Freddie não estava confiante no que fazia. Quando estava no meio do caminho, começou a questionar se era uma boa idéia pertubá-la por causa de uma lâmpada. A porta do quarto estava aberta, então ele não viu problema em entrar. Ele pensou que se ela não quisesse ser incomodada teria se trancado no quarto. À medida que ele ia entrando pela porta, pode ver que Sam estava sentada na cama com a mão na cabeça. Ela permaneceu indiferente com a presença dele, como havia feito na cozinha. Freddie então repousou a pequena luminária do lado do celular da garota no móvel ao lado da cama.

    - Fica com a luminária. Você vai precisar dela caso queira ir novamente a cozinha. - Ele a disse.

Ao virar-se para ir embora, Freddie sentiu uma mão agarrar o seu braço.

    - Vamos conversar. - Ela falou calmamente - Você vai precisar disso caso queira dormir.

Sam recostou-se no travesseiro apoiado na cabeceira da cama, cruzou as pernas e fez um gesto para que o menino fizesse o mesmo. Depois de ter se acomodado, perbebeu que ele é que teria que iniciar a conversa.

    - Então... - ele falou apreensivo - podemos conversar sobre o beijo?

Sam não falou nada e tão pouco se movimentou.

    - A gente não pode se evitar para sempre. Isso não é uma opção. - Freddie insistiu.

Mas ela permanecia em silêncio absoluto.

    - Achei que iriamos conversar. Não que eu ia ficar falando sozinho.
    - Você é a a última pessoa com quem eu quero conversar. - Sam finalmente falou.
    - Eu sei o quanto isso é estranho.  Eu nem sei o que falar. - Freddie disse - Você acha isso é mais fácil para mim do que é pra você ?
    - Acho sim. Eu não consigo dormir, me sinto enjoada e minha mão está tremendo e suando.
    - Sam, eu...
    - Eu fiquei 15 minutos na frente de um prato  de presunto e não comi nem um pedaço. PRESUNTO, FREDDIE !!!
    - Sam. -Freddie coloca sua mão no ombro de Sam para tentar acalmá-la.
    -Eu estou me sentindo esquisita. Diferente. Eu só posso estar doida. Não é normal eu-

Sam é interrompida por Feddie, que a beija. Foi um beijo rápido, um selinho. Três segundos depois, Freddie já tinha parado de beijá-la.

    - Perdeu o amor à vida, Benson?- ela o ameaçou.
    - Talvez. - ele riu. - Me escuta agora.
    - Mas... - Freddie coloca a mão na boca da garota.
    - Tudo que você esta sentindo agora eu também estou. -Então, ele segura as mãos de Sam e olha nos seus olhos. - Eu não paro de pensar nem por um segundo em você e no que aconteceu na sala. E nem em um milhão de anos eu imaginaria o que está acontecendo aqui e agora. Mas quando eu te beijo, sinto algo que nunca senti com mais ninguém e toda vez que eu te vejo, tenho vontade de te beijar novamente. Eu sei que parece loucura e-

Desta vez, Sam o beijava. Freddie segurou as mãos , ainda entrelaçadas, da menina com mais força quando correspondeu ao beijo.