A Relíquia Perdida escrita por letter


Capítulo 8
Capítulo 7 - Intencionado


Notas iniciais do capítulo

Eu queria agradecer a Jojo_Lins e a H_S, cada uma fez uma linda recomendação que realmente me deixou sem palavras, muito obrigada mesmo, e se você gosta da fic, recomende também. Boa leitura



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                    Elizabeth Gaunt observava de longe, por trás das árvores, a trupe de alunos indo em direção a saída do colégio. Todos estavam muito bem agasalhados, toucas, luvas, botas e cachecóis. Também não era pra menos, pensava ela, com a neve que caía apenas sendo muito absurdo para não se agasalhar, embora ela mesma não sentia frio algum, ou nenhuma necessidade de se proteger do vento, para ela estava tudo perfeitamente normal.

                     Quando viu que o número de alunos diminuiu, sorrateiramente a loira caminhou em direção ao castelo, tendo cuidado para não ser vista por qualquer ser ou pessoa, não que ela tivesse que se preocupar com isso.

                       Ela olhava em volta, observando atentamente todos os detalhes do castelo. Em cada lugar que olhava, uma nova e pequena lembrança vinha em sua mente. Como ela sentia falta daquilo, como sentia falta de sua vida. Subiu as desertas escadas de mármore e sem dificuldade encontrou seu destino que tanto ansiava em achar. A biblioteca. O lugar em que passava tanto tempo escondida atrás das prateleiras procurando avidamente informações que poderiam vir ser úteis. E fora por esse motivo que conhecera Charlus, o garoto que ficava extremamente perdido na biblioteca, os livros o deixavam louco. E aos poucos enquanto Elizabeth o auxiliava, eles começaram a se aproximar. E por fim Charlus ia à biblioteca apenas para encontrá-la...

                       Com um suspiro Elizabeth tentou esquecer a lembrança, era dolorida de mais para se lembrar.

                      Voltando ao foco Elizabeth andou até a sessão de anuários. Ela conhecia a biblioteca mais que a própria bibliotecária. A garota tirou de dentro do cós da saia as fotos amassadas que afanara de Albus, e com muito custo constatou o que ele disse. Realmente se passaram mais de oitenta anos desde que as fotos que estavam em suas mãos foram tiradas.

                      A garota sentou-se na cadeira e puxou enormes e pesados livros, folheando calmamente cada um. E com custo ela viu Charlus e seus outros amigos em mais dois anuários. Viu outra foto do garoto no baile de formatura, com Dorea Black, a garota que um dia fora sua melhor amiga. Elizabeth não soube explicar o que sentiu ao ver na foto os dois bruxos dançando lentamente e um brilhante anel de ouro nos seus dedos anelares.

                      Depois de folhear outros anuários, vira pessoas familiares. Um garoto de longo cabelo loiro e platinado que lembrava muito Abraxas. Outra vez vira outro garoto de cabelos negros e olhos cinzentos, do qual tinha um ar estranhamente familiar, ela acompanhou a foto do garoto nos outros anuários e notou o anel em formato de serpente com a pedra triangular em cima nos dedos do garoto. Seria ele de sua família? E aquela pedra... Ela lhe trazia uma vaga lembrança, algo importante, mas que logo foi esquecido ao passar por outros anuários e encontrar outro garoto que era a cópia de Charlus! Os mesmo óculos de aro redondos, o mesmo cabelo castanhos, os mesmos olhos chocolate, os mesmo joelhos ossudos. E quando vira o nome embaixo da foto não soube o que pensar. James Charlus Potter.

               Então Charlus se casara, pensava ela, e tivera um filho. Seria Dorea a felizarda? Elizabeth acreditava que sim. Ela não sabe quanto tempo ficou olhando os vários anuários desde o seu próprio, mas já havia visto outro garoto com as mesma fisionomias de Charlus, mas com os olhos verdes. Um verde esmeralda, penetrante e envolvente. Por um momento Elizabeth achou que era o próprio Albus, mas então vira os óculos e uma cicatriz estranha na testa, e não demorou a julgar que esse era o neto de Charlus.

