Segredo Brutal escrita por Apiolho


Capítulo 11
11 - Rindo por dentro


Notas iniciais do capítulo

MAIS UM CAP., ESPERO QUE CURTAM!
QUERO AGRADECER A KAAZ_ALVES POR TER MANDADO UM REVIEW NA MINHA HISTÓRIA, DEIXANDO MUITO CONTENTE. A MINHA AMIGA HANS, QUE DEPOIS DE TANTO TEMPO RESOLVE DEIXAR DE SER AUTORA E VIRAR LEITORA. AHEAUIHIUA
OBRIGADA! *-*



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Capítulo onze

Rindo por dentro

"Amor é bicho instruído
Olha: o amor pulou o muro
o amor subiu na árvore
em tempo de se estrepar.
Pronto, o amor se estrepou.
Daqui estou vendo o sangue
que escorre do corpo andrógino.
Essa ferida, meu bem
às vezes não sara nunca
às vezes sara amanhã."

(Carlos Drummond de Andrade)

 

Ela o odiava, isto já estava mais que provado! Porém, detestava-a mais ainda, principalmente por tê-lo correspondido. Sabia que ele era completamente estúpido, o pior dos seres, o bastante para enganá-la. "Aquilo foi horrendo." Maldito! Como desejava voltar no tempo e apagar os gestos e palavras ditas ontem.

Salvá-la daquele monstro não o anulava de todas as maldades que fez a Suzy, e não havia razão para ter dito "Eu não te odeio, Philip, apenas... sinto raiva de tudo que você faz". Isso a fez se agachar no chão e chorar pela sua estupidez ao chegar em casa. Sim, era estúpida por, principalmente, ter permitido que a tocasse.

Aquela imagem a fez querer se matar... a vontade em seus atos. Sentir-se tão segura e "solta" ao selá-lo a deixou surpresa, o fato é que com Nate havia demorado meses para não sentir vergonha ao tocá-lo e com Philip foi tão... fácil. Seria por que amava o loiro? Ou o moreno fez com que se sentisse mais desejada?

Yeap! Havia uma coisa que reparara, a maneira que o detestável a beijou. Era com desejo, paixão, fome. Porém, reconhecia que isto não significava que a amava. Nate a selava de outra maneira, algo mais carinhoso e gentil, e era diferente do de Philip. E aquele olhar que pesou sobre si ao parar o contato? Deixando-a arrependida, querendo de todas as maneiras voltar a tocá-lo. E o pior, a quietude após saírem do local foi a prova de que nunca deveriam ter feito aquilo.

— Suzanne! — berrou o professor, acho que pela milésima vez.

— Sim? — perguntou, ouvindo ao fundo as risadas dos outros alunos.

É! Eles a detestavam.

— Quer fazer o favor de ir até a porta? Tem alguém a chamando. — disse, deixando-a aliviada.

Olhou para a porta, e viu Philip a olhando de uma maneira que a queimava por dentro. Ele não havia a perdoado, talvez se odiando por tê-la beijado. Porém, Suzy teimava que isto não importava para a mesma. Não, não queria encará-lo neste momento.

Pensou em responder "não!", porém, ao ver o professor a fitando de maneira furiosa, desistiu.

— "Tá" — respondeu apenas, andando desanimada até o chamante.

O "inimigo" mal esperou que abrisse a porta para pega-la pelos braços e a levar - de maneira brusca! - para outro lugar. Porém, antes da mesma fechar a entrada, ela viu algo que a deixou triste. O modo como Lucy a olhava, com inveja e rancor, teve a certeza de que sua amiga havia mudado.

Quando deu por si já estava na frente de uma árvore, a mesma que ela e a loira ficavam na hora do intervalo. Aquilo, por mais que não quisesse, fez a mesma lembrar-se de tudo que passou com a loira. Droga! Perguntava-se, neste momento, o porquê de criar o blog.

— Eu não vim aqui para ficarmos de bobeira, Suzyanne. — começou, o tom irritado e seco. Os braços cruzados, a expressão impenetrável.

— Eu sei, prossiga. — disse simplesmente, a voz falha. Ele estava a deixando com medo.

— As pessoas estão começando a comentar sobre nós estarmos juntos Suzy, e eu não quero isso. Simplesmente porque, andar com você não é bom para ninguém. É correr riscos, e principalmente, não ter mais uma vida social ativa. A intenção não é magoá-la, porém tomarei algumas medidas. — comentou, fazendo-a engolir o discurso de uma só vez.

Como se quisesse, a todo o custo, se afastar dela!

— E quais seriam? — questionou no automático. Ignorar, para ela, é sinônimo de não se machucar muito.

— Terei que te trair e... — fez uma pausa, algo que a deixou com receio do que estaria por vir. — te humilhar, porém não poderá revidar e muito menos falar que sabe de minhas traições. Tu serás como uma namorada cega, surda e muda.

