Segredo Brutal escrita por Apiolho


Capítulo 33
33 - Quem é quem


Notas iniciais do capítulo

BOOOOOOOOOOOOA NOITE!

DESCULPA POR TER DEMORANDO, TANTO, TANTO, TANTO TEMPO. MAS É QUE EU ESTAVA MUITO OCULPADA COM A FORMATURA, ANIVERSÁRIO, FIM DE SEMESTRE, PROVAS, TRABALHO E ETC... ESPERO QUE ME PERDOEM E AINDA QUEIRAM ACEITAR MINHA POBRE FANFIC.
PORQUE EU TERMINEI AGORA E NOTEI QUE ESTA A COISA MAIS CHATA POSSÍVEL, NEM PARECE QUE ESTA QUASE NO FINAL.
É... SÓ MAIS UM CAP. E TALVEZ UM AGRADECIMENTO, PORQUE EU NUNCA SEI SE PODE FAZER ISSO. AIEHAIUHEAIUE
Quero agradecer a minha nova, não tão nova, leitora Claray! Obrigada mesmo *-*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/146978/chapter/33

Capítulo trinta e três

Quem é quem

“Fez-se uma pausa no tempo, cesou todo meu pensamento, e como acontece uma flor também acontece o amor... Assim, sucedeu assim e foi tão de repente que a cabeça da gente vira só coração...”

(Tom Jobim)

 

A garota deu um sorriso, denominado por ela como sacana, ao ouvir a pergunta do homem a sua frente. Agora, realmente, ele estava falando sua língua. Pegou sua bolsa e tirou uma sacola lentamente dentro dela, mostrando uma gorda quantia para o cara.

Ele retirou o dinheiro de dentro, pegando seu charuto em seguida por estar assustado.

— Tem certeza que vai querer isso? Pois dá para fazer muitas coisas com R$350.000,00 no bolso.

— Tenho. E sei que tu vais fazer o que eu mandar a seguir, não é? — questionou, sabendo que já tinha ganhado essa negociação.

— E o que seria? — impaciente, enquanto fumava seu charuto rapidamente.

— Primeiro quero que jogue essa coisa no lixo, por favor. — rude.

— E por que eu faria isso?

— Por que eu mando querido, e tenho a certeza de que não vai querer ficar sem a grana não? — declarou de forma maldosa.

Bufou indo em direção à lixeira, despejando o “cigarro de luxo” com raiva ali dentro.

— Bom garoto. — sussurrou. — Quero que ponha assim no jornal com alguma testemunha falando: “Fiquei indignado com o que li sobre Brad, pois o que vi foi o contrário do que escreveram na semana passada. Foi Suzanne que quis o estuprar, porém ele não quis aceitar, dando no que ocorreu depois. Espero que seja feito a justiça e que essa puta pague pelo que fez”. Depois peço que conte outra versão e idolatre o vitimado. — comentou.

— Genial! E que nome botarei como a testemunha? Lucinda de Oliveira?

— Não, Phillip Hunter. — finalizou, sorrindo em seguida.

 ✩

Uma semana depois...

Saiu rapidamente, atropelando a todos que estavam passando pela rua, pelo simples fato de estar sem guarda-chuva em meio à garoa. Olhando de longe a garota parecia a mais azarada, e de fato era. A única sem o acessório adequado para esse tempo, à única atrasada e aparentemente arrasada.

Seu sorriso maléfico e as risadas constantes foram acalmados quando notou um jornal sendo esfregado em seu rosto de forma rude. A verdade é que a ruiva tinha ficado tempo demais na escola dormindo embaixo da árvore, tanto que o pôr do sol estava se formando no céu e
ela não tinha nem almoçado. Afastou o papel de si com brutalidade, ansiando por saber quem foi o delinquente que fez isso. E o que viu a assustou.

