Está escrito no testamento proibido do próprio messias:

“Aqueles servos de meu pai, dos quais contra a humanidade por inveja pecam, são lançados feito um raio ao chão dos homens, para que possam com eles, aprender a amar.”

Era uma noite chuvosa, relampejava muito que dava o aspecto que o céu desceria ao chão. De repente um raio cai em um beco da cidade assustando os que por ali passavam. Curiosos, foram ver o que havia acontecido e viram que da lixeira saíra fumaça, aproximaram-se dela para ver o que havia acontecido e se surpreenderam ao ver um homem branco, com cabelos grandes cuja parte de trás estava arrepiada e a franja tingida de vermelho. O mesmo estava usando apenas uma calça preta de sarja, estava desacordado, todos que o viam, admiravam sua tamanha beleza, uma beleza incomum diferente de tudo que já haviam visto, retiraram-no do lixo e quando foram levá-lo ao hospital, ele abre os olhos...
- Onde estou? Quem são vocês? – Falou baixinho e confuso voltando a desmaiar após isso.

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No outro lado da cidade uma mulher vestida com uma capa preta, estava correndo segurando o capuz do mesmo para não molhar-se na chuva, ela parecia fugir de algo, mas quem a via não enxergou nada além da moça correndo. Observam apenas que tinha longos cabelos negros pelas mexas que fugiam involuntariamente do capuz enquanto corria, também podia ver que era muito branca por conta do decote da própria capa preta, usava uma bota preta com um salto 20 fino e logo a cima notava-se uma meia listrada de preto com branco, das quais subiam até onde a capa tapava.
Ela correu até o fim da rua parou e olhou para trás, aos olhos dos outros nada se via, mas aos olhos dela, uma grande besta feita de chamas negras em forma de Lobo vinha com muita velocidade em sua direção, como se fora um leão atrás de sua presa. Ela entrou no beco que Havia a sua esquerda, a besta a segue pulando nas paredes de um lado para o outro a fim de alcançá-la, deixando um rastro de destruição por onde passava.
A mulher continuou fugindo da besta, que estava cada vez mais próxima dela, foi então que ela viu que o beco não havia saída alguma, continuou correndo o máximo que podia e ao chegar perto da parede, saltou e a chutou com tamanha força que a fez ter um impulso forte podendo dar uma cambalhota por cima da besta que, por sua vez, havia dado de cara na parede por não conseguir parar. No ar ela retirou de dentro da capa duas armas que pareciam pistolas semi-automáticas calibre 38, mas de cor diferente, pareciam feitas de prata com detalhes em ouro. Mesmo de cabeça para baixo e em pleno ar a moça descarregou os pentes das armas em cima da besta que gemeu de dor,  mas não a causou estrago nenhum.
 Ela pousou um pouco mais atrás da besta, que uivou de dor e se virou, a moça sorriu dizendo:
- Maldito! Você realmente não é fácil de lidar não é cãozinho de lúcifer?
 Voltou a correr da besta e quando chegou em frente a entrada do beco, parou de frente para o monstro, que prosseguia até ela com muita velocidade e enfurecido, estava determinado a destroçar a mulher que havia o ferido.
 Quando chegou muito perto da moça uma lamina que dos céus descia o atinge na altura do pescoço e arranca-lhe a cabeça do corpo, era um homem que descerá dos céus dando um golpe na besta  na hora exata. Tinha a aparência de um adulto e  usava também uma capa preta, seus cabelos eram brancos e curtos penteados para trás,seu físico era atlético como de um lutador de boxe,  era moreno claro de olhos azuis, sua espada parecia ser feita do mesmo material das armas da moça e havia também detalhes de ouro semelhantes.
 Enquanto o homem levantava-se após o golpe certeiro a moça reclamava:
- Como sempre atrasado, não é Raphael?
- Não haveria a necessidade de eu ter aparecido se não estivesse brincando com o Mefistófeles(*).
- É eu poderia acabar com ele desde o inicio, mas como eu estava entediada e esse mundo é um lixo, resolvi me divertir um pouco.
- Da próxima vez, tente se divertir de um modo que não chame tanta a atenção, estamos de acordo Lucy?
 Lucy apenas piscou sorrindo como se afirmasse que sim e Raphael fechou a cara lembrando que não era a primeira vez que acontecerá aquilo e, imaginava que não seria a ultima.

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Enquanto isso o rapaz acordava vagarosamente e confuso do que havia acontecido, não lembrava quem era, nem como havia parado ali, se sentia ameaçado por aqueles que o cercavam tentando de alguma maneira ajudá-lo. Levantou rapidamente do chão e ainda tonto andava em zig-zag , foi quando quase caiu que um homem que ali estava ao tentar segura-lo acaba perdendo a mão, que se desmaterializou ao encostar no rapaz, tornou-se pó em questão de segundos, o homem gritou de dor e o rapaz assustado e, ainda mais confuso, retoma o controle e foge assustado com medo de encostar em outras pessoas  e elas terem o mesmo destino que aquele pobre coitado.
Ele foge sem rumo pela cidade tentando entender o que aconteceu, tentando descobrir quem era e o porque estar ali...

Continua.