Segredo Brutal escrita por Apiolho


Capítulo 3
3 - A infeliz festa de Suzanne


Notas iniciais do capítulo

MAIS UM CAP. PARA OS FANTASMAS.

BEIJOS, ESPERO QUE CURTEM.

NOS VEMOS LÁ EMBAIXO.



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Capítulo três

A infeliz festa de Suzanne 

 "Quantos vivem toda a vida sem descobrir o que sabem e amam?
Tantos.
Não ser um desses é essa a tua missão."

(Richard Bach)

 

— Alô. — começou assustada, sabendo que era o dono do blog falando no outro lado da linha.

— Alô, Yzus. Tenho uma boa notícia para te dar, mas quero que digas que aceitará primeiro. — declarou.

— Depende do quanto ganharei com isto. — respondeu rapidamente.

— Vejo que és muito esperta. E se eu disser que isto envolve uma festa, blogueiros; aceitaria? — disse.

— Claro! — berrou por causa dos convidados e não da festa, deixando-o completamente surdo.

— Então esteja preparada. Vai querer levar alguém contigo? — questionou.

— Posso levar uma amiga?

— Pode. A festa será amanhã no DH, começa ás 23h. Será algo chique, isto significava que o vestuário tem que estar a altura. Encontro-te amanhã na entrada, adeus. — disse rapidamente, fazendo com que ela anotasse no mesmo ritmo.

— Espera! — disse, sabendo que o mesmo ia desligar.

— Sim?

— Eu posso ir de máscara, é que não quero que ninguém me reconheça.

— Pode, mas não reclame depois se for motivo de chacota. Não quero alguém estragando a noite. — finalizou, desligando em seguida.

Contou para sua mãe e Lucy, que ficaram animadas. Correu para o computador tentando postar sobre isto, mas não dava de mandar. Acho que o dono ainda não havia liberado, isto era a única parte ruim: Não haver liberdade. Passou pelo corredor, vendo o que sua progenitora estava fazendo.

Entristeceu ao vê-la olhando para as fotos do pai, alguém que talvez nunca mais verão. Ela acariciava o retrato, imaginando que o mesmo estava ainda ao seu lado. Ele tinha ido viajar, mas um dia avisaram que havia desaparecido. Desde este dia sua mãe havia mudado, pois sempre andava triste pelos cantos. Aliás, o corpo do pai nunca foi achado. Suzanne entrou no ambiente, encostando no ombro de sua mãe em consolo.

— Acho qu- — começou, mas foi cortada.

— Eu sei que deveria esquecê-lo, mas ainda tenho esperanças de que ele entre por esta porta e tudo volte a ser como antes. — comentou, a melancolia era presente no tom e olhar dela.

— Eu também, mas tenho que ser realista. Ele não irá voltar tão cedo mãe, você deve tentar seguir em frente. Ver-te triste pelos cantos, entristece-me muito. — sussurrou, abraçada a sua progenitora.

— Tens razão, minha filha. Prometo que tentarei seguir em frente, por nós. — declarou chorando.

Sua mãe chorava por tudo, desde mensagens bonitas até a morte de um ente querido. Suzanne pouco se emocionava, mas também sofria por pouco. Logo, foram para a sala.

Começaram a assistir um vídeo de quando a filha era pequena, estava em uma peça da primeira série. O teatro era da "Branca de Neve", mas Suzy era um anão, pois era muito pequena para a sua idade. As duas riram muito, principalmente na parte em que a mesma atrapalhava o andamento da apresentação.

— Você era muito fofa, Marie Suzanne. — começou sua mãe, carregando o 'r' no primeiro nome.

— E tu ainda insiste em me chamar de Marie, não é? — comentou aos risos.

— Tu adorava este nome Suzy, implorava para que todo mundo a chamasse deste jeito. Por que eu não posso fazê-lo? — questionou em perplexidade.

— Porque eu cresci, a única coisa que me lembro é que este era o nome de uma menina muito chata e metida que roubou o meu lanche na segunda série. — confessou, fingindo estar emburrada.

— E isto é motivo para tanta irritação?

— Sim, pois para mim, naquela época, a comida era a coisa mais importante do mundo. Eu era tão inocente, mas tão inocente, que sentia nojo dos meninos da minha escola.

— A é? Pois, não é isso que mostra neste vídeo, Dona Suzanne. — declarou, apontando na parte em que eu estava beijando o Nate.