Uma silhueta alta, rechonchuda e com poucos cabelos se formou em sua frente e ela quis se enfiar no primeiro buraco do colégio ao ver a cara raivosa do homem. Suzy só desistiu de socar esse alguém, pois ele era ‘a’ pessoa, o diretor.

— Não vai ler? — questionou seriamente, colocando o objeto a dois centímetros do seu rosto. Tamanha era a fúria dele

Nada disse, pegando o papel, e o que viu a deixou horrorizada. E isso fez com que tomasse o ato de correr desesperadamente em direção a sua casa, deixando um homem confuso e irritado para trás.

A primeira coisa que ocorreu quando abriu a porta foi ir para o quarto, porém uma mão a parou. Ao desviar seus olhos para o lado do toque, percebeu que era sua mãe que estava a interceptando. Ela não queria se mostrar fraca, porém em poucos segundos abraçou a mulher e começou a chorar de modo frenético.

— Filha, por que está chorando? — perguntou de forma preocupada, enquanto acariciava os cabelos da guria a sua frente.

— Nada. — gaguejou, a voz saiu baixa por estar sendo abafada pela camisa.

— Sabe que não acredito nisso, porém preciso conversar contigo a respeito de outro assunto. — confessou, levando-a para o sofá.

A mais velha ficou triste ao ver a face vermelha de sua pequena, querendo matar quem fez isso com ela, porém sabia que a mesma também a ferira. Pegou nas mãos da outra e afagou seus cabelos
enquanto titubeava seus dedos no móvel mais próximo.

— Eu entendo que, pelo estado que se encontra, não está disposta a me ouvir, porém eu preciso desabafar contigo. Eu queria pedir desculpa meu amor, por tudo que te fiz passar. — começou, tremendo de nervosismo.

— E-e o que tu fez? — disse, esquecendo-se do que aconteceu.

— A pior coisa que uma mãe poderia fazer para um filho, vender-se para maltratá-lo. — declarou, quase chorando.

— Então explique. — disse seca, lembrando-se de cada palavra proferida pelo Lip.

Sentou-se no sofá, esperando de forma afoita a desculpa de sua progenitora.

— Primeiramente eu peço desculpa, porém de nada adianta se não for de coração. Entendo que talvez não queira mais falar conosco, porém fazemos isso para o seu bem... — foi interrompida.

— Bem? Bem? E por acaso os pais pensam no filho ao fazer uma coisa dessas? Fazendo com que eu passasse grande parte de minha vida pensando que meu pai tinha morrido e vendo você chorar por algo que tu sabias que não era verdade? Por favor, não diga que isso ocorreu para o meu bem. — cuspiu as palavras na cara dela de forma raivosa, tentando o todo custo não chorar novamente.

— E-eu entendo o que sentes, mas peço que me escute até o final. Confesso que aceitamos o que a mãe de Nate nos propôs, mas era porque nós não tínhamos mais dinheiro e percebemos que, continuando assim, você não teria o futuro e a educação que merecia meu amor. E, também, seu pai e eu tínhamos o conhecimento de que a comida já estava acabando em nossa casa. — despejou rapidamente, deixando que lágrima escorresse de forma grosseira por sua face.

— E vai me dizer que o que disse sobre meu pai a trair é uma farsa? E que a guerra em que ele foi nunca ocorreu? — já não segurava mais as lágrimas, não tinha como, afinal de contas ela tinha sentimentos.

— Sinto muito. — confessou, a voz mais baixa possível.

— Eu que deveria sentir, não? Já que percebo que sempre vivi ao redor de pessoas falsas, assim como pareço estar em um teatro. Ai que ódio! Mesmo sendo um pesadelo, o que eu posso fazer senão aceitar? — bufou, querendo desistir de tudo.

— Filha, isso é passado, eu juro! A partir de hoje nós não vamos mais fazer isso contigo, nunca mais. — desesperada.

—Sei... — foi a vez da mesma ser interrompida.

