POV Jason

Estar em cana não era a melhor coisa que eu tinha feito desde que cheguei aqui. Até porque... Era a primeira vez que eu estava do lado de dentro da cela!

– Aí, superstar... Já tá na sua hora! - o policial disse tirando-me dali - alguém pagou sua penção!

Algumas horas antes...

Eu achava que comprar esse apartamento com os caras iria me fazer bem... Eu só não esperava ser vizinho da única pessoa que eu precisava distanciar-me o mais rápido possível.

– Aí, cara... O café tá pronto! - Chay disse batendo em meu ombro.

– Hum-hum-hum... Quem foi que se atreveu a fazer? - perguntei rindo. A verdade é que perto de Chay, Rick e Drew eu era um crianção. Não importava o que estivesse acontecendo.

– Aí... O Rick conheceu umas garotas! - Drew disse sentando-se à mesa - Elas querem se encontrar com a gente hoje!

– São gostosas? - perguntei tirando o boné e jogando em Rick.

– Você acha o que? - ele disse atirando-o de volta em mim - Eu sou o rei da mulher gostosa!

Todos rimos. Eu tinha me esquecido que como é bom estar com aqueles caras. Nós não somos amigos... Somos irmãos.

– Aí... Eu fiz ela arrumar uma pro Jason! - Rick disse sentando-se a mesa olhando fixamente pra mim - Eu arrumei uma gata pra você,cara!

***

E ela era realmente gostosa!

Com todo respeito a mulheres que não são! (N/a Hehe... Eu não sou' Ele me respeita lOl)

Foi assim:

Chegamos no shopping por volta das 6:30 da tarde e fomos direto pra a praça de alimentação. Graças a Deus ninguém teve a ousadia de reconhecer-me.

Fomos o caminho todo falando besteiras e jogando conversa fora quando começou. Ryan bateu no braço de Drew, que bateu no braço de Chazy, que bateu em meu braço e me fez levantar o rosto e ver a perfeição.

– Santa carochinha! - eu disse arrumando-me por cima e sorri torto recebendo uma cotovelada de Chay.

– Ah... Selina! - Rick disse indo em direção a uma delas.

– Então... Essas são Jean.E a Luce!

Fiquei parado e sorrindo. O que me fez um idiota porque Chay e Drew pegaram suas garotas e eu fiquei sozinho. Então tive uma leve impressão de que estava faltando alguém.

– Ah... Yara ... Não sei se vai dar pra ela vir! - a menina disse fazendo uma careta e olhando-me com cara de pena. Sorri torto.

– Sem problemas - é claro que tinha problemas. Eu tinha ficado sozinho... Completamente sozinho!

– Então... O que acham dagente ver um filme? - Chay disse fazendo-me sentir ainda mais pior.

– Seria ótimo! - A que chamava-se Selina disse balançando as mãos. Acho que ela queria que eu me sentisse pior. Olhei para os dois lados e tentei parecer despreocupado mas não colou.

Fomos pra a sessão de filmes e o pior foi que escolheram um filme de amorzinho. Lindo, todo mundo lá se beijando e eu aqui...

– Ah... Jason. Os igressos acabaram. - Rick disse e eu levantei as mãos.

– Tudo bem... Eu vejo outro filme.

– Sério,cara? - Não! Lógico que não

– Claro! Eu prefiro! - eu disse e esperei que eles entrassem na sala e bufei pondo as mãos sobre o bolso.

Decidi olhar os outros filmes que estavam em cartaz e acabei esbarrando em alguém.

– Ai, droga! - levantei meus olhos e acho que fui recompensado por aquele dia terrível.

Acho que era a garota mais linda que eu já vira em toda a minha vida.

– Ah... Oi! - eu disse gaguejando.

– Oh, meu Deus... Você é... Jazz ON!- ela disse sorrindo e se beliscou - e isso não é um sonho! - ela disse e abaixou-se para pegar suas coisas do chão - Foi um prazer! -disse e saiu deixando-me com a maior cara de tacho.

– È um bom livro! - eu disse observando o que ela segurava no braço. Jogos Vorazes.

– Você... Já leu?

