Last Summer escrita por Jackie101


Capítulo 4
Revelações Part. 2




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/146647/chapter/4

POV ANGIE


Ele era o MEU Baby, o MEU Garoto... O Meu Príncipe encantado.

Eu não podia acreditar no que estava acontecendo. Tudo na minha vida estava dando errado, exatamente TUDO. ELA estava de volta, pelo que Felipe havia me dito há algumas horas atrás. E eu estava sendo acusada de assassinato por um bandido idiota. Mas principalmente... Eu havia descoberto que a melhor parte da minha vida era mentira.

Desci as escadas na carreira, tentando evidentemente esconder as lágrimas. Ouvi coisas como "Tudo bem?" ou “O que houve com você?" enquanto andava no meio da festa a procura de Valéria.

Encontrei-a conversando com alguém, não me lembro com quem... Puxei-a.

– Quero ir embora, Vale. Agora. - Eu disse entre soluços e ela me olhou apreensiva.

– Valéria... O seu pai está aqui! - Ela me disse assustada. - Ele queria falar com você!

– Meu pai? O que ele está fazendo aqui?

– Eu não sei não, Angie! O que...

– Onde ele está? - perguntei parando de chorar e ela apontou para o andar de cima. Eu não queria voltar lá... Não queria vê-lo novamente, quando me lembrei...

– A carta!

– Que carta?

– Eu deixei lá no quarto do Jason... Ah, meu Deus a carta! - Voltei ao segundo andar apressadamente e com grande dificuldade. E com muita cautela entrei no quarto dele. Foi tudo pareceu estar em câmera lenta.

Lá estava ela. Lá estava o que eu procurava. Parei de correr no exato instante que ele deixou a carta escorrer das suas mãos, e nossos olhos se encontraram. Engoli seco... Respirei ofegante e pude ver lágrimas em seus olhos... Estava nervosa e com medo. Ficamos apenas nos olhando.

– Então... Foi você! - disse sorrindo de canto, aquele que ele sempre dava quando ia chorar aquele sorriso irônico. - Depois de... Depois de tudo... De tudo, você...

– Jason. Olha, não é o que você tá pensando? – Eu ainda estava fervendo de raiva dele, mas , mesmo assim não queria que ele pensasse aquilo de mim. Não ele!

– O que? Não? Eu nem acredito que chorei por você... Eu... Praticamente me humilhei pra você, achando ter magoado você, mas...

– Jason, isso não é verdade!

– Não! Claro que não! - Disse se levantando e vindo em minha direção - VOCÊ TENTOU MATAR A MINHA MÃE! - Ele disse alterado vindo em minha direção - MATOU A SUA, E AGORA QUER MATAR A MINHA? E QUANTO AO SEU IRMÃO? PRESUMO QUE TAMBÉM TENHA O MATADO.

– JASON EU NÃO FIZ ISSO! EU NÃO SOU UMA ASSASSINA!

– Ah... Claro! Você foi encontrada por acaso no carro que quase tirou a vida da minha mãe!

– NÃO FUI EU! - gritei descontrolada... E eu estava chorando.

– Eu amei você Angie... E pensava que me amava também!

– Eu amei Jason! E não minta pra mim novamente, não tem nada que falar. É só um garoto que precisa de sexo... - eu disse nervosa e com raiva...

– Eu já pedi desculpas... Arrependi-me! - Disse, voltando a chorar. - você chorou comigo no hospital... Chorou pela minha mãe! Vai dizer que foi você também quem colocou veneno no sangue da minha mãe?

– VOCÊ TEM QUE ACREDITAR EM MIM, Jason...

– ASSASSINA!

– EU NÃO... - tentei continuar, mas antes que pudesse, ele estendeu sua mão contra meu rosto e deixou sua marca lá. Sim... Ele Me bateu!

Abaixei a cabeça.

– Você precisava acreditar em mim... Eu sempre acreditei em você - Disse me levantando com os olhos cheios de lágrimas e saí nervosa. Desci as escadas e fui pra casa ainda chorando.

Ele estava me acusando de... De tentar matar a mulher que cuidou de mim por quase toda a minha vida. Da mulher que me gerou e ainda do meu irmão. O garoto que eu tanto amei e que... Aquilo não podia estar acontecendo.

Entrei em casa nervosa e encontrei meu pai sentado na escada.


– Valéria me disse que já tinha vindo embora! - Disse se levantando e vindo até mim.

– Angie! - Sussurrou e segurou meu rosto - Você está chorando? Está! Aconteceu... Aconteceu alguma coisa?

Não consegui dizer nada. Apenas o abracei... Apenas abracei o meu pai. Deixei-me chorar por completo.

– O Jason sabe pai! - Eu disse entre soluços - Ele acha que eu tentei mesmo matar a mãe dele!

– O que? - Disse olhando pra mim - Angie... Diga-me que não é verdade!

– Ele acha que eu matei o meu irmão e a... Ele acha que eu sou uma assassina, pai... O Jason...