— Já chega! Eu contei o que aconteceu e estou arrependida de ter feito isso contigo. Então, vai perdoar ou não? — braba, enquanto limpava as lágrimas que saiam rudemente de seu rosto.

— Perdão? Quem é você para pedir desculpa em? Apenas uma pessoa que escondeu tudo de mim, uma completa desconhecida. — seu rosto ficava mais vermelho a cada palavra proferida.

— Para! Deixe de ser tão infantil pelo menos por um momento. Ou melhor, tente ter um pouco mais de compaixão por quem te criou. Nós fizemos aquilo para seu bem, apenas isso. Se não tivesse o dinheiro que recebi só Deus saberia o que teria acontecido, pois tu provavelmente não estarias em uma boa escola, não teria algumas roupas de marcas, nem o celular que tanto ama e muito menos um computador para postar no seu blog. — urrou, sentando ao lado dela.

Suzanne neste instante se lembrou de Philip, sempre ele. Ah! Ia desistir do blog, a se ia. Depois, ao acordar de seu devaneio, afastou-se um pouco de sua mãe e ficou brincando com a pequena almofada que estava no canto do sofá. Logo a ruiva se lembrou de todos os momentos que teve com a mulher ao seu lado, principalmente das vezes que passaram dificuldades na sua infância.

Daquela vez em que viu todas as meninas brincando com a barbie, enquanto ela tinha uma única boneca de palha feita por sua falecida avó que face tinha. De todas as vezes que sua mãe recusava algum pedido dela, já que a grana que existia em sua mãos era para apenas pagar a comida. Já as contas de luz, telefone e água eram deixadas de lado, fazendo com que muitas vezes eles ficavam dias sem isso.

Droga! Neste instante ela se sentiu a pior das tolas. E, no segundo seguinte, surpreendeu a outra ao dar um apertado abraço nela. A progenitora começou a chorar, acariciando os cabelos de sua filha enquanto um sorriso imenso se formava em sua face.

— M-mãe, perdoe-me. — sussurrou.

— Não há o porquê pedir desculpa meu amor. Apenas quero saber se me perdoa. — comentou, olhando para o homem que entrava na sala.

— Sempre. — declarou, vendo seu pai surgir na frente delas.

— Sentimos muito orgulho de você, Suzanne. — comentou seu pai, abraçando-a em seguida.

— Ah! Agora me lembrei de algo. E onde tu estavas todo esse tempo pai? — questionou, fazendo-o coçar a cabeça por estar sem graça.

— Do seu lado. Ás vezes eu era o faxineiro da sua escola, o jardineiro dos vizinhos, professor substituto ou simplesmente um cara que as vigiava em silêncio. Vi você crescer e se tornar a menina mais linda que já vi. — confessou, sorrindo bobamente. Sim! Pai sempre será pai, não é?

— Agora eu entendo o porquê de ver tantas pessoas iguais perto de mim. — disse rindo de sua piada nada engraçada.

— Filha, já que nós perdoou, o que acha de dar uma segunda chance para um garoto moreno, alto, bonito e sensual, do qual odiava? — questionou a mulher, olhando-a com curiosidade.

“Fiquei indignado com o que li sobre Brad, pois o que vi foi o contrário do que escreveram na semana passada. Foi Suzanne que quis o estuprar, porém ele não quis aceitar, dando no que ocorreu. Espero que seja feito a justiça e que essa vagabunda pague pelo que fez”.

Isso não saia de sua cabeça, fazendo com que tomasse a reação seguinte.

— Nunca! — exclamou, saindo as pressas de casa.

“Puta? Vadia? Ele vai ver quem é a verdadeira vadia da história”. Pensou, correndo por entre as ruas.



 



 



~*~





 



Estagnou no portão, escondendo-se rapidamente no muro ao ver a cena que se passava no jardim da mansão dos Hunters. Lucy e Philip estavam brigando de forma tão escandalosa que dava de ouvir o que conversavam de uma longa distância.