— Por quê? Por que simplesmente não acaba comigo de uma vez? Prefere me destruir aos poucos, não é? Seria melhor que arranjasse qualquer mulher por ai para fingir ser sua companheira, aposto que qualquer uma aceitaria o seu convite. — jogou na cara, a expressão em prantos. Nunca mais se permitiria chorar pelo mesmo, porém sabia que seria em vão.

— Não teria graça Suzyanne, e também, o que seria de mim se eu não pudesse irritá-la? — perguntou, o tom seco, porém havia o divertimento em seus olhos.

Esta fala fez com que tivesse vontade de arrancar os olhos de Philip, e acabar com a felicidade do mesmo. Suzy virou de costas, as mãos em punho, querendo esconder os olhos que já estavam marejados. Sabia que não tinham terminado a conversa, e que a obrigaria a se virar, porém não se importaria. Seria fria, cruel, impetuosa, desejando de todas as maneiras acabar com ele.

— Quer saber o por que de eu te odiar Philip? Tu és o homem mais inseguro que já conheci, porém tenta de uma maneira estúpida apagar esse "defeito". Eu nunca entenderei a razão de querer pisar e acabar com os outros, mas hoje eu entendi que é porque você é um NADA em comparação com estes! — respondeu em fúria, e mesmo chorando as palavras saíram duras de sua garganta.

E então ela ouviu o mesmo rindo... de um modo assombroso e alto. Era como se tivesse debochando dela, ou seria apenas uma defesa? Será que quando virasse o veria com a expressão triste? Queria acreditar que sim, não o olhando enquanto escutava, calmamente, o mesmo gargalhar.

— Esperava algo melhor de você, Suzyanne. É realmente muito fraca, não tem nem graça discutir contigo. Infelizmente, suas palavras não me atingem, pois eu sei que tudo isto é mentira. — declarou, chegando perto dela e colocando as mãos em cada braço da mesma.

E a virou, fazendo com que Suzy o encarasse. O impacto ao vê-la deste jeito o assustou. Teria sido muito cruel com ela? Rezava para que não fosse verdade, não queria estragar a vida da ruiva a sua frente.

— Isto é mentira! Você quer somente me afetar, e apenas isso. E, ainda tem a audácia de dizer que a intenção não é me magoar? Tu és podre, Philip! — comentou soluçando, enquanto o mesmo a apertava rudemente.

— Todos dizem antes de pensar quando estão com raiva, porém sei que disseste a verdade ao comentar que não me odiava ontem. Eu sei, que por trás dessa máscara esconde a menina mais doce que conheço. — disse, acalmando-se e a enlaçando de um modo carinhoso.

— Eu não quero que digas isso, não após o que me contou. Nunca mais poderá me tocar assim, pois seria muito ruim para você que nos vejam deste jeito, não é? — confessou ironicamente, afastando-se lentamente.

— Droga! — bufou, correndo atrás da mesma e a puxando pelo braço. — Para com isso. Se te faz se sentir melhor, eu peço desculpa por tudo que disse, porém não voltarei atrás com meus planos. — disse, sorrindo para Suzy.

E a abraçou novamente, mal ouvindo seu aviso anterior.

— Eu já disse para você me largar, Philip! — urrou, tentando empurrá-lo para longe, porém sem sucesso. — Eu não irei pedir novamente.

— Não precisa fingir que me odeia, amorzinho. Sei que queres isto mais que eu. Alias, nem adianta pedir, pois eu não irei te soltar. — sussurrou em seu ouvido, a voz baixa e rouca.

O que ele não entendia era que estão próximos demais, demasiadamente perto. Aquilo a deixava constrangida, principalmente por lembrar os beijos que não deveriam ter ocorrido.

— Você é "burro" ou o quê? Não percebe que alguém pode nos ver deste jeito, e a sua reputação vai por água a baixo. — em um fio de voz, pelo fôlego que perdera, confessou o que a preocupava. "A" desculpa para largar do mesmo, deixá-los afastados.

— Estamos em aula, Suzyanne; e, mesmo que nos vejam, serão poucos para provar o acontecido. — seriedade em sua voz, mas a mesma sabia que estava rindo por dentro.

Tinha que admitir, ele estava certo!

— Esta bem, faça o que quiser! Eu não quero mais perder tempo ao tentar te convencer do contrário. És muito cabeça dura, Philip. — disse aos risos, ficando contente por poder ir para a sala. — Mas, é melhor irmos. Não quero ter que ficar em recuperação por ter cabulado aula.

Enquanto se dirigiam para as suas aulas ele sussurrou um "obrigado" e sumiu pelo corredor.


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Notas finais do capítulo

REVIEWS? por favor! *-*
E ai, o que acharam? Ele é meio mau, não? Parece bipolar. AIEHIAEHIAEHAEIHEI, mas a Suzy não deixa por menos. Desculpem-me por qualquer erro ortográfico e no inglês, é do site de pesquisa. Por favor, avisem-me caso houver algum.
BEIJOS E OBRIGADA!



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