– Calma querida! - Disse sentando-se no sofá comigo. Eu não conseguia ficar calma, estava nervosa e com medo do que viria a seguir. Trêmula e parecia que o mundo iria acabar. E fiquei lá deitada no colo do meu pai por não sei quanto tempo, até que a campainha tocou.

Meu pai levantou-se para atender a porta.

– Eu sou da polícia local... Tenho um mandato para Ângela, por favor! - Ouvi e senti meu corpo tremer ao mesmo momento em que meu pai bateu a porta na cara do policial.

– Pai! - o olhei apreensiva e ele me puxou levando-m para o segundo andar.

– Venha querida! - disse e me levou para o seu quarto e trancou a porta.

– Pai! - Nós chorávamos juntos. - Pai... Não precisa fazer isso. - Ouvimos um barulho enorme, o que deveria ser a porta sendo arrombada. Ele me abraçou forte.

– Você só tem 14 anos... - Disse e continuou a chorar - Angie, nós vamos falar a verdade.Você não pode ser presa, meu bem. Você não é assassina! - Ele dizia soluçando e eu apenas chorava junto com ele. - Eles vão atrás dela e...

– Não, pai. Não podemos falar.Não! É a sua vida que está em jogo! Não vou deixar que morra! Não vou deixar que isso aconteça!

– Não, Angie... Minha pequena! - Meu coração estava acelerado e descontrolado... - Isso não é pra você! Não vou deixar que seja presa... Não! Não! - Ele balbuciava...

Chorávamos juntos, quando a porta do quarto onde estávamos foi arrombada. Alguns policiais tentaram tirar meu pai de cima de mim, mas foi em vão. Ele não deixava que encostassem perto de mim. Eu chorava por vê-lo desesperado... Tentando me proteger.

E a culpa era minha!

Um policial levantou um cassetete contra o meu pai.

– Não! Pare! - eu disse segurando a sua mão - Por favor, não faça isso! - eu disse derramando lágrimas na frente dele. Nervosa e aflita - Levem-me! Não façam mal a ele, Por favor! - Eu disse estendendo as mãos para o policial.

– Não! Angie! Não! Não! - Ele esperneava e acabava com alguns policiais... Eu não conseguia parar de chorar. DROGA.


– Senhorita, Ângela... Há alguém que quer vê-la! - Um policial disse entrando na sala em que eu me encontrava.

Deixaram-me em uma daquelas salas de interrogatório, enquanto buscavam quem quer que fosse. Eu não parava de chorar. Quando ELE entrou pela porta e fez meu coração acelerar.

– Angie... - Ele disse se aproximando de mim - Por quê? – Sussurrou. Parecia estar chorando.

– Jason... Porque fez isso? Não fui eu! Você precisa acreditar em mim! - Eu gritei chorosa e ele me lançou um olhar triste. DESGRAÇADO!

– Sabe... Eu te amei tanto e você... Você tentou matar a minha mãe!

– Jason... Não fui eu. Eu juro! - disse levantando o olhar e ele balançou a cabeça negativamente.

– Eu não vou cair nesse papo!- Ele disse com os olhos cheios de lágrimas.

– Jason.. Por favor! - eu disse me ajoelhando no chão. - Por favor, me tire daqui! Jason... Eu só tenho 14 anos... JASON! TIRA-ME DAQUI!

– Você merece apodrecer na cadeia Angie! Ou melhor, Ângela!

– Jason, não. Meu amor... Não! – Gritei num ato de desespero.

– Eu nunca mais vou amar você, Ângela! - disse ríspido levantando-se na mesa - Esse é o seu lugar... É aqui que deve ficar!

– Jason! NÃO! Não faça isso comigo! - Eu disse enquanto ele saia. - JASON! - gritei pela última vez!

– JASON!


POV Jason


Deixei uma lágrima escorrer dos meus olhos e impedi que aquilo continuasse.

– Jason! - minha mãe disse indo até mim! – Jason, querido... Vai ficar tudo bem! - ela disse me abraçando - ela vai ser presa... E vai pagar pelo que fez meu bem!

– Eu a amava mãe! E ela... Ela tentou te matar!

– Shhh... Querido! Tudo vai ficar bem! - Ela disse deitando minha cabeça em seu ombro.

– Por quê? - eu disse nervoso - Justiça, mãe! Eu quero justiça pela sua vida!

– Senhorita Maryan. Por favor, a senhora... O delegado deseja falar com a senhora. - Um policial veio até nós e levou minha mãe. E eu apenas fiquei esperando nervoso... Querendo saber do resultado.

Mentira minha... Na verdade, eu só queria esquecer aquela garota! Mas como se esquece o grande amor da sua vida?

Minha mãe saiu da sala nervosa e exaltada.

– Mãe... O que aconteceu?

– Não temos provas o suficiente, Jason... Não vão prendê-la!

– Como, não? Mãe! Não! Eu quero justiça! - aquilo não poderia ser verdade. Não por completo, muito menos por metade. Fiz um escândalo na delegacia até que minha mãe me convenceu de que seria melhor esquecer... Afinal... Iríamos para nova York no dia seguinte.

