O Namorado da Minha Melhor Amiga. escrita por Kaah_1


Capítulo 20
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

demorei muito pra postar, diivas? *-*



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P.O.V – Lindsay.

Ouvi alguns barulhinhos. Barulhinhos de maquinas. E um cheiro de medicamentos no ar.

Estava realmente com medo de abrir os olhos. Afinal, o que havia acontecido? Me lembro apenas da pequena discussão e que... Desmaiei. Mas, qual é, não era nada muito sério. Abri os olhos com dificuldade, eu estava em uma sala de paredes verdes... Era uma sala vazia, onde só tinha eu. Estava deitada em uma cama, na verdade, em uma maca de hospital. Uma bolsinha de soro ou eu sei lá o que era aquilo, estava ‘ligada’ a uma das minhas veias sabe? Me assustei. Eu realmente tinha medo de hospital. Ouvi um barulho na porta, e tratei de fechar os olhos novamente, fingindo dormir.

Ouvi passos vindo até mim e prendi a respiração por um segundo. A curiosidade era imensa.

- Ela vai sobreviver? – ouvi uma voz desconhecida. Uma voz de mulher.

- Vai. Eu acho que vai. – respondeu uma voz grossa, de homem. Talvez o doutor.

- Por quanto tempo?

- Espero que sobreviva até eles conseguirem comprar os medicamentos certos e curar a doença. – o médico disse novamente, com sua voz pesada. Como assim? O que eu tinha, senhor? Eu... Eu estava doente? De que?

- Então não vai ser difícil... Justin Bieber e Selena Gomez são amigos dela... Eles têm dinheiro. – disse a outra voz, logo após rindo.

Ouvi um suspiro longo, seguido de um murmuro de “não é tão fácil assim”. O que não é tão fácil? Admito que senti vontade de pular daquela cama e chacoalhar aquele homem até ele me contar tudo. Mas, eu tinha medo. Medo de saber o que era. Medo de saber o que me esperava.

- Então... Vai contar a eles?

- É preciso. – disse por fim, logo após fazendo com que a sala voltasse a ficar em silencio absoluto.

Senti uma mão fria tocar em meu braço, e uma espécie de agulha parecia ter entrado em contato com a minha pele, injetando algo em mim. Gemi baixinho de dor e depois de 15 segundos, senti minha cabeça pender pro lado e apaguei mesmo. Completamente. Sem conseguir ouvir mais nada.

(...)

- Shhhh... Ela ta acordando! – não sabia exatamente de quem era aquela voz. Só sentia meus olhos arderem... Os abri com total dificuldade.

Vi aqueles três rostos na minha frente. Justin, Selena e Ryan. Sorri sem humor, sem vontade. Apenas sorri, para tentar acalmá-los. Eles estavam parados na minha frente, me encarando com caras sérias. Não sabia se eu devia me pronunciar... Dizer algo. Tentar falar pra eles que eu estava bem. Pois, segundo meus cálculos, eu realmente estava bem. Eu não sabia o que eu tinha. Eu não me sentia doente. Só cansada.

- Lindsay, me desculpe, mesmo! – Selena me abraçou forte e desajeitadamente. Apenas tentei retribuir o abraço. – Eu te amo. Só não pense que as coisas vão mudar. Uma parte de mim, uma boa parte, ainda sente raiva de você. – disse um pouco baixo, como se fosse só pra eu ouvir.

- Te dou toda razão. Tem mesmo que ficar com raiva de mim. – respondi, ainda enquanto nos abraçávamos.

- Não. Não tenho. Pelo menos, acho que não. – disse, quando nos separamos.

Tentei sorrir. Justin parecia imóvel ao meu lado.

- É Lindsay... Tenho orgulho de você. – Ryan bagunçou meu cabelo. E eu lhe dei língua. – Consegue o namorado da melhor amiga, não corresponde a mim... Mas, ainda continua sendo amada por todos. É mesmo forte. – riu. Justin e Selena o fuzilaram. E eu fiquei sem entender se aquilo era um elogio ou um tipo de julgamento. Resolvi ignorar.

O clima ficou tenso. Um grande silêncio me sufocou novamente. Eles sabiam. Sabiam o que eu tinha. Estava estampado naqueles seus olhos marejados. Não adiantava fazer brincadeiras ou dizer que me ama... Porque eu sabia. E eles não podiam ficar escondendo tudo de mim pra sempre. Ok. Talvez eles só não quisessem me machucar.

Só não queria morrer sem o perdão. O perdão deles.

