Névoa I - My Only Hope escrita por Bruh


Capítulo 5
Capítulo 5




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Acordei no domingo com um bom presentimento.Minha mãe estava animada para um passeio á um local de praia afastado onde temos uma casa.Como meu pai estava decidido a vende-la e minha mãe queria que passássemos um dia juntos em família lá.

De início,concordei,afinal não teria nada melhor para fazer em um bendito domingo ensolarado.Mesmo que por dentro,eu ainda estivesse alimentando esperanças de que Fernando não tivesse ocupado ou sei lá.Pensamentos que eu sabia que não deveria ter.

O dia estava realmente bonito e a brisa agradável brincava com meus cabelos,como se trouxesse boas notícias.Mesmo não gostando de praia,fui vestir meu biquíni.Enquanto estava me trocando,ouvi o telefone tocar,mas não dei muita atenção.

Minha mãe me chamou,avisando que o telefone era pra mim. Como assim? Quase não deu para acreditar quando eu ouvi a voz de Fernando.Toda vez que ele me liga é como se anjinhos fizessem cosquinha nos meus ouvidos.Muito bom! E como eu imaginava,ele estava me convidando para passar o dia com ele,mesmo sabendo que eu tinha compromisso.

Ele queria me levar para conhecer uma livraria que havia inaugurado no bairro onde costumávamos ir quando estávamos juntos.Pela descrição dele,era uma livraria dos sonhos e eu realmente estava querendo ir conhecer. Mesmo com toda essa situação ele lembrou que eu amo livros.Só ele mesmo.

Meu pai já estava com o carro ligado quando eu disse “eu largo tudo aqui e vou com você “,ele apenas riu e disse que passaria para me buscar umas quatro horas.

A livraria era mais perfeita do que eu poderia imaginar.Quando estávamos próximos,ele tampou meus olhos como se eu fosse uma criança diante de um brinquedo ou de uma surpresa,ele tem dessas coisas, e me guiou por entre as pessoas apressadas em fazer suas compras de Natal.Claro que eu não fiquei completamente ás cegas,mas deixei ele pensar que sim.Não queria que ele tirasse a mão do meu rosto.

Quando enfim abri meus olhos,eu estava diante da melhor livraria que eu já vi em toda a minha vida.Parecia algo cinematográfico.O espaço térreo era amplo,com prateleiras em madeira escura que iam até o teto.Em cada prateleira,havia uma escadinha com trilho. Quando entramos,percebi que o espaço era maior ainda.Havia dois ambientes e mais ao centro,haviam pufes e banquetas onde as pessoas liam revistas e livros tranquilamente,como se estivessem em casa.No segundo andar,ficavam cds,dvds e outras mídias.Os fones onde podemos ouvir prévias dos cds eram de couro novíssimo.

Lá de cima,pude perceber o detalhe do chão ladrilhado em verde,como se fosse uma rua londrina. Fernando sugeriu que começássemos a ler o segundo livro da série que estamos acompanhando,então cada um pegou,disfarçadamente um exemplar.Subimos e nos sentamos em umas cadeirinhas de metal.Tive sorte de sentar perto de um fone.Enquanto ouvia Paramore e folheava o livro,me deu uma vertigem e tive a impressão que fosse cair,pois a única barreira que nos protegia lá em cima era um vidro liso.

Senti o chão se abrindo sob meus pés e tive a  sensação de que iria demaiar,então,inventei uma desculpa e desci.Ele,compenetrado na leitura,não percebeu meu estado.Ainda bem.

Não demoramos muito lá,depois de te conhecido a livraria da minha vida,fomos á um rodízio de pizza em um local que eu amo.Sentia que qualquer atitude prescipitada ou qualquer comentário ruim poderia arruinar aquele dia perfeito.Eu analisava a expressão facial dele para não fazer nada de errado.

Quando já estávamos no ponto de ônibus,Fernando me ofereceu uma bala e eu inocentemente aceitei.

__Só tenho essa que está aqui na minha boca... – disse ele marotamente,encostado em algo que eu não pude perceber o que era.Parecia um banco improvisado.

__Tudo bem,eu não tenho nojo... – respondi,entendendo onde ele queria chegar.

__Mas você vai ter que vir aqui pegar. – quando fui tentar pegar a bala com a mão,ele me prendeu junto dele.Então,tentei pegar com o dente,tentando não encostar nossos lábios,mas quando me aproximei,ele me beijou intensamente,com uma urgência genuína,como se não nos víssemos á décadas.


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