— Mas, ele é exceção. Era meu amigo, alguém de quem eu gostava muito. — confessou pensativa.

— E não gosta mais? — questionou, olhando de um modo acusativo para mim.

— Não, pois Nate morreu para mim. E você deveria esquecê-lo, mãe. — disse aos risos.

— Eu acho que você deveria fazer o que achasse mais correto, minha filha. Algo que te fizesse feliz, mesmo que exista um passado doloroso. Sei que não errarás por seguir seu coração, Suzanne. — aconselhou, passando a mão no cabelo da filha.

— Eu não sei se farei o certo, pois nem sei se teremos um futuro. Acho que eu deveria pensar no que farei daqui para frente, começando com a festa de amanhã. — disse, tentando mudar de assunto.

— Falando nisso, eu tenho algo para te mostrar. — conclui, puxando-a para o seu quarto.

Ela pegou um baú, aparentemente velho, e o abriu. Logo, tocou em um vestido. Era de um bege rodado, tinha laço branco na cintura. Em cima era tomara-que-caia em formato de coração, com uma pequena renda o moldurando. Era de amarrar atrás, mostrando o quanto era antigo. Algo precioso, que necessitava de muito cuidado.

— Mas, mãe...

— Eu quero dar a você, meu amor, pois sei que cuidarás com todo o carinho. — declarou, entregando o vestido nas mãos da filha.

— É lindo, mas não sei se devo aceitá-lo. Você ganhou do pai, algo que ele demorou anos para comprar. — confessou, devolvendo a vestimenta.

— Aceite, estou muito velha para usá-lo. Aliás, este merece ser usado e não para ser um mísero enfeite no baú. — finalizou, devolvendo o figurino.

— Muito obrigada. Prometo que não irei te decepcionar. Falando nisto, tu tens uma máscara para me emprestar? — questionou, após lembrar-se disto.

— Tenho sim, usava muitas delas em minha juventude. _disse, entregando uma máscara branca lindíssima.

Logo, adormeceu após imaginar a festa de amanhã. Pensou em como estaria e quem veria. Chegou a sonhar com a noite, mal imaginando o que encontraria neste dia.

Lucy estava estonteante com a roupa que estava usando, na verdade ela fica bonita em qualquer vestuário. Seu cabelo loiro estava solto, caindo em formato de cascata pela suas costas. A maquiagem era leve, realçando os olhos azuis que tinha. Seu vestido era de um branco cintilante, colado em seu corpo esbelto.

Suzanne estava mais delicada, já que seu vestido era em um estilo retro. Passou uma maquiagem fraca, pois estaria usando a mascara. O cabelo estava em um coque bagunçado, valorizando a cor alaranjada.

— Para que usar esta mascará, Suzy? É um pecado esconder um rosto tão belo. — iniciou Lucy em desagrado.

— Não quero que alguém me reconheça, imagina se todos souberem que eu sou a Yzus? Matar-me-iam na primeira chance. — confessou, sorrindo amarelo para a amiga.

— Por que ainda insisto em te contrariar? Sempre tens razão, mas não quero que morra antes de ser madrinha do meu casamento. — ironizou.

— Com quem? Do jeito que andas, morrerei sem te ver casando. Ou se casarás com muitos, ou morrerá solteira.

— Eu sei que não levo a sério, mas também sonho em casar de véu e grinalda como qualquer garota. — declarou, o sorriso voltando em sua face.

— Oh sim, só espero que o encontre antes de namorar todos os meninos da cidade. — disse aos risos.

— Acho que já o achei, Alexandre é magnífico. — verbalizou, a tom de voz apaixonado.

— Aliás, o que você fez para ele deixar tu ires a festa?

— Nada, ele confia em mim.

— Se eu fosse o seu namorado, mandaria alguém seguir seus passos. Tu não se controla, Lucy.

— Se minha amiga não confia em mim, tem quem confie. — finalizou.

A mãe de Suzy chegou, batendo a foto das mesmas. Lucy adorava se exibir, mas sua amiga não. Desceram a escada, como as celebridades, e foram em direção a saída. Entraram no carro, dirigido pela mãe, e foram para a festa.

O local estava lotado, tinha pessoas para todo o lado. Era lindo o ambiente, os promotores capricharam. Entraram ao som de "Poker face", aliás, a maioria dos blogueiros daqui gostavam de Lady gaga. Todos a olhavam espantados, tentando descobrir o porquê da mesma usar mascará. Um homem, que deveria ser o dono, veio em sua direção.