— Não sabia que era assim Lucinda. — gritou, a voz tristonha.

Suzy estava com pena, e daí?

— De tonto que é, porque isso estava na cara. Só um cara tão burro e apaixonado como você para acreditar em mim, um completo cego. — disse, na mesma intensidade.

— Não é verdade. — as mãos se fecharam em punho enquanto ele olhava para o chão.

— Não quer enxergar o que estava na frente do seu nariz, em? É tão cego que não percebe que Suzanne está apaixonada por ti, assim como tu também. É tão tolinho que ainda pensa que gosta de mim, mas todos sabem que isso já acabou a tem- — Sua voz foi abafada pela mão do moreno, enquanto o mesmo bufava de raiva.

Neste instante o coração da ruiva parou, mal conseguindo respirar. Ela não podia acreditar no que ouvira, não mesmo. Como a loira descobriu? Ou melhor, será que tudo que disse é real? Então, Philip, também a ama?

— Não diga mentiras, eu nunca gostaria de uma pessoa como Suzanne. Eu não me apaixono por quem não mereço, alguém que é muito melhor que eu. Apenas me iludo e amo pessoas mau-caráter, assim como tu. — berrou.

Agora seu peito parecia bater feito um tambor pelo que escutou. De seus olhos saiam densas lágrimas por saber que ele não a odiava, mas a admirava. Sorriu até sua face doer pela largura de seu sorriso, mas de nada importava.

Ela havia notado que não tinha do que se arrepender de estar o amando, pois ele é o homem certo em um momento errado. Mesmo com seus inúmeros defeitos, que não caberiam se contasse em seus dedos, era considerado o melhor por ela. Admitia ainda com as palavras em sua mente que amava tudo nele, até o que antes odiava com todas as suas forças.

— O que estais dizendo, meu amor? Que provas têm de que sou mau-caráter? — questionou, enquanto piscava de forma meiga.

— Deixe de ser tão manipuladora, Lucy! Eu sei que foi tu que mudou a noticia do jornal, já que ficava olhando se alguma novidade chegava nas bancas da escola. Sendo que, em momento algum, você nunca teve interesse em leitura. — despejou todo o seu ódio nessas palavras.

Suzanne arregalou os olhos, enquanto via a outra desmanchar o sorriso e falsa expressão ao ouvir as palavras proferidas pelo homem a sua frente. Ela realmente havia o subestimado.

— Não fui que fiz isso Lip. Você não confia em mim, meu amor?

Ah! E a loira ainda achava que ele cairia em seu feitiço depois do que disse anteriormente?

— Não, e tenho mais certeza ainda do que disse ao ouvir sua resposta. — raivoso.

— E-eu te amo. — gaguejou, enquanto algumas lágrimas caiam em seu rosto.

Até a ruiva quase acreditou nela, quase.

— Que bom, porque eu não. — ele pirou?

Uma esperança cresceu dentro da Suzy. Será que ela era seu novo amor?

— Tem certeza? — disse, tentando beijá-lo.

O caçula dos Hunter não deixou que isso ocorresse, jogando-a na grama com todo a sua força, mesmo que quisesse fazer o que a guria queria. Com isso ela foi se rastejando para trás, correndo a toda a velocidade para a saída da “casa”. Suzanne só a viu parando no meio da estrada enquanto esfregava suas mãos nos olhos e puxava seu próprio cabelo de forma desesperada. Porém, assustou-se, ao escutar um som alto em sua frente e uma mulher “voar” e cair brutalmente no chão a sua frente.

— Lucinda! — quando a ruiva ouviu isso do garoto atrás dela soube que era tarde demais.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam? Sei, muito ruim. Eu também não achei muito legal, sem emoção. mimimi
Beijinhos. Será que mereço reviews? Aceito até com pedrada. hihi *.*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Segredo Brutal" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.