Segredo Brutal escrita por Apiolho


Capítulo 24
24 - Contra-ataque


Notas iniciais do capítulo

MAIS UM CAP. OBRIGADA A TORY STER por comentar no cap anterior.
Beijos e espero que curtam *-*



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Capítulo vinte e quatro

Contra-ataque

 

"Sou como Edith Piaf, Je ne regrette rien" (não lamento nada).
Fiz o que quis e fiz com paixão. Se a paixão estava errada, paciência.
Não tenho frustrações, porque vivi como em um espetáculo.
Não fiquei vendo a vida passar, sempre acompanhei o desfile."

(Mario Lago)

 

A vontade que teve de beijá-lo - e tentar se declarar - foi dissipada ao ver seus acompanhantes. No encalço de Philip estavam Brad e, claro, Lucy. Ela provavelmente não os deixaria sozinhos, já que a ruiva e o seu namorado estiveram "juntos" anteriormente. E Suzanne tinha a certeza que se pudesse entraria no escritório do Michel com eles. O ciúme mata.

Entrou no carro lentamente após acenar para o motorista, entrando no banco de trás. Assustou-se ao notar que havia algumas latas vazias de cerveja no chão, reconhecendo que, pela quantidade existente ali, eles já estavam um pouco alterados. Logo, meu celular vibrou.

"Não sei como aguentei três festas contigo, Suzyanne. Espero estar tornando sua vida um inferno! Sei que me amas." - Desgraçado.

Por que ele ligou para Suzy com o celular de Lucinda, em? A mesma olhou para o lado e viu que o moreno estava entretido com o aparelho, enquanto ria baixo.

— O que você está fazendo, meu amor? — arg! Dá para ser mais melosa, não?

— Nada. — respondeu nervosamente.

Ah! Que homem mais mentiroso.

— Então posso pegar meu celular de volta? — comentou, querendo pegá-lo no flagra.

— Só espera eu terminar de jogar, está bem? — perguntou.

Enquanto fingia estar jogando algo enquanto mexia nos botões, Suzanne pensava no que mandar para retrucá-lo. Claro, ela queria vingança.

"Se você ficar me tirando desta forma, o próximo a morrer será você. Ou não acha que eu sei o que tu estais realmente fazendo?" — Suzy

Logo o telemóvel do moreno tocou, deixando-o em maus lençóis. Lucinda pegou rapidamente o objeto das mãos do moreno, olhando a mensagem que aparecia na tela. Logo fulminou a morena, mirando-a da maneira mais odiosa possível. Oh! A ruiva poderia jurar que estavam saindo fogos de seus olhos.

— Por que tu sempre quer tentar pegar o meu namorado, em? — começou, o rosto vermelho.

— Do que você está falando? Quero mais que ele se exploda. — mentiu.

— A é? Então por que fica mandando essas mensagens para ele? — perguntou raivosamente.

— Estais vendo alguma palavra "amor" ou "encontro" nesta frase? Não? Então pare de ser tão paranóica, garota. — retrucou na mesma intensidade.

— Mas, eu não quero que tu fique mandando mensagens para ele. Entendeu?

— É melhor prestar mais atenção, Lucy. Não fui que mandei um recado para ele, mas apenas o respondi. — declarou, fazendo a loira se virar para o mesmo.

— Ela está falando a verdade, Philip? — choramingou, a voz infantil.

Neste instante a ruiva se perguntava como pode ser amiga dela, já que a outra é muito imatura. Parou por um instante para ver a tal mensagem, rezando para que não tenha sido apagada antes que a loira tivesse pegado. Sorriu, tranquilizada, ao notar que a prova ainda existia.

As vezes é bom quando não há pessoas espertas. Para Suzanne, é claro.

— Não. — respondeu simplesmente, mentindo descaradamente.

Então, Philip olhou para a inimiga de uma forma que dava pena, porém a mesma o correspondeu com um maléfico sorriso. Pegou o seu aparelho e mostrou para Lucinda, fazendo-a ficar horrorizada.

— Guria, tu é muito cínica, não? — começou a loira.

— Quê? — questionou, lembrando-se de algo.

"Não. Como pude me esquecer do final da frase?" Philip havia escrito "sei que me amas", sendo que foi a única parte considerada pela ex-amiga.

—Como pode dizer que não quer roubá-lo de mim, sendo que o mesmo confirmou que tu estais apaixonada por ele, em?