— Prazer, Michel, estava ansiosa para conhecê-la Yzus. _cumprimentou, beijando a mão de Suzanne. _E quem é esta moça que está te acompanhando? — questionou, olhando para a amiga.

— Lucinda Amaral, mas me chame de Lucy. — respondeu ela, mostrando a mão para que o mesmo a beijasse.

Depois das apresentações, as duas foram a mesa. Lucinda não parava de comer os aperitivos, mesmo com os protestos da amiga. As luzes se voltaram para Suzanne, deixando-a encabulada.

— Boa noite senhores e senhoras, aviso-lhes que acabou de chegar a estrela da noite: Yzus. — disse um homem.

Logo, pegaram-na e mesmo com protestos a levaram para o palco. A maioria estava batendo palma, mas ela estava assustada demais para notar isto. Foi para o meio do palco, mas precisamente ao lado do homem.

— Apresente-se, o microfone é todo seu. — disse, saindo após piscar para a mesma.

— Como todos sabem, sou a Yzus. — começou nervosamente, pois não sabia o que dizer. — Espero que todos acompanhem meu blog, que agora terá um novo integrante. É isto, muito obrigada. — finalizou, indo em direção a escada.

Foi ao toalete e encontrou sua amiga no local, ela estava se sentindo muito mal. Provavelmente tinha vomitado o aperitivo ou queria se esconder do público. Agachou-se, sentando ao lado da amiga, e começou a afagar o cabelo da mesma. Lucinda estava com a cabeça entre os joelhos, pois não queria que a amiga a visse neste estado.

— O que houve, meu anjo? — começou, a suavidade em sua voz.

— Vais dizer que não viu nada, o Alexandre estava se agarrando com uma menina na entrada da festa. — disse após levantar o rosto, a maquiagem borrada, e mostrar o quanto estava abalada.

— Mas como?

— Bem, o Alex é blogueiro, por isto está nesta festa também.

— Não é para menos, nem todo o menino será fiel a você. Isto é para tu aprenderes o quanto machuca ver o namorado com outra. Aliás, dói muito ser chifrada? — questionou aos risos, logo parando por estar apanhando da amiga.

— Até que não. Pesa um pouco no começo, mas logo me acostumo. — declarou, entrando no ritmo de Suzanne.

— Então, levante a cabeça e siga em frente. Mostre a ele que é melhor do que pensa e que não te merecia. — disse, levantando a amiga.

Lucy começou a passar a maquiagem, no final parecia que a mesma nem tinha chorado. Saíram do banheiro aos risos, mas logo uma o desmanchou ao ver Alex pelo salão. Sentaram-se no sofá, mas Suzanne foi interrompida pelo dono do seu blog.

— Sinto muito meninas, mas tenho que te roubar por um segundo. Posso pegá-la emprestada, Lucy?

— Pode, mas só se me devolver rapidamente. — finalizou, piscando para o homem.

Suzanne não tinha como protestar, pois recebia ordens do mesmo. Passaram pelas pessoas, cumprimentando-as. Olhou para a entrada em um hora indevida. Pensou o porquê do mesmo estar lá. "Este seria meu fim? Por que o mesmo estava vindo em nossa direção?" Pensou. Odiou-se ao ver que o mesmo passou por ela e cumprimentou o homem ao seu lado, deixando-a intrigada.

— Yzus, este é Philip, seu novo parceiro de blog.

Começou Michel, deixando-a irritada. Não queria acreditar, e nem devia. Parecia um pesadelo ou algum castigo para a mesma. Ela deveria ter tacado pedra na cruz e este seria seu carma. Sorriu falsamente, imaginando o que passaria daqui para frente.

Ela não ficou para ouvir o resto, pois não conseguia continuar ao lado desse ser. Passou pela multidão que dançavam, porém uns prestavam atenção em seu rosto coberto por uma máscara, indo em direção a Lucinda. A mesma estava sentada em um sofá, observando com tristeza a amiga se aproximar.

— Diz-me o que eu fiz? Porque tinha que ser ele, justo a pessoa que mais odeio. Só pode ser carma, Lucy. — comentou, vermelha pela raiva.

— Não deve ser tão ruim assim, Su-Yzus, assim você vai aprender a gostar mais dele. Sei que Philip não é uma má pessoa. — consolou-a, tentando animá-la.

— Eu nunca conheci alguém tão estúpido quanto ele, Lucinda. Uma pessoa tão ignorante, sem sentimentos e cruel.