– Parei na página 67! - respondi sorrindo e ela riu.

– Deveria continuar! - ela disse e eu ri.

– Escuta... Estou com dois igressos pra um filme... Não gostaria de me acompanhar?

– Não! - ela disse e tomou os igressos da minha mão - Mas eu vou mesmo assim!

Ela entrou na sessão eu fiquei pedindo a pipoca e o refrigerante.

Entrei no cinema e fiquei procurando-a com os olhos.

– Eu tô aqui! - abaixei meu rosto e a vi sentada no chão.

– Porque tá no chão?

– Sei lá... É mais confortável! - respondeu e deu duas batidinhas ao seu lado.

Ela ficou o filme todo em silêncio e se eu falava alguma coisa fazia um 'shhh' o que fazia dela mais interessante ainda.

– O filme foi ótimo! Obrigada! - ela disse e sorriu.

– Escuta... Não quer fazer nada? Ainda são nove horas!

– Se você quiser me pagar um sorvete eu não vou recusar.

Ela disse e eu a puxei pelo braço.

– Então... Não vai me dizer o seu nome? - perguntei enquuanto ela lambuzava-se com o sorvete.

– O seu é Jazz ON.

– quem não sabe?

– Minha irmã não sabia até meu pai ensinar! - ela disse e eu ri.

– Meu nome é Yara! - disse jogando o guardanapo dentro da lata de lixo

– Então, Yara... Você é daqui mesmo?

– Não! Estou aqui pra visitar uma prima ridícula! Acredita que eu fui obrigada a vir dar uma de psicóloga pra aquela imbecil? Nem me fale! Nunca gostei dela... Só vim mesmo porque meu pai prometeu que iria me dar a trilogia de jogos vorazes. Já é a segunda vez que eu estou lendo e...

– Então de onde você é?

– Nova York! Mas se algum dia algum bandido me assaltar eu vou saber que foi você. Eu nunca dou meu endereço pra ninguém e não é agora que eu deveria dar, mas você me deu um sorvete e fico te devendo essa.

– Você não se cansa de falar? - perguntei rindo e ela ficou séria.

– Não!

– Tudo bem, então não pare...Vamos lá, porque está aqui no shopping?

– Eu deveria encontrar umas amigas minhas que moram aqui. eu cheguei de NY agora e estou fazendo o possível pra não ter que ir pra a casa da minha prima ridícula ver ela e o namorado dela se agarrando nus na sala ou em qualquer móvel da casa.

– Você e sua prima não tem uma boa relação pelo que eu estou percebendo!

– Não... A gente não tem. Desde a nossa infância quando ela matou meu gato! Eu sempre soube que ela seria uma decepção pra a família... Aquela psicopata!

Eu ri.

– Ela é extremamente ridícula. Desde que ela matou meu gato a gente nunca mais se viu. Só recebi notícias dela esse ano e nem sei porque. Meu pai disse que eu tinha que vir aqui e eu entenderia algumas coisas lá de casa. Porque o negócio lá tá triste. Todo mundo briga. Esses dias minha avó desmaiou de nervosismo quando meu tio e meu pai começaram a brigar do nada. Eu hein, pepeô! Você não é de falar muito, né?

– Não acha que já falou demais da sua prima? Porque não fala um pouco de você agora?

– De mim? Tá legal. eu tinha um gato que uma prima matou quando era bebê e ela matou meu cachorro também! Meu sonho sempre foi ser atriz. Eu sou uma boa atriz. Fiz a lua na peça de romeu e julieta do primário e fui elogiada por todos os professores porcausa da minha performace.

– Yara? - Levantamos nossos olhos e vi meus amigos e as meninas com quem eles estavam.

– Jason?

– Ah... Pessoal esta é...

– Yara... Como encontrou o Jason? - Selina perguntou chocada e eu cmecei a entender o que estava acontecendo.

– Então você é a garota que deveria ter saído comigo? Seu nome é Yara? - perguntei surpreso

– amiga, senti tanto a sua falta! - Selina disse abraçando-a. - Então... Quer que eu leve você pra a casa da sua prima?