Foi quando ela saiu da sala... Acompanhada por dois policiais. Seu olhar vinha diretamente para mim. E quando ela chegou perto de mim, gritou com o que parecia ser toda a sua força!

– EU TE ODEIO JASON!




POV ANGIE

Fundo musical do capítulo : http://www.youtube.com/watch?v=8sbnNGw0WVw


– Angie! - Meu pai correu para me abraçar quando cheguei em casa. E ficamos ali... Parados e chorando. Chorando por tudo o que estava acontecendo, foi quando a porta se abriu. E de lá saiu o meu pior pesadelo... Não Jason... Não a polícia... Mas, Angelina Picotti... Minha mãe.

– Ora, ora, ora... Então aqui estão vocês! - disse sorrindo - Os comentários estão em toda a cidade... Dizem que você tentou matar a Paula, Angie querida!

Meu pai entrou em minha frente e a encarou ríspido.

– O que está fazendo aqui? - Perguntou a ela com fúria nos olhos - Não deixarei que toque na minha filha.

– NOSSA filha! Não se esqueça de que carreguei ela na minha barriga por 9 meses.

– Você tentou matar a Paula!

– É, mas parece que a miserável não morre! - ela disse com um pouco de raiva.

– Bom... Eu tenho andado no hospital esses dias... Vou logo relembrando que se meu nome for ao menos ouvido na delegacia sobre tudo o que está acontecendo, Will... - ela disse chegando perto do meu pai - Você morre. Mas se bem que isso não será necessário para você morrer.

– Do que você está falando? - só manifestei-me. Nervosa...

– Bom, estava deixando o melhor para o final... Apressadinha! - Disse rindo e entregou um papel.

– Parabéns, Will... Você está com câncer! – E sorriu – Bem... Essa é minha deixa.

Olhei para o papel. Era verdade! Olhei para meu pai.

– Não! Não pode ser! - deixei cair no chão! Senti as lágrimas transbordarem em meus olhos e corri para o meu quarto... Ele já estava péssimo, não queria que me visse daquele jeito.

Meu mundo estava acabado... E a culpa era dele... Toda dele

Jason.

Abri a gaveta do meu armário e de lá peguei a tesoura... A deslizei perto do meu cabelo na altura do ombro... Sim, meu cabelo que nunca havia visto uma tesoura, agora... A conhecia perfeitamente... Passei-a por todo o meu cabelo, cortando-o desigualmente. Sem parar de chorar... Cortando o meu cabelo, talvez eu cortasse toda a minha dor.

E fui rebobinando tudo o que já havia acontecido em minha vida. De frente pra trás. Lembrei-me da minha afeição na frente daqueles policiais. Lembrei-me do meu pai, gritando... Lembrei-me do seu desespero. E senti novamente aquela dor. Lembrei-me do que havia acontecido algumas horas atrás “Assassina” Aquelas palavras saindo da boca dele... Logo dele que tanto amava. “Grávida” Eu ouvia a voz da garota na minha cabeça, e sentia meu coração quebrar-se por inteiro novamente.

Lembrei-me de hoje à tarde... Lembrei-me das suas doces palavras. Amor... E chorei novamente... De ódio... De raiva e dor!

Cortei uma franja idiota e olhei-me no espelho... DROGA!

Lembrei-me das músicas que fizemos juntos. TODAS elas. Lembrei-me dos nossos 2 anos de namoro. Lembrei-me do acidente que houve com sua mãe.

Lembrei-me do dia em que nos conhecemos. Da chuva... Da dor que eu sentia. No meu aniversário de 11 anos... Quando ELA matou meu irmão. Senti aquela dor apertar novamente meu coração, e senti-o ser estilhaçado. Lembrei-me do jeito que ela tratava meu pai... E Meu irmão.

Eu podia vê-lo ali... Olhando pra mim, sorrindo... Estendendo seus braços... Segurando-me no colo. Mas quando nossos braços se tocavam eu o perdia de vista. Lembrei-me do seu enterro. Quando ELA foi embora. Lembrei-me de quando ela voltou. Das ameaças que fez.

MEU pai estava morrendo... DROGA! Minha vida estava totalmente acabada. Portanto, o que tem acabar mais um pouco?

Lembrei-me do meu primeiro ano... Do meu primeiro dia na escolinha. “Eu amo você Angie” Meu pai sussurrava. Sorri. Eu podia senti-lo afagando meus cabelos castanhos lisos e sentia seu abraço forte. Como se estivesse dizendo “Vou sempre aqui”

Lembrei-me do que havia acontecido há pouco... CÂNCER! Ele estava morrendo!


E com todo o ar que me restava, gritei na sacada do meu quarto enquanto passava aquela saudosa gilete sobre meus pulsos.

– AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Capítulo Dramático -- Fundo musical mal elaborado!! (sorrindo amarelo) Mas espero que gostam!!!!!! Desculpem a demora, não tive tempo de postar!
Review????