                No final a garota se pegou admirando o último exemplar de anuários, nesse ela encontrara Albus. Não tinha os óculos que seus antepassados tinham, mas tinha as mesmas características, embora tivesse que admitir que ele era muito mais bonito e charmoso que o próprio pai, avô e bisavô. Elizabeth sorriu ao ver Albus sorrir na foto. E uma nova sensação tomou conta de seu corpo. Ela estava sentindo algo? Mas ora, desde que se despertara não sentiu nada, a não ser medo e dúvidas... E agora ela estava sentindo algo... Algo diferente.

               - Ok, qual é meu par? – Lily perguntou ansiosa parada no grande portão com o primo ao lado.

               - Nós precisamos conversar – ele disse com uma feição séria.

                 Todos sabemos que nada de bom vem depois dessa frase, Lily assumiu um rosto preocupado e olhou para o primo na expectativa de suas palavras.

               - Ele desmarcou – Hugo finalmente disse.

               - Como assim desmarcou? – perguntou indignada – Então todo aquele treinamento, toda minha noite não dormida, todo esse frio na barriga foi em vão?

               - Desculpe-me a culpa é minha, não devia ter arranjado esse cara pra você, e para mostrar que sou um cara legal vou ser solidário a você e não irei sair com a Quin hoje.

               - NÃO! – ela gritou exaltada – Um de nós tem que provar se a teoria que estamos testando funcionará na pratica.

                Lily olhou para o pátio e viu a garota loira de cabelos platinados indo na direção deles. Ficou na ponta dos pés e depositou um beijo de leve na face do primo.

               - Boa sorte – ela começou a andar, mas parou e virou – Diga algo parecido com aquilo que disse a mim que irá funcionar. Comigo deu certo...

                Hugo ficou encarando a costa da prima e seus cabelos voando no vento conforme andava. Sentiu um formigamento gostoso na bochecha e escutou uma voz o chamar:

               - Oi – era Quin.

               - Precisamos conversar – disse o ruivo.

                Todos sabemos que nada de bom vem depois dessa frase. Ou será que vem?

               - Não acredito que você está me obrigando a passar o sábado na biblioteca – resmungou Scorpius para Albus, sentado atrás de alguma prateleira com uma pequena muralha de livros os separando – Sabia que era para eu estar em Hogsmeade?

               - Albus mande o Malfoy embora! – exclamou Rose abaixando seu livro e se virando para o primo – Não consigo me concentrar com um idiota reclamando a cada cinco segundos!

               - Quer dizer que você fica irritada com minha presença? – perguntou Scorpius com um brilho passando pelo olhar.

               - Pensei que isso era um fato! – era inevitável Rose não se exaltar perto do loiro.

               - Tudo bem, vou ficar – ele deu de ombros abrindo um grande sorriso.

               - Albus! Dê um jeito no seu amigo! – mas Albus não prestava atenção nem na ruiva, nem no loiro, sua mente vagava pela biblioteca, ele sentia algo lá, estava perto... muito perto... era aquela sensação, aquele arrepio... – Albus? – chamou Rose agora, mais cautelosamente – Albus?

                 - Hm? – perguntou o moreno, colocando a prima em seu foco e piscando algumas vezes para clarear a mente.

                 - Você ouviu alguma palavra do que eu disse?

                 - Ouvi – mentiu ele – Hm... Eu estava apenas me lembrando da...

                 - Senhorita Chang? – insinuou Scorpius – ou da Emmie?

                 - Não e não. Agora me esqueci, obrigado Scorpius .

                 - Disponha-se – disse o loiro com um grande sorriso – E então Weasley, o Thomas continua na sua?

                - Thomas? Que Thomas? – perguntou Albus com um ar de ciúmes reprimido.

                - Jeremy Thomas– disse Rose – Não te interessa, interessa Malfoy? Por favor, vamos estudar. Se eu tirar qualquer nota abaixo de ótimo no NOMs eu juro que te mato Malfoy.

                - O que? Porque? – perguntou o loiro arregalando os olhos – Não vai ser minha culpa!

                - Claro que vai, você não CALA ESSA BOCA!

                - Mesmo que eu comesse a cantar...  

                - Por favor, não faça isso – interveio Albus

                - ...Você se sairia ótima, você é a garota mais inteligente que eu conheço. Mais inteligente que o Albus! – exclamou Scorpius.