— Você está exagerando, e muito. Tu mal o conhece e já vai julgando sem saber. — declarou, passando a mão no cabelo da amiga.

— Eu sei, mas não sei se conseguirei ficar ao lado dele. — confessou em tristeza.

O silêncio ficou presente neste momento, deixando-as desconfortáveis. Lucinda, que viu o Alex com a mulher, ficou irritada. Olhou para o lado e viu o quanto a amiga estava abalada, então declarou tentando animá-la:

— Vem, vamos dançar um pouco. — puxando-a para a pista.

As duas começaram a se balançar, logo Philip chegou. Suzy não precisava olhar para o lado para saber que estavam ficando, pois ela já sabia como era a amiga. Foi para o outro lado e começou a tomar batida, mas logo avançou para bebidas mais alcoólicas.

Em instantes ficou bêbada, tanto que nem conseguia parar em pé. Sentou-se no sofá, sendo seguida por um homem. Sorriu para a pessoa, mesmo não sabendo quem era. Aproximou-se do cara, começando a dançar com o mesmo. Os dois balançavam no mesmo ritmo, mas ela nem sabia o que estava fazendo. Alguém a puxou pelo braço, tirando-a de seus devaneios.

— Mas não se comporta mesmo, em? — questionou Philip, trazendo-a para o sofá mais próximo.

— Tu que não se comporta, idiota. Fica beijando a minha amiga, mesmo sabendo que a mesma tem namorado. Ainda bem que tu sabes que Lucy nunca ia ficar com alguém tão odioso como você. Ela só esta fazendo isto porque viu o Alexandre com outra, senão nem daria bola para você. — confessou, sorrindo ao ver a tristeza dele.

— Tens razão, e- — disse se afastando, indo pegar uma água.

— Onde você vai? — Suzanne perguntou, seguindo-o.

— Matar-me. — disse apenas em ironia.

— Não vais, não antes de me contar o porquê disto tudo. — declarou, enfurecida.

— Do quê?

— De fazer parceria comigo no blog, isto é apenas para me irritar. Não é? — perguntou, o medo em sua voz.

— Não, Suzanne, é para acabar contigo. — respondeu, tentando acabar com o assunto.

— Tu és um estúpido, Philip, um mísero estúpido. — esbravejou, a voz fraca pela embriaguez.

— Ainda bem que sabes, pois tornarei a sua vida um inferno. Y-suz. — disse lentamente, fazendo com que ela ficasse assustada.

Logo, afastou-se. Deixou Suzanne largada, alguém que estava irritada com o que tinha ocorrido. Apressadamente o seguiu, passando pela multidão que estava dançando.

— Espere ai, ainda não acabou Philip! — gritou, o rosto vermelho.

— Você está muito bêbada para continuar, adeus. — disse ao pegar a água e abrir a tampa.

— Mas, eu sou obrigada a fazê-lo. — confessou, abaixando a cabeça.

— Oh sim, e o que tens para me dizer? — questionou em ironia, pegando no queixo da mesma e levantando. Olhos se conectando, ela não tinha como mentir.

— Não encoste em mim, seu nojento. Não sabes o quanto te odeio, és a pior pessoa que conheço! — finalizou, indo procurar sua amiga.

Ela não se arrependeu, pois disse a verdade. Sentou-se na mesa e começou a comer os aperitivos. Sentia tanta raiva ao vê-lo, que isto a fazia perder a cabeça. Ele a enlouquecia, pois dizia coisas para o mesmo, que não são de seu gênero.

Encontrou sua amiga de beijos com... Alexandre? Ela só podia ter perdido a razão, assim como ela. Suzanne não entendia como sentimentos opostos, poderiam trazer os mesmos sintomas. Claro, que a mesma não ficava feliz ao vê-lo ou que seu coração batia a mil, mas sentia medo e rancor ao ficar do lado de Philip.

Posicionou-se ao lado de Lucy, observando a cena de perto. Quando os dois terminaram o contato, a amiga fez algo que a surpreendeu. Deu um tapa no homem, deixando-o assustado e com uma enorme marca no rosto.

— Por que fez isso, sua puta? Eu sou seu namorado, e você me deve respeito! — disse, a raiva em sua voz.

— Éramos, Alexandre. Oh céus, como consegues ser tão cínico? Eu te vi aos beijos com outra, para depois falar como se nada tivesse acontecido. — declarou.

— Ela que me beijou, Lucy. — tentou se explicar, mas gaguejou ao fazê-lo.