– Ah... Não querem continuar aqui? Eu posso levá-la sem problema algum!

– Pode mesmo?

– É claro! É o mínimo que eu posso fazer!

Entramos em um acordo e Yara disse que eu poderia levá-la pelos fundos para não causar nenhum transtorno.

– Então... Foi bom hoje, certoo?

– É, foi sim! - respondi e ela beijou minha bochecha.

– Essa é a casa da sua prima?

– Não... Mas não acho que estou preparada pra qe você saiba onde eu moro. Não sei se você é maníaco ou coisa do tipo e...

Antes que ela pudesse continuar eu a beijei. E ela tinha um hálito fresco de morango.

– Tchau! - ela falou soltando-me e saiu sem mais nem menos. Obseervei-a dobrar a esquina e segui caminho pra casa.

Ela era diferente. De todas as garotas que eu já tinha conhecido. De todas com quem eu tinha ficado... E namorado. Algo me dizia que eu não poderia perdê-la! Que ela era muito especial.

A minha noite estava maravilhosa até u trombar com alguém pela sagunda vez aquele dia. Levantei meus olhos.

– Olha por onde anda, idiota! - A ruiva disse lançando-me um olhar pertubador. Abaixei a cabeça!

– Isso... Foge! É só o que você sabe fazer.

Observei-a. Na mão ela tinha um cigarro. E seus olhos estavam contornados por um preto tão forte que seus olhos ficavam mais verdes do que o normal. Quer dizer. Costumava ser normal.

– Me deixa em paz! - eu disse tomando meu caminho, mas ela me impediu.

– Esperei muito tempo por isso. Não vou entregar a você assim de bandeija! - ela disse e eu senti meu rosto latejar. Ela tinha me dado um murro.

– Você é louca!

– Eu te odeio!

– Vai me matar agora, ASSASSINA? - a fúria subia em mim, e eu percebi que nela também.

É só disso que eu me lembro.

Atualmente...

Peguei meus documentos e liguei pro meu empresário, Shown... Ele merecia saber que eu tinha sido preso. Combinamos que ele manteria a imprensa longe disso.

– Então, cara... Quem foi que pagou minha penção?

O policial assoviou e sorriu.

– tem uma limusine preta aguardando você lá fora.!

Terminei de ajeitar as coisas e lá fui eu... Ao encontro de um desconhecido!

A limusine estava estacionada na frente de uma drogaria qualquer. O motorista saiu de lá e pediu para eu entrar.

Não perguntei nada. Se alguém quisesse mesmo me fazer algum mal não pagaria minha pensão.

No banco estava sentada uma mulher. Muito linda por sinal.

Ela tinha traços reconhecíveis. Olhai-a de cima abaixo. Ela parecia ser a versão mais velha de...

– Eu sou Angelina Picotti... Mãe da Angela!

POV Angie

– Eu não sou assassina! - gritei mais uma vez para o policial a minha frente.

– Eu preciso da verdade!

– Eu já disse a verdade! Soquei ele porque ele mereceu!

– Sabe quem eu sou, senhorita?

– Um idiota metido a besta que acha que eu sou ingênua!

– Eu sou detetive particular. Tem alguém que testemunha contra você!

– Você não pode provar nada! - gritei cruzando os braços e pondo os pés sobre sua mesa.

Então ele ligou a TV e começou a passar um vídeo onde eu brigava com a mulher que me gerou, a qual eu recuso chamar de mãe.

– Essa é a prova do crime! - ele disse e revirei os olhos - e essa é a testemunha!

No proximo vídeo, Angelina estava chorando cheia de cicatrizes e feridas, o que me fez levantar da cadeira boquiaberta.

– Desde pequena ela foi agressiva! Eu nunca quis acreditar que minha menininha fosse capaz de algo como isso. Mas aí, o pai dela morreu e... ela morava só com ele... E isso me fez querer saber mais e... Dói muito falar isso.

– A sua mãe conseguiu para nós um material inédito da morte do seu irmão, Angela!

E outro video apareceu. Nele meu irmão contorcia-se no chão.

– Quem fez isso com você?

– Ang... Angie!

Ele disse o meu nome!