                - Você me chamou mesmo de garota, ou foi só impressão minha? – perguntou Albus fitando o amigo, Rose aproveitava para esconder o rosto corado pelo não planejado elogio, atrás do livro.

                - Se a carapuça serviu... – Scorpius disse zombeteiro – To brincando cara.

                - Bom mesmo – disse Albus rindo, voltando sua atenção para suas notações, mas logo sendo tomados por aquela sensação... E sem que pudesse se conter, se levantou e foi andando até o final da biblioteca.

                 - Onde ele ta indo? – perguntou Rose olhando o primo desaparecer em meio a tantas prateleiras.

                 - Vai saber – Scorpius deu de ombros – Sua família não é muito normal.

              Elizabeth sentia sua presença. Ele estava vindo. Ela sentia ele se aproximar. E embora ansiasse por vê-lo não queria ser vista. Num pulo, a garota se levantou e escondeu-se atrás de um pequeno armário de livros.

               Sem saber porque, Albus andou até a sessão de anuários. Seria maluquice dizer que sentiu algo o chamando? Talvez. Não havia ninguém lá. Ele estava perdendo o juízo mais rápido do que planejara. Mas antes que pudesse sair de seus devaneios e voltar para o lado de Rose e Scorpius uma foto lhe chamou atenção.

               Em cima de uma mesinha estava vários livros abertos e mal fechados. Um deles estava em uma página aberta. A página mostrava uma foto, uma foto de sua turma do quarto ano. Era outro anuário? E ele viu mais três abertos, os outros três mostrava as mesmas pessoas, mudadas apenas pela passagem dos anos. Rose usava aparelho ortodôntico?  Perguntou Albus assustado, puxando o anuário de seu primeiro ano para ver. Ele se lembrou que o seu tio Ron, queria consertar os dentes da filha com magia, mas sua tia Hermione insistiu para que a filha tivesse os dentes tratados pelos avôs trouxas, que eram dentistas. E por Merlin, Scorpius tinha o cabelo maior que o de Emmie? Mas que diabo... E ele? Como ele podia ser tão magrelo?HÁ, mais então ele mudara muito, pensava Albus com orgulho, ele já não era mais tão baixinho e magrelo. E depois de sair do meio de tantas lembranças o moreno começou a se perguntar porque aqueles anuários estavam abandonados e jogados ali? E aquela foto amassada no chão era a que sumira de seu criado mudo durante a noite?

                 E subitamente ele entendeu. Elizabeth estivera ali. Talvez estivesse, talvez isso explicasse essa sensação constante de estar sendo observado.

                 O garoto começou a olhar para todo lugar, esperando que a loira saísse de qualquer lugar, mas ela não aparecia.

                 Elizabeth fechava os olhos com força, talvez isso a fizesse desaparecer como da última vez, mas não conseguia. Não estava concentrada para isso, não o suficiente.

             - Eu sei que você está aqui – ouvir a voz dele sobressaltou Elizabeth – Porque está se escondendo de mim?  

             Albus sabia que ela estava lá, ele a sentia. Sabia que ela poderia ouvi-lo, e se quisesse, responde-lo.

             - Por favor, Elizabeth, eu posso lhe ajudar. – pode? Perguntou ela para si mesma, e vencida pela vontade de mais uma vez poder ver aqueles olhos esmeraldas ela saiu de trás do armário e viu o moreno de costas – Onde você está? – perguntou ele se virando e se sobressaltando ao ver a loira a sua frente.

                Os dois permaneceram em total silencio por um bom tempo, apenas se fixaram um no outro. Aqueles olhos cor d’água fascinavam Albus de forma inexplicável, mal sabia ele que Elizabeth sentia a mesma coisa ao ver seus olhos esmeraldas.

                O que podiam dizer um ao outro? “Oi?” Não, isso era o que o Hugo falaria, mas Albus não sabia o que dizer. Ele nunca ficava sem palavras na frente de ninguém. Nunca.

             - Você realmente é bisneto dele – disse ela pensando em como se pareciam fisicamente, mas ela sabia que na personalidade, não tinham nada em comum. Albus assentiu e deu um sorrisinho de lado se aproximando dela.