- Eu vou morrer... Não vou? – mordi os lábios. Eles me olharam no mesmo instante, de olhos arregalados.

- Claro. Todos nós morremos um dia! – Ryan riu.

- Não... Eu sei... Só... Vou morrer não é? Antes de vocês... – perguntei, baixo. Tentando não derrubar lagrimas.

- Claro que não. Da onde tirou isso? – Selena bateu de leve no meu ombro e riu sem humor. – Lembra da nossa promessa? Iremos juntas até o fim do mundo. Você está bem, Lindsay. Não vai morrer. Ninguém aqui vai deixar que isso aconteça. – ela sorriu, enquanto colocava pra trás uma mexa do meu cabelo que cobria meus olhos. – Ryan, vamos deixar Lindsay e Justin sozinhos? – ela disse, empurrando de leve Ryan.

Aquela era uma atitude que eu realmente não esperava dela. Logo os vi saindo pela porta. Deixando somente eu e Justin ali. Ele não havia falado nada, exatamente nada. Estava até com medo... De vê-lo ali... Parado. Suspirei enquanto o fitava. Segurei sua mão que estava em cima da cama, e só aí ele me fitou.

- Ta tudo bem? – perguntei. Ele apenas assentiu calado e beijou as costas de minha mão. – Justin... Você me ama? – perguntei. Eu sei lá por que. Só queria saber. Antes que eu morresse.

- Aham. – murmurou. O que me fez sorrir.

- O quanto você me ama?

- O bastante. – sorriu fraco. Ele parecia um pouco triste, e eu mal entendia o por que.

- O bastante para... ? – insisti na pergunta, fitando seus olhos caramelados. Seus lindos olhos.

- Para dar minha vida por você. - concluiu. Sorri junto dele e o puxei para um abraço. Seu abraço era quente e aconchegante, me fazendo sorrir. – Promete que não vai me deixar? – sussurrou em meu ouvido.

- Vou fazer o possível para isso. – sussurrei em resposta. – Me diz... Eu vou morrer, não vou? – perguntei, enquanto nos separávamos do abraço. Ele se sentou na beira da maca e segurou uma de minhas mãos.

- Se depender de mim não. – beijou minha testa. – Já disse que dou minha vida por você. – sorriu, me fazendo sorrir junto.

- Duvido. – ri. – Porque estava tão calado, seu bobão? Sou tão importante assim? Ah, claro... Vai ficar sem seu brinquedinho. – fiz beicinho, enquanto o empurrava de leve. Ele riu e revirou os olhos.

- Lembra quando eu disse que eu queria te ver na igreja, de vestido branco e me dizendo “eu aceito”? – ele perguntou, em um tom bobo. Mas, fofo. Eu apenas assenti. – Então, eu não estava brincando. – completou sorrindo. Eu fiz uma careta desentendida.

- Ta me pedindo em casamento? – comecei a rir. Só ele mesmo pra me fazer rir em um hospital.

- Não! Claro que não! Ta louca? Não vamos casar com 17 anos! – ele bufou e riu. – O que acha de casarmos com uns 25? – brincou. Mas, depois fez uma cara mais séria. Me fazendo gargalhar e ficar pensativa ao mesmo tempo.

- Achei que eu fosse à garota que você usava e gostava só porque era “proibida”. – fiz aspas com os dedos. E ri. Levantei meu tronco, me sentando na maca e encostando as costas na cabeceira ou parede, sei lá.

- Não... Eu disse que o proibido é mais gostoso... –

- Mas, no começo ficou comigo só porque me achou gatinha, certo? – ri

- Mais ou menos. – o vi coçar a nuca e fazer uma cara pensativa. O que me fez rir. Até tinha me esquecido que eu poderia estar com uma doença totalmente doida aí.

- Então já decidiu quem é a sua garota ou resolveu ficar com as duas? – arqueei as sobrancelhas.

- Hm... Não sei... – riu, enquanto levava uma das suas mãos até meu rosto e o aproximava do seu. – O que você acha? – me deu um selinho.

Levou a mão em minha nuca, pra aprofundar mais o beijo. Coloquei as mãos em seu ombro, enquanto ia me deitando novamente na cama e fazia com que ele mais ou menos que se deitasse por cima de mim. Tudo bem que isso era um hospital, mas, sentia falta de seus lábios. Senti passar o nariz carinhosamente pela minha bochecha, e deslizei minha mão do pescoço até sua nuca. Ele afastou um pouco o rosto, mas deixando nossos narizes ainda encostados. Sorri encarando seus olhos e ele me puxou fazendo com que nossos corpos ficassem ainda mais grudados e nossas bocas se encontrassem rapidamente. Era até que um beijo calmo, gostava de beijos calmos e longos... Eram bons.