— Por que não assume de uma vez? Não podemos continuar, pois tu me traiu e eu... também. — confessou lentamente, vendo que a cada palavra o Alex arregalava mais o olho em perplexidade.

— Mas, isto não é surpresa para ninguém. Tu és tão vaca, que se um mendigo te pedir um beijo, é capaz de você aceitar. — disse, sumindo em seguida.

— Lucy, não acredita no que ele diz. Pois eu acho que tu só aceitarias, se o homem fosse um pouco bonito. — começou Suzanne, em ironia.

— Droga! Até com isto você faz uma piada? Não vê o quanto estou sofrendo? — dramatizou, fazendo-a rir mais ainda.

— Eu sei que não está sofrendo realmente, Lucinda. Vamos dançar? Pois eu te devo um convite. — disse, trazendo sua mão em direção a amiga.

— Claro, caro príncipe. Só espero que não se apaixones, pois sou uma vaca. Irei estraçalhar todo o seu coração, até dizer chega. — verbalizou, imitando Alexandre.

— Poupe-me disto, cara donzela. És muita bela para sofreres assim, só aceites dançar comigo está noite. — disse, entrando na brincadeira.

— Então, o que estais esperando? — finalizou, indo na frente.

— Suzanne. — sussurrou alguém.

— O que foi, Philip? — responde de mau humor.

— Eu também não queria estar ao seu lado, mas é necessário. Temos que criar um logo do blog e apresentar para todos no final da festa, pois o melhor ganha um prêmio. — disse a contragosto.

— Acho que um carneiro, pois o nome é "Gossip Sheep". — comentou distraidamente.

— E quem põe um nome tão ridículo em um blog? — questionou, rindo muito.

— É que eu não estava inspirada naquele noite. Já que estava com sonho, pensei em 'contar carneiros', então ia colocar este nome; mas não era tão bom. Pensando muito, acabei colocando gossip de fofoqueira, pois o blog é de fofoca e sheep por causa do que eu estava sentindo no momento.

— Oh céus! E por que não mudou depois o nome? — perguntou, a raiva presente em sua voz.

— Porque as pessoas não achariam mais o endereço dele. — retrucou na mesma intensidade.

— Como tu consegue ser tão arrogante, Suzanne?

— Só sou com pessoas que não merecem meu respeito, Lip. — disse, cortando-o.

— Não sabe o quanto me ofendeu, estou me sentindo muito humilhado. — ironizou.

Ela deu um tapa nele, um gesto que mostrava toda a raiva que sentia. Então ele percebeu que Suzy não estava de brincadeira, a mesma o odiava realmente. Saiu de perto dela, acariciando o rosto que agora estava vermelho. Lucy ao ver a cena, chegou perto da amiga.

— O que aconteceu, Suzanne? Nunca vi você se comportar deste jeito. — questionou, a expressão preocupada.

— Eu não sei, mas ele me tira do sério. — confessou, meio arrependida.

— Você não o conhece mesmo, em? Não percebes que Philip só brinca, mas vi que agora ele deve ter entendido que tu o odeia mesmo.

— Reconheço que não devo julgar a capa primeiramente, mas eu me sinto mal perto dele. — mostrava-se triste.

— Por que não pede desculpa a ele? Eu sei que o mesmo não é tão ruim quanto pensa. — perguntou.

— Tens razão, eu não posso brigar com alguém que verei muito nessas semanas. — concluiu, indo em direção ao homem.

Passou pela multidão e o viu dançando com uma morena, na verdade estavam se esfregando um no outro. Ela quis desistir pelo nojo que sentia, mas foi em frente. Pegou-o pelo braço e o levou até o sofá mais próximo.

— Philip, eu quero me desculpar. — começou, mas foi cortada.

— Na verdade Suzanne, sou eu quem deveria fazer isto. Eu não deveria ficar te chateando, sendo que você não me quer do seu lado. — comentou, passando a mão no cabelo em nervosismo.

— Mas...

— Não, acho que irei desistir de ser seu parceiro. Sinto muito que tenha te incomodado, adeus. — finalizou, indo em direção a pista de dança.

Não soube o porquê, mas não quis que ele fizesse isto. Parecia que seu arrependido foi em vão, sendo que o mesmo nem quis tentar uma primeira aproximação. Passou novamente pela multidão, odiando-se por correr atrás dele. Viu que estava na varanda, olhando para o céu. Não entendeu como ele chegou tão rápido no local, mas foi atrás dele. Abriu a porta, obrigando-o a olhá-la.