             - Sinto muito – falou ele sincero, afinal ele sinta mesmo, não poderia imaginar o que seria aparecer daqui vários anos, ver os bisnetos de James e descobrir que morreu, afinal, ela estava morta, não estava? – Faria qualquer coisa para reverter isso...

             - Albus? Onde você se meteu cara? – a voz de Scorpius vinha de um lugar não muito distante, Albus olhou para o lado num suspiro e depois voltou a olhar Elizabeth.

             - Me encontre a noite, na casa dos gritos – disse Elizabeth, e Albus não pode ficar mais surpreso. Ele assentiu e com custo se virou para ir até Scorpius antes que esse viesse até ele e visse Elizabeth.

             - Cara, como você some e me deixa sozinho com a maluca da Rose? Eu, a propósito, alguma vez já mencionei que ela é louca? – perguntou o loiro incrédulo ao ver Albus.

Scorpius continuava a reclamar, mas Albus mal ouvia, ele apenas ouvia as ultimas palavras de Elizabeth em sua mente, e sorria com elas.

            Lily estava deitada no tapete vermelho do Salão da Grifinória, deserto nesse momento e fitava o teto quando ouviu o retrato da mulher gorda se abrindo e alguém chegar e deitar ao seu lado

          - Ela me dispensou – Hugo anunciou fazendo a prima sentar-se e sentando ao lado dela.

          - Como assim?

          - Disse que não sai com um cara de um vocabulário só – ele mentiu.

            Jamais diria a prima que ele era o garoto que estava interessado nela. Jamais diria a prima que a Quin entrou no caminho do seu plano e que a tirou porque quis.

          - Logo vi – ela revirou os olhos – Tem que desconfiar de garotas bonitas, normalmente elas não tem cérebro.

            Hugo riu e sentou-se mais perto da prima.

          - Então não é hoje que vamos dar nosso primeiro beijo? – Lily perguntou.

          - Acho que esse tipo de coisas não da pra marcar num calendário.

            Ela suspirou derrotada e olhou para baixo.

          - Sabe, eu tive uma idéia maluca – disse Lily

          - Quando suas idéias não são malucas? – ele implicou com ela.

          - É mal dar o primeiro beijo num primo?

          - Acho que não – ele respondeu colocando suas mãos em seu rosto e acariciando com seu dedo polegar as bochechas rosadas dela.

                   Desta vez não houve palavras bonitas para aumentar o clima. Ambos ficaram se encarando alguns segundos, dividiram o mesmo ar pela segunda vez. Lily se permitiu fechar os olhos primeiro quando sentiu os lábios dele grudarem nos seus. O ruivo respirou forte e sorriu como se tivesse ansiado por isso há muito tempo e só agora estava acontecendo. Ambos deixaram a boca entreaberta e suas línguas explorarem lugares que antes estavam esquecidos. Hugo passou sua mão entre os cabelos da prima trazendo seu rosto mais junto do seu, se possível. Lily passava suas mãos pelas costas dele imaginando como poderia ter ficado sem dormir com medo de não seguir todos os passos corretos sendo que era tão simples, tão fácil. Tão mágico.

                   Eles precisavam de ar, e foi com uma imensa tristeza que separaram os lábios.

                   Lily olhou para frente evitando encarar o primo que simplesmente não conseguia retirar os olhos dela. Suas bochechas ficavam tão vermelhas quanto seu cabelo. Ela acabara de dar seu primeiro beijo? No seu primo? Merlin! Fora tão maravilhoso. Seu coração ainda batia disparado, e ela não sabia o que dizer.

                   - Essas revistas não sabem nada sobre beijo – disse ela acanhada, puxando a revista ao lado e tacando-a na lareira.

                   - Lily... – chamou ele, tão vermelho quanto ela, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa à porta do Salão Comunal se abriu e uma trupe de alunos da Grifinória foi entrando. Os dois apenas ficaram a trocar sorrisos e olhares enquanto se viam em meio aos amigos e primos.

                   - Pensei que não viria – disse Elizabeth, sentada no chão de madeira encostada próxima a janela que se não fosse tão suja refletiria a lua que tão bela brilhava lá fora.