—Tu só pode ter amnésia, não? Ou não se lembra que o mesmo sempre diz isso para me irritar?

—Mas isso foi quando eu ainda te considerava alguém, muito antes de você começar a namorá-lo.

Céus! Que garota chata.

— Pode até ser, mas o mesmo não te disse que foi ideia dele? — confessou, fingindo-se de inocente.

— Como assim? — perguntou, olhando seriamente para o amado.

— Ele disse que se eu aceitasse ficar com ele minha identidade não seria arruinada. — disse, omitindo o motivo do pedido.

— Isso não importa agora, pois Philip é meu neste instante. Somente meu, entendeu?

— Entendi.

— E pare de se iludir, pois ele nunca vai te querer, sua víbora. — sussurrou, o ódio no olhar.

Brad olhou para a ruiva neste instante, algo que transmitia pena. Pegou a mesma pelo braço e a puxou para si, abraçando-a fortemente. Suzanne sabia que teriam muito percurso pela frente, e que estavam longe do local da premiação.

Ele, que sabia de sua paixão pelo moreno, começou a consolá-la. Suzy apenas chorou em seu ombro, escondendo-se em seu paletó. Não queria ser vista por Lucinda, muito menos por Philip.

— Desculpe-me. — sussurrou a ruiva, a voz sendo abafada pelo tecido.

— Por quê? — no mesmo tom dela.

— Por estar te molhando. — respondeu apenas.

— Depois ele ficará seco, o que importa, neste momento, é você. — declarou, enlaçando-a mais fortemente.

Suzanne se sentiu um pouco sufocada pela força que o mesmo estava depositando, mas não reclamou. Mesmo sendo estranho, estava se sentindo bem perto dele. Parecia que seus problemas haviam evaporado após isso.

— Obrigada. — agradeceu, dormindo em seguida.

Ela acordou quando o carro parou, mas infelizmente ainda não haviam chegado na festado. Yeah! Esse era o único momento em que a mesma rezava para estar em um local lotado, simplesmente porque não queria ficar muito tempo com o moreno.

Olhou para o lado e só enxergou Lucy a sua frente.

— Acordou, bela adormecida? — comentou com sarcasmo.

— An? — perguntou simplesmente.

— Ainda bem, porque teremos que conversar seriamente.

— Que tu quer? — rude.

— Apenas que você se afaste de Philip, e se não melhor que isso do que ficar com Brad? — direta!

— Como assim? — confusa.

— Não se faça de tonta, pois eu sei que não é. Está na cara que Brad está louco por ti e acho que deveria ficar com ele.

Essas que dão uma de boa moça, não enganam ninguém.

— E isso só por causa de um ciúme doentio que tu tens pelo teu namorado, não? — irritadíssima.

— Faça o que te digo. Anda! — ameaçou, pegando-a pelo braço.

— Eu não vou te obedecer, não mesmo. — negou.

— Deixe de idiota, Suzanne. Todos sabem que o Brad é pegador, e já que ele te quer, é melhor aproveitar. Não é todo o dia que alguém tem coragem de ficar contigo. — despejou o veneno.

— Pare com isso, deste jeito você não vai me convencer. — desvencilhou de seu aperto.

— Então pense no quanto ele é lindo, ou em sua pegada. Aceite um conselho de uma garota experiente, pois eu já o beijei e sei que não irás se arrepender. — Ah! Cascavel.

— Como você consegue ser tão galinha, em? Já disse para parar de ser assim, pois um dia acabarás sozinha. — confessou.

—E quem disse que eu quero me casar?

Não deu de respondê-la, pois os meninos chegaram. E foi neste instante que a mesma percebeu, ao olhar para a janela, que eles estavam em um posto. Porém, a ruiva não parou de pensar na conversa que teve com a ex-amiga. Imaginando se Lucy sempre mentiu para ela, pois havia dito que queria casar com alguém.

— Está tudo bem? — questionou Brad, o sorriso em seus lábios.

Ela não queria estragar sua noite ao deixá-lo preocupado. Respondeu um "sim" aos sussurros, voltando a cochilar em seu ombro.

 


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam?
Bem... espero que esteja menos confuso, tentei reduzir a palavra "mesma", porém não totalmente, né? :/
Achei terrível.
Ah... beijos e obrigada! *-*