A mulher se aproximou do garoto que ainda estava confuso demais para julgá-la, ele apenas sentiu-se atraído por ela, não era pra menos. Ela era baixa, tinha olhos castanhos que mais pareciam vermelho escuro, cabelo longo e negro, estava vestida de um vestido preto de gala que deixava a mostra parte de sua perna.

 Ela segurava um guarda-chuva diferente, preto com babados brancos na ponta, puxou o jovem para baixo dele e o deu o braço levando o a algum lugar.

- Então jovem, qual seu nome? –perguntou a moça ao rapaz confuso.
- E-Eu não faço idéia de quem eu seja e nem de onde estou.
- Bom, tenho uma grande noticia a você!
- E qual seria? – Olhou confuso para moça que sorrio a ele dizendo:
- Eu sei quem é você, o que pode fazer e também sei como pode controlar isso...
- Como sabe de tanto?
- Somos iguais e estamos aqui com o mesmo propósito rapaz.
- E quem sou? O que faço? Como faço e por que faço?
- Você é Daniel, o anjo destruidor de anjos, foi mandado para destruir de vez os caídos, você perdeu apenas uma asa na queda, por conta disso tem um poder incrível!
- E que poder é esse?
- Você tem o poder da criação...

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 Lucy ao chegar a sua casa abriu a porta, mas estava pensando no que Raphael lhe disse antes de sair do carro “Um o que acha que é? Humana? Você nem ao menos aceita seu próprio nome” e lembrou-se da resposta que o deu “A sim e acha que um homem vai querer ficar com uma mulher chamada Raniel?”, isso fez com que risse bastante.

Raphael no carro ainda perguntava-se o que estava acontecendo, não sabia, mas temia a qualquer maneira. Do nada seu telefone toca, ele atende e é Michael:

- Ei Raphael! Temos um probleminha... –Disse Michael apavorada ao telefone.
- Diga!
- Eu estava em meu plantão e senti a presença de uma (*)succubus.
- Uma succubus? Como isso é possível? Foram extintas desde a última encarnação de Gabriel.
- Bom, eu tenho certeza que é um, não me enganaria, mas acho que não deveria dar tanta importância a esse detalhe.
- Por que não daria?
- Tem outra aura junto, algo tão grande que nem mesmo eu tenho certeza do que seja.
- E o que me diz ser?
- Uma aura divina.
- CO-COMO? – Gritou Raphael enquanto dirigia.
- É isso mesmo, uma aura divina.
- Estou indo, me espere! Onde você esta?
- Raphael, até parece que não me conhece, sabe que eu não divido minhas vitorias com ninguém.
- Michael! É algo serio, não faça isso... – Apenas ouvi-se o barulho de um telefone desligado- Michael! Michael! Maldita, sempre faz isso!.

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Michael desligou o telefone levantou-se em cima da gárgula da qual estava sentada, rindo consigo mesma disse:

- Raphael, sempre achando que pode mais, aquela succubus terá uma lição.

Saltou de cima de um prédio a outro a fim de perseguir a succubus.

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Daniel, muito interessado no que aquela mulher misteriosa dizia, deixou sua desconfiança sobre ela de lado e tornou-se vulnerável.

- Por que devo matar os caídos? – Perguntou curioso para a mulher.
- Eles pecaram contra a criação de Deus, não merecem perdão de ninguém.
- Mas eu sou um caído também, não sou?
- Se fosse um mero caído, não teria essa asa que lhe da o dom da criação.
- E o que é esse dom da criação? Como posso controlá-lo?
- O dom da criação é um poder que você tem, todos os anjos tem poderes especiais quando ainda tem suas asas, os caídos a perdem durante a queda, perdem com isso seus poderes também, você tem uma asa, o que posso dizer é que você pode desmanchar coisas não orgânicas e construir coisas novas do que desmanchou, para fazer isso basta entender o principio de tudo.
- Isso quer dizer o que?
- Que você deve começar a estudar química e física.

A frente deles, saindo de um beco, uma mulher vestida de roupas de couro, justas mostrando sua exuberante aparência física, cabelos curtos e vermelhos de uma tonalidade tão radiante, seus olhos eram verdes e tinha lábios carnudos que sorriam ao vê-los.

Ela parou na frente deles e apontou o bastão que segurava para a moça dizendo:

- Olá aberração, a partir de agora se eu fosse você começaria a rezar.
- Acha mesmo que pode me vencer caído idiota?
- Eu sou Michael e nunca perdi uma batalha.
- Vê Daniel? Ela é um dos seus alvos, mas pode deixar por minha conta, irei me divertir com ela.

A moça deu um passo à frente, retirou à parte de cima de seu guarda-chuva, deixando a mostra uma espada de lamina muito fina.

- Michael, você acaba de cometer o maior erro de sua vida.

Continua...