                   - Eu dei meu jeito – disse Albus com um sorriso maroto mostrando a capa de invisibilidade nas mãos e sentando-se ao lado da loira – Você não me parece bem.

                   - Não me sinto bem – disse ela fitando a capa de Albus... Aquela capa... Seria possivel? Seria a capa de Charlus? – Albus, o que você sabe sobre mim?

                     Era a primeira vez que ela o chamava pelo nome, e isso vez o coração de Albus bater de forma que não deveria.

                   - Elizabeth Gaunt, dezesseis anos, sonserina e clube do coral – disse ele se lembrando do que a prima o contara – Desapareceu misteriosamente em 1933.

                   - Porque eu não me lembro de muita coisa? – perguntou ela pensativa.

                   - O que você se lembra?

                   - A primeira coisa que me lembro é de ver você na floresta... – disse ela num suspiro – e essa também a ultima coisa. As outras são mais falshbacks que me vêm a memória...

                   - Então você não se lembra do que aconteceu? – perguntou ele, e ela assentiu – Isso é tão... Estranho.

                   - Charlus se casou com Dorea Black? – Albus assentiu – Ela era minha melhor amiga... Acho que era... Na verdade, éramos mais que amigas. A mãe dela me criou já que a minha própria faleceu no parto e meu pai... Bom, digamos que ele não era um pai muito normal. Nunca me assumiu, talvez eu tenha o visto duas vezes, nos comunicávamos por carta, eu me sentia no dever de fazer tudo o que ele pedia – disse ela num suspiro se lembrando de coisas doloridas de mais para ser ditas – A única coisa boa em toda minha vida foi Charlus.

                      Albus absorvia cada palavra que Elizabeth dizia, era informação de mais para se analisar.

                   - Deve haver um motivo para você ter voltado – disse ele.

                   - Então você acha que eu estou morta?

                   - Eu não... não sei... Está? – ela não respondeu, apenas puxou a mão de Albus e a colocou sobre seu coração. Suas mãos eram gélidas e seu coração não batia.

                   - Então me responda Albus Severus Potter, estou morta? – a dor e amargura era tão evidentes na sua voz que chegavam a dor em Albus enquanto as ouvia.

                   - Lizzie, eu não sei o que dizer... Porque... Porque eu to vendo, você é real – disse ele.

                   Lizzie? Ele a chamara de Lizzie? Mas Charlus foi o único... O único em toda vida que a chamara assim, de forma tão carinhosa e intima. Todos os outros a chamavam apenas de Beth. Beth pra lá, Beth pra cá... Ela não soube o que dizer também.

                   - Por favor, vamos conversar sobre outra coisa, qualquer outra coisa, apenas não fique calado e deixe as lembranças me consumirem – pediu ela.

                   - Sobre o que quer falar? – perguntou Albus mais animado do que antes.

                   - O que eu perdi nos últimos oitenta anos? – perguntou ela forçando um sorriso, ela apenas queria ouvir a voz de Albus, e poder ficar perto dele.

                   - Você não faz idéia! – exclamou ele – Seu parente quase dominou o mundo!

                   - Meu parente? – perguntou ela arregalando os olhos.

                   - Tom Riddle! Ele foi seu primo, mas você desapareceu antes de conhecê-lo. Foi muita loucura...

                    E Albus passou o resto da noite, até o amanhecer contando a Elizabeth sobre como o mundo quase fora dominado, e como seu pai o salvou. Ela ria ao ouvir tudo aquilo, Albus ria ao contar, afinal ele sempre exagerava e tornava toda história engraçado. Foi uma boa e bela noite para ambos. 


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Notas finais do capítulo

Como prometido, eu realmente acho que esse capitulo está melhor que o último, mas isso depende da opinião de vocês. Digam o que mais gostam, o que menos gostam, dêm dicas, sugestões, idéias, critiquem, não fico triste ao receber uma critica, pois acho que realmente isso faz um escritor melhorar, mas fico triste em receber um "posta mais". Sempre achei que comentários construtivos unem mais leitor e autor e eu faço questão de responder cada review que recebo, por isso peço que realmente me falem o que estão achando. Beijão e espero que tenham gostado do cap, até semana que vem.