Mordi o lábio dele sem muita força fazendo-o soltar um gemido abafado e senti sua mão apertar minha cintura. Esquecer os problemas era o melhor que eu podia fazer. Não queria ficar ali pensando no que será que eu poderia ter. Passei a mão por dentro de sua camisa, passando minha unha lentamente por sua barriga. Ele contraiu o abdômen e eu sorri em meio ao beijo.

- Lindsay... – murmurou. Afastando um pouco nossos lábios e arfando.

- Hm?

- Promete mesmo que não vai me deixar? –riu fraco.

- Prometo. Só se você prometer que vai me tirar logo desse hospital horrível. – ri junto.

- Com certeza. – sorriu, enquanto selava nossos lábios novamente.

Em meio ao beijo... Fiquei pensando em Selena... Será que ainda estava brava? E porque eu estava pensando nela enquanto beijava o Justin? Estranho!

- Com licença... Senhor Bieber... Senhorita Johnson. – ouvi uma voz grossa. Justin separou seus lábios dos meus, enquanto ria um pouco baixo. Ri junto. Logo ele se levantou, saindo da cama em um pulo. Me ajeitei e fitei o médico em minha frente.

- Ahn... Oi doutor! – sorri um pouco tímida.

- Por favor, peço que não gaste suas energias. Anda fraca, sabia querida? – ele disse. Ual, eu estou bem, obrigado doutor.

- E beijar gasta tanta energia assim? – Justin riu ao meu lado e o doutor apenas suspirou, irritado. O que me fez rir.

- É melhor ficar quieto. – empurrei Justin de leve.

- Só quero avisar que temos câmeras em nossos quartos. – ele apontou pra um canto da parede, onde pude ver uma. – E que, saberei se vocês... Bom, sabem o que estou tentando dizer. – ele dizia sério e eu e Justin não pudemos esconder o riso.

Bobagem. Não faríamos algo assim em um hospital. É estranho. Né? Ri de meus pensamentos.

Voltei a pensar na... Bom, no que eu teria. Eu tinha que criar coragens para perguntar, mas, eu não tinha. Vi o médico se aproximar de mim segurando algo que eu não sei o nome. Não manjo muito desses aparelhos de médicos ou eu sei lá o que.

- Me dê seu braço. – pediu e foi o que eu fiz. – Vou medir sua pressão. – avisou. Eu dei de ombros, enquanto via “amarrar” aquele negocio em meu braço. Em questão de minutos, já estava o tirando. Sorri a ele. – Hm, Lindsay, certo? – perguntou.

- Isso. – assenti.

- Por acaso, sabe de algum parente seu que teve câncer? – ele disse, enquanto pegava aquela sua prancheta e anotava alguma coisa.

- Ah, sim... Minha avó materna morreu de câncer e... – parei de falar no momento que minha ficha caiu. What? Isso era mesmo sério? Fitei Justin que apenas sorriu de canto pra mim, mas, tinha seus olhos marejados. – Oh, meu deus... Eu... Eu vou morrer. – murmurei a mim mesma, enquanto sentia uma lagrima escorrer de meus olhos até meu queixo. Tratei de limpá-la, enquanto mais outras caíam.

Eu não queria... Não queria morrer.

- Acalme-se, pequena... Você ainda tem chances de viver. – o médico sorriu a mim, colocando a sua mão em meu ombro. – O seu está no começo. Tem chances de cura. – ele sorriu. Me acalmei um pouco. Mas, não conseguia parar de... Ter medo.

- E eu vou pagar tudo... Vou fazer de tudo, comprar todo tipo de medicamento para que você fique bem. – Justin disse, o que me fez fitá-lo. Com certeza, iria gastar muito. Não queria prejuízos pra ele. – Não importa o quão caro seja ou em que país esteja... Enquanto você não estiver totalmente bem eu não vou sossegar. – ele sorriu e eu sorri junto, em meio a lagrimas.

Você é forte, vai conseguir. Ouvi o médico dizer junto a Justin. E se eles estivessem dizendo isso apenas pra me acalmar? Eu... Eu não quero morrer. Ninguém quer. Não agora. Não tão cedo.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Horrivel demais? Não deixem de comentar! Me deixem feliz, vai >< E obrigado pelos reviews do capiutlo anterior, adorei todos, NHAAC :3



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