.

Fui logo cumprimentar Giullia, e o Bill me seguiu e a cumprimentou também. Mas logo paramos no bar e ficamos conversando por uns 40 minutos.

Chegou um dos mais populares da escola. Loiro, bonito, alto, o mais cobiçado, tudo que uma garota quer, menos eu. Nem sabia seu nome ao certo. Começou a me cantar enquanto Bill havia ido ao banheiro. Ele logo voltou, mas voltou com um olhar diferente. Aterrorizador.

- Ela já tem dono – Bill passa as mãos pela minha cintura me puxando para perto.

- Dono? – fiquei sem nenhuma reação e o loiro saiu cabisbaixo.

- Ele estava com mais duas lá fora. Não quero alguém assim para você e ele não irá se aproximar novamente de você. Não vou deixar.

- Bill...

Não sabia se estava feliz ou triste.

- Vamos embora, por favor.

Mesmo minha casa sendo próxima, não queria andar e Bill muito menos.

Decidimos pegar um táxi.

Naquele silêncio matador, ele apenas me olhava fixamente. Não olhava para ele, mas podia vê-lo pelos cantos dos olhos.

- Os rapazes devem brigar por você.

- Não brigam, por quê?

- Porque estaria disposto a lutar contra todos por você.

- Bill...

- Que raro ver um rapaz assim - Até o motorista se intrometeu.

- Por favor, me dê uma chance... Não vou te decepcionar.

- Bill...

O silêncio volta a me matar.

Chegamos a casa sem falarmos nada. Queria conversar com Bill, mas nada saia, e também acho que ele não quer falar comigo agora. Entrei antes em casa, só que ele subiu antes de mim. Como sempre.

Já que ele sumiu, vou dormir.

Pulei na minha cama, estava tão fofinha cheia de cobertores e meu cobertor branco estava por cima.

- Surpresa!!! Gritou Bill saindo do meio dos cobertores.

- Você quase me matou do coração

- Ah, desculpa

Bill me puxou para perto e começamos ver TV. Estava deitada em seu peito, podia ouvir seus batimentos e ele com uma de suas mãos sobre minha cintura.

- Posso dormir aqui?

- Pode...

Comecei a ficar vermelha. Parecia que estava fazendo cosplay de um pimentão

- Você não quer que eu fique aqui?

- Quero. Só que ninguém dormiu aqui, se é que me entende.

- Não se preocupe, não vou fazer nada que não queira.

- Mal te conheço e já te amo.

Ele me puxou para mais perto ainda. Acabei apagando em seu peito.

Acordo e não o vejo no quarto. Não o vejo comigo.

- Foi tudo um sonho. Não queria ter acordado.

Sentei-me na borda da cama com os olhos prestes a derramar lágrimas.

- Não foi um sonho, estou aqui - Bill saiu do banheiro só de toalha.

- Bill!

Não acreditava no que meus olhos viam.

Ele se aproximou novamente e deitamos na cama.

- Tenho uma boa e uma má noticia.

- E quais são Bill?

- A ruim, meus pais vão embora hoje.

- Você vai também?

Ele não poderia ir. Não queria ele longe da li, de mim. Nossa conexão era perfeita. Isso nunca poderia acabar.

- Essa é a boa noticia. Vou ficar mais uns dias e terminar de resolver uns assuntos com seu pai em nome da empresa.

- Você vai ficar!!!

 Joguei-me encima dele.

- Alessandra!

- Pai?

- O que está fazendo?

- Nada demais sogro

- Sogro? - Eu e papai dissemos na mesma sincronia.

- É quero ficar com ela para sempre

Lhe dei um beijo em seu queixo.

- Vocês já se amam em tão pouco tempo. Impressionante.

- Nos amamos - disse Bill

- Vou pegar uns livros e já saio. E ah, Bill...

- Pode falar sogro

- Não fique de toalha em casa.

- Já vou me trocar.

Ficamos no quarto mais alguns minutos. Até a campainha tocar. Desci e abri a porta. Deparei-me com um rapaz alto, de cabelos escuros e com ótima aparência.

- Você deve ser a Alessandra.

- Sou e você quem é?

- Meu irmão Tom - Bill disse de lá de trás.

- Pode entrar.

Como ele havia chegado? Não ouvi nenhum barulho de carro ou vi algum na porta. Acho que ele veio de táxi e ficou olhando um pouco a casa antes de tocar a campainha e o motorista foi embora.

- O que veio fazer aqui Tom? - Bill perguntou.

- Gordon me ligou e me pediu para vir para cá.

- E por que não me avisou?

- Não sei. E você sabe bem que não tem jeito para negócios.

- Tom!!! Dona Simone o abraçou com muita força que o incomodou.

- Mãe... – Ele resmungou.

- Vamos tomar café da manhã?

Estava morrendo de fome, não tinha comido nada na festa e nem depois.

- Vamos, vamos, por favor - Tom se desfez do abraço.

Como foi o jantar, foi o café da manhã. Apenas negócios. Mas agora não era apenas eu e Bill, agora tínhamos o Tom para nos acompanhar nas brincadeiras.

- Agora são 3 amigos - Gordon nos abraçou forte.