— Você saiu sem me deixar ao menos falar. Por que és tão covarde? Diga-me, por quê?

— Eu não...

— Acho que você deveria arriscar, ou melhor, nós deveríamos. Acabar com estas brigas, Philip, pois eu sei que o julgo erroneamente.

— Ah, então a princesa resolveu assumir a culpa? Mas, quer saber? Não a deixarei em paz, Suzanne, pois ainda tornarei a sua vida um inferno! — disse aos risos. Aquele sorriso, que a deixou hipnotizada.

— Mas eu acho, Sr. Philip, que é você que deveria ter medo. — retrucou, entrando no mesmo ritmo.

Logo, alguém entrou no ambiente. Era Louis, estava divina. Seu cabelo castanho, estava solto pelo corpo. Seus olhos azuis, demonstravam irritação. Passou pelos dois, pegando a Suzy pelos cabelos.

— Sua vaca, como ousas postar aquilo no blog? Eu vou acabar contigo, Yzus! Vais se arrepender por cada palavra dita contra mim. — começou, puxando os cabelos da mulher com todo a raiva que tinha.

— Eu não fiz por mal, eu s-

— Não fales comigo, sua vadia.

A maioria das pessoas já estavam na varanda, olhando atordoados a briga que iniciava. Uns gritavam "briga", outros filmavam e alguns olhavam preocupados. Mas Louis não se intimidará, machucava mais ainda a Suzanne.

Quando Philip se recuperou do choque, tentou apartar a luta. Com sucesso, as duas se afastaram. Suzy foi para um canto com ele, quase desmaiando pelo fôlego que perderá.

— Tive sorte por ela não querer tirar a mascará, não saberia o que fazer se alguém descobrisse quem eu sou. — começou, falando com esforço.

— Assim não teria mais graça, eu não teria o que usar para te chantagear. — disse, tentando animá-la.

O silêncio reinou no ambiente, deixando-os intrigados. Ela só pensa em como o agradeceria, sendo que para a mesma não seria fácil. Era orgulhosa para isso, principalmente por ser uma pessoa que odiava. Olhou para ele, a expressão tristonha.

— É... obrigada. — disse rapidamente, sussurrando.

— O que disse? — perguntou, querendo ouvir novamente.

— Vais querer que eu repita novamente, Philip? Pois eu sei que você ouviu muito bem. — questionou, a face em aborrecimento.

— Não, tu falou baixo demais. — comentou.

— É, O-bri-ga-da. — agradeceu lentamente, fazendo o mesmo sorrir.

— Não há de que. — finalizou.

Alguém apareceu no palco, mostrando que era o momento de anunciar o vencedor. Aquele era Billy Hanton, o antigo ganhador do prêmio. Seu blog era interessante, tinha 1milhão de visitantes.

— Boa noite, senhoras e senhores. Quero informar o ganhador do prêmio, mas antes desejo que todos os participantes venham para o palco. — Logo, todos chegaram. — Pois bem, os ganhadores são... Cléo e Carlota. — anunciou antes de mostrar o nome, a logo e o endereço das mesmas.

— Ah, eu não queria ganhar mesmo. — disse, fingindo indiferença.

— Tens razão, vamos? — perguntei, descendo com ele do palco.

Michel, o dono do nosso blog, veio em nossa direção. Deu-nos parabéns, não sei o porquê, e nos abraçou. Em seguida, apontou para uma mesa onde iríamos sentar.

— Desculpe os atrapalhar, mas temos que começar as postagens. Quero que comecem a fazê-lo amanha, os dois juntos, e o tema será: traição. Acho que fará muito sucesso, acredito em vocês crianças! — comentou, saindo em seguida.

— Ele é tão apressado assim, ou é apenas conosco? — perguntou Suzanne.

— Só as vezes. — respondeu apenas.

— E que dia começaremos? — questionou, teimando pela resposta.

— Não ouviu o que ele disse? É amanhã mesmo. Encontro-te na escola para combinarmos, adeus. — concluiu, deixando-a nervosa.

Em segundos a festa acabou e as duas foram para a casa. Suzanne ficou pensando no que aconteceria amanhã. Teimando por tudo, por ainda estar tonta por causa da bebida.


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Notas finais do capítulo

REVIEWS? O QUE ACHARAM? POR FAVOR COMENTEM.

KISSES E OBRIGADA! *-*



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