Névoa I - My Only Hope escrita por Bruh


Capítulo 7
Capítulo 7




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  “Será que alguma coisa nisso tudo faz sentido? A vida é sempre um risco Eu tenho medo do perigo”    

Mil luzes e guirlandas espalhadas pela rua.Pessoas correndo pra lá e pra cá dentro dos shoppings,e eu em meio á essa multidão.Cercada de pessoas agitadas e me sentindo monótona e só.Incrivelmente só.Eu havia perdido totalmente o contato com Bernardo e me sentia até bem por isso,afinal eu sabia que isso não poderia durar muito tempo,a gente ia acabar tropeçando em algum erro fatal.

 

A frase de Fernando no msn era ‘Aceito convites para o Natal’...sim,tentador,mas não era a melhor opção.Mas quem disse que o coração analisa o que é bom ou não? O que é racionalmente conveniente ou não?Pois bem,depois de tanto pensar,acabei fazendo um pequeno e despretencioso convite antes que alguém o fizesse.Ele ficou de ver com a família dele e me dar uma resposta assim que soubesse ao certo.Eu fiquei na espera.

 

Ele veio aqui em casa,me deu um cartão de Natal,seu antigo MP4 (achei bastante nobre da parte dele,afinal ele poderia dar para alguém que ele considerasse importante na vida dele...ou talvez eu fosse importante.Será?) e depois ele me ligou dizendo que viria aqui me dar um outro presente.Sim,eu fiquei sem graça por não ter comprado nada para ele áquela altura do campeonato e comprei uma miniatura de carro que eu sei que ele não recusaria,afinal tem uma coleção em casa.

 

Na segunda vez em que ele veio aqui,eu estava em um momento ‘cuidando de mim’ com uma amiga,com toca na cabeça,rádio ligado nas alturas e ele acabou me vendo neste estado deplorável.Me deu um livro do Sherlock Holmes (só ele mesmo para acertar em cheio nos presentes...e ter a sensibilidade de lembrar que eu amo Sherlock) e eu retribuí com o carrinho que fez os olhos dele cintilarem como nas vezes em que estávamos juntos e eu lhe dava mais um carrinho para a coleção.

 

 

Contudo,o Natal chegou e mesmo com convites e promessas de volta por parte de Bernardo,passei a festa de celebração ao nascimento de Cristo sozinha,ou melhor com a família...e isso me fez lembrar do Natal passado em que eu passei na casa de Fernando,ganhei lembrancinhas das mulheres da família e fiz uma sobremesa super elogiada.

 

Talvez sozinha não seja a palavra.Eu passei em paz,passei comigo,com os meus pensamentos e acabei evitando uma possível briga que poderia ter acontecido.Nem Fernando nem Bernardo.Apenas eu,como no início de tudo.A paz restauradora é aquela que vem de dentro de nós e como eu estava precisando dessa paz.

 

Talvez a gente não precise de ninguém para ser feliz.Inconscientemente buscamos no outro o que falta em nós.Ou seja,buscamos o equilíbrio de nós próprios sempre e talvez o meu equilíbrio esteja completo.A minha presença me basta.O meu eu é completo.

 

 

 

 

 Fim


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